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Epilepsia em Pequenos Animais

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ANA LAURA MARTINS FERREIRA 
AULA 1 – EPILEPSIA E CRISES EPILÉTICAS EM CÃES E GATOS 
Epilepsia – alteração cerebral que decorre de vários fatores... 
 
 
 
 
 
 
Definição tem mudado com o tempo, dependendo do livro e ano, as definições alteram-se. 
O que iremos utilizar? 
A convulsão é um evento repentino, catastrófico, de curta duração e transitório. (Pode ocorrer 
apenas uma vez na vida e terá alteração visível) 
A crise epilética é a manifestação clínica da atividade elétrica excessiva e/ou hipersincrônica do 
córtex cerebral. (Quando a doença tende a ocorrer mais vezes) 
 
 
 
 
 
Cérebro de repente tem uma descarga elétrica para todos os lados, anormal e excessiva e pode 
ser também por uma inibição neuronal inadequada; O cérebro tem mecanismos que o mantém 
funcionando e mantém atividade elétrica, se diminui a despolarização e/ou atividade elétrica 
exacerba, pode ocorrer convulsão. 
 
 
 
 
 
 
A atividade cerebral (tanto a epilepsia quanto a convulsão) terá movimentos motores, viscerais 
e psíquicos. 
Classificação 
 Epilepsia 
Pode ser: 
- Focal, parcial: pode ter sinais motores, sinais neurológicos autônomos e alterações 
comportamentais (não necessariamente precisa ter os três, pode ter apenas um deles). 
1º exemplo vídeo dado em aula – movimento compulsivo de piscar olho direito e lamber, mas 
animal não perde a consciência, não defeca, não urina... movimentação apenas da língua (tende 
a ficar para lado direito também) 
Pode ter efeitos após a convulsão também 
 2º exemplo – border collie abocanhando moscas invisíveis no ar, o que é bastante descrito em 
literatura – isso é epilepsia focal ou parcial, normalmente relacionado a alterações cerebrais 
relacionadas a convulsão focal 
Geralmente a epilepsia/convulsão tem um período anterior e posterior a convulsão 
Exemplo Pastor alemão – animal olhando para o além e arreganhando os dentes, movimentos 
são repetitivos, de focinho, orelha e (neste caso, também há alteração comportamental). 
- Não tocar no animal, pois pode estar com consciência alterada e ser agressivo 
Morder pata, correr atrás do rabo... determinar se é comportamental ou se é epilepsia... 
Cinomose - se um movimento de olho, ou membro, por exemplo, é contínuo, ocorre até quando 
animal está dormindo é mioclonia. Agora se ele para e de repente começa a puxar membro sem 
parar repetidamente, aí pode estar mais relacionado a convulsão focal, pois pode ter uma lesão 
cerebral posterior a cinomose ou alteração neuronal que fica com mioclonia mesmo após ser 
curado 
- Generalizada – clássico que vem na cabeça. Sinais simétricos, sinais motores, alterações de 
consciência, sinais neurológicos autônomos (tônico-clônico = movimentando as patas 
[pedalada], perde o ar [de tanto movimentar, há compressão dos mm do gradil intercostais]). 
Exemplo aula: border collíe e poodle – animais urinam, defecam, podem cair no chão, se 
debater, mastigar a língua (colocar animal de lado por conta da intensa salivação). Nesses casos, 
se tiver medicamento (diazepam) administra 
As vezes animal não defeca por não ter fezes na ampola retal, não quer dizer que não é 
generalizado. 
Pode ser: 
- tônico-clônica: mais comum. Movimentos de vai e volta (enrijece e volta flácido), muito 
intenso, paciente fica com hipertermia... 
- tônico – enrijecimento, dificuldade respiratória, para e amolece novamente 
- clônica – um pouco mais rara, animal fica mais flácido, movimentos menores 
- atônica (rara) – totalmente paralisado, como se fosse uma síncope. (Ao ver um caso de síncope, 
suspeitem de atônica... há doenças cardíacas/respiratórias pré-existentes? Que possam 
direcionar para uma síncope...) 
- crises mioclônicas – diferenciar crise mioclônica (epilética) de mioclonia em um único membro 
