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Prévia do material em texto

P E R G U N T A 1 
1. Leia o meme e o texto a seguir. 
Disponível em <https://pt.dopl3r.com/memes/engra%C3%A7ado/as-pessoas-deveriam-antes-de-compartilhar-pesquisar-se-as-frases-
atribuidasa-pessoasfamosas-realmente-pertencem-a-elas-d-pedro/102625/>. Acesso em 21 jul. 2021. 
 
 
Fake news são notícias e informações falsas — ou modificadas — veiculadas na internet com o propósito de manipular pessoas e 
eventos. Elas também estão ligadas ao sensacionalismo, que visa a chamar a atenção e a obter “likes” para gerar lucro. 
Segundo pesquisa do Instituto Reuters para o estudo do Jornalismo, as redes sociais são a maior fonte de notícias para os brasileiros. 
E isso só aumenta, já que o percentual de pessoas que usam as redes sociais como fonte de notícias foi de 47% em 2013 para 72% em 
2016. 
Isso mostra que a repercussão de uma notícia falsa pode atingir inúmeras pessoas em poucos minutos e acarretar prejuízos morais e 
até mesmo financeiros. 
Algumas pessoas acreditam que as fake news prejudicam apenas pessoas públicas, mas isso não é uma regra. É o caso de uma mulher 
em São Paulo que foi espancada até a morte depois de ter sido acusada de sequestrar e matar crianças para fazer magia negra. Os 
boatos associavam seu nome e sua imagem ao crime; só após sua morte a verdade apareceu. 
Outra situação envolvendo fake news foi a da vereadora Marielle Franco, que teve seu nome vinculado a mentiras com o intuito de 
desqualificar sua imagem. Uma das notícias foi a de que ela seria casada com um traficante e eleita por uma das maiores facções 
criminosas do país, o Comando Vermelho. Contudo, tais informações eram inverídicas. 
 
Disponível em <https://foconoenem.com/fake-news-redacao-enem/>. Acesso em 20 jan. 2019. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. O meme, para criticar a propagação de fake news, apoia-se, ironicamente, em uma citação falsa. 
II. O meme e o texto apresentam discursos antagônicos, pois o primeiro mostra que as notícias falsas podem ser simples brincadeira. 
III. O texto alerta para a necessidade de se checar a fonte das informações, pois as fake news podem trazer prejuízo à sociedade. 
 
É correto o que se afirma apenas em 
 
a. I e II. 
 
b. I. 
 
c. I e III. 
 
d. III. 
 
e. II e III. 
 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 2 
1. Observe a ilustração a seguir. 
Disponível em <https://blogdoaftm.com.br/charge-cadastramento/>. Acesso em 13 ago. 2021. 
 
 É correto dizer que a charge 
 
a. faz crítica a um tipo de auxílio governamental fornecido, que é considerado injusto, pois privilegia as camadas mais pobres da 
sociedade. 
 
b. tece crítica às pessoas que tentam meios ilegais para conseguir os benefícios oferecidos pelo governo. 
 
c. ilustra que a tecnologia está acessível a toda a população, em todas as faixas etárias. 
 
d. representa o comportamento da população brasileira, especialmente dos homens, que não sabem lidar com as tecnologias mais 
modernas nas diferentes situações do dia a dia. 
 
e. evidencia o fato de que as novas tecnologias não são acessíveis a todos, especialmente aos mais necessitados, que precisam 
dos auxílios governamentais. 
 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 3 
1. Leia a charge e o texto a seguir. 
Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando eletrônicos pode prejudicar o desenvolvimento 
Michelle Roberts (BBC News) 
Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, celulares e outros eletrônicos com telas pode atrasar o 
desenvolvimento de habilidades de linguagem e sociabilidade, de acordo com o estudo canadense. 
A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de idade, é a mais recente evidência no debate sobre quanto tempo 
de uso de telas é seguro para crianças. (...) Mães foram consultadas, entre 2011 e 2016, sobre o tempo de uso de telas e preencheram 
questionários sobre as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos quando tinham 2, 3 e 5 anos. 
Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar videogames e usar computador, tablet, celular ou qualquer aparelho 
com uma tela. 
Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em frente a telas por semana. Isso aumentou para cerca de 25 horas 
aos 3 anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos 5 anos, quando as crianças começam a escola primária. 
As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que há aumento do tempo de uso de telas antes que qualquer 
atraso no desenvolvimento seja notado (...). 
Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente responsável. O maior tempo da tela pode ser um aspecto simultâneo a 
outros ligados ao atraso no desenvolvimento, como a forma com que a criança é educada e o que a criança faz no restante do seu 
tempo de lazer. 
Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando para telas, elas podem estar perdendo oportunidades de 
praticar e dominar outras habilidades importantes. 
Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo com que as crianças passam correndo e praticando outras 
habilidades físicas. 
Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus colegas, autores do estudo, dizem que, ainda assim, faz 
sentido limitar o tempo de uso de telas das crianças e garantir que isso não atrapalhe as "interações interpessoais ou o tempo em 
família". 
(...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais vulneráveis aos danos causados pelo uso de telas e qual 
impacto que isso pode ter na sua saúde mental", disse Bernadka Dubicka, do Royal College of Psychiatrists. 
"Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, porque há também formas positivas de usar telas". 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386>. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da influência do uso das tecnologias nas relações interpessoais 
entre as crianças. 
II. O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares pode ser uma brincadeira produtiva e interativa. 
III. O texto indica que o uso excessivo e inadequado das telas pode influenciar negativamente no desenvolvimento 
infantil. 
É correto o que se afirma em 
 
a. I e II, apenas. 
 
b. II e III, apenas. 
 
c. III, apenas. 
 
d. I e III, apenas. 
 
e. I, II e III. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 4 
1. Leia a charge. 
 
