Buscar

Principais Doenças em Bovinos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Actinobacilose 
- Agente: Actinobacillus lignieresii – bactéria que faz parte da microbiota 
- Sinais clínicos: lesões em tecidos moles orais, causados por alimentos que causam perfurações. Forma granulomas | salivação intensa, edema lingual, lesões ulceradas. Locais – língua, lábio, linfonodos
- Causas: alimentação com espinhos ou pontiagudos que causam lesões em cavidade oral
- Diagnostico: Cultura ATB
- Tratamento: Iodeto de sódio IV; administrar 1x e repetir após 7 – 10d 
Actinomicose 
- Agente: Actinomyces bovis – bactéria que faz parte da microbiota
- Sinais clínicos: Entra por lesão nos tecidos moles até o tecido ósseo | Massa no osso da mandíbula. Locais– lesões mandibulares com desenvolvimento de reação periosteal e formação óssea nova. 
- Causas: alimentação com espinhos ou pontiagudos que causam lesões em cavidade oral
- Diagnostico: esfregaço e RX de face – osteomielite com reação periosteal 
- Tratamento: lavar com Iodo; Iodeto de sódio IV; administrar 1x e repetir após 7 – 10d 
Diarreia viral bovina – Doença das mucosas 
- Agente: Vírus BVD 
- Transmissão: vertical e horizontal 
- Sinais clínicos: assintomáticos; 90% sem sinais aparentes 
- BVD aguda: infecção pós natal em animal com capacidade de resposta
- BVD Imunossupressão: causa diminuição de leucócitos em quantidade e qualidade 
- BVD na doença reprodutiva: falha na fertilização, morte fetal, defeitos congênitos (+ importante), aborto
- BVD crônica: anorexia, perda de peso, erosões na mucosa oral, diarreia e alopecia.
- ACHADOS EM NECROPSIA: ULCERAÇÃO EM MUCOSAS (oral, esofágica, rumem, omaso, abomaso, intestinos, prepúcio, espaço interdigital e lesões em pele) 
- Diagnostico: isolamento do vírus, biopsia de pele. 
- Tratamento: suporte e prevenção de infecção secundaria; vacinação; biossegurança ]
Timpanismo gasoso ou espumoso
- Acúmulo de gás livre no rúmen ou preso em espuma
- Manifestação clinica, não é doença; mas a consequência de uma alteração. 
- Causas: corpo estranho, ACIDOSE RUMINAL, HIPOCALCEMIA, diminuição de eructação; alteração da função motora do rúmen e retículo; alteração do conteúdo do rúmen. 
- Timpanismo Gasoso: atonia ruminal= timpanismo, Hipocalcemia, acidose ruminal, toxemia
- Timpanismo Espumoso: consumo de leguminosas e em animais que consumem muito concentrado 
- Sinais clínicos: DISTENSÃO DO ABDOMEN – MUITA DOR; atonia ruminal ou hipermotilidade ruminal
- Tratamento: passar sonda oral ou trocater em região de rumem | Para espumoso, usar agente que libere o gas (óleo de cozinha), fazer o animal andar (estimular peristaltismo) 
- Prevenção do espumoso: 10 - 15% de fibra efetiva mínima, dar junto com concentrado. 
Acidose lática ruminal
- Ingestão de altas quantidades de alimentos ricos em carboidratos prontamente fermentáveis; troca abrupta de alimentação, sem o tempo necessário de adaptação do rumem (3d) 
- pH rumenal normal: 6 – 7; pH rumenal em acidose 5,2 – 5,5 
- Patogenia: em 2h – 6h aumento de streptococus bovis que produz acido lático/lactato; pH vai caindo, protozoários e bactérias celulolíticas morrem. pH 5 = atonia (8-12h) 
- Consequências: morte em 24 – 48h, ruminite química, micótica, crônica; laminite (aguda e crônica) alteração da hemodinâmica microvascular periférica. 
- Diagnostico: coleta de liquido ruminal para analise (liquido leitosa e acinzentado, sugere acidose); corar lamina com conteúdo ruminal, coloração Gram + sugere acidose. 