(sequela pós-cinomose, por exemplo), no caso da cinomose, animal costuma ter a crise e ir 
voltando, mas em pós-ictus (ainda com alteração de consciência, visão, etc) 
Animais concomitantes (cães) tem tendência de atacar animal em crise 
Pergunta Monyk – tem como diferenciar atônica da síncope pelo pré-ictus e pós-ictus? Ajuda, 
mas não necessariamente porque as vezes animal fica com postura em base ampla, e tutor pode 
confundir com informações... sempre pense no diferencial de cardiopatias e doenças 
respiratórias antes de bater o martelo em epilepsia somente com a anamnese 
- Pré-ictus – inicio convulsão 
- Pós-ictus – comportamentos atípicos que ocorrem após a convulsão, horas ou dias após as 
crises 
- Focal com generalização secundária 
Exemplo aula – inicia-se no masseter, orelha e globo ocular direito. Posteriormente, migra para 
outra orelha, pescoço, membros, membros pélvicos... começa focal mas vai percorrendo, 
generalizando, pode chegar até a movimentos intensos de pedalada 
Questionar tutor se antes tem focal prévio... fica tentando morder pata antes, corre atrás do 
rabo? “Sim, faz isso e depois convulsiona” Então já estava convulsionando, posteriormente 
generalizou 
Mioclonia x crise mioclônica – mioclonia (relacionado a uma alteração nervosa periférica ou as 
vezes de medula, persistente, ocorre o tempo todo) 
Crise mioclônica – mais rara. Crises tem espaço de tempo delimitado, normalmente ocorrem 
quando animal está acometido com a doença 
Fases da convulsão 
Epilepsia – tem padrão 
Pródromo – alterações comportamentais que precedem a convulsão (podem durar horas ou 
dias) que são: ansiedade, necessidade de se esconder, seguir o tutor 
Aura – manifestação ou sensação do início da convulsão, difícil de enxergar na veterinária 
(literatura descreve que alguns humanos sentem segundos/minutos antes de convulsionar). 
Cães e gatos podem começar a andar compulsivamente, salivar muito, várias micções e 
defecações em vários locais, latido/miado excessivo/assustado. 
Após a aura já vem a convulsão, que é chamada de ICTUS que equivale ao período da convulsão 
propriamente dito 
Pós-ictus – período imediamente posterior a convulsão – pode recobrar consciência em minutos 
ou dias, depende de cada animal. As vezes animal fica desorientado, inquieto, ataxia, surdo, 
cego (geralmente é transitória) 
Tipos de convulsão 
Convulsões isoladas (segundos a minutos) 
Convulsões em cluster (mais de 2 convulsões em 24h) – maior cautela com esses pacientes. Se 
está em cluster já fecha em epilepsia... (dependendo da etiologia, por ex intoxicação, 
consideramos epilepsia de causa extracraniana) 
Estado epilético (sustentadas ou seriadas) – não para de ter convulsões ou tem convulsões muito 
prolongadas, pode ocorrer até óbitos 
Epilepsia (Convulsões recorrentes (mais de 2 convulsões em um mês) 
Etiologia 
Causas extracranianas – Resposta cerebral a alguma coisa, uma perturbação repentina. 
Pode ser reativa, a agentes tóxicos, por exemplo: estricninam organofosforados e carbamatos, 
hidrocarbonetos clorados, chumbo, micotoxinas... 
Paciente terá convulsões seriadas porque tem agente causando intoxicação 
Também existe epilepsia metabólica, por exemplo: hipoglicemia, hipocalcemia (convulsões 
tetânicas pós-parto, por exemplo), policitemia (principalmente de causa absoluta, não relativa), 
encefalopatia urêmica (geralmente causada por azotemia sereva), encefalopatia hepática (por 
insuficiência hepática, pode causar convulsão pela hiperamonemia) e hipertrigliceridemia 
(principalmente em schnauzer ou pacientes que tenham dislipidemias (colesterol alterado) 
podem ter convulsões 
Causas intracranianas – quando encontramos alteração intracraniana, origem é identificada, por 
exemplo: neoplasias encefálicas, malformações congênitas, doenças infecciosas que estão 
levando a alguma alteração cerebral, doenças inflamatórias que está inflamando encéfalo, 