O objetivo da charge é 
 
a. criticar a linguagem científica, que é indecifrável para a população em geral. 
 
b. mostrar as vantagens do aprendizado por meio das novas tecnologias. 
 
c. criticar os discursos propagados em redes sociais que se opõem à ciência. 
 
d. enaltecer a agilidade da pesquisa nas redes sociais. 
 
e. valorizar a pluralidade de pontos de vista na ciência. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 5 
1. Leia o texto a seguir. 
Impacto das fake news nas coberturas vacinais 
André de Castro - Ministério da Saúde – 10.11.2020 
A circulação de notícias falsas, o medo de eventos adversos e a sensação de segurança decorrente da eliminação de doenças são 
fatores que vêm contribuindo para a queda das coberturas vacinais no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que, até o dia 
22 de outubro de 2020, nenhuma das vacinas do calendário nacional atingiu os indicadores preconizados pelo Programa Nacional de 
Imunizações (PNI). Para a coordenadora do PNI, Francieli Fontana, o movimento antivacina também pode contribuir para os 
indicadores. 
Nesse cenário, o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), Juarez Cunha, também avalia que o movimento 
antivacina é um dos protagonistas na propagação das fake news. “As inverdades que têm circulado podem impactar no número de 
pessoas não vacinadas no país. Coloca nossa população, especialmente as nossas crianças, em risco, colaborando para o retorno de 
doenças que já estavam controladasou eliminadas. É o caso do sarampo”, afirma. 
Em 2019, o Brasil perdeu a certificação de país livre da doença. Isso aconteceu porque o país conviveu, por 12 meses e de forma 
endêmica, com casos confirmados da doença. Países dos continentes europeu e africano também registraram um maior número de 
casos na última década. 
O presidente da SBIm lembra que o movimento ganhou força por causa de um artigo falso, publicado em 1998 pelo médico inglês 
Andrew Wakefield, no qual ele incitava que a vacina do sarampo causava autismo. O artigo foi desmentido e retirado dos meios 
científicos, mas as consequências repercutem ainda hoje. 
Problema mundial 
A hesitação em vacinar foi apontada como um problema mundial pela Organização Mundial da Saúde e pelo Fundo das Nações 
Unidas. De acordo com estudos, a probabilidade de uma criança nascida ser totalmente vacinada com todas as vacinas 
recomendadas mundialmente até os 5 anos de idade é inferior a 20%. Em 2019, quase 14 milhões de crianças perderam a 
oportunidade de receber as vacinas oferecidas para a faixa etária. 
“Depois da água potável, a vacinação trouxe melhora na qualidade de vida das pessoas e redução da mortalidade”, conta a médica 
especialista em vigilância em saúde, Melissa Palmieri. Ainda de acordo com ela, vacinar é um pacto social. Prova disso são os casos 
de poliomelite no Brasil, sem registros desde 1990. 
(...) 
Por que confiar? 
Todas as vacinas disponibilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI) passam pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa), que obedece aos parâmetros internacionais para avaliar segurança, imunogenicidade e eficácia. 
Uma vez incorporada no Calendário Nacional de Vacinação, antes de ir para o posto de saúde, a vacina passa por uma avaliação 
criteriosa do Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), que realiza ensaios laboratoriais para o controle de 
qualidade de produtos com interesse para a saúde. 
Os componentes utilizados para a fabricação de vacinas servem para a sua conservação e auxiliam no aumento da proteção 
imunológica da pessoa vacinada. Segundo os especialistas, os eventos adversos são raros e na maioria das vezes estão relacionados 
ao indivíduo que recebeu a dose, como alguma alergia ou alguma imunodeficiência preexistente (transplantados ou com HIV). Para 
esses casos, foram criados os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), a fim de facilitar o acesso da população 
às vacinas especiais. 
Nesse sentido, o Ministério da Saúde garante que a vacinação é segura e eficaz. “Não há nenhuma dúvida com relação a isso, por 
mais que grupos antivacinas queiram aparecer e tomar espaço na mídia”, reforça Francieli. O Programa Nacional de Imunizações 
existe há 47 anos e, atualmente, oferece 18 vacinas no Calendário Nacional de Vacinação de Crianças e Adolescentes, sete vacinas 
para adultos e cinco para idosos, disponibilizadas gratuitamente nas salas de vacinação do Sistema Único de Saúde. 
Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/2052-impacto-das-fake-news-nas-coberturas-vacinais>. Acesso em 
06 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, a queda das coberturas vacinais é um problema na saúde pública brasileira, impulsionado pela 
circulação de notícias falsas, pelo medo de eventos adversos e pelo sentimento de segurança gerado pela eliminação de 
doenças. 
II. A pandemia de Covid-19, de acordo com o texto, fez surgir o movimento antivacina, responsável pela proliferação 
de fake news. 
III. O PNI, conforme o texto, disponibiliza gratuitamente vacinas que seguem parâmetros internacionais de segurança, 
imunogenicidade e eficácia. 
É correto apenas o que se afirma em 
 
a. I. 
 
b. II. 
 
c. III. 
 
d. I e III. 
 
