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1 
CADERNO DE QUESTÕES – PSA – NOTURNO – 20.10.2021 (duração: 2 horas) 
 
Questão 1. Observe a pintura de Kevin Lee, intitulada “A invisibilidade da pobreza'', e 
leia o texto a seguir. 
 
 
Disponível em <https://www.facebook.com/culturaemdoses/photos/a.714521042296571/1272481773167159/>. Acesso em 25 jul. 
2021. 
 
Falta de dados reflete invisibilidade da população em situação de rua no 
Brasil 
CNN, São Paulo – 01.06.2021 
"Eu até me emociono quando me fazem essa pergunta, porque dói muito ver a pessoa 
em situação de rua. Pra mim, dói muito". Poucas pessoas que não experimentaram o 
que é dormir sem um teto sobre a cabeça poderiam dar uma resposta como essa. O 
músico Wellington Antônio Vanderlei sabe bem o que é isso e, entre suas idas e vindas 
na rua desde a adolescência, é certeiro quando responde qual o sentimento relegado à 
população que vive sem ter onde morar. "Ah, o sentimento é que você é invisível mesmo, 
né?". 
Invisível aos olhos da sociedade e, muitas vezes, também aos olhos do poder público. 
As discussões a respeito do adiamento do censo populacional que seria realizado neste 
ano lançaram luz sobre a importância de pesquisas para a formulação de políticas 
públicas. Políticas essas que reduzem os níveis de desigualdade, combatem a fome, o 
desemprego, o abandono escolar e tantos outros gargalos sociais. O problema é que 
quem vive na rua não entra nas estatísticas do Censo. 
A única vez em que foi realizado um levantamento nacional exclusivamente sobre a 
população em situação de rua foi em 2008, quando foram registradas informações 
extremamente relevantes e até inesperadas, como o fato de que 70% dessa população 
tinha algum tipo de trabalho. Outros dados, nem tão inesperados assim: 67% dessas 
pessoas eram negras, retrato do racismo e da desigualdade no nosso país. 
O que o país tem de mais recente sobre a população em situação de rua é uma estimativa 
produzida por Marcos Natalino, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo
2 
(Ipea), que projetou 222 mil pessoas vivendo nas ruas do Brasil até março do ano 
passado. O cenário, é claro, agravou-se durante a pandemia. 
"Agora, na pandemia, eles são visíveis à medida que, quando fecha a cidade, menos 
pessoas circulam pelas ruas. Os únicos que circulam nas ruas são eles. Então, é um jogo. 
Ora eles são visíveis, ora eles são invisíveis. Quando incomodam, são visíveis. Quando 
não incomodam a ordem estabelecida, são invisíveis", opina o padre Júlio Lancellotti, 
que há anos é uma referência no apoio a quem vive nas ruas. 
Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/06/01/podcast-entre-vozes-alerta-para-invisibilidade-de-quem-vive-
em-situacao-de-rua>. Acesso em 25 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A imagem e o texto jornalístico apresentam discursos antagônicos, pois o artista 
enfatiza, com seus traços, a visibilidade de um menino pobre, e a matéria aponta que as 
pessoas em situação de rua são ora visíveis, ora invisíveis. 
II. Segundo o texto, as pessoas em situação de rua são pouco visíveis ao poder 
público, e isso implica a criação insuficiente de políticas direcionadas a elas. 
III. O objetivo da imagem é mostrar que o menino, mesmo pobre, pode ter ascensão 
social, representada pela escada e pela rampa. 
IV. De acordo com o texto, a pandemia aumentou a visibilidade das pessoas que 
moram na rua porque gerou mais ações de solidariedade. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e II. 
B. II e IV. 
C. I e III. 
D. III e IV. 
E. II. 
 
Questão 2. Na chamada “black friday”, é comum vermos anúncios como o mostrado na 
figura a seguir. 
 
 
Disponível em <https://blog200porcento.com/50-desconto-na-segunda-unidade-toysrus-5939196>. Acesso em 27 set. 2021. 
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/13/especialistas-veem-aumento-de-populacao-de-rua-mas-nao-ha-dados-oficiais
3 
Com base nessa situação, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. Se o cliente comprar a segunda unidade de um produto que custe R$300,00, pagará 
o equivalente a R$225,00 por unidade. 
PORQUE 
II. O cliente terá 50% de desconto no valor total a ser pago. 
Assinale a alternativa correta. 
A. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. 
B. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. 
C. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. 
D. A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. 
E. As asserções I e II são falsas. 
 
Questão 3. Leia a imagem e o texto a seguir. 
 
 
Disponível em <https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2021/01/26/maioria-das-empresas-ainda-nao-tem-area-de-
diversidade.html>. Acesso em 29 jun. 2021. 
 
Por que a diversidade no ambiente de trabalho é necessária? 
Victor Neves 
Nos últimos anos, movimentos sociais que reivindicam a igualdade de minorias ganharam 
força globalmente. Promover a inclusão no mundo corporativo significa entender a 
importância do respeito e da valorização das diferenças. É aí que entra uma das principais 
vantagens desse posicionamento para as empresas: melhorar a employer brand (marca 
empregadora). 
Se uma empresa é reconhecida por sua diversidade, cada vez mais pessoas de diferentes 
origens terão interesse em se juntar a ela. Isso facilita a atração de talentos, já que as 
opções de candidatos para preencher as vagas serão sempre abundantes e qualificadas. 
Reter esses profissionais na organização também é mais fácil, afinal, um ambiente 
respeitoso e diverso favorece o clima interno. Com isso, os colaboradores ficam mais 
4 
satisfeitos com seus empregos, e os conflitos no dia a dia diminuem, o que mantém a 
produtividade e a eficiência em alta. 
Outro grande benefício da diversidade no ambiente do trabalho é o enriquecimento 
cultural da empresa. Pessoas com origens, crenças, etnias, orientações sexuais e classes 
sociais diferentes trazem para a organização ideias e visões de mundo nada parecidas 
umas com as outras. 
Isso está associado ao desenvolvimento de produtos mais criativos e inovadores, que 
não seriam possíveis se todas as pessoas da equipe tivessem vivências parecidas. 
Disponível em <https://blog.woli.com.br/por-que-a-diversidade-no-ambiente-de-trabalho-e-necessaria/>. Acesso em 29 jun. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. As práticas de diversidade e inclusão adotadas pelas empresas têm o intuito de 
exercer a caridade com os indivíduos que se sentem excluídos. 
II. A inclusão da diversidade é um fator que favorece a valorização cultural das 
empresas e contribui para a boa imagem da marca. 
III. Uma equipe formada por colaboradores com culturas diferentes aumenta os 
resultados produtivos, mas também estimula os conflitos e a competição. 
É correto o que se afirma somente em 
A. I. 
B. II. 
C. III. 
D. II e III. 
E. I e II. 
 