trauma craniano, doença degenerativa que leva a uma lesão... tudo isso pode causar uma 
convulsão. 
Vemos que a epilepsia é uma consequência. Então é necessário procurar a causa base, não 
apenas tratar as crises epiléticas.Epilepsia idiopática – pouquíssimos casos. Origem genética, por exemplo, Cocker, beagle, são 
bernardo, husky siberiano... maior pré-disposição 
Geralmente quando animal tem epilepsia idiopática ele terá convulsões generalizadas tônico-
clônicas ou focais com generalização (pesquisar causa intracraniana ou alteração extracraniana) 
Acomete mais machos entre 1 e 5 anos 
As crises geralmente são recorrentes e não estão associadas a nenhuma anormalidade cerebral, 
nenhuma alteração visível em ressonância por exemplo, mas terá crises devido a origem 
genética 
Incomum em gatos... normalmente vê-se devido a alterações intracranianas ou extracranianas 
Diagnóstico 
Há algum gatilho na anamnese? Por exemplo intenso estímulo de luz, estro (por isso castração 
é indicada), certas drogas (que podem precipitar convulsão), estresse, excitação, sons e ruídos 
(fogos de artificio) 
Histórico clínico – intoxicação... 
Exame físico geral – presença de neoplasias com metástase cerebral 
Exame neurológico – Muito cuidado na avaliação durante a crise, importante para avaliar 
evolução e prognóstico e diagnóstico do animal, se é consequência de alguma enfermidade... 
Exame de triagem 
Exames complementares específicos 
Anamnese e Histórico clínico 
Raças predispostas? Qual a idade do animal? 
Por exemplo, animal super jovem, avalia hidrocefalia, Lissencefalia, Doenças infecciosas que 
possam estar levando a epilepsia, alterações intracranianas (um dos mais comuns nesse 
momento) 
Geralmente quando é adulto – epilepsia idiopática mais comum, principalmente em machos 
mas também há outras enfermidades, como meningoencefalite granulomatosa (MEG), ou 
doenças inflamatórias nesse período 
Animal idoso – neoplasias cerebrais, distúrbios metabólicos (seja insuficiência hepática ou 
alterações renais que levam aos distúrbios metabólicos), acidentes vasculares... 
Qual a idade e o que é mais predisposto? Pode ter animal jovem com neoplasia, mas não é tão 
comum 
Exames de triagem 
Hemograma completo para avaliar presença de infecção 
Painel bioquímico (indispensável) – glicose (hipoglicemia é causa de convulsão), cálcio total e 
ionizado (hipocalcemia também é causa), colesterol e triglicérides (causas de convulsão quando 
há hipertrigliceridemia) 
Urinálise ajuda a avaliar proteinúria, alteração que possa indicar outras anormalidades nesses 
animais 
Então, os exames de triagem que devem ser solicitados incluem – hemograma completo, 
glicemia, eletrólitos (ppte cálcio), perfil lipídico (ppte triglicérides), marcadores de função renal 
e função hepática (pois amônia causa muita alteração neurológica) 
Exemplo shitzu – animal ficava de cabeça baixa, arrastando no chão... tinha shunt porto-
sistêmico, então tinha desvio e tinha picos de hiperamonemia e aí convulsionava 
Exames complementares 
Análise de líquor – interessante, na maior parte das vezes em pacientes que estão tendo 
convulsivo, auxilia no diagnóstico 
Sorologias/PCRs (sangue, liquor) – se suspeita de doença infecciosa, pode ser necessário. Várias 
doenças que causam alterações neurológicas que levam a convulsão = cinomose, toxoplasmose, 
neosporose... 
Avaliação toxicológica – questionar tutor se vizinho gosta do animal, pois pode ocorre casos de 
envenenamento 
Biopsia do SN – Muito difícil fazer na rotina, pois o risco de causar mais lesões é muito alto 
Imagem/ outros – tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia 
transcraniana (principalmente animais filhotes pela fontanela), radiografia craniana (pode 
ajudar principalmente em casos de fratura), eletroencefalograma (não é muito legal em cães e 
gatos pois as vezes é necessário sedar animal e animal não vai conseguir responder ao exame) 
 
