Buscar

Bacillus CEREUS nutrição higiene e microbiologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Centro Universitário Una 
Higiene e Microbiologia de Alimentos 
 
 
 
Bacillus Cereus 
 
 
Nutrição - Noite 
2020 
 
Sumário 
 
 
1. Característica do microrganismo 02 
a. Morfologia 02 
b. Temperatura 03 
c. PH de Crescimento 03 
d. Actividade da água (aw) 03 
e. Relação com o oxigénio 03 
f. Radiação 03 
2. Mecanismo completo de patogenicidade. 04 
a. Síndrome emética: 04 
b. Síndrome diarreica: 04 
c. Ceratite: 05 
d. Panoftalmite: 05 
e. Endoftalmite: 05 
3. Alimentos envolvidos. 06 
4. Quadro clínico da doença. 07 
5. Epidemiologia. 09 
6. Medidas de controle. 11 
7. Método de análise. 12 
8. Referências bibliográficas. 13 
9. Anexo Único 14 
 
1. Característica do microrganismo 
 
a. Morfologia 
Bacillus cereus é uma bactéria da 
família ​Bacillaceae ​que se destaca por ter 
formato de bastão, ser gram-positiva , 1
geralmente móveis, e formam esporos . Ela 2
produz 2 tipos de enterotoxinas: diarreica e 
emética, que são os agentes responsáveis 
pela intoxicação alimentar. 
Os ​Bacillus cereus​, em virtude de sua 
capacidade de formar esporos, apresentam 
grande resistência: suportam altas 
temperaturas, desidratação e até mesmo 
produtos químicos usados para a limpeza. Isso faz com que eles estejam 
amplamente distribuídos no ambiente, onde causam danos contaminando 
alimentos. 
 
b. Temperatura 
Bacillus cereus tem uma temperatura ótima de crescimento entre 30 e 40°C, 
embora em algumas estirpes esta seja de 50ºC, podendo a temperatura máxima de 
crescimento atingir os 55ºC. São, no entanto, conhecidas estirpes psicrotróficas que 
crescem a 4-5ºC sendo, neste caso, a temperatura máxima de crescimento de 37ºC. 
 
1 As bactérias Gram-positivas são aquelas que obtêm uma coloração violeta ou azul escura através da técnica 
de Gram​. São o oposto das bactérias Gram-negativas​, que são incapazes de fixar a violeta de genciana​, retendo 
em seu lugar o corante de contraste (​safranina ou fucsina​) que lhes dá a tonalidade vermelha ou rosa. Os 
organismos Gram-positivos são capazes de reter o corante violeta devido à grande quantidade de 
peptidoglicano​ na sua parede celular​. 
 
2 Os organismos podem começar a formar esporos em resposta a pressões ambientais específicas, como um 
declínio no suprimento de água, aumento da temperatura ou radiação; servem como um estágio de repouso do 
ciclo de vida bacteriano, ajudando a preservar a bactéria por períodos de condições desfavoráveis. Os esporos 
bacterianos são cópias extremamente resistentes de material genético que estão armazenadas dentro de uma 
cápsula resistente dentro da membrana celular. Múltiplas camadas de material circundam o esporo, aumentando 
as chances de sobrevivência. Podem germinar mesmo após anos de dormência. Uma vez que as pressões 
ambientais diminuem, os esporos podem ser ativados, permitindo que as bactérias voltem a se reproduzir. 
1 
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria_Gram-negativa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_de_genciana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corante_de_contraste
https://pt.wikipedia.org/wiki/Safranina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fucsina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peptidoglicano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peptidoglicano
c. PH de Crescimento 
A temperatura ótima de produção de enterotoxina emética situa-se entre 25 e 
30°C. A toxina emética (induz o vômito) é um pequeno peptídeo sem propriedades 
antigênicas, produzido durante a fase estacionária do crescimento e 
extraordinariamente resistente ao calor (resiste a uma incubação a 126ºC durante 
90 min), a pH extremos e à digestão enzimática. Consegue crescer em ambientes 
com valores de pH entre 5,0 e 9,3, embora ambientes com pH 5,1, resultante da 
presença de 0,1% de ácido acético, possam inibir o crescimento. A taxa específica 
de crescimento máxima atinge-se em ambientes com valores de pH entre 6,0 e 7,0. 
A toxina emética é estável para valores de pH entre 2 e 11. A toxina diarreica é 
instável para valores inferiores a 4 e superiores 11. 
 