Questão 4. Leia o texto a seguir, publicado em 5 de agosto de 2021. 
Baixo nível de empatia aumenta estresse do brasileiro durante a pandemia 
A incapacidade de se colocar no lugar do outro associada ao desgaste emocional e à 
falta de infraestrutura durante a pandemia elevou os níveis de sofrimento entre os 
brasileiros neste período — e nos colocou entre os povos mais estressados do mundo. A 
constatação veio com o resultado da primeira fase da pesquisa "Adaptação social em 
estresse na pandemia de covid-19: um estudo transcultural", coordenada pela UERJ 
(Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em parceria com mais 24 países. 
O estudo revelou que houve uma percepção de aumento do individualismo por causa 
das medidas de isolamento e distanciamento social. Em contrapartida, governos que 
oferecem uma infraestrutura coletiva melhor reduzem o impacto emocional nos 
indivíduos. 
A ideia é que o trabalho contribua para o desenvolvimento de intervenções no campo da 
saúde mental e ajude a sociedade a lidar com esse tipo de problema em crisesfuturas. 
Brasileiro e o mito da alegria contagiante 
À primeira vista, o resultado do estudo pode parecer contraditório. Afinal, o brasileiro 
não é aquele povo alegre, sempre disposto a sorrir e ajudar o próximo na adversidade? 
Pois a realidade parece não ser bem essa. 
5 
"Nós estamos habituados a estarmos juntos na festa, no futebol, é uma cultura baseada 
na celebração, na sensação de prazer", afirma a professora Edna Ponciano, do Instituto 
de Psicologia da UERJ e coordenadora da pesquisa. 
Segundo ela, não somos acostumados a dividir a dor, o sofrimento com os outros, e isso 
pode ser um problema. "Nossa maneira de lidar é se distrair para esquecer, mas, com 
isso, deixamos de lidar com os problemas e transformamos esses sentimentos em 
ansiedade, depressão e estresse", acredita a especialista. 
Cultura coletivista é mais resiliente 
Ponciano lembra ainda que o Brasil pontuou muito alto no individualismo — o que 
também parece ser um contrassenso, já que o brasileiro tem fama de ser solidário e 
prestativo. "De fato, o brasileiro é solidário, mas muito mais direcionado às pessoas que 
ele conhece, ao seu círculo social e familiar", avalia. "O outro desconhecido não nos toca 
tanto", acredita. 
Por outro lado, a pesquisadora lembra que as sociedades que estão passando pela crise 
sanitária de forma coletiva estão conseguindo lidar melhor com o sofrimento. Em outras 
palavras, a coletividade permite a construção de pessoas mais resilientes e satisfeitas. 
Para Gustavo Arns, especialista em felicidade e bem-estar, o aumento do estresse tem 
relação direta com o individualismo. "Essa falta de empatia nos deixa fechados para o 
outro, fechados em nós mesmos e isolados", afirma ele, que é idealizador do primeiro 
Congresso Brasileiro de Felicidade e professor da pós-graduação em psicologia positiva 
da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). 
Para ele, a pandemia não vai solucionar todas as nossas relações e problemas sociais, 
mas é uma boa oportunidade para começarmos a solucionar essas questões. "Nunca se 
falou tanto em saúde mental e qualidade de vida", afirma. "Acredito que é o momento 
ideal para começarmos a refletir sobre como podemos começar a construir a nossa 
felicidade." 
Disponível em <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/05/baixo-nivel-de-empatia-aumenta-estresse-do-
brasileiro-durante-a-pandemia.htm>. Acesso em 9 ago. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O Brasil é o país da festa e do futebol, e o brasileiro, por ser naturalmente cordial 
e alegre, tem se estressado de maneira moderada com o isolamento social. 
II. Os resultados da pesquisa apontam que o brasileiro é individualista, apesar da 
fama de solidário. 
III. A capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, a empatia, pode auxiliar 
as pessoas a lidar melhor com o sofrimento. 
É correto o que se afirma em 
A. II, apenas. 
B. I e III, apenas. 
C. II e III, apenas. 
D. I e II, apenas. 
E. I, II e III. 
 
Questão 5. Observe a ilustração a seguir. 
6 
 
Disponível em <https://blogdoaftm.com.br/charge-cadastramento/>. Acesso em 13 ago. 2021. 
 
É correto dizer que a charge 
A. faz crítica a um tipo de auxílio governamental fornecido, que é considerado injusto, 
pois privilegia as camadas mais pobres da sociedade. 
B. tece crítica às pessoas que tentam meios ilegais para conseguir os benefícios 
oferecidos pelo governo. 
C. ilustra que a tecnologia está acessível a toda a população, em todas as faixas 
etárias. 
D. representa o comportamento da população brasileira, especialmente dos homens, 
que não sabem lidar com as tecnologias mais modernas nas diferentes situações do dia 
a dia. 
E. evidencia o fato de que as novas tecnologias não são acessíveis a todos, 
especialmente aos mais necessitados, que precisam dos auxílios governamentais. 
 
Questão 6. Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
Disponível em <https://tirasarmandinho.tumblr.com/>. Acesso em 29 jun. 2021. 
 
7 
Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando eletrônicos pode 
prejudicar o desenvolvimento 
Michelle Roberts (BBC News) 
Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, celulares e outros 
eletrônicos com telas pode atrasar o desenvolvimento de habilidades de linguagem e 
sociabilidade, de acordo com o estudo canadense. 
A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de idade, é a mais 
recente evidência no debate sobre quanto tempo de uso de telas é seguro para crianças. 
(...) Mães foram consultadas, entre 2011 e 2016, sobre o tempo de uso de telas e 
preencheram questionários sobre as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos 
quando tinham 2, 3 e 5 anos. 
Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar videogames e usar 
computador, tablet, celular ou qualquer aparelho com uma tela. 
Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em frente a telas por 
semana. Isso aumentou para cerca de 25 horas aos 3 anos, mas caiu para cerca de 11 
horas aos 5 anos, quando as crianças começam a escola primária. 
As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que há aumento do 
tempo de uso de telas antes que qualquer atraso no desenvolvimento seja notado (...). 
Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente responsável. O maior 
tempo da tela pode ser um aspecto simultâneo a outros ligados ao atraso no 
desenvolvimento, como a forma com que a criança é educada e o que a criança faz no 
restante do seu tempo de lazer. 
Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando para telas, elas 
podem estar perdendo oportunidades de praticar e dominar outras habilidades 
importantes. 
Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo com que as 
crianças passam correndo e praticando outras habilidades físicas. 
Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus colegas, autores 
do estudo, dizem que, ainda assim, faz sentido limitar o tempo de uso de telas das 
crianças e garantir que isso não atrapalhe as "interações interpessoais ou o tempo em 
família". 
(...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais vulneráveis 
aos danos causados pelo uso de telas e qual impacto que isso pode ter na sua saúde 
mental", disse Bernadka Dubicka, do Royal College of Psychiatrists. 
"Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, porque há 
também formas positivas de usar telas". 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386>. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da influência do uso das 
tecnologias nas relações interpessoais entre as crianças. 
II. O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares pode ser uma brincadeira 
produtiva e interativa. 
III. O texto indica que o uso excessivo e inadequado das telas pode influenciar 
negativamente no desenvolvimento infantil. 
 