 
 
 
 
 
Tomografia do dog do Leandro – presença de neoplasia com processo necrótico e só levou a 
convulsão quando chegou nesse estágio 
Se tutor não tem condições de pagar pelos exames complementares, devemos escrever na ficha 
que orientamos o tutor a realizar os exames e que optou por não fazer 
Diagnóstico 
Epilepsia não é diagnóstico final. Tem que saber se é intracraniana, extracraniana ou idiopática. 
Se for intracraniana ou extracraniana, a causa base pode ser por doenças 
Degenerativas 
Inflamatórias e infecciosas 
Neoplásicas e nutricionais 
Anomalias 
Metabólicas 
Imunológicas e idiopáticas 
Traumáticas e tóxicas 
Vasculares 
DINAMIT V – Possibilidades de diagnóstico perante uma epilepsia. 
Realmente é convulsão? 
Diagnósticos diferenciais – Doenças especifica que não podem ser tratadas como epilepsia 
Narcolepsia/cataplexia 
Síncope 
Tremor de cabeça 
Tratamento 
Identificar causa base – metabólica, estrutural, reativa... e tratar! 
Indicações de tratamento anticonvulsivante - Se animal está tendo convulsões, tratar paciente 
que tem mais de 2 convulsões em três meses 
Mesmo que seja por intoxicação, teve 2 infecções só em um dia, por exemplo, deve-se tratar 
pois vai ser deletério para o sistema nervoso, causando lesões intracranianas 
Objetivos do tratamento – diminuir as convulsões, levar a menos de uma convulsão a cada 3 
meses, o que leva a no máximo 4 convulsões/ano 
Aumentar intervalos entre as convulsões e diminuir a intensidade das convulsões 
1º linha de anticonvulsivantes 
ANTIEPILÉPTICOS 
Cães e gatos – Fenobarbital. A maior parte dos animais responde a ele 
Cães – 3-5mg/kg VO, BID 
Gatos – 2,5-5mg/kg, VO, BID 
É a medicação de escolha para o início do tratamento. O medicamento tem que ser avaliado na 
parte sanguínea, então coleta sangue após 10-15 dias para checar nível sérico no sangue desses 
animais. Caso seja necessário fazer ajustes na dose, o ideal é que mantenha próximo de 25ug/ml, 
acima de 35ug/ml terá intoxicação por fenobarbital e abaixo de 20ug/ml não há efeito 
satisfatório. 
Alguns animais têm maior sensibilidade, então as vezes a dose pode ser baixa, mas animal pode 
sofrer intoxicação que pode levar aos efeitos adversos. 
Efeitos adversos: poliúria, polidipsia, polifagia, sedação, acima de 35ug/ml começa a ter 
hepatotoxicidade, prurido (gatos) principalmente facial 
Brometo de potássio – não recomendado para gatos, somente cães. 
Indicado para cães refratários ao fenobarbital ou que tenham hepatopatias importantes, 
entramos com brometo de potássio, associado (eficácia de 95%) ou isoladamente (eficácia de 
80%) 
Administrar junto do alimento e após 6 semanas avaliar concentração sérica que é quando se 
mantem em platô 
Em alguns animais podemos fazer dose de ataque, pois demora muito para começar a fazer 
efeito. A dose de ataque é 400-600mg/kg/dia em 4x/dia até chegar na concentração sérica 
(chega no platô bem mais rápido) 
Dose indicada – 25-35mg/kg/dia VO e se for associado ao fenobarbital deve ser de 20-
30mg/kg/dia VO 
Interessante não modificar alimentação do animal ao administrar brometo de potássio, pois 