d. Actividade da água (aw) 
B. cereus cresce em ambientes com valores de aw mínimos compreendidos 
entre 0,92 e 0,95. Os esporos resistem por longos períodos em alimentos 
desidratados (com baixa aw). Para concentrações superiores a 7,5% de NaCl o 
crescimento de B. cereus é inibido. 
 
e. Relação com o oxigénio 
B. cereus é uma bactéria anaeróbia facultativa (cresce em presença ou na 
ausência de oxigénio), mas a produção de toxinas é muito baixa em condições de 
anaerobiose. 
 
f. Radiação 
Os esporos de ​B. cereus são mais resistentes às radiações do que as células 
vegetativas. A “pré-irradiação” dos esporos torna-os mais sensíveis a tratamentos 
térmicos posteriores. 
 
 
 
 
 
2 
2. Mecanismo completo de patogenicidade. 
 
Bacillus cereus ​encontra-se largamente distribuído na natureza, tendo já sido 
isolado do solo, pó, colheitas de cereais, vegetação, pêlos de animais, água e 
matéria em decomposição. Alimentos contaminados pelo ​Bacillus cereus podem 
provocar duas síndromes: a emética (vômito) e a diarreica. Essa bactéria produz 
diferentes toxinas, sendo cada uma responsável por determinados sintomas. 
Assim, o microrganismo é encontrado numa grande variedade de produtos 
agrícolas e de origem animal. O homem não contribui significativamente como 
veículo de contaminação dos alimentos por ​Bacillus cereus​, embora este possa 
estar temporariamente presente no intestino de indivíduos saudáveis. Os animais 
podem ser portadores de ​Bacillus cereus no seu corpo. Ocasionalmente, ​Bacillus 
cereus​ pode causar mastites em vacas. 
Para além de ​B. cereus​, existem outras espécies pertencentes ao género 
Bacillus, algumas das quais também produtorasde enterotoxinas, e implicadas em 
episódios de intoxicação alimentar. São de referir ​B. subtilis e ​B. licheniformis que 
podem produzir uma toxina termoestável responsável por sintomas idênticos aos 
causados pela toxina de tipo emético (que induz vômito) de B. cereus. 
As infecções gastrointestinais que esta bactéria gera são: 
 
a. Síndrome emética: é causada por uma toxina que é uma proteína de 
baixo peso molecular. Ela se assemelha à síndrome causada por uma 
enterotoxina produzida pelo ​Staphylococcus aureus ​e provoca no 
paciente náusea e vômito. Os sintomas normalmente surgem de uma 
a seis horas após a ingestão do produto contaminado. Normalmente, a 
síndrome está associada à ingestão de arroz cozido que foi colocado 
em temperatura ambiente. Vale destacar que os surtos também se 
associam a batatas, massas e queijos. 
 
b. Síndrome diarreica: A toxina causadora dessa síndrome é uma 
proteína de grande peso molecular. Assemelha-se bastante a uma 
3 
síndrome produzida pela enterotoxina de ​Clostridium perfrigens , uma 3
vez que provoca diarreia, dores abdominais e, algumas vezes, vômito 
e náusea. Os sintomas surgem normalmente de 6 a 24 horas após a 
ingestão do alimento contaminado. Vale destacar que essa síndrome 
está associada a uma série de problemas com a manipulação dos 
alimentos. 
 
Ao nível do globo ocular, a bactéria gera as seguintes infecções: 
 
c. Ceratite: infecção da camada mais 
externa do olho, a córnea. 
 
d. Panoftalmite: inflamação que afeta 
todas as estruturas do olho. Também 
pode afetar as estruturas que o 
rodeiam. 
 
e. Endoftalmite: infecção que prejudica 
todas as camadas do olho. Está 
circunscrito apenas a este. 
 
