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Clostridium sp. ➢ São causadas por várias espécies dessa bactéria; ➢ Cada clostridium tem propicio por diferentes tipos de tecidos; Ex.: C. botulinum e C. tetani acomete no tecido nervoso. Pergunta: Os clostridium na sua forma infectante (quando ela está num indivíduo) ela está em qual forma? - Esporos. Os clostridium de maneira geral, tem uma diferença muito grande em relação a sobrevivência, eles são diferentes das bactérias que vimos até agora; Por ter uma forma esporulada, eles conseguem se manter muito mais num ambiente ➢ Elas são muito resistentes no ambiente; A forma de esporos, a esporulação dessa bactéria, acontece quando ela está num ambiente impróprio para sua sobrevivência; Pergunta: Quando essa bactéria passa por forma esporulada? - Quando o principal fator está atuando sobre, ou seja, a bactéria está no ambiente e algo que ela não goste, faz com que ela esporule; ➢ O principal fator que faz que ela esporule é o oxigênio Pergunta: Qual é o fato que facilita que o esporo passa dessa forma para forma vegetativa? - A falta de oxigênio, ou ambiente anaeróbico (ele é favorecido pelo CO2) Os clostridium que está na forma vegetativa, é a forma que a bactéria está replicando, quando ela entra em contato com o oxigênio, ela esporula. ➢ O CO2 facilita sua passagem de esporo para forma vegetativa e produzir toxinas que vão causar a lesão. ➢ Uma das coisas que diferencia as espécies é a formação dos esporos (algumas bactérias produzem esporos) • Família: Bacilaceae • Gênero: Clostridium sp. Espécies: - C. tetani, - C. botulinum, - C. perfringens, - C. chauvoei, - C. septicum, - C. novyi, - C. haemolyticum, - C. sordelli, - C. colinum, - C. spiroforme, - C. difficile. 1- Aspectos gerais: • Gram +, • bacilos grandes, com exceção do C. spiroforme que possui a forma de espiral. • Produzem esporos que podem ser: Subterminais: C. sordelli, C. novyi, C. botulinum, C. perfringens. C. septicum; Terminais: C. tetani. - Sinal clínico é mais abrando dependendo da toxina que ingeriu; A toxina foi pré-formada em um substrato e nesse substrato houve uma modificação do oxigênio que proporcionou a ela produzir toxinas; A figura abaixo mostra o bacilo gram + e na sua extremidade um esporo. Os esporos podem ser terminais, subterminais, centrais ou até mesmo podendo ser visível e é isso que diferencia um clostridium do outro! O clássico é esse da imagem abaixo (clostridium tetani) que é um bacilo onde a sua proporção terminal parece uma bolinha que lembra um palito de fosforo e isso é clássico, esse esporo acha com muita frequência. OBS: muitos clostridium estão no intestino dos animais de maneira natural passa por todo trato digestório e sai nas fezes, e assim em diante até chegar a passagem do esporo para as forma vegetativa (devido ao ambiente desfavorável ou favorável que é o CO2) Pergunta: O que vai fazer para que ele produza uma toxina? - Se tiver em algum lugar, alguma coisa que faça uma lesão, que faça parar o trânsito e esse esporo em algum momento vai encontrar o ambiente favorável e produzir as toxinas e as lesões. Pergunta: Quais os fatores predisponentes para o desenvolvimento do botulismo? - Ingestão da toxina em algum substrato. 