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Fisiologia Cardiovascular I

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Paola Senatore 106 – Fisiologia I 
 
Fisiologia Cardiovascular (I) 
Visão Geral do Sistema 
Cardiovascular 
 
É composto pelo coração e vasos 
sanguíneos. 
 
A circulação sanguínea acontece em 
um circuito fechado onde o sangue 
circula por diferença de pressão 
gerada pelas cavidades cardíacas. 
 
O ventrículo esquerdo gera a 
diferença de pressão que movimenta 
o sangue: 
ventrículo esquerdo → artéria aorta → 
ramos 
 
Nos capilares ocorrem as trocas de 
sangue entre o plasma e o liquido 
intersticial (nutrientes de gases) 
- o sangue fica pobre em O2 e rico em 
CO2 (entra com 97% de O2 e sai com 70%) 
 
Quando o sangue sai dos capilares, 
estes se convergem para formar as 
veias até formar a veia cava superior 
 
Veia cava superior → átrio direito → 
válvula tricúspide → ventrículo direito 
 
Ventrículo direito gera diferença de 
pressão para realizar a pequena 
circulação – circulação pulmonar onde 
o sangue vai ser oxigenado. 
 
Ventrículo direito → artérias pulmonares 
→ capilares pulmonares (oxigenado) → 
veias pulmonares → átrio esquerdo → 
ventrículo esquerdo 
 
• Ventrículo Esquerdo – circulação 
sistêmica 
 
• Ventrículo Direito – circulação 
pulmonar 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contratilidade Cardíaca 
 
• Coração composto por 
- átrios 
- ventrículos 
- válvulas 
 
• Mecanismo intrínseco de contração 
- contrai sozinho – células auto-
excitáveis 
 
• Tipo de células miocárdicas 
- células auto-excitáveis (auto-
despolarizam) 
- células contráteis 
 
Átrio direito recebe sangue da veia 
cava superior e inferior. 
 
Válvula tricúspide onde o sangue passa 
do átrio direito para o ventrículo direito. 
 
Ventrículo direito – ejeta o sangue na 
válvula pulmonar – arteira pulmonar 
esquerda e direita. 
 
Átrio esquerdo recebe o sangue da 
veia pulmonar. 
Paola Senatore 106 – Fisiologia I 
 
Passa pela válvula mitral para o 
ventrículo esquerdo 
 
Ventrículo esquerdo ejeta através 
válvula aórtica na artéria aorta 
ascendente e vai para os ramos. 
 
Resumindo o trajeto do sangue: 
 
Veia cava superior e inferior → átrio 
direito → válvula tricúspide → ventrículo 
direito → válvula pulmonar → artérias 
pulmonares direita e esquerda → 
pulmões → veia pulmonar → átrio 
esquerdo → válvula mitral → ventrículo 
esquerdo → válvula aórtica → artéria 
aorta → ramos → veia cava superior e 
inferior 
 
 
Válvulas 
 
Impedem o vazamento de sangue 
durante as contrações. 
 
Manter o fluxo sanguíneo em uma 
única direção – unidirecional. 
 
Válvulas Tricúspide e Mitral 
 
Abertura e fechamento passivos. 
 
• Abertura: quando a pressão nos 
ventrículos é menor que a pressão nos 
átrios. 
 
Átrios → Ventrículos 
 
• Fechamento: quando a pressão nos 
ventrículos é maior que a pressão nos 
átrios. 
 
 
 
 
 
Válvulas Aórtica e Pulmonar 
 
• Abertura: sístole ventricular – 
diferença de pressão 
- aumento da pressão ventricular 
(contração do ventrículo) que empurra 
a válvula 
- pressão no mínimo igual a pressão 
diastólica 
 
• Fechamento: refluxo do sangue para 
o ventrículo 
- pressão na artéria pulmonar/aórtica > 
pressão nos ventrículos = sangue 
começa a voltar fechando as válvulas 
 
Essas válvulas são também chamadas 
de semilunares. 
 