 
 
3 Esta bactéria é um bacilo gram positivo, anaeróbio, esporulado, encapsulado e imóvel. Produz uma série de 
proteínas biologicamente ativas, algumas com atividade tóxica e outras com atividade enzimática. Os 
Clostridium perfringens apresentam uma intensa atividade metabólica em alimentos. Por produzir uma série de 
enzimas hidrolíticas extracelulares, incluindo colagenages, hialuronidases de oxirribonuclease e proteases. 
Também é capaz de fermentar um grande número de carboidratos (glicose, lactose, frutose, galactose, maltose, 
inositol, manose, amido e sacarose). Durante a fermentação há intensa produção de gás (H2 e CO2) e produtos 
finais ácidos. 
4 
3. Alimentos envolvidos. 
 
Embora não seja o único 
patógeno transmitido por alimentos, B. 
cereus é responsável pela maioria dos 
surtos de doenças transmitidas pela 
ingestão de alimentos. 
Nas últimas décadas, o número 
total dessas doenças tem apresentado 
uma tendência crescente em todo o 
mundo. 
A doença conhecida como síndrome do arroz frito é uma síndrome emética 
produzida por ​B. cereus​. A causa comum é o arroz cozido que foi mantido por 
longos períodos à temperatura ambiente e depois frito rapidamente antes de ser 
servido. 
Bacillus cereus é o terceiro responsável por doenças causadas por carne 
contaminada, após estafilococos e salmonelas. 
A bactéria também está presente em algumas especiarias, por isso seu uso 
em carnes aumenta o risco de envenenamento. 
O leite cru pode ser contaminado por ​B. cereus​. Como seus esporos resistem 
à pasteurização, também pode estar presente no leite pasteurizado e em vários 
produtos lácteos. 
Outros alimentos que foram encontrados contaminados com ​B. cereus 
incluem sobremesa misturas, alimentos infantis, alimentos pré-cozidos, frutos do 
mar, cacau, chocolate, feijão, legumes frescos, cereais e seus derivados. 
 
 
5 
4. Quadro clínico da doença. 
 
As doenças de origem alimentar são amplamente reconhecidas pelos efeitos 
agudos no trato gastrintestinal. Outros sintomas também podem ocorrer e, em 
alguns casos, a gravidade pode ser tal, que os doentes chegam a óbito. 
Os agentes etiológicos dessas enfermidades também podem causar doenças 
crônicas, que ocorrem independentemente ou acompanhadas de sintomas agudos. 
Considera-se que ​B. cereus ​tem que estar presente numa concentração 
mínima de 105-106 células por grama de alimento para que seja produzida uma 
quantidade de toxina suficiente para causar doença. No entanto, alimentos contendo 
concentrações de ​B. cereus ​superiores a 10000 bactérias por grama de alimento 
não podem ser considerados seguros para consumo. 
Os sintomas de intoxicação por ​B. cereus ​do tipo diarreico surgem, 
dependendo da quantidade de toxina ingerida, entre 6 e 15 horas após o consumo 
do alimento contaminado. Os sintomas mais comuns são diarreia aquosa e cólicas 
abdominais, mas, por vezes, também podem surgir náuseas. 
A intoxicação do tipo emético é caracterizada por vômitos e náuseas que 
surgem cerca de 1 a 6 h depois da ingestão do alimento contaminado com a toxina. 
A evolução clínica é, regra geral, favorável e os sintomas desaparecem 
normalmente ao fim de 24h. Em indivíduos saudáveis, normalmente não é 
necessário qualquer tipo de tratamento. No entanto, a administração de líquidos é 
aconselhável quando a diarreia e os vómitos são intensos. 
De forma simplificada o quadro clínico gerado pelo Bacillis cereus: 
Síndrome emético: 
● Náusea e Vômito repetitivo 
● Mal estar, incômodo geral. 
● Em alguns casos, pode haver diarréia 
● Dor abdominal. 
Síndrome diarreica 
● Diarreia aquosa abundante 
● Dor abdominal 
● Tenesmo retal 
6 
● Ocasionalmente pode haver febre 
Ceratite 
● Dor ocular 
● Lachrymation ou quitação 
● Perda progressiva da visão 
● Sensibilidade excessiva à luz. 
Panoftalmite 
● Dor de cabeça 
● Dor orbitária Peri 
● Vermelhidão 
● Inchaço 
Endoftalmite 
● Visão diminuída 
● Edema ao redor do olho 
● Dor ocular 
● Vermelhidão da esclera 
● Sensibilidade à luz 
 