2- Aspectos Bioquímicos e Culturais: • São anaeróbicos, alguns são microaerófilos facultativos- 2-10% de CO2 no ambiente ou Gaspak, Fortner e Brewor; • requerem meios ricos com proteínas, aminoácidos, vitaminas e lipídeos, pH neutro e temperatura de 37°C por 24-48 horas, onde produzem colônias irregulares; • Emitem odores pútrido devido ao catabolismo de peptídeos; • Meios específicos: Carne cozida, meio de Tarozzi, tioglicolato e meio de Robertson. Forma vegetativa (no indivíduo) - são sensíveis a ambientes estressantes e desinfetantes. Forma esporulada (no ambiente) são resistentes: dessecação, calor, irradiação e desinfetantes; • Os esporos são destruídos a 120°C/ 20 minutos OBS: O fator de pré-disposição para que a bactéria passe da forma esporulada para a forma vegetativa, é a mudança na quantidade de oxigênio. Quando ela é exposta ao oxigênio; 3- Classificação quanto ao Sítio de Ação: Neurotrópícos: ➢ C. tetani, C. botulinum, C. perfringens tipo D. ➢ Produzem potentes neurotoxinas – associados a sinais neurológicos. Histotrópicos: ➢ C. chauvoei, C. septicum, C. novyi, C. haemolyticum, C. sordelli, C. perfringens tipo A, C. colinum. ➢ Produzem toxinas menos potentes que as neurotoxinas e são invasivos. Incluem o Clostridium sp. da gangrena gasosa. Enterotóxicos: ➢ C. perfringens A e E. ➢ Produzem enterotoxinas a nível intestinal que são absorvidas na corrente sangüínea, provocando uma enterotoxemia generalizada com diarréia, e comprometimento do trato gastrointestinal. OBS: Clostridium produtores de doença entérica que podem ser induzidos por antibióticos: ➢ C. difficile e C. spiroforme: são pouco frequentes. 4- Quanto a Invasividade: Não invasivos: A toxina é produzida no local da lesão já existente. ➢ C. tetani e C. botulinum. Invasivos: A bactéria circula no indivíduo, vai em diferentes locais, causa uma lesão e produz a toxina. ➢ C. perfringens, C. haemolyticum, C. sordelli, C. chauvoei, C. novyi, C. septicum e C. colinum. Invasivos: São aqueles que a bactéria circula pelo organismo, vão até um órgão lá se insta e produz suas toxinas e aí levam o sinal clínico. Não invasivos: São aqueles que, por exemplo no botulismo, a toxina pré- formada é ingerida, ou no caso do tétano a toxina é formada no local ode ela foi inserida. - Também conhecida como “Doença da vaca caída, da Mão Dura, Mal do Alegrete, Mal daS Palhadas”. -1912(1879) Humanos - botulus (salsicha). - Brasil - 1970 - Piauí - grande mortalidade. - Características - Paralisia flácida e morte consequente de insuficiência respiratória. Pergunta: Quando quer fazer o diagnóstico do clostridium botulinum o que precisa detectar? - A toxina, porque ela que causou a lesão. De qual material? Do sangue, de líquido intestinal, líquido estomacal, fluidos... Se identificar o esporo ou a bactéria não comprova, porque a bactéria pode estar na maneira natural no indivíduo. A bactéria pode estar em qualquer lugar! Pergunta: Quais são acometidos? Praticamente todas as espécies. Em todas elas acontecem paralisia flácida! Qual é a lesão patonômica no botulismo? - Não se vê lesão! Tudo tem a ver com o substrato onde a toxina foi formada; ETIOLOGIA ➢ Clostridium botulinum. ➢ Bacilo G+, ➢ Esporos- autoclave 120°C/30 minutos. ➢ Toxinas - sensíveis ao calor e luz solar. ➢ Potentes neurotoxinas antigenicamente diferentes. (1 g) ➢ A, B, C, D, E, F e G. (toxinas produzidas no botulismo) ➢ C e D - Bovinos, ovinos e equinos - outras espécies. ➢ A, B, E e F - humanos. ➢ C - aves domésticas e silvestres. Botulismo: a C e a D são as mais vistas, isoladas e as mais caracterizadas nos animais domésticos; Resumindo: - Essas toxinas são sensíveis ao calor; - Se tiver calor, elas são destruídas; - Toxinas são