e. I e II. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 6 
1. Leia o texto a seguir, publicado em 8 de agosto de 2021 no site do jornal O Estado de S. Paulo. 
Pandemia faz país ter menor número de nascidos em 26 anos 
Dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc), do Ministério da Saúde, mostram que, com a pandemia de covid-19, o 
número de nascimentos no País em 2020 foi o menor desde 1994, informam Fabiana Cambricoli e Paula Felix. Foram 2.687.651 
recém-nascidos no ano passado, ante 2.849.146 em 2019, baixa de 5,66%. Os nascimentos já estavam em queda ou em estabilidade 
nos últimos anos, mas em ritmo menos acelerado. Entre 2018 e 2019, a diminuição no número de recém-nascidos havia sido de 3,2%. 
Entre 2017 e 2018, o país havia registrado leve alta, de 0,7%. Especialistas dizem que a queda de nascimentos é algo comum em 
períodos críticos e não significa que o fenômeno se manterá constante com o passar dos anos. No campo econômico, as mudanças na 
pirâmide etária impõem ao país o desafio de aumentar a produtividade nos anos seguintes. 
O impacto da pandemia no número de recém-nascidos foi maior até mesmo que o impacto do surto de zika e da microcefalia que 
afetou o país entre 2015 e 2016. Naquele período, em que muitos casais adiaram a gravidez por medo das sequelas deixadas pelo zika 
em algumas crianças, a queda de nascimentos foi de 5,3%. A última vez que o Brasil registrou número menor de nascimentos do que 
em 2020 foi há 26 anos, quando, em 1994, 2.571.571 bebês nasceram. 
Os dados de 2020 analisados mês a mês demonstram que as maiores quedas porcentuais ocorreram em novembro e em dezembro, 
justamente nove e dez meses depois de o coronavírus ser confirmado no Brasil. Nesses meses, a queda foi de 9%, quase o dobro da 
média do ano. 
Disponível em <https://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo/20210808/281479279470929 >. Acesso em 15 ago. 2021 (com 
adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Com a pandemia de covid-19, houve decréscimo apreciável na população brasileira, pois a taxa de mulheres que 
engravidaram em 2020 diminuiu. 
II. A redução no número de nascimentos altera a pirâmide etária da população brasileira e tem impactos econômicos 
na sociedade. 
III. Desde 1994, o número de nascidos vem decrescendo continuamente. 
É correto o que se afirma em 
 
a. I, II e III. 
 
b. I e II, apenas. 
 
c. II e III, apenas. 
 
d. I e III, apenas. 
 
e. II, apenas. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 7 
1. Leia a charge a seguir. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas e a relação proposta entre elas. 
I. A charge mostra, metaforicamente, que, quanto maior o degrau, mais valoroso é o sucesso alcançado. 
PORQUE 
II. Os talentos são diferentes e inatos, o que valida a ideia de ascensão social natural. 
Assinale a alternativa correta. 
 
a. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. 
 
b. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. 
 
c. As asserções I e II são falsas. (CORRETA) 
 
d. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. (RESPONDI ESSA E ESTÁ ERRADA) 
 
e. A asserção II é verdadeira, e a asserção I é falsa. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 8 
1. Observe a pintura de Kevin Lee, intitulada “A invisibilidade da pobreza'', e leia o texto a seguir. 
Falta de dados reflete invisibilidade da população em situação de rua no Brasil 
CNN, São Paulo – 01.06.2021 
"Eu até me emociono quando me fazem essa pergunta, porque dói muito ver a pessoa em situação de rua. Pra mim, dói muito". 
Poucas pessoas que não experimentaram o que é dormir sem um teto sobre a cabeça poderiam dar uma resposta como essa. O músico 
Wellington Antônio Vanderlei sabe bem o que é isso e, entre suas idas e vindas na rua desde a adolescência, é certeiro quando 
responde qual o sentimento relegado à população que vive sem ter onde morar. "Ah, o sentimento é que você é invisível mesmo, né?". 
Invisível aos olhos da sociedade e, muitas vezes, também aos olhos do poder público. As discussões a respeito do adiamento do censo 
populacional que seria realizado neste ano lançaram luzsobre a importância de pesquisas para a formulação de políticas públicas. 
Políticas essas que reduzem os níveis de desigualdade, combatem a fome, o desemprego, o abandono escolar e tantos outros gargalos 
sociais. O problema é que quem vive na rua não entra nas estatísticas do Censo. 
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo
A única vez em que foi realizado um levantamento nacional exclusivamente sobre a população em situação de rua foi em 2008, 
quando foram registradas informações extremamente relevantes e até inesperadas, como o fato de que 70% dessa população tinha 
algum tipo de trabalho. Outros dados, nem tão inesperados assim: 67% dessas pessoas eram negras, retrato do racismo e da 
desigualdade no nosso país. 
O que o país tem de mais recente sobre a população em situação de rua é uma estimativa produzida por Marcos Natalino, 
pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que projetou 222 mil pessoas vivendo nas ruas do Brasil até março 
do ano passado. O cenário, é claro, agravou-se durante a pandemia. 
"Agora, na pandemia, eles são visíveis à medida que, quando fecha a cidade, menos pessoas circulam pelas ruas. Os únicos que 
circulam nas ruas são eles. Então, é um jogo. Ora eles são visíveis, ora eles são invisíveis. Quando incomodam, são visíveis. Quando 
não incomodam a ordem estabelecida, são invisíveis", opina o padre Júlio Lancellotti, que há anos é uma referência no apoio a quem 
vive nas ruas. 
Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/06/01/podcast-entre-vozes-alerta-para-invisibilidade-de-quem-vive-em-
situacao-de-rua>. Acesso em 25 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A imagem e o texto jornalístico apresentam discursos antagônicos, pois o artista enfatiza, com seus traços, a visibilidade de 
um menino pobre, e a matéria aponta que as pessoas em situação de rua são ora visíveis, ora invisíveis. 
II. Segundo o texto, as pessoas em situação de rua são pouco visíveis ao poder público, e isso implica a criação insuficiente de 
políticas direcionadas a elas. 
III. O objetivo da imagem é mostrar que o menino, mesmo pobre, pode ter ascensão social, representada pela escada e pela 
rampa. 
IV. De acordo com o texto, a pandemia aumentou a visibilidade das pessoas que moram na rua porque gerou mais ações de 
solidariedade. 
É correto o que se afirma somente em 
 
a. I e II. 
 
b. II e IV. 
 
c. I e III. 
 
d. III e IV. 
 