É importante estar atento a qualquer um desses sintomas para tratá-los a 
tempo. A progressão dessas infecções pode gerar consequências permanentes a 
longo prazo, bem como o destino, especialmente quando se desenvolvem em 
crianças. 
Toda a população é susceptível de intoxicação por ​B. cereus​, mas a 
intensidade de sintomas varia de indivíduo para indivíduo. Os sintomas são mais 
severos em crianças, em idosos e em indivíduos imunodeprimidos. 
7 
5. Epidemiologia. 
 
O ​Bacillus cereus é um bacilo Gram-positivo, produtor de esporos que tem 
como reservatório natural o solo. Este microrganismo é reconhecido como um 
agente etiológico de doenças de origem alimentar há mais de 40 anos. Os surtos 
associados ao ​Bacillus cereus estão relacionados com várias matrizes alimentares 
tais como arroz e massas. A presença de grande quantidade de microrganismos 
(≥106) no alimento é indicativo de crescimento e proliferação do organismo 
constituindo deste modo, um potencial perigo para a saúde. 
Um dos aspectos mais destacados do ​Bacillus cereus é a sua onipresença. 
Isso significa que pode ser encontrado em vários ambientes. Tudo isso graças à sua 
capacidade de sobreviver em várias condições ambientais de pH e temperatura. 
Através de vários estudos tem sido possível isolar estirpes desta bactéria em 
ambos os solos polares e lugares tropicais, confirmando a sua capacidade de 
colonizar ambientes diversos. Eles podem ser encontrados em solos, plantas, águas 
minerais, sedimentos e até poeira. ​A B. cereus compete comoutros 
microrganismos, tais como a ​Salmonella ​e a ​Campylobacter ​no ​intestino​, por isso 
sua presença reduz o número desses microrganismos. Em rações animais, tais 
como as de ​galinha​, ​coelhos e ​porcos​, algumas cepas inofensivas da ​B. cereus são 
usadas como ​probiótico ​aditivo para reduzir a Salmonella no ​intestino e no ​ceco​. 
Isso melhora o crescimento dos animais, bem como a segurança alimentar para os 
seres humanos que comem sua carne. 
As síndromes diarreicas observadas nos pacientes são vistas como o 
resultado de três toxinas: a ​hemolisina BL Hbl, a ​enterotoxina não-hemolítica Nhe e 
a ​citotoxina K CytK. ​Estas enterotoxinas são todas produzidas no intestino delgado 
do hospedeiro, deste modo frustrando a saída da digestão por enzimas endógenas 
hospedeiras. As proteínas apresentam uma conformação conhecida como "barril 
beta" que pode se inserir em membranas celulares devido a um exterior ​hidrofóbico​, 
deste modo criando poros com interiores ​hidrofílicos​. O efeito é a perda de ​potencial 
elétrico de membrana celular e eventualmente morte celular. A CytK é uma proteína 
formadora de poros mais relacionada com outras hemolisinas. 
8 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Salmonella
https://pt.wikipedia.org/wiki/Campylobacter
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Galinha
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coelho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Porco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Probi%C3%B3tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aditivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ceco
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hemolisina_BL&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Enterotoxina_n%C3%A3o-hemol%C3%ADtica&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Citotoxina_K&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrof%C3%B3bico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrof%C3%ADlico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_el%C3%A9trico_de_membrana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_el%C3%A9trico_de_membrana
Foi pensado anteriormente que o momento da produção de toxina poderia 
ser o responsável por dois comportamentos diferentes da doença, mas, de fato, a 
síndrome emética é causada por uma toxina chamada ​cereulide que é encontrada 
apenas em cepas eméticas e não é parte da "caixa de ferramentas padrão" da B. 
cereus​. Acredita-se que a cereulide se liga aos receptores de serotonina 
5-hidroxitriptamina 3 (5-HT3), ativando-os e levando à uma estimulação do ​nervo 
vago​ aferente aumentada. 
A ​B. cereus também é conhecida por causar infecções crónicas da pele que 
são difíceis de erradicar embora seja menos agressiva do que a ​fasciite necrosante 4
. A​ B. cereus​ também pode causar ​ceratite . 5
É mencionada como microflora patogênica em produtos farmacêuticos orais 
na farmacopeia brasileira. 
O diagnóstico de doenças transmitidas por ​intoxicação alimentar​, o 
diagnóstico de ​B. cereus pode ser confirmado pelo isolamento de mais de 10​5 
organismos ​B. cereus por grama de alimento epidemiologicamente implicado, mas 
essa experiência muitas vezes não é feita porque a doença é relativamente 
inofensiva e normalmente auto-limitante 
O prognóstico das doenças transmitidas por alimentos de ​B. cereus 
geralmente são auto-limitantes. A maioria dos pacientes eméticos se recupera 
dentro de 6 a 24 horas, mas em alguns casos, a toxina pode ser fatal. 
 