 
8 
É correto o que se afirma em 
A. I e II, apenas. 
B. II e III, apenas. 
C. III, apenas. 
D. I e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
Questão 7. Leia o meme e o texto a seguir. 
 
Disponível em <https://pt.dopl3r.com/memes/engra%C3%A7ado/as-pessoas-deveriam-antes-de-compartilhar-pesquisar-se-as-
frases-atribuidasa-pessoasfamosas-realmente-pertencem-a-elas-d-pedro/102625/>. Acesso em 21 jul. 2021. 
 
Fake news são notícias e informações falsas — ou modificadas — veiculadas na internet 
com o propósito de manipular pessoas e eventos. Elas também estão ligadas ao 
sensacionalismo, que visa a chamar a atenção e a obter “likes” para gerar lucro. 
Segundo pesquisa do Instituto Reuters para o estudo do Jornalismo, as redes sociais são 
a maior fonte de notícias para os brasileiros. E isso só aumenta, já que o percentual de 
pessoas que usam as redes sociais como fonte de notícias foi de 47% em 2013 para 
72% em 2016. 
Isso mostra que a repercussãode uma notícia falsa pode atingir inúmeras pessoas em 
poucos minutos e acarretar prejuízos morais e até mesmo financeiros. 
Algumas pessoas acreditam que as fake news prejudicam apenas pessoas públicas, mas 
isso não é uma regra. É o caso de uma mulher em São Paulo que foi espancada até a 
morte depois de ter sido acusada de sequestrar e matar crianças para fazer magia 
negra. Os boatos associavam seu nome e sua imagem ao crime; só após sua morte a 
verdade apareceu. 
Outra situação envolvendo fake news foi a da vereadora Marielle Franco, que teve seu 
nome vinculado a mentiras com o intuito de desqualificar sua imagem. Uma das notícias 
foi a de que ela seria casada com um traficante e eleita por uma das maiores facções 
criminosas do país, o Comando Vermelho. Contudo, tais informações eram inverídicas. 
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html
9 
 
Disponível em <https://foconoenem.com/fake-news-redacao-enem/>. Acesso em 20 jan. 2019. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. O meme, para criticar a propagação de fake news, apoia-se, ironicamente, em 
uma citação falsa. 
II. O meme e o texto apresentam discursos antagônicos, pois o primeiro mostra que 
as notícias falsas podem ser simples brincadeira. 
III. O texto alerta para a necessidade de se checar a fonte das informações, pois as 
fake news podem trazer prejuízo à sociedade. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e II. 
B. I. 
C. I e III. 
D. III. 
E. II e III. 
 
Questão 8. Leia a charge a seguir. 
10 
 
Disponível em <https://www.reddit.com/r/brasil/comments/mk5z37/brasil_2021/>. Acesso em 02 ago. 2021. 
 
O objetivo da charge é 
A. criticar a linguagem científica, que é indecifrável para a população em geral. 
B. mostrar as vantagens do aprendizado por meio das novas tecnologias. 
C. criticar os discursos propagados em redes sociais que se opõem à ciência. 
D. enaltecer a agilidade da pesquisa nas redes sociais. 
E. valorizar a pluralidade de pontos de vista na ciência. 
 
Questão 9. Leia o texto a seguir. 
Impacto das fake news nas coberturas vacinais 
André de Castro - Ministério da Saúde – 10.11.2020 
A circulação de notícias falsas, o medo de eventos adversos e a sensação de segurança 
decorrente da eliminação de doenças são fatores que vêm contribuindo para a queda 
das coberturas vacinais no Brasil. Dados do Ministério da Saúde mostram que, até o dia 
22 de outubro de 2020, nenhuma das vacinas do calendário nacional atingiu os 
indicadores preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Para a 
coordenadora do PNI, Francieli Fontana, o movimento antivacina também pode 
contribuir para os indicadores. 
Nesse cenário, o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), Juarez 
Cunha, também avalia que o movimento antivacina é um dos protagonistas na 
propagação das fake news. “As inverdades que têm circulado podem impactar no número 
11 
de pessoas não vacinadas no país. Coloca nossa população, especialmente as nossas 
crianças, em risco, colaborando para o retorno de doenças que já estavam controladas 
ou eliminadas. É o caso do sarampo”, afirma. 
Em 2019, o Brasil perdeu a certificação de país livre da doença. Isso aconteceu porque 
o país conviveu, por 12 meses e de forma endêmica, com casos confirmados da doença. 
Países dos continentes europeu e africano também registraram um maior número de 
casos na última década. 
O presidente da SBIm lembra que o movimento ganhou força por causa de um artigo 
falso, publicado em 1998 pelo médico inglês Andrew Wakefield, no qual ele incitava que 
a vacina do sarampo causava autismo. O artigo foi desmentido e retirado dos meios 
científicos, mas as consequências repercutem ainda hoje. 
Problema mundial 
A hesitação em vacinar foi apontada como um problema mundial pela Organização 
Mundial da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas. De acordo com estudos, a 
probabilidade de uma criança nascida ser totalmente vacinada com todas as vacinas 
recomendadas mundialmente até os 5 anos de idade é inferior a 20%. Em 2019, quase 
14 milhões de crianças perderam a oportunidade de receber as vacinas oferecidas para 
a faixa etária. 
“Depois da água potável, a vacinação trouxe melhora na qualidade de vida das pessoas 
e redução da mortalidade”, conta a médica especialista em vigilância em saúde, Melissa 
Palmieri. Ainda de acordo com ela, vacinar é um pacto social. Prova disso são os casos 
de poliomelite no Brasil, sem registros desde 1990. 
(...) 
Por que confiar? 
Todas as vacinas disponibilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI) passam 
pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que obedece aos 
parâmetros internacionais para avaliar segurança, imunogenicidade e eficácia. 
Uma vez incorporada no Calendário Nacional de Vacinação, antes de ir para o posto de 
saúde, a vacina passa por uma avaliação criteriosa do Instituto Nacional de Controle e 
Qualidade em Saúde (INCQS), que realiza ensaios laboratoriais para o controle de 
qualidade de produtos com interesse para a saúde. 
Os componentes utilizados para a fabricação de vacinas servem para a sua conservação 
e auxiliam no aumento da proteção imunológica da pessoa vacinada. Segundo os 
especialistas, os eventos adversos são raros e na maioria das vezes estão relacionados 
ao indivíduo que recebeu a dose, como alguma alergia ou alguma imunodeficiência 
preexistente (transplantados ou com HIV). Para esses casos, foram criados os Centros 
de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), a fim de facilitar o acesso da 
população às vacinas especiais. 
Nesse sentido, o Ministério da Saúde garante que a vacinação é segura e eficaz. “Não 
há nenhuma dúvida com relação a isso, por mais que grupos antivacinas queiram 
aparecer e tomar espaço na mídia”, reforça Francieli. O Programa Nacional de 
Imunizações existe há 47 anos e, atualmente, oferece 18 vacinas no Calendário Nacional 
de Vacinação de Crianças e Adolescentes, sete vacinas para adultos e cinco para idosos, 
disponibilizadas gratuitamente nas salas de vacinação do Sistema Único de Saúde. 
Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/2052-impacto-das-fake-news-nas-coberturas-vacinais>. Acesso 
em 06 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
12 
I. Segundo o texto, a queda das coberturas vacinais é um problema na saúde pública 
brasileira, impulsionado pela circulação de notícias falsas, pelo medo de eventos 
adversos e pelo sentimento de segurança gerado pela eliminação de doenças. 
II. A pandemia de Covid-19, de acordo com o texto, fez surgir o movimento 
antivacina, responsável pela proliferação de fake news. 
III. O PNI, conforme o texto, disponibiliza gratuitamente vacinas que seguem 
parâmetros internacionais de segurança, imunogenicidade e eficácia. 
É correto apenas o que se afirma em 
A. I. 
B. II. 
C. III. 
D. I e III. 
E. I e II. 
 