e. II. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 9 
1. Leia o texto a seguir. 
Capoeira 
Gustavo Pereira Côrtes 
Dança, luta ou jogo de origem negra, a capoeira foi introduzida no Brasil pelos escravos bantos de Angola, tendo se difundido com 
grande intensidade no Nordeste do Brasil, especialmente nas capitanias da Bahia e de Pernambuco, durante o período colonial. 
Marcada por movimentos que imitavam animais, era utilizada como instrumento de defesa pessoal. Seu nome refere-se às antigas 
roças, conhecidas por capoeiras, onde os negros realizavam seus treinos. Após a abolição, a capoeira foi marginalizada, sendo 
reprimida pela polícia da época. 
Em Recife e, também, no Rio de Janeiro, não há um estilo sincronizado, sendo considerada um jogo de rua, uma malandragem. Na 
Bahia, assume um caráter especial, uma vez que é marcada pala presença de cantigas de roda e pelo uso de berimbaus e pandeiros, o 
que lhe confere um aspecto amigável e menos ofensivo. 
Atualmente, vulgarizou-se e pode ser encontrada em todo o país, relacionada a atividades ligadas ao esporte e à educação. A 
indumentária é simples, com calças largas e cordões amarrados na cintura, que indicam o estágio no qual o participante se insere. 
CORTES, Gustavo. Dança, Brasil: festas e danças populares. Belo Horizonte: Leitura, 2000. 
 
Com base no texto e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
 
a. O autor considera que, atualmente, embora esteja associada ao esporte e à educação, a capoeira pode ser considerada uma 
atividade vulgar, ou seja, inconveniente e inadequada. 
 
b. A capoeira praticada na Bahia tem caráter amigável e pouco ofensivo, ao contrário das modalidades praticadas no Rio de 
Janeiro e no Recife, que têm, como principal objetivo, a defesa pessoal. 
 
c. No passado, a prática da capoeira era reprimida, por ser associada a populações que viviam à margem da sociedade. 
 
d. Segundo o autor, a capoeira é uma mistura de jogo, dança e luta que foi inventada no Brasil por escravos angolanos. 
 
e. O autor conta que, no Rio de Janeiro, aqueles que praticam a capoeira são considerados vagabundos. 
0,5 pontos 
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/13/especialistas-veem-aumento-de-populacao-de-rua-mas-nao-ha-dados-oficiais
P E R G U N T A 1 0 
1. A série de tirinhas Dilbert, criada por Scott Adams, retrata as mazelas do mundo corporativo de forma satírica. Os personagens 
Dogbert (o cachorro) e Boss participam da tirinha a seguir. Nela, são contratados os serviços de pesquisas de Dogbert, supostamente 
com o intuito de comprovar a confiabilidade dos produtos oferecidos pela empresa de Boss. 
 
Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A amostra da pesquisa retratada na tirinha é composta por apenas um elemento, o que é insuficiente para retratar com 
fidelidade a população de usuários dos produtos da empresa. 
PORQUE 
II. A pergunta feita por Dogbert ao entrevistado tem a intenção de gerar resultados enviesados para agradar Boss e, dessa forma, 
não traz qualquer conclusão relevante a respeito dos produtos. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
 
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II justifica a I. 
 
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não justifica a I. 
 
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 1 1 
1. Leia a charge do cartunista Adão Iturrusgarai e a notícia publicada no portal Bahia Notícias. 
 
Brasil chega a 152 mi de pessoas com acesso à internet; país tem aumento de 7% em relação a 2019 
No Brasil, tem crescido, ano a ano, o número de pessoas com acesso à internet, e a pandemia acelerou esse processo. Pesquisa 
promovida pelo Comitê Gestor da Internet do Brasil revelou que, em 2020, o país chegou a 152 milhões de usuários - aumento de 7% 
em relação a 2019. Com isso, 81% da população com mais de 10 anos têm internet em casa. 
Segundo a Agência Brasil, o coordenador da pesquisa, Fábio Storino, destaca que a pandemia fez com que os indicadores de acesso à 
internet apresentassem os maiores crescimentos dos 16 anos da série histórica. 
O crescimento do total de domicílios com acesso à internet ocorreu em todos os segmentos analisados. As residências da classe C 
com acesso à internet passaram de 80% para 91% em um ano. Já os usuários das classes D e E com internet em casa saltaram de 
50% para 64% na pandemia. 
Porém Fábio Storino explica que esse acesso à internet é desigual, uma vez que cerca de 90% das casas das Classes D e E se 
conectam à rede exclusivamente pelo celular. 
A desigualdade de acesso à internet no Brasil reflete-se também no ensino básico. O censo escolar de 2020 revelou que apenas 32% 
das escolas públicas do ensino fundamental têm acesso à internet para os alunos, porcentagem que chega a 65% no caso das escolas 
públicas do ensino médio. 
Além de aumentar os investimentos em infraestrutura para internet nas escolas, o diretor executivo da ONG D3e, Antonio Bara 
Bresolin, que atua na produção de pesquisas para orientar políticas de educação, afirma que é necessário também capacitar os 
profissionais da área. 
O governo federal espera aumentar a infraestrutura da internet nas escolas a partir do leilão do 5G (...). Segundo o ministrodas 
Comunicações, Fabio Faria, 6,9 mil escolas públicas urbanas que hoje não têm acesso à internet receberão a infraestrutura nos 
primeiros anos da instalação do 5G no Brasil. O edital do 5G prevê investimentos para levar internet de alta velocidade para todas as 
escolas em locais com mais de 600 habitantes até 2029. 
Disponível em <https://www.bahianoticias.com.br/noticia/261360-brasil-chega-a-152-mi-de-pessoas-com-acesso-a-internet-pais-tem-
aumento-7-em-relacao-a-2019.html>. Acesso em 23 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos dados apresentados, avalie as afirmativas. 
I. O número de residências da classe C com acesso à internet aumentou 11% entre 2020 e 2021. 
II. A charge ilustra o problema de falta de acesso à internet enfrentado por muitas pessoas. 
III. Um pouco menos de 107 milhões de pessoas tinham acesso à internet em 2019. 
IV. O percentual de usuários das classes D e E com internet em casa cresceu 28% durante o período da pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
a. I e II. 
 
b. I e III. 
 
c. II e IV. 
 
d. II, III e IV. 
 
