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Centro Universitário Una Higiene e Microbiologia de Alimentos Bacillus Cereus Nutrição - Noite 2020 Sumário 1. Característica do microrganismo 02 a. Morfologia 02 b. Temperatura 03 c. PH de Crescimento 03 d. Actividade da água (aw) 03 e. Relação com o oxigénio 03 f. Radiação 03 2. Mecanismo completo de patogenicidade. 04 a. Síndrome emética: 04 b. Síndrome diarreica: 04 c. Ceratite: 05 d. Panoftalmite: 05 e. Endoftalmite: 05 3. Alimentos envolvidos. 06 4. Quadro clínico da doença. 07 5. Epidemiologia. 09 6. Medidas de controle. 11 7. Método de análise. 12 8. Referências bibliográficas. 13 9. Anexo Único 14 1. Característica do microrganismo a. Morfologia Bacillus cereus é uma bactéria da família Bacillaceae que se destaca por ter formato de bastão, ser gram-positiva , 1 geralmente móveis, e formam esporos . Ela 2 produz 2 tipos de enterotoxinas: diarreica e emética, que são os agentes responsáveis pela intoxicação alimentar. Os Bacillus cereus, em virtude de sua capacidade de formar esporos, apresentam grande resistência: suportam altas temperaturas, desidratação e até mesmo produtos químicos usados para a limpeza. Isso faz com que eles estejam amplamente distribuídos no ambiente, onde causam danos contaminando alimentos. b. Temperatura Bacillus cereus tem uma temperatura ótima de crescimento entre 30 e 40°C, embora em algumas estirpes esta seja de 50ºC, podendo a temperatura máxima de crescimento atingir os 55ºC. São, no entanto, conhecidas estirpes psicrotróficas que crescem a 4-5ºC sendo, neste caso, a temperatura máxima de crescimento de 37ºC. 1 As bactérias Gram-positivas são aquelas que obtêm uma coloração violeta ou azul escura através da técnica de Gram. São o oposto das bactérias Gram-negativas, que são incapazes de fixar a violeta de genciana, retendo em seu lugar o corante de contraste (safranina ou fucsina) que lhes dá a tonalidade vermelha ou rosa. Os organismos Gram-positivos são capazes de reter o corante violeta devido à grande quantidade de peptidoglicano na sua parede celular. 2 Os organismos podem começar a formar esporos em resposta a pressões ambientais específicas, como um declínio no suprimento de água, aumento da temperatura ou radiação; servem como um estágio de repouso do ciclo de vida bacteriano, ajudando a preservar a bactéria por períodos de condições desfavoráveis. Os esporos bacterianos são cópias extremamente resistentes de material genético que estão armazenadas dentro de uma cápsula resistente dentro da membrana celular. Múltiplas camadas de material circundam o esporo, aumentando as chances de sobrevivência. Podem germinar mesmo após anos de dormência. Uma vez que as pressões ambientais diminuem, os esporos podem ser ativados, permitindo que as bactérias voltem a se reproduzir. 1 https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9cnica_de_Gram https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria_Gram-negativa https://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_de_genciana https://pt.wikipedia.org/wiki/Corante_de_contraste https://pt.wikipedia.org/wiki/Safranina https://pt.wikipedia.org/wiki/Fucsina https://pt.wikipedia.org/wiki/Peptidoglicano https://pt.wikipedia.org/wiki/Peptidoglicano c. PH de Crescimento A temperatura ótima de produção de enterotoxina emética situa-se entre 25 e 30°C. A toxina emética (induz o vômito) é um pequeno peptídeo sem propriedades antigênicas, produzido durante a fase estacionária do crescimento e extraordinariamente resistente ao calor (resiste a uma incubação a 126ºC durante 90 min), a pH extremos e à digestão enzimática. Consegue crescer em ambientes com valores de pH entre 5,0 e 9,3, embora ambientes com pH 5,1, resultante da presença de 0,1% de ácido acético, possam inibir o crescimento. A taxa específica de crescimento máxima atinge-se em ambientes com valores de pH entre 6,0 e 7,0. A toxina emética é estável para valores de pH entre 2 e 11. A toxina diarreica é instável para valores inferiores a 4 e superiores 11. d. Actividade da água (aw) B. cereus cresce em ambientes com valores de aw mínimos compreendidos entre 0,92 e 0,95. Os esporos resistem por longos períodos em alimentos desidratados (com baixa aw). Para concentrações superiores a 7,5% de NaCl o crescimento de B. cereus é inibido. e. Relação com o oxigénio B. cereus é uma bactéria anaeróbia facultativa (cresce em presença ou na ausência de oxigénio), mas a produção de toxinas é muito baixa em condições de anaerobiose. f. Radiação Os esporos de B. cereus são mais resistentes às radiações do que as células vegetativas. A “pré-irradiação” dos esporos torna-os mais sensíveis a tratamentos térmicos posteriores. 