precisa de reabsorção contínua e ao mudar alimentação, altera reabsorção. Também é 
necessário avaliar concentração sérica, ideal quando administrado isoladamente é de 1-3mg/ml 
e quando associado junto ao FB, de 1-2mg/ml 
Efeitos adversos são semelhantes ao do FB: ataxia, poliúria, polidipsia, vômitos, sedação, 
megaesôfago, prurido, pancreatite 
Gatos: não fazer pois terá alterações respiratórias importantes... dispneia, tosse 
Se manter em 25ug/ml marca reavaliação para 3 meses e posteriormente a cada 6 meses 
2º linha de anticonvulsivantes 
Outras opções de antiepiléticos 
Utilizados em animais refratários ao tratamento anterior (FB e BP) ou quando as medicações de 
eleição causam muitos efeitos adversos 
Felbamato, Topiramato, Clorazepato, Levetiracetan (uma das melhores), Gabapentina 
(pregabalina) 
Levetiracetan + zonisamida – mostrou-se interessante em casos de animais refratários 
Contraindicados – Fenitoina, Ácido valpróico e carbamazepina. Extremamente tóxicos, não 
podem ser utilizados em cães e gatosMonitoração do paciente – a cada 3 ou 4 meses (se animal estiver bem, pode espaçar mais). 
Solicitar exames de hemograma, ALT, FA, Alb, PT, perfil lipídico, ácidos biliares, creatinina, ureia, 
urinálise... 
Sugerir castração!!! 
Crise convulsiva – animal que não para de convulsionar, está em estado epilético = apresentando 
várias crises, ou tendo crises prolongadas e com curto espaço para recobrar (consciência?) 
Anamnese - Quantas crises? Fez algum tratamento anterior? Suspeita de alguma intoxicação? 
Tenha um acesso venoso. Se animal está convulsionando e não é possível pelo acesso, realizar 
diazepam retal (2mg/kg) 
Reduziu convulsão, faz acesso venoso (0,5-1mg/kg IV a cada 5-10 min) – geralmente repetimos 
diazepam 2, 3 vezes no máximo. 
Se o animal continua convulsionando, precisamos induzir a anestesia ou uma sedação. Podemos 
fazer pentobarbital sódico (2-15mg/kg IV, lento) (cuidado, pois animal pode parar de respirar. 
Ter um traqueotubo por perto) 
Pode fazer propofol (1-2mg/kg IV, lento) para induzir e depois manter caso não pare de 
convulsionar. 
Teve mais de três convulsões, já realiza fenobarbital (2-6mg/kg IV ou IM) pois aí já está tratando 
a longo prazo 
Levetiracetam (20-60mg/kg IV) é uma alternativa interessante para se utilizar 
Se mesmo após fenobarbital animal continua convulsionando, manter no propofol em infusão 
contínua (0,1-0,6mg/kg/min) ou midazolam em infusão contínua 
Propofol é interessante principalmente em cães, mas em gatos não pode ser administrado por 
muito tempo pois pode levar a intoxicação 
Pode-se usar também a ketamina em infusão contínua (5mg/kg/h) 
Animal continua convulsionando... ideal é passar para isofluorano (manter anestesiado), com 
tubo (respiração assistida com oxigênio adequado) e inicia exames para procurar causa base das 
crises convulsivas 
Hipoglicemia, trauma... após 15 minutos de convulsão começa a ter edema cerebral, o que 
agrava o quadro clinico e leva a mais convulsões. 
Naquele momento inicial do acesso, já é interessante coletar o sangue para os exames, mas caso 
animal não pare de convulsionar, primeiro estabiliza e em seguida vai para os exames 