e. III e IV. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 1 2 
1. Leia o poema. 
Porta do armário aberta 
Marina Colassanti 
Abro a porta do armário 
como abro um diário, 
a minha vida ali 
dependurada 
meu frusto cotidiano 
sem segredos 
intimidade exposta 
que os botões não defendem 
nem se veda nos bolsos, 
espelho mais real que todo espelho 
entregando à devassa 
as medidas do corpo. 
Armário 
tabernáculo do quarto 
que abro de manhã 
como à janela 
para sagrar o ritual do dia. 
Sala de Barba Azul 
coalhada de pingentes 
longas saias e véus 
emaranhados sem que sangue goteje. 
Corpos decapitados 
ausentes minhas mãos 
dos murchos braços. 
Do armário minhas roupas 
me perseguem 
como baú de herança ou 
maldição. 
Peles minhas pendentes 
em repouso 
silenciosas guardiãs 
dos meus perfumes 
tessituras de mim 
mais delicadas 
que a luz desbota 
que o tempo gasta 
que a traça rói 
ainda assim durarão nos seus cabides 
muito mais do que eu sobre meus ossos. 
Nenhuma levarei. 
Irei despida 
deixando atrás de mim 
a porta aberta. 
COLASSANTI, Marina. Rota de colisão. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo do poema é questionar a necessidade de substituição das roupas no guarda-roupa de acordo com os ditames da 
moda. 
II. Metaforicamente, o poema tem por objetivo revelar, por meio do armário e de suas roupas penduradas, a perda de um amor. 
III. A questão central do poema é o ressentimento da mulher pelo fato de que suas roupas estão desbotadas e roídas pelas traças. 
IV. A poetisa compara o armário a um diário: as roupas penduradas revelam aspectos da sua vida. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
a. I e III. 
 
b. II e IV. 
 
c. II e III. 
 
d. IV. 
 
e. II, III e IV. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 1 3 
1. Leia o poema de Conceição Evaristo e avalie as afirmativas. 
Vozes-mulheres 
A voz de minha bisavó 
ecoou criança 
nos porões do navio 
ecoou lamentos 
de uma infância perdida. 
A voz de minha avó 
ecoou obediência 
aos brancos-donos de tudo. 
A voz de minha mãe 
ecoou baixinho revolta 
no fundo das cozinhas alheias 
debaixo das trouxas 
roupagens sujas dos brancos 
pelo caminho empoeirado 
rumo à favela 
A minha voz ainda 
ecoa versos perplexos 
com rimas de sangue e fome. 
A voz de minha filha 
recolhe todas as nossas vozes 
recolhe em si 
as vozes mudas caladas 
engasgadas nas gargantas. 
A voz de minha filha 
recolhe em si 
a fala e o ato. 
O ontem – o hoje – o agora. 
Na voz de minha filha 
se fará ouvir a ressonância 
O eco da vida-liberdade. 
Poemas de recordação e outros movimentos, p. 10-11. 
Disponível em <http://www.letras.ufmg.br/literafro/24-textos-das-autoras/187-conceicao-evaristo-textos-selecionados>. Acesso em 06 
set. 2021. 
 
I. O poema, por meio das vozes de gerações de mulheres, revela aspectos históricos e sociais do Brasil, como a escravidão e as 
desigualdades econômicas. 
II. O poema afirma que a voz da atual geração expressa a liberdade, sem ecos do passado, pois a escravidão acabou. 
III. O poema exalta a importância da ancestralidade e da memória na formação da mulher negra. 
É correto o que se afirma em 
 
a. I, II e III. 
 
b. I e II, apenas. 
 
c. I e III, apenas. 
 
d. II e III, apenas. 
 
e. III, apenas. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 1 4 
1. Leia os textos 1 e 2 e avalie as afirmativas. 
 
Texto 1 
A fome é exclusão da terra, da renda, do emprego, do salário, da educação, da economia, da vida e da cidadania. Quando uma 
pessoa chega a não ter o que comer é porque tudo o mais já lhe foi negado. É uma espécie de cerceamento moderno ou de exílio. O 
exílio da Terra. Mas a alma é política. 
A história do Brasil pode ser contada de vários modos e sob vários ângulos, mas, para a maioria, ela é, na verdade, a história da 
indústria da fome e da miséria. Um modo perverso de dividir o mundo em dois, produzindo um gigantesco apartheid. 
SOUZA, Herbert. A alma da fome é política. IN MEDINA, C.; GRECO, M. (Orgs). Saber plural. São Paulo: ECA/USP/CNPq, 1994. 
 
Texto 2 
No Brasil, 84,9 milhões de pessoas estão com fome ou em insegurança alimentar. Número corresponde a 41% da população. Na 
Venezuela, são 33% no patamar da insegurança, segundo dados do Programa Mundial de Alimentos da ONU 
Agência O Globo|Brasil Econômico - 19/08/2021 
 
 
Cerca de 41% da população brasileira, ou 84,9 milhões de pessoas, convivem com fome ou com algum grau de insegurança 
alimentar. Os números são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, e compreendem o 
período entre 2017 e 2018. Para colocar em perspectiva, na Venezuela essa realidade assola um terço na população, segundo dados 
do Programa Mundial de Alimentos da ONU (Organização das Nações Unidas). 
Dessa parcela brasileira, 27% vivem com insegurança alimentar leve, quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos 
alimentos no futuro, além de perda na qualidade dos alimentos, a fim de não comprometer a quantidade de alimentação consumida. 
Já a população residente em domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave, em que a qualidade e a quantidade desejadas 
em relação aos alimentos já estavam comprometidas, o percentual é de 13,9%. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência 
vivida no domicílio. 
Como os dados são anteriores ao período da pandemia, a tendência é que a dificuldade para garantir alimentação de qualidade e 
quantidade (segurança alimentar) esteja ainda maior. 
Isso porque o desemprego bateu recorde, e o país se recupera lentamente da sua pior recessão. Apesar da manutenção do auxílio 
emergencial às famílias, o valor menor do programa neste ano frente ao avanço da inflação não reduz o difícil acesso à compra de 
itens básicos, como alimentos, sobretudo pelos mais pobres. 
Disponível em <https://economia.ig.com.br/2021-08-19/fome-inseguranca-alimentar-no-brasil.html>. Acesso em 13 set. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto 1, a fome é a condição dos exilados políticos, daqueles que deixam sua terra. 
II. Os dois textos apontam que a fome é um problema presente na realidade brasileira: o texto 1 culpa a indústria pela 
desigualdade, e o texto 2 aponta os efeitos da pandemia na falta de segurança alimentar. 
III. Segundo o texto 1, a fome é um estágio daqueles que já foram destituídos de seus direitos básicos. 
É correto o que se afirma 
 
a. I, II e III. 
 