 
 
 
!!! Sístole: contração – sangue sai do 
coração para os vasos sanguíneos 
!!! Diástole: relaxamento – sangue entra 
no coração 
 
 
 
Paola Senatore 106 – Fisiologia I 
 
Condução Elétrica 
 
O sistema de condução elétrica é 
composto por células que se auto-
despolarizam. 
 
As células que se auto-despolarizam 
são localizadas com maior frequência 
no nó sino-atrial (ou sinusal). 
 
O músculo cardíaco se contrai quando 
passa por ele o potencial de ação. 
 
Nos músculos cardíacos há discos 
intercalares – junções adesivas para 
manter as células unidas – e junções 
comunicantes. 
 
O potencial de ação passa pelas 
junções comunicantes até chegar no 
miocárdio. 
 
A passagem de PA de uma célula 
muscular pra outra é muito mais lenta 
do que a passagem de PA através do 
sistema de condução, pois estas 
possuem mais junções comunicantes 
que as células miocárdicas. 
- exceto no nó sinusal que possui menos 
junções comunicantes 
 
Há junções comunicantes no musculo 
cardíaco e nas células do sistema de 
condução, porem nestes o numero de 
junções é maior, sendo mais rápida a 
transmissão de PA. 
 
O nó sinusal é responsável pela 
geração do potencial de ação inicial 
pois se auto-despolariza mais rápido 
que os outros. 
 
A duração do potencial de ação no 
sistema de condução é muito mais 
curta do que nas células musculares. 
 
Sistema de Condução 
 
Formado por: 
 
• Nó Sinoatrial (ou sinusal) 
- 4 vias intermodais saindo do nó sinusal 
que levam a condução elétrica até o 
nó átrio-ventricular e até a periferia do 
átrio esquerdo. 
 
• Nó átrio-ventricular 
- possui menor número de junções 
comunicantes retardando a passagem 
do impulso elétrico do átrio para o 
ventrículo para permitir que o PA so 
chegue ao ventrículo depois que o 
átrio já estiver contraído. 
 
Separando átrio do ventrículo existe um 
anel fibroso que é impermeável a 
passagem de corrente elétrica. 
 
As células atriais funcionam como um 
sincício quando passa um PA que se 
espalha por toda a célula contraindo-a 
fazendo com que o sangue saia do 
átrio para o ventrículo. 
 
Efetividade do coração : 
Átrio contrai – ventrículo enche de 
sangue – ventrículo contrai – ventrículo 
relaxa – átrio contrai de novo para 
jogar o sangue no ventrículo. 
 
• Feixe de Hiss (ou feixe átrio 
ventricular) 
- perfura o anel fibroso que separa átrio 
do ventrículo levando a corrente 
elétrica do nó átrio-ventricular até o 
septo interventricular 
- dividido em dois ramos que levam a 
despolarização até as células dos 
ventrículos direito e esquerdo 
- esses ramos se dividem em ramos 
menores e este são divididos em fibras 
de purkinge 
 
• Fibras de Purkinge 
- penetram profundamente o 
miocárdio 
- são ramos do sistema de 
condução elétrico 
 
 
 
 
 
Paola Senatore 106 – Fisiologia I 
 
Condução da Despolarização 
 
Potencial de ação no nó sinusal → 
passa rapidamente pelas vias de 
condução (intermodais) → nó 
atrioventricular → átrio esquerdo → 
átrios se despolarizam → no nó 
atrioventricular a despolarização sofre 
um atraso permitindo que os átrios se 
contraiam antes do ventrículos → PA 
passa pelo feixe de hiss → septo 
interventricular → ramos → fibras de 
purkinge → leva a despolarização até 
a periferia do ventrículo 
 
Primeiro lugar que despolariza é o septo 
interventricular. 
 