Questão 10. Leia o texto a seguir. 
As falhas do ensino da matemática expostas pela pandemia do coronavírus. 
Nossa dificuldade em lidar com modelos e projeções evidencia 
'analfabetismo de dados', diz especialista; como podemos melhorar o ensino 
de estatísticas, raciocínio lógico e de temas do cotidiano do século 21? 
BBC - 06/06/2020. 
Desde projeções de novos casos de coronavírus até o chamado "achatamento da curva" 
de contágio, conceitos e modelos matemáticos entraram no noticiário e nas discussões 
da pandemia e, para alguns especialistas, a nossa dificuldade em entender e aplicar 
esses conceitos é mais uma evidência de que a forma como aprendemos matemática na 
escola está muito longe de nos preparar para usar a disciplinana vida real. 
Esse foi um dos assuntos debatidos no seminário on-line "Como ensinar a matemática 
do futuro?", realizado pelo Instituto Sidarta (dedicado a projetos e políticas no ensino da 
matemática) em 28 de maio. 
"Estamos ensinando a matemática do século 19 nas nossas escolas, e isso cria uma 
lacuna na formação que damos aos jovens para o exercício de profissões e para munir 
as crianças com ferramentas para entender o mundo à nossa volta, que é o objetivo da 
matemática", afirmou no encontro virtual Marcelo Viana, diretor-geral do Instituto de 
Matemática Pura e Aplicada (Impa). 
E quais são essas ferramentas? 
Viana citou algumas: estatística e probabilidades, por exemplo, essenciais para 
entendermos o comportamento do novo coronavírus e o impacto das medidas de 
prevenção, são temas que o matemático acredita que "estavam até há pouco tempo 
praticamente ausentes de sala de aula", embora ele ache que isso esteja mudando com 
a adoção da nova Base Nacional Curricular Comum, documento que traçou novas 
diretrizes para o ensino público e privado do país. 
Para além da pandemia, estatística e probabilidades têm infinitos usos cotidianos, dos 
mais simples (como entender a probabilidade de chuva em um dia qualquer) aos mais 
13 
complexos (como identificar padrões de infecções em hospitais para adotar medidas de 
prevenção). 
"Outra área que custa para chegar à sala de aula é a combinatória, base da ciência da 
computação e da tecnologia da informação", agregou Viana. A análise combinatória 
permite que se analisem quantas combinações diferentes podem ser feitas com um 
conjunto de elementos. Por exemplo, com as 26 letras do alfabeto e dez números, 
quantas combinações de senhas de 8 dígitos eu consigo fazer? 
(A resposta é 2,8 trilhões de senhas). 
Viana citou, por fim, o estímulo ao raciocínio lógico como algo "absolutamente 
negligenciado (no ensino da matemática), o que é trágico", por se tratar de uma 
habilidade considerada essencial para formar trabalhadores e cidadãos para o século 21. 
'Alfabetismo de dados' 
No Brasil, só 16% dos alunos concluem o ensino fundamental (9° ano) com aprendizado 
adequado em matemática, segundo os dados da Prova Brasil 2017. 
[...] 
Ser alfabetizado em dados significa ser capaz de entender números, gráficos, 
probabilidades ou questões lógicas, por exemplo, e conseguir usar esses dados para 
entender padrões ou mesmo tomar decisões. 
"São ensinados alguns conceitos (relacionados ao uso de dados), mas, no geral, é um 
tópico negligenciado", prossegue Dieckmann. Embora se ensinem conceitos básicos, 
como média e mediana, ele diz que falta, em geral, trazer uma "abordagem exploratória" 
para dentro da sala de aula, fazendo a conexão entre esses conceitos e os padrões, as 
conexões e os usos para eles na vida real dos alunos. 
[...] 
O que vai ser do ensino no pós-pandemia 
Embora haja a percepção de que a pandemia vai mudar a dinâmica das escolas e o 
ensino da matemática, a forma como isso vai acontecer ainda é uma interrogação. 
Como promover o ensino colaborativo da matemática e a resolução conjunta de 
problemas, se os alunos provavelmente terão de manter o distanciamento entre si, 
mesmo dentro de sala de aula, por um bom tempo? 
[...] 
"Na volta às aulas (presenciais) vai ser difícil, sem dúvida, de fazer com que os alunos 
se sintam seguros, estáveis e prontos para entender a nova realidade. No momento 
ainda não vemos luz no fim do túnel, mas temos uma oportunidade de olhar para o que 
pode ser melhorado e para criar um novo normal, em vez de voltar para o normal de 
antes, que não estava funcionando". 
Disponível em <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/06/as-falhas-do-ensino-da-matematica-expostas- pela-pandemia-
do-coronavirus.ghtml>. Acesso em 30 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O analfabetismo de dados ocorre, por exemplo, porque são ensinados alguns 
conceitos, como média e mediana, sem que se estabeleça relação do conteúdo com o 
cotidiano do aluno. 
II. No Brasil, a pandemia de coronavírus tornou o ensino de matemática 
descontextualizado e impediu os alunos de realizarem abordagens exploratórias. 
14 
III. A dificuldade de aprendizagem de índices e conceitos matemáticos é a 
responsável pela expansão do contágio de covid-19, uma vez que as projeções da doença 
não são compreendidas pelos estudantes. 
É correto o que se afirma em 
A. I e II, apenas. 
B. II e III, apenas. 
C. I e III, apenas. 
D. I, apenas. 
E. I, II e III. 
 
Questão 11. A série de tirinhas Dilbert, criada por Scott Adams, retrata as mazelas do 
mundo corporativo de forma satírica. Os personagens Dogbert (o cachorro) e Boss 
participam da tirinha a seguir. Nela, são contratados os serviços de pesquisas de 
Dogbert, supostamente com o intuito de comprovar a confiabilidade dos produtos 
oferecidos pela empresa de Boss. 
 
 
Disponível em <http://dilbert.com/strip/2004-04-13>. Acesso em 10 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A amostra da pesquisa retratada na tirinha é composta por apenas um elemento, 
o que é insuficiente para retratar com fidelidade a população de usuários dos produtos 
da empresa. 
PORQUE 
II. A pergunta feita por Dogbert ao entrevistado tem a intenção de gerar resultados 
enviesados para agradar Boss e, dessa forma, não traz qualquer conclusão relevante a 
respeito dos produtos. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II justifica a I. 
15 
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II não justifica a I. 
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
Questão 12. Leia a charge a seguir. 
 