b. I e II, apenas. 
 
c. II e III, apenas. 
 
d. I e III, apenas. 
 
e. III, apenas. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 1 5 
1. Leia a reportagem a seguir, publicada pela agência de notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Agência 
FAPESP). 
De cada quatro imperadores romanos do Ocidente, apenas um morreu de causas naturais 
De Otávio Augusto (63a.C. - 19 d.C.) a Constantino XI Paleólogo (1405 - 1453), o Império Romano teve 175 imperadores. Nesse 
número, estão computados os governantes do Império unificado e os governantes do Ocidente e do Oriente, depois da divisão 
definitiva em 395 d.C. E estão excluídos aqueles que, sendo menores ou compartilhando o trono, não chegaram a governar por conta 
própria, embora possuíssem o título. 
Dos 69 imperadores do Império Romano do Ocidente, apenas 24,8% chegaram tranquilamente ao final do reinado e morreram de 
causas naturais. Os outros 75,2% morreram de forma violenta, no campo de batalha ou em conspirações palacianas. Considerando 
todos os 175 imperadores, 30% sofreram morte violenta antes do fim do reinado. 
Estudo realizado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos, 
investigou o padrão matemático subjacente às trajetórias dos imperadores. E mostrou que elas seguem aquela que, em estatística, é 
chamada de “lei de potência”. 
“Apesar de parecer aleatória, essa distribuição de probabilidade é encontrada em muitos outros fenômenos associados a sistemas 
complexos, como o tamanho das crateras lunares, a intensidade dos terremotos, a frequência com que as palavras aparecem em um 
texto, o valor de mercado das empresas e até o número de ‘seguidores’ que as pessoas têm nas mídias sociais”, diz à Agência 
FAPESP o cientista de dados Francisco Rodrigues, professor do ICMC-USP e coordenador do estudo. 
Todos esses fenômenos obedecem a um padrão que, genericamente, é chamado de “regra 80/20”. Isso significa que, em qualquer um 
deles, a chance de ocorrer um evento comum é de 80%, enquanto a chance de ocorrer um evento raro é de 20%, aproximadamente. 
Assim, por exemplo, 80% das crateras lunares são relativamente pequenas, enquanto apenas 20% são de fato grandes. O mesmo 
acontece nas mídias sociais: 80% das pessoas têm, quando muito, algumas dezenas de seguidores, enquanto 20% têm milhares ou até 
mesmo milhões. No caso dos imperadores romanos, o evento raro era não ser assassinado. 
“O primeiro a observar esse tipo de relação foi o economista italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), ao estudar a distribuição da 
riqueza na Europa. Ele constatou que 80% dos recursos financeiros estavam nas mãos de 20% da população. Ou seja, enquanto a 
maioria das pessoas detinha poucos recursos, uma minoria concentrava grande parte da riqueza”, informa Rodrigues. 
Além de obedecerem aproximadamente à relação 80/20, as trajetórias dos imperadores romanos do Ocidente apresentaram também 
outro tipo de padrão. “Ao examinar o tempo transcorrido até a morte dos imperadores, observamos que o risco é alto quando o 
imperador assume o trono. Isso poderia estar relacionado a dificuldades para lidar com as demandas que o cargo exige e à falta de 
habilidade política. Depois, o risco diminui sistematicamente, até os 13 anos de governo. Em seguida, apresenta um súbito aumento”, 
conta Rodrigues. 
Se a relação 80/20 corresponde a um padrão conhecido, essa mudança brusca na curva de sobrevivência por volta dos 13 anos de 
governo foi um achado novo do estudo. “Levantamos várias hipóteses para explicar esse ponto de inflexão. Pode ser que, após o ciclo 
de 13 anos, os rivais do imperador tenham se desalentado diante da dificuldade de chegar naturalmente ao poder; ou que os antigos 
inimigos tenham se reagrupado; ou que novos desafetos tenham surgido; ou que todos esses fatores tenham se combinado para 
produzir uma conjuntura crítica. O interessante é que o estudo mostra também que, após esse ponto de mudança, o risco volta a 
diminuir”, afirma Rodrigues. 
A inflexão aos 13 anos ainda é uma questão a ser respondida. Mas, dando sequência a toda uma linha de história quantitativa, o 
estudo mostrou que a análise estatística pode ser um recurso complementar importante no estudo dos fenômenos históricos. “As 
formações históricas são sistemas complexos, compostos por agentes que interagem, colaboram e competem por poder e recursos. E 
as ações imprevisíveis dos indivíduos podem produzir padrões de comportamento coletivos previsíveis – portanto, sujeitos à 
investigação matemática”, conclui Rodrigues. 
 