 
• Efeito cronotrópico Positivo 
- aumenta a frequência cardíaca 
 
• Efeito Inotrópico 
- aumento da força de contração 
 
Ciclo Cardíaco 
 
• Geração de potencial de ação 
 
• Diástole – relaxamento 
 
• Sístole – contração 
 
• Átrios – recebem fluxo sanguíneo de 
grandes veias 
- 75% do sangue flui para os ventrículos 
na diástole 
 
• Ventrículo – grande responsável pela 
ejeção do sangue 
- ventrículo esquerdo → artéria aórta 
- ventrículo direito → artéria pulmonar 
 
Eventos Mecânicos do Ciclo Cardíaco 
 
• Diástole – relaxamento 
- retorno sanguíneo para o ventrículo 
 
• Sístole – contração 
- ejeta o sangue dos ventrículos nas 
artérias aorta e pulmonar 
 
O tempo da diástole é maior que o 
tempo de sístole. 
 
⤷ Sístole 
• inicia pelo fechamento das válvulas 
atrioventriculares (válvula mitral e 
tricúspide) 
• ventrículo esquerdo joga o sangue 
para a aorta (pressão do ventrículo > 
pressão da aorta) 
• início da sístole: coração contraindo 
mas não ejeta sangue – contração 
ventricular isovolumétrica (1a fase da 
sístole) 
• para abrir a válvula aórtica é preciso 
que a pressão ventricular deve ser 
maior que a pressão da aorta, quando 
isso acontece ocorre a ejeção do 
sanguepara as artérias 
• quando a pressão nas artérias aorta e 
pulmonar se tornam maiores que a 
pressão nos ventrículos, o sangue sofre 
refluxo para os ventrículos realizando o 
fechamento das válvulas 
 
⤷ Diástole 
• início: todas as válvulas fechadas mas 
com alta pressão nos ventrículos 
• pressão no ventrículo deve ser menor 
que a pressão no átrio – relaxamento 
isovolumétrico (volume do coração 
não se altera devido às válvulas 
estarem fechadas 
• quando P. no ventrículo > P. átrio – 
válvulas se abrem, sangue passa dos 
átrios para os ventrículos 
• final: fechamento das válvulas dos 
átrios 
 
 
 
 
 
 
Paola Senatore 106 – Fisiologia I 
 
 
 
• Na diástole: 
- relaxamento isovolumétrico 
- enchimento rápido 
- enchimento lento 
- contração atrial (sístole atrial) 
 
Pressão do Ventrículo > átrio = 
fechamento da válvula mitral → início 
de uma nova sístole 
 
• Volume Diastólico Final 
- 125-130 ml 
- sangue no ventrículo 
 
• Volume Sistólico Final 
- sangue que sobra no coração no final 
da sístole 
- torno de 50 ml 
 
• Volume Sistólico 
- quantidade de sangue que é ejetado 
em uma sístole 
- diferença entre vol. diastólico final e 
vol. sistólico final 
 
 
 
Débito Cardíaco 
 
Quantidade de sangue bombeada 
pelo coração para a aorta a cada 
minuto. 
 
É a quantidade de sangue que flui pela 
circulação sendo responsável pelo 
transporte de substâncias dos tecidos. 
 
“É, talvez, o fator mais importante a 
considerar em relação à circulação.” 
 
• Capacidade de bombeamento do 
músculo cardíaco, que é uma função 
dos batimentos por minuto (frequência 
cardíaca) e do volume de sangue 
ejetado por batimento (volume 
diastólico). 
 
Capacidade de Bombeamento = 
frequência cardíaca x volume sistólico 
 
 
 
Paola Senatore 106 – Fisiologia I 
 
 
 
• A frequência cardíaca e o volume 
sistólico são regulados por nervos 
autônomos e por mecanismos 
intrínsecos do sistema cardiovascular. 
 
• sistema nervoso simpático atuando 
- aumenta a frequência cardíaca e 
força de contração, aumentando o 
volume sistólico e por consequência, o 
débito cardíaco 
 
• sistema nervoso parassimpático 
atuando 
- reduz a frequência cardíaca, logo o 
débito cardíaco 
 
 
 
• Volume Sistólico = 70-80ml bpm 
• Frequência Cardíaca de 
 Repouso ≈ 70bpm (adulto) 
 
DC = 70x70 = 5000ml 
 
❋ Uma pessoa com maior preparo 
físico tem mais capacidade de 
desenvolver débito cardíaco pois sua 
performance do seu músculo 
cardiovascular é maior. 
- bombear a mesma quantidade de 
sangue em menos tempo, menor a 
frequência cardíaca 
 
Quanto maior a frequência cardíaca, 
maior o débito cardíaco. 
 