2 2. Mecanismo completo de patogenicidade. Bacillus cereus encontra-se largamente distribuído na natureza, tendo já sido isolado do solo, pó, colheitas de cereais, vegetação, pêlos de animais, água e matéria em decomposição. Alimentos contaminados pelo Bacillus cereus podem provocar duas síndromes: a emética (vômito) e a diarreica. Essa bactéria produz diferentes toxinas, sendo cada uma responsável por determinados sintomas. Assim, o microrganismo é encontrado numa grande variedade de produtos agrícolas e de origem animal. O homem não contribui significativamente como veículo de contaminação dos alimentos por Bacillus cereus, embora este possa estar temporariamente presente no intestino de indivíduos saudáveis. Os animais podem ser portadores de Bacillus cereus no seu corpo. Ocasionalmente, Bacillus cereus pode causar mastites em vacas. Para além de B. cereus, existem outras espécies pertencentes ao género Bacillus, algumas das quais também produtorasde enterotoxinas, e implicadas em episódios de intoxicação alimentar. São de referir B. subtilis e B. licheniformis que podem produzir uma toxina termoestável responsável por sintomas idênticos aos causados pela toxina de tipo emético (que induz vômito) de B. cereus. As infecções gastrointestinais que esta bactéria gera são: a. Síndrome emética: é causada por uma toxina que é uma proteína de baixo peso molecular. Ela se assemelha à síndrome causada por uma enterotoxina produzida pelo Staphylococcus aureus e provoca no paciente náusea e vômito. Os sintomas normalmente surgem de uma a seis horas após a ingestão do produto contaminado. Normalmente, a síndrome está associada à ingestão de arroz cozido que foi colocado em temperatura ambiente. Vale destacar que os surtos também se associam a batatas, massas e queijos. b. Síndrome diarreica: A toxina causadora dessa síndrome é uma proteína de grande peso molecular. Assemelha-se bastante a uma 3 síndrome produzida pela enterotoxina de Clostridium perfrigens , uma 3 vez que provoca diarreia, dores abdominais e, algumas vezes, vômito e náusea. Os sintomas surgem normalmente de 6 a 24 horas após a ingestão do alimento contaminado. Vale destacar que essa síndrome está associada a uma série de problemas com a manipulação dos alimentos. Ao nível do globo ocular, a bactéria gera as seguintes infecções: c. Ceratite: infecção da camada mais externa do olho, a córnea. d. Panoftalmite: inflamação que afeta todas as estruturas do olho. Também pode afetar as estruturas que o rodeiam. e. Endoftalmite: infecção que prejudica todas as camadas do olho. Está circunscrito apenas a este. 3 Esta bactéria é um bacilo gram positivo, anaeróbio, esporulado, encapsulado e imóvel. Produz uma série de proteínas biologicamente ativas, algumas com atividade tóxica e outras com atividade enzimática. Os Clostridium perfringens apresentam uma intensa atividade metabólica em alimentos. Por produzir uma série de enzimas hidrolíticas extracelulares, incluindo colagenages, hialuronidases de oxirribonuclease e proteases. Também é capaz de fermentar um grande número de carboidratos (glicose, lactose, frutose, galactose, maltose, inositol, manose, amido e sacarose). Durante a fermentação há intensa produção de gás (H2 e CO2) e produtos finais ácidos. 4 3. Alimentos envolvidos. Embora não seja o único patógeno transmitido por alimentos, B. cereus é responsável pela maioria dos surtos de doenças transmitidas pela ingestão de alimentos. Nas últimas décadas, o número total dessas doenças tem apresentado uma tendência crescente em todo o mundo. A doença conhecida como síndrome do arroz frito é uma síndrome emética produzida por B. cereus. A causa comum é o arroz cozido que foi mantido por longos períodos à temperatura ambiente e depois frito rapidamente antes de ser servido. Bacillus cereus é o terceiro responsável por doenças causadas por carne contaminada, após estafilococos e salmonelas. A bactéria também está presente em algumas especiarias, por isso seu uso em carnes aumenta o risco de envenenamento. O leite cru pode ser contaminado por B. cereus. Como seus esporos resistem à pasteurização, também pode estar presente no leite pasteurizado e em vários produtos lácteos. Outros alimentos que foram encontrados contaminados com B. cereus incluem sobremesa misturas, alimentos infantis, alimentos pré-cozidos, frutos do mar, cacau, chocolate, feijão, legumes frescos, cereais e seus derivados. 