 
 
4 Fasceíte necrotizante é uma ​infecção que causa a ​morte dos ​tecidos moles do corpo.​] É uma doença grave de 
aparecimento súbito que se espalha rapidamente. Os sintomas mais comuns são pele de tom vermelho ou 
púrpura na área afetada, dor muito intensa, ​febre e ​vômitos​.​] A maior parte dos casos afeta as ​pernas (50%), os 
braços​ (29%) e o​ ​períneo​. A fasceíte necrotizante é um tipo de​ ​gangrena​. 
5 ​Ceratite ou ​queratite (do grego ​Kerat-​, córnea; ​-itis​, inflamação) é um​a ​inflamação na ​córnea​, a camada 
transparente que protege os olhos. Pode ser causada por secura, lesão física ou química, vírus, b​actérias, 
amebas, fungos ou vermes. 
9 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cereulide&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo_vago
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo_vago
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intoxica%C3%A7%C3%A3o_alimentar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infe%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infe%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Necrose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Necrose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_mole
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_mole
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fasce%C3%ADte_necrotizante#cite_note-CDC2016-3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%B3mito
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%B3mito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fasce%C3%ADte_necrotizante#cite_note-CDC2016-3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Perna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Perna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bra%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bra%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADneo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADneo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gangrena
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gangrena
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rnea
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rnea
6. Medidas de controle. 
 
O cuidado com o preparo do alimento deve começar na hora de sua compra: 
prefira sempre aqueles que tenham prazo de validade maior e que apresentem bom 
estado. 
Na hora de fazer, higienize bem o alimento e certifique-se de que o ambiente 
e os utensílios estão limpos. Isso evita a contaminação. 
Depois de prontos, os alimentos devem ser colocados no congelador, em 
potes bem vedados, com porções referentes ao consumo da refeição diária. Quando 
for descongelar o alimento, não deixe-o sobre a pia. Coloque-o na geladeira para 
evitar a multiplicação de bactérias. 
Na hora de esquentar a comida, a recomendação é usar o fogão. Mas, na 
impossibilidade, é preciso tomar alguns cuidados com o micro-ondas. Use um 
recipiente apropriado para micro-ondas. Se for de plástico, veja se é polipropileno, 
que não contamina. 
Para evitar a intoxicação por ​Bacillus cereus, ​é importante guardar os 
alimentos de forma adequada e na temperatura correta.​ Vide anexo1 
Além disso, é importante nunca deixar alimentos cozidos por mais de duas 
horas em temperatura ambiente, evitar guardar alimentos reaquecidos muitas vezes 
e, ao aquecer, elevar a temperatura além de 75°C. 
 