 
O gráfico mostra o tempo de reinado dos imperadores romanos do Ocidente. E posiciona na curva a probabilidade acumulada (soma 
das probabilidades) de sobrevivência de quatro imperadores bem conhecidos. Note-se que a chance de morte violenta é muito alta 
assim que um imperador assume o trono. Decresce progressivamente até o 13º ano de governo. Apresenta um ponto de inflexão nessa 
data. E volta a diminuir ainda mais rapidamente. Calígula e Nero tiveram reinados curtos, sofrendo uma morte violenta. Augusto 
governou por mais de 40 anos e morreu de forma natural. A partir de Marcus Aurélio, como a curva não aumenta, a chance de sofrer 
uma morte violenta será quase nula, como ocorre com Augusto. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/de-cada-quatro-imperadores-romanos-do-ocidente-apenas-um-morreu-de- causas-
naturais/36643/>. Acesso em 23 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos dados apresentados, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, aproximadamente 52 imperadores do Império Romano do Ocidente que governaram por conta 
própria morreram por causas violentas. 
II. A regra 80/20, observada pelo economista italiano Vilfredo Pareto, estipula que a chance de acontecer um evento 
raro é 80%. 
III. O estudo revela que 80% dos imperadores romanos morriam antes de completar 13 anos de governo. 
IV. O estudo revela que, após os 20 anos de governo, a probabilidade de morte violenta de um imperador romano 
cresce indefinidamente. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
a. I e II. (RESPONDI ESSA E ESTÁ ERRADA) 
 
b. I e III. 
 
c. I. (ESSA É A CORRETA) 
 
d. II e III. 
 
e. II, III e IV. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 1 6 
1. Leia o texto a seguir. 
O que é desemprego 
O desemprego, de forma simplificada, refere-se às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, 
mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um 
emprego. 
Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um emprego, não podem ser consideradas desempregadas: 
• um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos; 
• uma dona de casa que não trabalha fora; 
• uma empreendedora que possui seu próprio negócio. 
De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, o 
estudante e a dona de casa são pessoas que estão fora da força de trabalho; já a empreendedora é considerada ocupada. 
A PNAD Contínua é a nossa pesquisa que mostra quantos desempregados há no Brasil. Nela, o que é conhecido popularmente como 
“desemprego” aparece no conceito de “desocupação”. Confira, no gráfico a seguir, os dados de ocupação, desocupação e outras 
divisões do mercado de trabalho no Brasil, de acordo com os últimos resultados da PNAD Contínua. 
 
 
 
Considerando o texto, as informações apresentadas nos gráficos e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
 
a. O maior número de desempregados do Brasil está na Região Nordeste. 
 
b. Aproximadamente, 7% da população brasileira é formada por desocupados. 
 
c. Uma dona de casa que não trabalha fora é considerada desocupada. 
 
d. O Norte e o Sudeste têm o mesmo número de desocupados. 
 
e. Aproximadamente 20% da população brasileira está empregada. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 1 7 
1. Na chamada “black friday”, é comum vermos anúncios como o mostrado na figura a seguir. 
 
Com base nessa situação, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. Se o cliente comprar a segunda unidade de um produto que custe R$300,00, pagará o equivalente a R$225,00 por unidade. 
PORQUE 
II. O cliente terá 50% de desconto no valor total a ser pago. 
Assinale a alternativacorreta. 
 
a. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. 
 
b. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. 
 
c. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. 
 
d. A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. 
 
e. As asserções I e II são falsas. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 1 8 
1. Leia as informações a seguir. 
Ética 
Substantivo feminino 
1. parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento 
humano, refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer 
realidade social. 
2. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. 
Disponível em <https://www.abecbrasil.org.br/eventos/meeting_2019/palestras/segunda/rui.pdf>. Acesso em 27 set. 2021. 
 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta. 
 
a. A imagem em forma de pirâmide é a mais representativa da ética ambiental porque representa a superioridade humana como 
único ser vivo capaz de zelar pelos demais. 
 
b. As duas imagens são boas representações da ética ambiental, embora dependam do contexto econômico e social do país onde 
ela é desenvolvida. 
 
c. A imagem em forma circular não representa a ética ambiental justamente por não considerar o poder do ser humano como 
definidor da ética. 
 
d. A imagem triangular representa a ética ambiental de forma mais adequada porque impõe a hierarquia e o protagonismo 
representados pelo ser humano. 
 
e. A imagem circular representa melhor a ética ambiental porque considera o ser humano no mesmo nível dos demais seres, 
mostrando que somos parte do meio ambiente e merecemos respeito tanto quanto qualquer ser vivo. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 1 9 
1. Leia o trecho a seguir, extraído do Atlas da Violência 2020, uma publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 
Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), houve 57.956 homicídios no Brasil em 2018, 
o que corresponde a uma taxa de 27,8 mortes por 100 mil habitantes – o menor nível de homicídios em quatro anos. Essa queda no 
número de casos remete ao patamar dos anos entre 2008 e 2013, em que ocorreram entre 50 mil e 58 mil homicídios anuais. 
O gráfico abaixo mostra que a diminuição das taxas de homicídio aconteceu em todas as regiões, com maior intensidade no Nordeste. 
Desde 2016, esse índice de violência vinha diminuindo nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. No gráfico, chama a atenção a 
reversão da tendência de aumento das mortes no Norte e Nordeste e o aumento da velocidade de queda no Sul e Sudeste. 
 