Tratamento estado epilético – Objetivos = interromper as convulsões, proteger o cérebro e 
permitir a recuperação do paciente 
Terapia inespecífica 
Restaurar a homeostasia – porque como está tendo muitas convulsões animal não está 
conseguindo respirar, a parte vascular está inadequada, então pode ir a óbito 
Manter uma via aérea patente e administrar oxigênio. Se animal estiver ficando cianótico, 
entuba e faz suporte de oxigênio, se não pode ter parada respiratória 
Compressão cuidadosa dos globos oculares – para estimular o nervo vago, efeito antiepilético 
complementar, N. faz bradicardia... Mas funciona pouco 
Acupuntura – reestabelecer paciente antes de partir para tratamentos alternativos 
Em estado epilético, terapia específica = Anticonvulsivante – já começamos a tratar o aumento 
da pressão intracraniana (que vai ocorrer posteriormente) 
O que fazer? Manitol 20% 1-2g/kg IV por 10 min retira o liquido do interstício cerebral e joga 
para o vaso) + furosemida 1-2mg/kg IV (pega líquido que está saindo e joga para via renal) 
Dexametasona 0,25mg/kg IV (Pode ser interessante para reduzir processo inflamatório e 
aumento da pressão intracraniana) 
Coletar amostra de sangue - Glicemia, cálcio... para avaliar se tem origem. 
Exames de rotina/ Dosagem da concentração do antiepiléptico se for necessário 
Controlar temperatura corporal (<40ºC) pois estes animais costumam ficar hipertérmicos devido 
as contrações vigorosa da musculatura 
Administração de tiamina, principalmente em gatos, pois pode ser a origem da convulsão. 
Em casos refratários 
Pode realizar infusão contínua: dizepam 0,1-0,5mg/kg/h ; midazolam 0,1-0,25mg/kg IM/IV ; 
propofol (só em cães) 
Nesse caso pode manter controlado sem intubação 
Se não estiver adiantando, faz anestesia inalatória com isofluorano, ventilação mecânica 
(precisa ser intubado) e animal precisa ficar no CTI, fazer aquecimento para pacientes 
hipotérmicos e resfriamento para hipertérmicos, inclinação da cabeça em 45º para auxiliar 
escoamento cerebral. É interessante fazer infusão contínua de propofol ou diazepam, 
midazolam... monitorar PA para deixar sempre equilibrada, respiração para avaliar excesso de 
C02 
Falhas terapêuticas 
Erros diagnósticos – as vezes animal tem síncope e está sendo tratado como convulsão 
Anticonvulsivante está adequado? Dose, espaçamento 
Erro de manejo – as vezes tutor acha que está ajudando, mas administrar sobredose no animal, 
etc 
Concentrações séricas 
Biodisponibilidade do fármaco – função renal, hepática, TGI 
Estro? Estro precipita convulsões 
Considerações finais 
Sempre fazer os diagnósticos diferenciais da convulsão 
Descartar e tratar convulsões de causa intra ou extracranianas no caso das idiopáticas. (Será que 
realmente é idiopático? Descartar causas intra e extras) 
Estado epilético é sempre emergência (procurar causa) 
Rigoroso controle dos fármacos e monitoração do paciente (Fazer a cada 3 meses, 
posteriormente chegar a 4 ou 6 meses dependendo da idade do paciente, presença de 
comorbidade) 
Orientar tutor sobre uso do diazepam retal em casa (opção interessante).

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