 
 
 
 
10 
 
 
7. Método de análise. 
 
As técnicas tradicionais de microbiologia de alimentos fundamentam-se na 
utilização de testes morfológicos e bioquímicos para a caracterização da 
fenotipagem, subtipagem e identificação de géneros, espécies e subespécies 
microbianas. No entanto, estes resultados podem apresentar uma grande 
variabilidade de resultados, devido a fatores ambientais sobre a expressão genética, 
além de outras desvantagens, como o baixo poder discriminatório em 
microrganismos com pouca variabilidade genética, além do risco de interpretações 
de caráter errôneo quando se utiliza um número limitado de testes, segundo 
Settanni & Corsetti, 2007; Gandra et al., 2008 (apud Frechaut, 2014, p.37). 
Diversos métodos foram desenvolvidos,entre eles a reação em cadeia da 
polimerase (PCR) que apresenta maior poder discriminação, rapidez, seletividade, 
especificidade, e a possibilidade de trabalhar com bactérias que não são cultiváveis 
nos meios de cultura convencionais. Outra técnica molecular é a multiplex PCR 
(mPCR). Também outra opção é o BCET-RPLA® (Oxoid Ltd), teste comercial, é um 
método semi-quantitativo que detecta, através de aglutinação reversa o componente 
L2 da enterotoxina HBL, quer diretamente a partir dos alimentos, quer a partir de 
culturas de B. cereus​. Outro é o TECRA-BDE® (Tecra International Pty Ltd), que 
compõe o método de ELISA (Enzyme-linked immunosorbent assay) e pode ser 
utilizado quer para amostras alimentares quer para amostras ambientais. Uma das 
possibilidades é o da reação de permeabilidade vascular (VP) na pele de coelho, 
animais de laboratório. Os testes ELISA e RPLA (reversed passive latex 
agglutination) estão disponíveis comercialmente para a toxina diarreica de ​Bacillus 
cereus​ e levam aproximadamente quatro horas para obter o resultado. 
Contudo nenhum teste foi desenvolvido para a toxina emética devido a 
problemas de purificação. Em síntese, não existe qualquer teste que nos permita ao 
mesmo tempo demonstrar qual a toxina presente numa determinada estirpe e se 
essa mesma estirpe é realmente tóxica. Apenas é possível determinar se uma dada 
estirpe é ou não potencialmente patogênica. 
11 
8. Referências bibliográficas. 
 
https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/bacillus-cereu
s.aspx​ - acessado em 27/03/2020 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/esporo-bacteriano​ - acessado 
em 30/03/2020 
https://www.todamateria.com.br/esporos/​ - acessado em 30/03/2020 
https://brasilescola.uol.com.br/saude/bacillus-cereus.htm​ - acessado em 
30/03/2020 
http://scielo.br/pdf/csc/v16n9/a30v16n9.pdf​ - acessado em 27/03/2020 
https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/dicas-para-preparar-suas-ref
eicoes-para-semana-inteira-23073063.html​ - acessado em 30/03/2020 
https://run.unl.pt/bitstream/10362/13048/1/Frechaut_2014.pdf​ - acessado em 
30/03/2020 
http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica
/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/bacterias
/2011_2bacillus_revisado.pdf​ - acessado em 30/03/2020 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacillus_cereus​ - acessado em 30/03/2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/bacillus-cereus.aspx
https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/bacillus-cereus.aspx
https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/esporo-bacteriano
https://www.todamateria.com.br/esporos/
https://brasilescola.uol.com.br/saude/bacillus-cereus.htm
http://scielo.br/pdf/csc/v16n9/a30v16n9.pdf
https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/dicas-para-preparar-suas-refeicoes-para-semana-inteira-23073063.html
https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/dicas-para-preparar-suas-refeicoes-para-semana-inteira-23073063.html
https://run.unl.pt/bitstream/10362/13048/1/Frechaut_2014.pdf
http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/bacterias/2011_2bacillus_revisado.pdf
http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/bacterias/2011_2bacillus_revisado.pdf
http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/bacterias/2011_2bacillus_revisado.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacillus_cereus
9. Anexo 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
13

Outros materiais