5 4. Quadro clínico da doença. As doenças de origem alimentar são amplamente reconhecidas pelos efeitos agudos no trato gastrintestinal. Outros sintomas também podem ocorrer e, em alguns casos, a gravidade pode ser tal, que os doentes chegam a óbito. Os agentes etiológicos dessas enfermidades também podem causar doenças crônicas, que ocorrem independentemente ou acompanhadas de sintomas agudos. Considera-se que B. cereus tem que estar presente numa concentração mínima de 105-106 células por grama de alimento para que seja produzida uma quantidade de toxina suficiente para causar doença. No entanto, alimentos contendo concentrações de B. cereus superiores a 10000 bactérias por grama de alimento não podem ser considerados seguros para consumo. Os sintomas de intoxicação por B. cereus do tipo diarreico surgem, dependendo da quantidade de toxina ingerida, entre 6 e 15 horas após o consumo do alimento contaminado. Os sintomas mais comuns são diarreia aquosa e cólicas abdominais, mas, por vezes, também podem surgir náuseas. A intoxicação do tipo emético é caracterizada por vômitos e náuseas que surgem cerca de 1 a 6 h depois da ingestão do alimento contaminado com a toxina. A evolução clínica é, regra geral, favorável e os sintomas desaparecem normalmente ao fim de 24h. Em indivíduos saudáveis, normalmente não é necessário qualquer tipo de tratamento. No entanto, a administração de líquidos é aconselhável quando a diarreia e os vómitos são intensos. De forma simplificada o quadro clínico gerado pelo Bacillis cereus: Síndrome emético: ● Náusea e Vômito repetitivo ● Mal estar, incômodo geral. ● Em alguns casos, pode haver diarréia ● Dor abdominal. Síndrome diarreica ● Diarreia aquosa abundante ● Dor abdominal ● Tenesmo retal 6 ● Ocasionalmente pode haver febre Ceratite ● Dor ocular ● Lachrymation ou quitação ● Perda progressiva da visão ● Sensibilidade excessiva à luz. Panoftalmite ● Dor de cabeça ● Dor orbitária Peri ● Vermelhidão ● Inchaço Endoftalmite ● Visão diminuída ● Edema ao redor do olho ● Dor ocular ● Vermelhidão da esclera ● Sensibilidade à luz É importante estar atento a qualquer um desses sintomas para tratá-los a tempo. A progressão dessas infecções pode gerar consequências permanentes a longo prazo, bem como o destino, especialmente quando se desenvolvem em crianças. Toda a população é susceptível de intoxicação por B. cereus, mas a intensidade de sintomas varia de indivíduo para indivíduo. Os sintomas são mais severos em crianças, em idosos e em indivíduos imunodeprimidos. 7 5. Epidemiologia. O Bacillus cereus é um bacilo Gram-positivo, produtor de esporos que tem como reservatório natural o solo. Este microrganismo é reconhecido como um agente etiológico de doenças de origem alimentar há mais de 40 anos. Os surtos associados ao Bacillus cereus estão relacionados com várias matrizes alimentares tais como arroz e massas. A presença de grande quantidade de microrganismos (≥106) no alimento é indicativo de crescimento e proliferação do organismo constituindo deste modo, um potencial perigo para a saúde. Um dos aspectos mais destacados do Bacillus cereus é a sua onipresença. Isso significa que pode ser encontrado em vários ambientes. Tudo isso graças à sua capacidade de sobreviver em várias condições ambientais de pH e temperatura. Através de vários estudos tem sido possível isolar estirpes desta bactéria em ambos os solos polares e lugares tropicais, confirmando a sua capacidade de colonizar ambientes diversos. Eles podem ser encontrados em solos, plantas, águas minerais, sedimentos e até poeira. A B. cereus compete comoutros microrganismos, tais como a Salmonella e a Campylobacter no intestino, por isso sua presença reduz o número desses microrganismos. Em rações animais, tais como as de galinha, coelhos e porcos, algumas cepas inofensivas da B. cereus são usadas como probiótico aditivo para reduzir a Salmonella no intestino e no ceco. Isso melhora o crescimento dos animais, bem como a segurança alimentar para os seres humanos que comem sua carne. As síndromes diarreicas observadas nos pacientes são vistas como o resultado de três toxinas: a hemolisina BL Hbl, a enterotoxina não-hemolítica Nhe e a citotoxina K CytK. Estas enterotoxinas são todas produzidas no intestino delgado do hospedeiro, deste modo frustrando a saída da digestão por enzimas endógenas hospedeiras. As proteínas apresentam uma conformação conhecida como "barril beta" que pode se inserir em membranas celulares devido a um exterior hidrofóbico, deste modo criando poros com interiores hidrofílicos. O efeito é a perda de potencial elétrico de membrana celular e eventualmente morte celular. A CytK é uma proteína formadora de poros mais relacionada com outras hemolisinas. 