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Questionário Maquiavel

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Capítulo 2: Maquiavel
1. Explique o sentido da expressão “há vícios que são virtudes”, analisan-
do-a no contexto do pensamento maquiaveliano.
R: Para ele a política é algo totalmente autônomo em relação à religião e aos valores. O
objetivo dela é lutar para a conquista e manter no poder. Nessa luta, deve-se fazer algo que
seja desprezível do ponto de vista religioso, mas na política, isso pode tornar a ação do sujeito
muito eficaz. Coisas que não podem ser toleradas, um vício, são absolutamente vitais para
manter-se no poder, como mentir.
2. Analise a relação de Maquiavel com os pensadores da Antiguidade, res-
saltando continuidades e rupturas.
R: A Maestra vitae, a história não como algo que transmite valores morais, mas que ensina,
que dá suporte para as posturas do governante para que ele se mantenha no poder. É uma
continuidade em relação a Maquiavel com os pensadores da antiguidade. Ele tem uma
continuidade na medida em que ele recuperará uma certa tradição pedagógica, uma certa
forma de ensinar e produzir um indivíduo sábio capaz de reconhecer aquilo que está diante de
seus olhos e tomar uma ação. Ele se mantém fiel à educação por exemplo.
Entretanto, existe uma ruptura no que se refere à ideia de virtude, pois Maquiavel considera
apenas duas, a astúcia e a coragem, sendo elas uma forma de manter a estabilidade do
governo. Mas pensador da antiguidade como Aristóteles, por exemplo, considera a virtude
como uma prática que inclina a pessoa para o bem, que é a busca pela felicidade. Outra
ruptura é que Maquiavel entende que na política, diferente dos gregos e romanos que
defendiam a política na ética, tem as suas próprias regras e não tem nada haver com a ética.
3. Descreva a trajetória do conceito de fortuna, da Antiguidade até o pen-
samento de Maquiavel.
R: Na antiguidade a fortuna é uma forma às quais os homens recorrem para as suas
aspirações e desejos. fortuna na antiguidade é concebida como uma deusa, feminina que
possui caprichos e está sempre testando aquele que luta pelo poder se ele merece que ela
esteja ao seu lado (mérito). No medievo, graças as influências católicas, a fortuna é uma
mulher e deixa de ter uma vontade propria porque existe um deus soberano. Deus envia a
fortuna para que ela realiza as ações em seu nome. Fortuna era definida como um símbolo da
vontade de Deus, mas é aquilo que o Deus católico já decidiu. Em Maquiavel, a fortuna volta
a ter vontade própria como na antiguidade.
4. Explique o sentido de virtù no pensamento de Maquiavel.
R:, Virtù, em Maquiavel, é dividido em duas grandes virtudes políticas: A astúcia:
capacidade de entender como se joga o jogo da política, de entender o cenário, a correlação
de forças. Astúcia é a inteligência. A coragem: a necessidade dela para tomar decisões e agir,
pois as consequências das ações políticas são muito mais graves e por isso a necessidade da
coragem.
5. Analise a noção de realismo político tendo como parâmetro o pensamen-
to de Maquiavel.
R: Para ele, a política possui suas regras e elas são descobertas na própria realidade do
conflito político, essas regras não se confundem com a religião. Maquiavel era considerado
realista porque rompia com a perspectiva idealista, ele inaugurou a era do realismo político,
desprovido dos mandamentos religiosos e voltado fortemente para os resultados das ações
humanas. Realismo político é fugir do idealismo político, que é pensar a política a partir de
uma perspectiva transcendente.
6. Analise as razões do choque entre o pensamento maquiaveliano e a dou-
trina da Igreja no cenário renascentista.
R: Para a igreja o poder é algo divino, tendo relação com Deus, algo transcendente. Mas para
Maquiavel, o poder político não tem relação com Deus, é um mundo à parte, é totalmente
humano.
Além disso, a Igreja católica não gosta das idéias de Maquiavel porque este retira a força e
a importância de qualquer referência a transcendência para se olhar para a política, e revela e
difunde socialmente um saber mais capaz e capazes para jogar o jogo da política.
7. Por que é possível dizer que Maquiavel foi um autor renascentista típico?
Explique.
R: Porque ele é antropocentrista. O homem está no centro. Maquiavel é um típico homem do
renascimento e além dos mais às suas obras são manifestações desse período, como por
exemplo o fato dele dizer que a política é humana e não de Deus.
8. Analise o papel que a História ocupa no pensamento de Maquiavel.
R: A história, segundo Maquiavel, é a fonte mais eficaz dos ensinamentos políticos, é a
Magistra Vitae do governante, é um estoque de leis. Para ele é um armazém onde está
estocado todas as informações sobre a política.
9. Desenvolva a noção de natureza humana, ressaltando a sua importância
para a política, segundo Maquiavel.
R: Maquiavel possui uma visão pessimista quanto a natureza humana, sendo ele soberbo,
pecador, etc, sendo essa noção um tema constante em todos os seus escritos. Para Maquiavel
o homem podia conviver com suas próprias falhas. A natureza humana estabelece o formato
do Estado que se deseja construir. É com essa natureza humana que os governantes terão de
lidar, não podendo esquecer jamais a incômoda situação em que estão inseridos, rodeados de
homens ávidos por trair. Essa situação levará Maquiavel a defender claramente a ideia de que
ao príncipe é melhor ser temido do que ser amado.
10. Por que, na visão maquiaveliana, é mais seguro para o príncipe ser temido
do que ser amado?
Príncipe é melhor ser temido do que ser amado, pois se o temor dos súditos é capaz de
desestimular eventuais traições, o mesmo não acontecerá com o amor a eles devotado. O
temor não passa, é estático, já o amor é algo volátil podendo se transformar em ódio muito
rápido.

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