dadas por letras (A, B, C, D...) - A diferença de uma toxina por outra é obviamente a sua conformação, mas todas elas causam o mesmo sinal clínico; - ALIMENTOS ASSOCIADOS COM BOTULISMO: ➢ Alimentos enlatados ou envasados em vidros ➢ industrializados: subprocessamento ou contaminação pós-processo ➢ conservas caseiras: subprocessamento. ALIMENTO INFANTIL:➢ Mel: fonte significativa de C. botulinum Mel na chupeta: O problema é a embalagem contaminada com esporo ➢ Cereal de arroz e xarope de milho O LADO BOM DO BOTULISMO: ➢ BOTOX (botulinium do tipo A)- a toxina relaxa a área. Causas do botulismo: (Sinal clínico) - Paralisia flácida; (é o mais importante). Não tem força para se movimentar! EPIDEMIOLOGIA: ✓ Afeta diferentes espécies domésticas; ✓ Morbidade variada - mortalidade alta; Fatores pré-disponentes: - Ingestão de carcaças contaminadas (carência p); Uma maneira de prevenir é levar a carcaça num local adequado e queimá-la. Quando se fala de botulismo a melhor coisa a se fazer é queimar. - água contaminada - Mal condicionamento dos alimentos - Fêmea adulta (lactação ou gestação) – 100g/dia mistura mineral. -1 metro/ 30 animais PATOGENIA: - Após ingestão de toxinas - água, alimentos, carcaças etc. - Toxinas - absorvidas e via hematógena - SNP. - Toxinas atuam nas junções neuromusculares - impedindo a liberação de acetilcolina. - Produzindo paralisia funcional motora - não sensorial. SINAIS CLÍNICOS: - Evolução diferenciada - provável - ingestão toxinas . - Superaguda - menos de 24 horas. - Aguda - 1-2 dias. - Subaguda - 3 a 7 dias - Crônica - 7 dias a 1 mês. Tratamento: 1ª coisa a se fazer é aplicar a antitoxina botulínica, hidrata e manter ele vivo; Principais sinais clínicos: - Paralisia flácida parcial ou completa músculos: locomoção, mastigação e deglutição. - Andar cambaleante e rígido - afetando os membros pélvicos - evolução para torácicos - cabeça e pescoço. - Bradicardia e respiração dispnéica. - Diminuição - tônus muscular - membros... - Paralisia - músculos da mastigação - Animal não consegue retrair a língua. - Equinos e bovinos - sinais semelhantes. - Ovinos - relatos de não apresentarem paralisia flácida. - Aves - asas, pernas e pescoço - ficam paralisados – sem retrair a membrana nictitante. DIAGNÓSTICO: (1) ▪ Baseia-se nos sinais clínicos; - Histórico - deficiência de fósforo na pastagem, suplementação mineral inadequada, presença de carcaças, osteofagia, ou uso de alimentos mal conservados- animais bebendo água em locais suspeitos. ▪ Demonstração da toxina no animal afetado. Material a ser enviado ao laboratório: (alto n° de amostras) -Fragmentos de fígado - resfriados ou congelados; - Soro sanguíneo - resfriado ou congelado; - Conteúdo ruminal - resfriado ou congelado; - Fragmento de intestino delgado com conteúdo PERGUNTA!!! - Quais são os principais materiais que colhe de um animal para fazer o diagnóstico de botulismo? - Resposta: sangue e líquidos (intestino, de abomaso, de omaso...) e nesses líquidos vai tentar fazer a detecção da toxina; PERGUNTA! - Como faz a prova biológica? - Resposta: inoculação de toxina, existe também ELISA DIAGNÓSTICO: (2) ▪ Metade do encéfalo congelado e metade em formol 10%. ➢ Testes: - Ensaio biológico - inoculação em camundongos. - Microfixação de complemento - toxicológica mais efetiva. - ELISA. ▪ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: - Listeriose - BHV-5 - Raiva - Polioencefalomalácia
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