8 https://pt.wikipedia.org/wiki/Salmonella https://pt.wikipedia.org/wiki/Campylobacter https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino https://pt.wikipedia.org/wiki/Galinha https://pt.wikipedia.org/wiki/Coelho https://pt.wikipedia.org/wiki/Porco https://pt.wikipedia.org/wiki/Probi%C3%B3tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Aditivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino https://pt.wikipedia.org/wiki/Ceco https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hemolisina_BL&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Enterotoxina_n%C3%A3o-hemol%C3%ADtica&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Citotoxina_K&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrof%C3%B3bico https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrof%C3%ADlico https://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_el%C3%A9trico_de_membrana https://pt.wikipedia.org/wiki/Potencial_el%C3%A9trico_de_membrana Foi pensado anteriormente que o momento da produção de toxina poderia ser o responsável por dois comportamentos diferentes da doença, mas, de fato, a síndrome emética é causada por uma toxina chamada cereulide que é encontrada apenas em cepas eméticas e não é parte da "caixa de ferramentas padrão" da B. cereus. Acredita-se que a cereulide se liga aos receptores de serotonina 5-hidroxitriptamina 3 (5-HT3), ativando-os e levando à uma estimulação do nervo vago aferente aumentada. A B. cereus também é conhecida por causar infecções crónicas da pele que são difíceis de erradicar embora seja menos agressiva do que a fasciite necrosante 4 . A B. cereus também pode causar ceratite . 5 É mencionada como microflora patogênica em produtos farmacêuticos orais na farmacopeia brasileira. O diagnóstico de doenças transmitidas por intoxicação alimentar, o diagnóstico de B. cereus pode ser confirmado pelo isolamento de mais de 105 organismos B. cereus por grama de alimento epidemiologicamente implicado, mas essa experiência muitas vezes não é feita porque a doença é relativamente inofensiva e normalmente auto-limitante O prognóstico das doenças transmitidas por alimentos de B. cereus geralmente são auto-limitantes. A maioria dos pacientes eméticos se recupera dentro de 6 a 24 horas, mas em alguns casos, a toxina pode ser fatal. 4 Fasceíte necrotizante é uma infecção que causa a morte dos tecidos moles do corpo.] É uma doença grave de aparecimento súbito que se espalha rapidamente. Os sintomas mais comuns são pele de tom vermelho ou púrpura na área afetada, dor muito intensa, febre e vômitos.] A maior parte dos casos afeta as pernas (50%), os braços (29%) e o períneo. A fasceíte necrotizante é um tipo de gangrena. 5 Ceratite ou queratite (do grego Kerat-, córnea; -itis, inflamação) é uma inflamação na córnea, a camada transparente que protege os olhos. Pode ser causada por secura, lesão física ou química, vírus, bactérias, amebas, fungos ou vermes. 9 https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cereulide&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo_vago https://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo_vago https://pt.wikipedia.org/wiki/Intoxica%C3%A7%C3%A3o_alimentar https://pt.wikipedia.org/wiki/Infe%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Infe%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Necrose https://pt.wikipedia.org/wiki/Necrose https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_mole https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_mole https://pt.wikipedia.org/wiki/Fasce%C3%ADte_necrotizante#cite_note-CDC2016-3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%B3mito https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%B3mito https://pt.wikipedia.org/wiki/Fasce%C3%ADte_necrotizante#cite_note-CDC2016-3 https://pt.wikipedia.org/wiki/Perna https://pt.wikipedia.org/wiki/Perna https://pt.wikipedia.org/wiki/Bra%C3%A7o https://pt.wikipedia.org/wiki/Bra%C3%A7o https://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADneo https://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADneo https://pt.wikipedia.org/wiki/Gangrena https://pt.wikipedia.org/wiki/Gangrena https://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Inflama%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rnea https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rnea 6. Medidas de controle. O cuidado com o preparo do alimento deve começar na hora de sua compra: prefira sempre aqueles que tenham prazo de validade maior e que apresentem bom estado. Na hora de fazer, higienize bem o alimento e certifique-se de que o ambiente e os utensílios estão limpos. Isso evita a contaminação. Depois de prontos, os alimentos devem ser colocados no congelador, em potes bem vedados, com porções referentes ao consumo da refeição diária. Quando for descongelar o alimento, não deixe-o sobre a pia. Coloque-o na geladeira para evitar a multiplicação de bactérias. Na hora de esquentar a comida, a recomendação é usar o fogão. Mas, na impossibilidade, é preciso tomar alguns cuidados