• Um preparo cardiovascular maior tem 
capacidade de gerar um volume 
sistólico maior com menor frequência 
cardíaca 
Um paciente que pratica intensa 
atividade física necessita de um maior 
débito cardíaco. 
 
Regulação da Frequência Cardíaca 
 
• Modulação simpática e 
parassimpática 
- SN simpático: aumenta FC e VS 
- SN parassimpático: reduz FC 
 
❋ quando aumenta a contração no 
ventrículo, faz com que mais sangue 
seja ejetado em cada sístole 
 
• Ritmo estabelecido pelo nó AS 
 
• Efeito cronotrópico (positivo ou 
negativo) 
- alteração na FC 
 
Regulação do Volume Sistólico 
 
• Lei de Starling ou Frank-Starling 
 
“Energia de contração é proporcional 
ao comprimento inicial da fibra do 
músculo cardíaco.” 
 
- até um limite, quanto mais comprida 
a fibra cardíaca, mais fortemente irá 
contrair 
 
• Experimentos de Otto Frank 
 
“Todo volume de sangue que chega 
ao coração é bombeado sem que 
haja represamento do mesmo no 
sistema venoso, até o limite fisiológico 
do coração.” 
 
Em um coração sem problemas, 
quanto mais sangue chegar, mais ele 
irá bombear. 
 
• Principal determinante do débito 
cardíaco 
- retorno venoso: quantidade de 
sangue que chega no coração no átrio 
direto através das veias cava 
 
 
Paola Senatore 106 – Fisiologia I 
 
Efeito da Temperatura no 
Funcionamento Cardíaco 
 
⇑ temperatura corporal = 
⇑ frequência cardíaca 
- a cada 1° aumenta 15 bpm 
- febre pode levar a FC até o dobro do 
valor normal 
 
⇓ temperatura corporal = ⇓ queda da 
frequência cardíaca 
- hipotermia – 15° a 21°C 
 
Efeito da Pressão Arterial 
 
O aumento da pressão na aorta não 
reduz o débito cardíaco até que se 
atinja o valor de pressão arterial média 
de 160mmHg (sistólica em torno de 
200mmHg). 
 
 
A determinação do débito cardíaco é 
feita quase inteiramente pela 
facilidade com que o fluxo sanguíneo 
escoa através dos tecidos corporais 
que, por sua vez, controlam o retorno 
venoso do sangue ao coração. 
 
• pressão arterial media muito elevada 
causa uma grande dificuldade do 
coração ejetar o sangue na aorta, 
reduzindo o débito cardíaco e parte 
do sangue começa a se represar no 
leito venoso da circulação pulmonar, 
podendo levar a um edema agudo do 
pulmão 
 
Variáveis Importantes do Sistema 
Cardiovascular 
 
 
 (mmHg.bpm) 
 
DC: débito cardíaco 
PA: pressão arterial 
VS: volume sistólico 
FC: frequência cardíaca 
RVP: resistência vascular periférica 
DP: duplo produto cardíaco 
PAS: pressão arterial sistólica 
 
• ao sentir dor FC e PA aumentadas 
 
Fatores que Afetam o Débito 
Cardíaco 
Resumo de tudo. 
 
Débito cardíaco é uma função de 
frequência cardíaca e volume de 
ejeção. 
 
Frequência Cardíaca 
 
É determinada pela frequência de 
despolarização nas células auto-
rítimicas. 
 
Fica mais lenta pela inervação 
parassimpática. 
 
Fica mais rápida pela inervação 
simpática e pela adrenalina da medula 
adrenal. 
 
Volume Sistólico 
 
De ejeção. 
 
É determinado pela força de 
contração do miocárdio ventricular. 
 
É influenciada por: 
- contratilidade aumentada pela 
adrenalina da medula adrenal 
- relação tamanho-tensão das fibras 
musculares que varia com o retorno 
venoso auxiliado pela bomba do 
músculo esquelético e bomba 
respiratória

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