Disponível em <https://www.facebook.com/ServicoSocialBrasil/photos/meritocracia-em-uma-charge/2321587397855827/>. Acesso 
em 14 ago. 2021. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas e a relação proposta entre elas. 
I. A charge mostra, metaforicamente, que, quanto maior o degrau, mais valoroso é o 
sucesso alcançado. 
PORQUE 
II. Os talentos são diferentes e inatos, o que valida a ideia de ascensão social natural. 
Assinale a alternativa correta. 
A. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. 
B. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. 
C. As asserções I e II são falsas. 
D. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. 
E. A asserção II é verdadeira, e a asserção I é falsa. 
 
Questão 13. Leia o texto a seguir. 
O que é desemprego 
O desemprego, de forma simplificada, refere-se às pessoas com idade para trabalhar 
(acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar 
16 
trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um 
emprego. 
Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um emprego, não podem 
ser consideradas desempregadas: 
● um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos; 
● uma dona de casa que não trabalha fora; 
● uma empreendedora que possui seu próprio negócio. 
De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios Contínua – PNAD Contínua, o estudante e a dona de casa são pessoas que 
estão fora da força de trabalho; já a empreendedora é considerada ocupada. 
A PNAD Contínua é a nossa pesquisa que mostra quantos desempregados há no Brasil. 
Nela, o que é conhecido popularmente como “desemprego” aparece no conceito de 
“desocupação”. Confira, no gráfico a seguir, os dados de ocupação, desocupação e 
outras divisões do mercado de trabalho no Brasil, de acordo com os últimos resultados 
da PNAD Contínua. 
 
 
 
 
Disponível em <https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php>. Acesso em 30 jun. 2021(com adaptações). 
17 
Considerando o texto, as informações apresentadas nos gráficos e seus conhecimentos, 
assinale a alternativa correta. 
A. O maior número de desempregados do Brasil está na Região Nordeste. 
B. Aproximadamente, 7% da população brasileira é formada por desocupados. 
C. Uma dona de casa que não trabalha fora é considerada desocupada. 
D. O Norte e o Sudeste têm o mesmo número de desocupados. 
E. Aproximadamente 20% da população brasileira está empregada. 
 
Questão 14. Leia o gráfico, sobre o saldo de empregos formais segundo o CAGED - 
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e a charge. 
 
Disponível em <https://www.readmetro.com/en/brazil/metro-sao-paulo/20210730/4/>. Acesso em 06 ago. 2021. 
 
 
 
Disponível em <https://blogdogersonnogueira.com/2020/01/14/na-patria-do-subemprego/>. Acesso em 27 set. 2021. 
18 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Entre janeiro e fevereiro de 2021, houve aumento de cerca de 50% das vagas 
formais de emprego. 
II. No primeiro semestre de 2021, a geração de empregos teve um saldo positivo de 
cerca de mais de 1,5 milhão de vagas de emprego. 
III. O aumento da prestação do serviço de entrega, ilustrado na charge, é responsável 
pela ampliação de vagas formais em 2021. 
IV. A charge tem por objetivo responsabilizar a falta de iniciativa empreendedora pelo 
desemprego registrado em 2020 e 2021. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e II. 
B. I, II e III. 
C. II, III e IV. 
D. I, II e IV. 
E. II e III. 
 
Questão 15. Leia o texto e a charge, publicada em jornal carioca no início do século 
XX, sobre a gripe espanhola. 
Conheça as 5 maiores pandemias da história. 
O coronavírus não é o primeiro causador de uma pandemia. Relembre outras 
doenças que mudaram os rumos da história da humanidade. 
Letícia Rodrigues. 28 de outubro de 2020 
A pandemia do novo coronavírus causou medo em todo o mundo – e não é para menos. 
O cenário é semelhante ao que já aconteceu em outros momentos da história, em que 
doenças se espalharam pelo mundo e causaram estragos. Conheça as principais 
pandemias que assolaram o planeta. 
1. Peste bubônica 
A peste bubônica é causada pela bactéria Yersínia pestis e pode se disseminar pelo 
contato com pulgas e roedores infectados. Seus sintomas incluem inchaço dos gânglios 
linfáticos na virilha, na axila ou no pescoço. Outros sinais são: febre, calafrios, dor de 
cabeça, fadiga e dores musculares. 
A doença é considerada, historicamente, a causadora da Peste Negra, que assolou a 
Europa no século 14, matando entre 75 milhões e 200 milhões pessoas na antiga Eurásia. 
No total, a praga pode ter reduzido a população mundial de 450 milhões de pessoas para 
350 milhões. 
2. Varíola 
A doença atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. O faraó egípcio Ramsés II, 
a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França tiveram a temida “bexiga”. O 
vírus Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa por meio das vias 
respiratórias. Os sintomas eram: febre, seguida de erupções na garganta, na boca e no 
19 
rosto. Felizmente, a varíola foi erradicada do planeta em 1980, após campanha de 
vacinação em massa. 
3. Cólera 
Sua primeira epidemia global, em 1817, matou centenas de milhares de pessoas. Desde 
então, a bactéria Vibrio cholerae sofre diversas mutações e causa novos ciclos 
epidêmicos de tempos em tempos e, portanto, ainda é considerada uma pandemia. Sua 
transmissão acontece a partir do consumo de água ou alimentos contaminados, e é mais 
comum em países subdesenvolvidos. 
Um dos mais atingidos pela cólera foi o Haiti, em 2010. O Brasil já teve vários surtos da 
doença, principalmente em áreas mais pobres do Nordeste. No Iêmen, em 2019, mais 
de 40 mil pessoas morreram devido à enfermidade. 
4. Gripe Espanhola 
Acredita-se que entre 40 milhões e 50 milhões de pessoas tenham morrido na pandemia 
de Gripe Espanhola de 1918, causada por um subtipo de vírus influenza. Mais de um 
quarto da população mundial na época foi infectado e até o então presidente do Brasil, 
Rodrigues Alves, morreu da doença, em 1919. 
Os sintomas da doença eram muito parecidos com os do atual coronavírus Sars-CoV-2, 
e não existia cura. Em São Paulo, a população foi atrás de um remédio caseiro feito com 
cachaça, limão e mel. De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça, foi dessa receita 
supostamente terapêutica que nasceu a caipirinha. 
5. Gripe Suína (H1N1) 
O vírus H1N1, causador da chamada gripe suína, foi o primeiro a gerar uma pandemia 
no século 21. O vírus surgido em porcos no México, em 2009, espalhou-se rapidamente 
pelo mundo, matando 16 mil pessoas. No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em maio 
daquele ano e, no fim de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país, de acordo com 
o Ministério da Saúde. 
O contágio acontece a partir de gotículas respiratórias no ar ou em uma superfície 
contaminada. Seus sintomas são os mesmos de uma gripe comum: febre, tosse, dor de 
garganta, calafrio e dor no corpo. 
Disponível em <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/03/conheca-5-maiores-pandemias-da-historia.html>. 
Acesso em 02 ago. 2021 (com adaptações). 
 