 
Diante do quadro da redução, em 12%, das taxas de homicídio no país, entre 2017 e 2018, que passou de 31,6 para 27,8 por 100 mil 
habitantes, fica a pergunta: quais fatores poderiam explicar essa notável diminuição? Trata-se de alguma mudança institucional 
súbita ocorrida a partir de 2017? Ou a redução das mortes violentas, nesse ano, pode ser explicada pela própria dinâmica da 
criminalidade que já vinha se desenrolando nos anos anteriores? 
De outro modo, no Atlas da Violência 2019, já havíamos chamado a atenção para a tendência de queda de homicídios que abrangia 
gradualmente cada vez mais Unidades da Federação (UFs), nos dez anos anteriores a 2017. Naquele documento, apontamos as 
principais razões que estariam influenciando a queda dos homicídios pelo país afora até 2017, a saber: i) a mudança no regime 
demográfico, que fez diminuir substancialmente, na última década, a proporção de jovens na população; ii) o Estatuto do 
Desarmamento, que freou a escalada de mortes no Brasil e que serviu de mecanismo importante para a redução de homicídios em 
alguns estados, como São Paulo, que focaram fortemente na retirada de armas de fogo das ruas; e iii) políticas estaduais de 
segurança, que imprimiram maior efetividade à prevenção e ao controle da criminalidade violenta em alguns estados. 
Destacamos ainda, no Atlas da Violência 2019, que um quarto fator que conspirou a favor do aumento dos homicídios, entre 2016 e 
2017, em alguns estados, sobretudo do Norte e do Nordeste, foi a guerra desencadeada entre as duas maiores facções penais no 
Brasil (Primeiro Comando da Capital – PCC e Comando Vermelho – CV) e seus parceiros locais, que eclodiu em meados de 2016, 
gerando número recorde de mortes no Acre, Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. 
Ocorre que uma guerra custosa, imprevisível e duradoura, sem um contendor com vantagens ou supremacia clara, é inviável 
economicamente. Depois de cerca de um ano e meio das escaramuças em alta intensidade – no eixo do tráfico internacional de 
drogas, nas rotas do alto do Juruá, Solimões e nos estados nordestinos –, em que membros das duas maiores facções penais se 
matavam mutuamente, a intensidade dos conflitos diminuiu. O movimento das guerras de facções em 2016 e 2017 e o subsequente 
armistício, velado ou não, a partir de 2018, explicariam por que os supramencionados estados do Norte e Nordeste foram aqueles 
com maiores aumentos nas taxas de homicídio, em 2017, e maiores quedas em 2018. 
Para finalizar, acreditamos que um quinto fator que pode ter contribuído para a redução substancial dos homicídios, em 2018, diz 
respeito à piora substancial na qualidade dos dados de mortalidade, em que o total de mortes violentas com causa indeterminada 
(MVCI) aumentou 25,6%, em relação a 2017, fazendo com que tenham permanecido ocultos muitos homicídios. Em 2018, foram 
registradas 2.511 MVCI a mais, em relação ao ano anterior, fazendo com que o ano de 2018 figurasse como recordista nesse 
indicador, com 12.310 mortes cujas vítimas foram sepultadas na cova rasa das estatísticas, sem que o Estado fosse competente para 
dizer a causa do óbito, ou simplesmente responder: morreu por quê? 
Disponível em <https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/3519-atlasdaviolencia2020completo.pdf>. Acesso em 10 ago. 
2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e em seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. Em 2017, o número de homicídios na região Norte foi maior do que o número de homicídios da região Sudeste. 
II. Entre 2013 e 2018, todas as regiões apresentam tendência de queda da taxa de homicídios. 
III. O texto sugere que o súbito aumento da taxa de homicídio entre 2016 e 2017 nas regiões Norte e Nordeste pode ser 
explicado por conflitos entre facções criminosas, que cessaram em 2018. 
IV. A população brasileira em 2018 era maior do que 208 milhões de habitantes. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
a. I e II. 
 
b. I, III e IV. 
 
c. III e IV. 
 
d. I, II e III. 
 
e. II, III e IV. 
0,5 pontos 
P E R G U N T A 2 0 
1. Leia o texto e a figura a seguir, publicados na revista Pesquisa Fapesp. 
A Amazônia perde o gás 
Divulgado em dezembro passado, o mais recente relatório do Global Carbon Project estima que, desde a década de 1960, as plantas 
terrestres retiraram da atmosfera cerca de um quarto do dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa que contribui para 
o aumento do aquecimento planetário, emitido pela queima de combustíveis fósseis. Esse efeito benéfico ao clima ocorre porque a 
taxa com que os vegetais fazem fotossíntese – e, portanto, consomem o CO2 disponível no ar para se manter vivos e crescer – é 
ligeiramente maior do que o ritmo de emissão de dióxido de carbono por meio da queima de biomassa, da decomposição de material 
orgânico e da respiração das plantas. A diferença a favor da coluna das absorções em relação à coluna das emissões é pequena, de 
cerca de 2%, mas suficiente para tornar as florestas, sobretudo as densas e exuberantes matas tropicais, importantes sumidouros de 
carbono. Esse termo é usado para designar as áreas em que as absorções de carbono superam as emissões. 
Por ser a maiorfloresta tropical, com cerca de 80% de sua área ainda preservada, a Amazônia é considerada um dos mais 
importantes sumidouros de carbono. Mas estudos feitos ao longo dos últimos 10 anos, com o emprego de diferentes metodologias 
analíticas, como dados de satélites, registros de crescimento e mortalidade de árvores e amostras sistemáticas do ar sobre a floresta, 
indicam que o leste da Amazônia virou uma fonte de carbono na década passada, ou seja, a quantidade de CO2 que saiu desse setor 
do bioma superou a que entrou. A situação é particularmente preocupante no sudeste da Amazônia, entre Pará e Mato Grosso, região 
em que fica o chamado Arco do Desmatamento, que concentra o grosso das intervenções humanas, sobretudo o desflorestamento, 
sobre a área. 
 
 
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/a-amazonia-perde-o-gas/>. Acesso em 14 ago. 2021. 
De acordo com o texto e com os seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. Os vegetais têm a capacidade de emitir e de absorver o CO2. Em geral, a quantidade absorvida é maior do que a 
quantidade emitida, o que contribui indiretamente para a regulação da temperatura da superfície terrestre. 
II. Por conta do desmatamento, apenas 2% do CO2 emitido pela queima de combustíveis fósseis são absorvidos pelas 
árvores da floresta amazônica. 
III. Entre 2010 e 2018, a região leste da floresta amazônica emitiu aproximadamente dez vezes mais CO2 do que a 
região oeste, como consequência da diminuição da pluviosidade e do aumento da temperatura durante a estação seca. 
IV. Atualmente, apenas Rio Branco e Tabatinga/Tefé, a oeste da floresta amazônica, atuam como sumidouros de 
carbono. 
É correto o que se afirma em 
 
a. I, apenas. 
 
b. II, apenas. 
 
c. I e II, apenas. 
 
d. II e III, apenas. 
 
e. III e IV, apenas.

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