- Sinais clínicos: desidratação moderada a severa, diarreia com conteúdo não digerido, liquido ruminal com odor acido, TIMPANISMO, atonia ruminal, anorexia. 
- Tratamento 
*1º animais em decúbito, timpanismo e hipotermia: RUMINOTOMIA + FLUIDOTERAPIA; esvaziar rumem; lavado, transfaunação 10 – 20 litros e colocação de feno em rumem. ANIMAL TENTAR LEVANTAR EM 6 – 12H 
*2º animal em pé (menos severo): LAVAGEM RUMINAL; sonda + agua morna (evitar hipotermia); realizar lavagem de 10 – 15 vezes; fluidoterapia + AINE, movimentar o animal (estimular peristaltismo) 
- Controle e prevenção: adaptação adequada a dieta mínimo 3 dias e uso de monoensina
Deslocamento de abomaso à esquerda 
- Ocorrência: nas 3 semanas pôs parto; predisposição (pôs parto, rumem vazio; PRENHEZ); acúmulo de gases no abomaso
- Etiologia: distensão gasosa e hipomotilidade do abomaso 	
- Fatores predisponentes: vacas de leite, altos níveis de concentrado na dieta, hipocalcemia e cetose.
- Sinais clínicos: emagrecimento, cetose, diminuição de produção de leite, ausculta com presença de sons abomasais (timpânico metálico “pings”) entre 10º - 11º 
- Tratamento: Omentopexia (fixação do abomaso no omento)
- Profilaxia: alimentação próxima do parto rica em forragem, diminuição de concentrado 
Deslocamento de abomaso à direita 
- Etiologia: distensão gasosa e hipomotilidade do abomaso
- Sinais clínicos: ausculta com presença de sons abomasais (timpânico metálico “pings”) 9º - 13º 
- Diagnósticos: Palpação retal (Abomaso aumentado lado direito, bem ao fundo) 
- Tratamento: Omentopexia (fixação do abomaso no omento)
Ulcera de abomaso 
- Causas: primária variável(deslocamento de abomaso, BVD, estresse, alimentação com alto grão) 
- Sinais clínicos: melena (pode surgir em descolamento de abomaso) , palidez de mucosa (anemia), dor abdominal, peritonite (se houver perfuração) RANGER DOS DENTES NO EXAME FISICO DE PINÇAMENTO 
- Tipo 1: não perfurada= pequena hemorragia, espessamento abomasal focal, gastrite crônica, 25% de mortalidade 
- Tipo 2: úlcera que causa acentuada perda sanguínea = ulceração aguda com erosão de vasos sanguíneos, em 24h aparece a melena, 100% de mortalidade	
- Tipo 3: úlcera perfurada com peritonite local, a peritonite fica na região por aderência com vísceras adjacentes (omento e peritôneo), 50% de mortalidade 
MELENA É PATOGNOMÔNICO
- Diagnostico: Teste de sangue oculto, abomaso distendido, prova de dor (pinçamento da cernelha) 
- Tratamento: anti ácidos, elevam pH e dão tempo para a mucosa se curar 
Intoxicação por amônia (ureia)
- Patogenia: ureia hidrolisada no rumem (formam amônio e amônia), o animal usa o amônio. A amônia não é usada no ciclo, sendo que altera a pH do rumem; é convertida em ureia no fígado e excretado pelos rins . 
Amônia lipossolúvel = SNC; Início dos sintomas 10-30 min após ingestão. 
*Problema: quando a amônia absorvida ultrapassar a capacidade do ciclo da ureia e da excreção renal
- Sinais clínicos: inquietude, fasciculações em grupos musculares dos membros, hiperextensão e enrijecimento dos membros anteriores = assume posição de cavalete, manifestações neurológicas (movimentos ruminais diminuídos até atonia), CONVULSÕES.
- Tratamento: uso de vinagre via oral; fluido terapia IV + diuréticos, quando iniciado nos tremores 80% cura 
- Prevenção e controle: adaptação a ureia, não deixar faltar sal mineral, cobrir cochos de sal mineral – sempre dar ureia com sal mineral.

Continue navegando