 
20 
Ela: Faça o favor de chamar o diretor e dizer que estou às suas ordens. 
Funcionário: Mas.... creio que não há mais lugar... 
Ela: Como não? Se o diretor me disse que aqui tinha um lugar seguro. Isso é um 
embuste. 
Disponível em <https://box.novaescola.org.br/etapa/3/educacao-fundamental-2/caixa/90/a-rota-das-epidemias-pelo-
mundo/conteudo/18980>. Acesso em 27 set. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Das seis maiores pandemias da história (incluída a pandemia do novo 
coronavírus), quatro foram causadas por vírus e duas por bactérias. 
II. As cinco doenças pandêmicas mencionadas na matéria estão erradicadas no 
mundo. 
III. A charge, ao representar a gripe espanhola como uma mulher com cara de caveira 
que bate à parte do gabinete da “Saúde Pública”, tem por objetivo mostrar que a 
sua entrada no Brasil foi bloqueada por medidas sanitárias eficientes. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e II. 
B. II e III. 
C. I. 
D. II. 
E. I e III. 
 
Questão 16. Leia o texto a seguir, retirado do artigo publicado no site da Fiocruz, 
complementado pelo artigo do Instituto Butantan. 
Entenda como acontece o estudo clínico de uma vacina 
(...) 
O processo de pesquisa e desenvolvimento de uma nova vacina é constituído de diversas 
etapas, tratando-se, portanto, de um processo de alto investimento. A primeira etapa 
corresponde à pesquisa básica e é onde as novas propostas de vacinas são identificadas. 
Na segunda etapa, há a realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo), que têm 
por objetivo demonstrar a segurança e o potencial imunogênico da vacina. Por fim, há a 
terceira etapa, composta pelos ensaios clínicos (fases I, II, III e IV). 
A fase I é o primeiro estudo a ser realizado em seres humanos e tem por objetivo 
principal demonstrar a segurança da vacina. A fase II tem por objetivo estabelecer a sua 
imunogenicidade (capacidade que a vacina tem de estimular o sistema imunológico a 
produzir anticorpos). A imunogenicidade, frequentemente, é medida por coletas de 
sangue, utilizando metodologias de análise adequadas, para avaliar a resposta 
imunológica à vacina administrada. A fase III é a última fase de estudo antes da 
obtenção do registro sanitário e tem por objetivo demonstrar a sua eficácia. Somente 
após a finalização do estudo de fase III e obtenção do registro sanitário é que a nova 
vacina poderá ser disponibilizada para a população. A fase IV é o estudo pós 
comercialização, em que é analisado o que ocorre já com a vacina disponível às pessoas. 
21 
Os critérios para seleção dos participantes do ensaio dependem fundamentalmente do 
objetivo do estudo. De modo geral, os participantes devem representar o grupo de 
indivíduos/população para os quais o produto foi desenvolvido e aqueles que mais 
poderiam sebeneficiar da intervenção. Além disso, é necessário selecionar áreas de 
maior transmissão onde o número esperado de casos é suficiente para a realização do 
estudo e interpretação dos resultados. 
Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/ /index.php/br/noticias/1992-entenda-como-acontece-o-estudo-clinico-de-uma-vacina>. 
Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Ensaios clínicos 
(...) 
A Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan (IB) coordena 
todos os ensaios clínicos, desde a fase I até a fase IV, para os imunobiológicos 
produzidos pelo instituto incluindo as vacinas. Com isso, ela garante a internalização do 
conhecimento adquirido com a realização desses estudos e contribui para a integração 
de todas as etapas do processo de pesquisa e desenvolvimento. Cabe ressaltar ainda 
que esta Divisão também realiza atividades de farmacovigilância para todos os soros e 
vacinas produzidas pelo IB, ou seja, realiza monitoramento contínuo da segurança 
desses produtos quando eles já se encontram disponibilizados e em uso pela população. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/pesquisa/ensaios-clinicos>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Uma nova vacina só pode ser disponibilizada à população após o registro sanitário, 
que ocorre após a fase IV dos ensaios clínicos, os quais compõem a terceira etapa 
do processo de sua pesquisa e seu desenvolvimento. 
II. As atividades de Farmacovigilância para vacinas são realizadas durante a fase IV 
dos ensaios clínicos. 
III. A avaliação da capacidade de o organismo produzir anticorpos contra um 
microrganismo como o coronavírus e o monitoramento da segurança das vacinas 
em uso pela população são efetuados durante as fases II e IV dos ensaios clínicos, 
respectivamente. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
Questão 17. Leia a reportagem a seguir, publicada pela agência de notícias da 
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Agência FAPESP). 
22 
De cada quatro imperadores romanos do Ocidente, apenas um morreu de 
causas naturais 
De Otávio Augusto (63 a.C. - 19 d.C.) a Constantino XI Paleólogo (1405 - 1453), o 
Império Romano teve 175 imperadores. Nesse número, estão computados os 
governantes do Império unificado e os governantes do Ocidente e do Oriente, depois da 
divisão definitiva em 395 d.C. E estão excluídos aqueles que, sendo menores ou 
compartilhando o trono, não chegaram a governar por conta própria, embora possuíssem 
o título. 
Dos 69 imperadores do Império Romano do Ocidente, apenas 24,8% chegaram 
tranquilamente ao final do reinado e morreram de causas naturais. Os outros 75,2% 
morreram de forma violenta, no campo de batalha ou em conspirações palacianas. 
Considerando todos os 175 imperadores, 30% sofreram morte violenta antes do fim do 
reinado. 
Estudo realizado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade 
de São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos, investigou o padrão matemático subjacente 
às trajetórias dos imperadores. E mostrou que elas seguem aquela que, em estatística, 
é chamada de “lei de potência”. 
“Apesar de parecer aleatória, essa distribuição de probabilidade é encontrada em muitos 
outros fenômenos associados a sistemas complexos, como o tamanho das crateras 
lunares, a intensidade dos terremotos, a frequência com que as palavras aparecem em 
um texto, o valor de mercado das empresas e até o número de ‘seguidores’ que as 
pessoas têm nas mídias sociais”, diz à Agência FAPESP o cientista de dados Francisco 
Rodrigues, professor do ICMC-USP e coordenador do estudo. 
Todos esses fenômenos obedecem a um padrão que, genericamente, é chamado de 
“regra 80/20”. Isso significa que, em qualquer um deles, a chance de ocorrer um evento 
comum é de 80%, enquanto a chance de ocorrer um evento raro é de 20%, 
aproximadamente. Assim, por exemplo, 80% das crateras lunares são relativamente 
pequenas, enquanto apenas 20% são de fato grandes. O mesmo acontece nas mídias 
sociais: 80% das pessoas têm, quando muito, algumas dezenas de seguidores, enquanto 
20% têm milhares ou até mesmo milhões. No caso dos imperadores romanos, o evento 
raro era não ser assassinado. 
“O primeiro a observar esse tipo de relação foi o economista italiano Vilfredo Pareto 
(1848-1923), ao estudar a distribuição da riqueza na Europa. Ele constatou que 80% 
dos recursos financeiros estavam nas mãos de 20% da população. Ou seja, enquanto a 
maioria das pessoas detinha poucos recursos, uma minoria concentrava grande parte da 
riqueza”, informa Rodrigues. 
Além de obedecerem aproximadamente à relação 80/20, as trajetórias dos imperadores 
romanos do Ocidente apresentaram também outro tipo de padrão. “Ao examinar o tempo 
transcorrido até a morte dos imperadores, observamos que o risco é alto quando o 
imperador assume o trono. Isso poderia estar relacionado a dificuldades para lidar com 
as demandas que o cargo exige e à falta de habilidade política. Depois, o risco diminui 
sistematicamente, até os 13 anos de governo. Em seguida, apresenta um súbito 
aumento”, conta Rodrigues. 
Se a relação 80/20 corresponde a um padrão conhecido, essa mudança brusca na curva 
de sobrevivência por volta dos 13 anos de governo foi um achado novo do estudo. 
“Levantamos várias hipóteses para explicar esse ponto de inflexão. Pode ser que, após 
o ciclo de 13 anos, os rivais do imperador tenham se desalentado diante da dificuldade 
de chegar naturalmente ao poder; ou que os antigos inimigos tenham se reagrupado; 
ou que novos desafetos tenham surgido; ou que todos esses fatores tenham se 
23 
combinado para produzir uma conjuntura crítica. O interessante é que o estudo mostra 
também que, após esse ponto de mudança, o risco volta a diminuir”, afirma Rodrigues. 
A inflexão aos 13 anos ainda é uma questão a ser respondida. Mas, dando sequência a 
toda uma linha de história quantitativa, o estudo mostrou que a análise estatística pode 
ser um recurso complementar importante no estudo dos fenômenos históricos. “As 
formações históricas são sistemas complexos, compostos por agentes que interagem, 
colaboram e competem por poder e recursos. E as ações imprevisíveis dos indivíduos 
podem produzir padrões de comportamento coletivos previsíveis – portanto, sujeitos à 
investigação matemática”, conclui Rodrigues. 
 