com o micro-ondas. Use um recipiente apropriado para micro-ondas. Se for de plástico, veja se é polipropileno, que não contamina. Para evitar a intoxicação por Bacillus cereus, é importante guardar os alimentos de forma adequada e na temperatura correta. Vide anexo1 Além disso, é importante nunca deixar alimentos cozidos por mais de duas horas em temperatura ambiente, evitar guardar alimentos reaquecidos muitas vezes e, ao aquecer, elevar a temperatura além de 75°C. 10 7. Método de análise. As técnicas tradicionais de microbiologia de alimentos fundamentam-se na utilização de testes morfológicos e bioquímicos para a caracterização da fenotipagem, subtipagem e identificação de géneros, espécies e subespécies microbianas. No entanto, estes resultados podem apresentar uma grande variabilidade de resultados, devido a fatores ambientais sobre a expressão genética, além de outras desvantagens, como o baixo poder discriminatório em microrganismos com pouca variabilidade genética, além do risco de interpretações de caráter errôneo quando se utiliza um número limitado de testes, segundo Settanni & Corsetti, 2007; Gandra et al., 2008 (apud Frechaut, 2014, p.37). Diversos métodos foram desenvolvidos,entre eles a reação em cadeia da polimerase (PCR) que apresenta maior poder discriminação, rapidez, seletividade, especificidade, e a possibilidade de trabalhar com bactérias que não são cultiváveis nos meios de cultura convencionais. Outra técnica molecular é a multiplex PCR (mPCR). Também outra opção é o BCET-RPLA® (Oxoid Ltd), teste comercial, é um método semi-quantitativo que detecta, através de aglutinação reversa o componente L2 da enterotoxina HBL, quer diretamente a partir dos alimentos, quer a partir de culturas de B. cereus. Outro é o TECRA-BDE® (Tecra International Pty Ltd), que compõe o método de ELISA (Enzyme-linked immunosorbent assay) e pode ser utilizado quer para amostras alimentares quer para amostras ambientais. Uma das possibilidades é o da reação de permeabilidade vascular (VP) na pele de coelho, animais de laboratório. Os testes ELISA e RPLA (reversed passive latex agglutination) estão disponíveis comercialmente para a toxina diarreica de Bacillus cereus e levam aproximadamente quatro horas para obter o resultado. Contudo nenhum teste foi desenvolvido para a toxina emética devido a problemas de purificação. Em síntese, não existe qualquer teste que nos permita ao mesmo tempo demonstrar qual a toxina presente numa determinada estirpe e se essa mesma estirpe é realmente tóxica. Apenas é possível determinar se uma dada estirpe é ou não potencialmente patogênica. 11 8. Referências bibliográficas. https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/bacillus-cereu s.aspx - acessado em 27/03/2020 https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/esporo-bacteriano - acessado em 30/03/2020 https://www.todamateria.com.br/esporos/ - acessado em 30/03/2020 https://brasilescola.uol.com.br/saude/bacillus-cereus.htm - acessado em 30/03/2020 http://scielo.br/pdf/csc/v16n9/a30v16n9.pdf - acessado em 27/03/2020 https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/dicas-para-preparar-suas-ref eicoes-para-semana-inteira-23073063.html - acessado em 30/03/2020 https://run.unl.pt/bitstream/10362/13048/1/Frechaut_2014.pdf - acessado em 30/03/2020 http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica /areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/bacterias /2011_2bacillus_revisado.pdf - acessado em 30/03/2020 https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacillus_cereus - acessado em 30/03/2020 12 https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/bacillus-cereus.aspx https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/riscos-biologicos/bacillus-cereus.aspx https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/esporo-bacteriano https://www.todamateria.com.br/esporos/ https://brasilescola.uol.com.br/saude/bacillus-cereus.htm http://scielo.br/pdf/csc/v16n9/a30v16n9.pdf https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/dicas-para-preparar-suas-refeicoes-para-semana-inteira-23073063.html https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/dicas-para-preparar-suas-refeicoes-para-semana-inteira-23073063.html https://run.unl.pt/bitstream/10362/13048/1/Frechaut_2014.pdf http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/bacterias/2011_2bacillus_revisado.pdf http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/bacterias/2011_2bacillus_revisado.pdf http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/bacterias/2011_2bacillus_revisado.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacillus_cereus 9. Anexo 1 13
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