 
 
O gráfico mostra o tempo de reinado dos imperadores romanos do Ocidente. E posiciona 
na curva a probabilidade acumulada (soma das probabilidades) de sobrevivência de 
quatro imperadores bem conhecidos. Note-se que a chance de morte violenta é muito 
alta assim que um imperador assume o trono. Decresce progressivamente até o 13º ano 
de governo. Apresenta um ponto de inflexão nessa data. E volta a diminuir ainda mais 
rapidamente. Calígula e Nero tiveram reinados curtos, sofrendo uma morte violenta. 
Augusto governou por mais de 40 anos e morreu de forma natural. A partir de Marcus 
Aurélio, como a curva não aumenta, a chance de sofrer uma morte violenta será quase 
nula, como ocorre com Augusto. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/de-cada-quatro-imperadores-romanos-do-ocidente-apenas-um-morreu-de- causas-
naturais/36643/>. Acesso em 23 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos dados apresentados, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, aproximadamente 52 imperadores do Império Romano do 
Ocidente que governaram por conta própria morreram por causas violentas. 
II. A regra 80/20, observada pelo economista italiano Vilfredo Pareto, estipula que a 
chance de acontecer um evento raro é 80%. 
III. O estudo revela que 80% dos imperadores romanos morriam antes de completar 
13 anos de governo. 
24 
IV. O estudo revela que, após os 20 anos de governo, a probabilidade de morte 
violenta de um imperador romano cresce indefinidamente. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e II. 
B. I e III. 
C. I. 
D. II e III.E. II, III e IV. 
 
Questão 18. Leia a tabela a seguir. 
 
 
Disponível em <https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/category/agropecuaria/>. Acesso em 21 jul. 2021. 
 
Com base nas informações apresentadas na tabela, avalie as afirmativas. 
I. Observando-se a tabela, é possível concluir que, em termos de desempenho das 
exportações brasileiras de proteína animal, considerados os períodos 2019 e 2020, 
a carne de suíno é a que obteve a maior variação positiva, seguida pela carne de 
bovino e pela carne de frango. 
II. Em termos de valor, em 2019, o Oriente Médio foi responsável pela compra de 
exatamente metade das compras de carne de frango realizadas pela China, pela 
Ásia exceto China e pela União Europeia somadas. 
25 
III. A maior variação percentual negativa nas compras de carne de frango observada 
na tabela refere-se ao Oriente Médio, apresentando, entre 2019 e 2020, uma 
redução de 1.753 para 1.372 milhões de dólares. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. 
B. III, apenas. 
C. I e II, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I, II e III. 
 
Questão 19. Leia os textos 1 e 2. 
Texto 1 
Com -2,3ºC no extremo sul, cidade de São Paulo registra menor temperatura 
em uma região em 17 anos 
Bairros mais gelados, segundo o CGE, foram Marsilac e Capela do Socorro, no 
Extremo Sul. Temperatura média na cidade foi de 5,4ºC. Foram 224 pessoas 
acolhidas das ruas da cidade na madrugada desta terça (20) por causa do 
frio, segundo a prefeitura. 
Por G1 SP – 20.07.2021. 
A cidade de São Paulo registrou nesta terça-feira (20) a temperatura mais baixa em uma 
região da cidade desde 2004, quando o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), 
da Prefeitura, começou a coletar os dados. 
Em Engenheiro Marsilac, no extremo Sul, os termômetros chegaram a -2,3ºC nesta 
madrugada. Capela do Socorro, na Zona Sul, também teve temperatura negativa, e a 
estação meteorológica do CGE marcou -1,3ºC. 
Essas temperaturas não fazem parte do recorde da cidade como um todo, que é feito a 
partir de uma média de todas as 29 estações meteorológicas. Em todo o município, a 
rede de estações meteorológicas do CGE da Prefeitura de São Paulo registrou a média 
de 5,4ºC nesta terça, disse o órgão. 
Disponível em <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/07/20/cge-registra-frio-intenso-e-com-temperaturas-negativas-
em-sao-paulo.ghtml>. Acesso em 02 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Texto 2 
Treze moradores de rua morreram de frio apenas neste ano na cidade de SP, 
diz movimento 
Movimento Estadual da População em Situação de Rua pede por políticas 
públicas mais eficazes para essa parcela da população. Prefeitura de São 
Paulo nega que hipotermia tenha sido causa das mortes registradas das 
pessoas em situação de rua 
Moniele Nogueira, SP1 e G1SP – 19.07.2021 
O Movimento Estadual da População em Situação de Rua afirma que 13 pessoas já 
morreram vítimas do frio nas ruas da capital paulista somente neste ano. 
O último caso ocorreu nos arredores do Terminal Parque Dom Pedro II, no Centro da 
capital, nesta segunda-feira (19). O corpo de um homem, de aproximadamente 60 anos, 
foi encontrado por pessoas que passavam na região, em torno das 5h, e acionaram o 
26 
Samu. Assim que chegaram ao local, os socorristas registraram o óbito da vítima. A 
ocorrência foi registrada no 1º Distrito Policial da Sé. 
Segundo a Polícia Militar, só a perícia poderá atestar o motivo da morte, mas a principal 
hipótese é que o homem tenha sofrido problemas relacionados ao frio, já que a cidade 
de São Paulo enfrentou uma madrugada de temperaturas muito baixas. 
A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da capital, Berenice Giannella, diz 
que o número de óbitos de moradores em situação de rua está incorreto e nega que 
hipotermia, ou seja, a queda excessiva da temperatura corporal, tenha sido a causa das 
mortes registradas. 
"O que a gente teve foi há três semanas, foram três mortes. Uma foi homicídio, e as 
outras duas ainda estão sob investigação. Nós não sabemos se foi em decorrência do 
frio ainda", disse Giannella. "Esta noite também tivemos essa morte, e a pessoa não foi 
identificada ainda, não sabemos se foi em decorrência do frio ou não, estamos 
aguardando o IML". 
Disponível em <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/07/19/13-moradores-de-rua-foram-vitimas-fatais-do-frio-apenas-
neste-ano-na-cidade-de-sp-diz-movimento.ghtml>. Acesso em 22 set. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Se, no dia 20 de julho de 2021, a menor temperatura registrada pelo CGE foi de 
-2,3ºC e a média foi de 5,4ºC, então, é possível afirmar que a máxima 
temperatura registrada por uma das estações do CGE foi de 13,1ºC. 
II. A onda de frio em São Paulo provocou mortes de dezenas de moradores de rua, 
mesmo com as políticas públicas consideradas suficientemente eficazes pelo 
Movimento Estadual da População em Situação de Rua. 
III. No momento da redação da notícia, a hipótese de a morte do homem nos 
arredores do Terminal Parque Dom Pedro II ter sido provocada por hipotermia 
ainda não havia sido confirmada. 
É correto o que se afirma em 
A. I, II e III. 
B. I e II, apenas. 
C. I e III, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. III, apenas. 
 
Questão 20. Leia o trecho a seguir, extraído do Atlas da Violência 2020, uma publicação 
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 
 
Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), 
houve 57.956 homicídios no Brasil em 2018, o que corresponde a uma taxa de 27,8 
mortes por 100 mil habitantes – o menor nível de homicídios em quatro anos. Essa queda 
27 
no número de casos remete ao patamar dos anos entre 2008 e 2013, em que ocorreram 
entre 50 mil e 58 mil homicídios anuais. 
O gráfico abaixo mostra que a diminuição das taxas de homicídio aconteceu em todas 
as regiões, com maior intensidade no Nordeste. Desde 2016, esse índice de violência 
vinha diminuindo nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. No gráfico, chama a atenção 
a reversão da tendência de aumento das mortes no Norte e Nordeste e o aumento da 
velocidade de queda no Sul e Sudeste. 
 
 
 
Diante do quadro da redução, em 12%, das taxas de homicídio no país, entre 2017 e 
2018, que passou de 31,6 para 27,8 por 100 mil habitantes, fica a pergunta: quais fatores 
poderiam explicar essa notável diminuição? Trata-se de alguma mudança institucional 
súbita ocorrida a partir de 2017? Ou a redução das mortes violentas, nesse ano, pode 
ser explicada pela própria dinâmica da criminalidade que já vinha se desenrolando nos 
anos anteriores? 
De outro modo, no Atlas da Violência 2019, já havíamos chamado a atenção para a 
tendência de queda de homicídios que abrangia gradualmente cada vez mais Unidades 
da Federação (UFs), nos dez anos anteriores a 2017. Naquele documento, apontamos 
as principais razões que estariam influenciando a queda dos homicídios pelo país afora 
até 2017, a saber: i) a mudança no regime demográfico, que fez diminuir 
substancialmente, na última década, a proporção de jovens na população; ii) o Estatuto 
do Desarmamento, que freou a escalada de mortes no Brasil e que serviu de mecanismo 
importante para a redução de homicídios em alguns estados, como São Paulo, que 
focaram fortemente na retirada de armas de fogo das ruas; e iii) políticas estaduais de 
segurança, que imprimiram maior efetividade à prevenção e ao controle da criminalidade 
violenta em alguns estados. 
Destacamos ainda, no Atlas da Violência 2019, que um quarto fator que conspirou a 
favor do aumento dos homicídios, entre 2016 e 2017, em alguns estados, sobretudo do 
Norte e do Nordeste, foi a guerra desencadeada entre as duas maiores facções penais 
no Brasil (Primeiro Comando da Capital – PCC e Comando Vermelho – CV) e seus 
parceiros locais, que eclodiu em meados de 2016, gerando número recorde de mortes 
no Acre, Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. 
28 
Ocorre que uma guerra custosa, imprevisível e duradoura,sem um contendor com 
vantagens ou supremacia clara, é inviável economicamente. Depois de cerca de um ano 
e meio das escaramuças em alta intensidade – no eixo do tráfico internacional de drogas, 
nas rotas do alto do Juruá, Solimões e nos estados nordestinos –, em que membros das 
duas maiores facções penais se matavam mutuamente, a intensidade dos conflitos 
diminuiu. O movimento das guerras de facções em 2016 e 2017 e o subsequente 
armistício, velado ou não, a partir de 2018, explicariam por que os supramencionados 
estados do Norte e Nordeste foram aqueles com maiores aumentos nas taxas de 
homicídio, em 2017, e maiores quedas em 2018. 
Para finalizar, acreditamos que um quinto fator que pode ter contribuído para a redução 
substancial dos homicídios, em 2018, diz respeito à piora substancial na qualidade dos 
dados de mortalidade, em que o total de mortes violentas com causa indeterminada 
(MVCI) aumentou 25,6%, em relação a 2017, fazendo com que tenham permanecido 
ocultos muitos homicídios. Em 2018, foram registradas 2.511 MVCI a mais, em relação 
ao ano anterior, fazendo com que o ano de 2018 figurasse como recordista nesse 
indicador, com 12.310 mortes cujas vítimas foram sepultadas na cova rasa das 
estatísticas, sem que o Estado fosse competente para dizer a causa do óbito, ou 
simplesmente responder: morreu por quê? 
Disponível em <https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/3519-atlasdaviolencia2020completo.pdf>. Acesso em 10 
ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. Em 2017, o número de homicídios na região Norte foi maior do que o número de 
homicídios da região Sudeste. 
II. Entre 2013 e 2018, todas as regiões apresentam tendência de queda da taxa de 
homicídios. 
III. O texto sugere que o súbito aumento da taxa de homicídio entre 2016 e 2017 nas 
regiões Norte e Nordeste pode ser explicado por conflitos entre facções 
criminosas, que cessaram em 2018. 
IV. A população brasileira em 2018 era maior do que 208 milhões de habitantes. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e II. 
B. I, III e IV. 
C. III e IV. 
D. I, II e III. 
E. II, III e IV.