Buscar

1634599011003_TCC A importancia da participação da comunidade na escola v5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GRUPO EXATTO EDUCACIONAL 
SEGUNDA LICENCIATURA - PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
TAIANA RODRIGUES MARCELINO SILVA 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA 
ESCOLA 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2021 
 
 
 
GRUPO EXATTO EDUCACIONAL 
TAIANA RODRIGUES MARCELINO SILVA 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA 
ESCOLA 
 
 
Monografia apresentada à GRUPO EXATTO 
EDUCACIONAL, como requisito parcial para a 
obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia, sob 
supervisão do orientador(a): Prof. José Oswaldo 
Câmara Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2021 
 
 
 
 
GRUPO EXATTO EDUCACIONAL 
 TAIANA RODRIGUES MARCELINO SILVA 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA 
ESCOLA 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Grupo Exatto Educacional, 
como requisito parcial para a obtenção do título de 
Licenciatura em Pedagogia, sob supervisão do 
orientador(a): Prof. José Oswaldo Câmara Pereira. 
 
Aprovado pelos membros da banca examinadora em 
___/___/___.com menção ____ (________________). 
 
 
Banca Examinadora 
_________________________________ 
_________________________________ 
São Paulo 
2021 
 
 
 
RESUMO 
 
 O principal objetivo da escola deve ser contribuir para o desenvolvimento de um indivíduo capaz 
de conviver em sociedade, através da formação integral desses cidadãos, com princípios e valores, um 
ser humano apto a ter empatia ao próximo e agregar todo o conhecimento adquirido em busca de uma 
sociedade melhor. 
 Essa sem dúvida, não é uma tarefa fácil, sendo assim, trazer a comunidade onde esse aluno está 
inserido para dentro da escola, em busca de uma parceria efetiva no aprendizado dessas crianças e 
adolescentes, ampliaria consideravelmente as vivências positivas desse estudante, ao longo de sua 
vida, fazendo com que sua formação se tornasse mais ampla e integral possível, o que, traria ganhos 
consideráveis para essa formação integral, e consequentemente, ganhos para a comunidade como um 
todo. 
 A ideia central desse trabalho é discutir a importância dessa parceria, principais obstáculos para 
sua concretização, e eventuais ferramentas e estratégias que possam ser aplicadas para alcançar esse 
objetivo. 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: gestão democrática, comunidade escolar, excelência no ensino, comunidade na 
escola, formação integral 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 The main objective of the school should be to contribute to the development of an individual capable 
of living in society, through the integral formation of these citizens, with principles and values, a human 
being able to empathize with others and add all the knowledge acquired in search of a better society. 
 This is undoubtedly not an easy task, therefore, bringing the community where this student is 
inserted into the school, in search of an effective partnership in the learning of these children and 
adolescents, would considerably expand the positive experiences of this student throughout their life, 
making their training become as broad and comprehensive as possible, which would bring considerable 
gains for this comprehensive training, and consequently, gains for the community as a whole. 
 The main idea of this work is to discuss the importance of this partnership, the main obstacles to its 
implementation, and possible tools and strategies that can be applied to achieve this goal. 
 
Key-words: democratic management, school community, excellence in teaching, school community, 
comprehensive training 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 
1.1 OBJETIVOS .......................................................................................................... 8 
1.1.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 8 
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................... 8 
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 8 
1.3 PROBLEMA........................................................................................................... 8 
2 GESTÃO DEMOCRÁTICA ......................................................................................9 
2.1 BASES LEGAIS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA ................................................ 13 
3 FORMAÇÃO INTEGRAL DO ALUNO ...................................................................14 
4 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO.......................20 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................29 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30
7 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Atualmente o objetivo da escola não é apenas ensinar conteúdos presentes 
em livros didáticos aos alunos, e sim participar do desenvolvimento integral dessa 
criança, acima de tudo para que ele se desenvolva enquanto cidadão, sendo capaz 
de atuar ativamente na comunidade em que ele está inserido, com empatia e respeito 
ao próximo. 
 Assim, a atuação dos educadores influencia não apenas as crianças e suas 
famílias, mas também o bairro em que a escola se insere e a sociedade como um 
todo. A presença dessa instituição deve ser um diferencial positivo na comunidade 
essa parceria é importante para todos. 
 O engajamento da comunidade não acontece como um passe de mágica, e 
exige uma construção passo a passo, muitas vezes exigindo mudanças de 
metodologias pedagógicas por parte dos professores, ideias criativas por parte da 
gestão, criação de redes de contatos e parcerias com membros chaves dessa 
comunidade, e muita perseverança e persistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
O objetivo deste estudo é discutir a relação entre a comunidade e a escola, 
e como sua integração pode influenciar positivamente na formação integral do 
aluno. 
 
1.1.1 OBJETIVO GERAL 
 
Estudar como a participação da comunidade na escola pode ajudar no 
desempenho escolar do estudante, e atuar de forma positiva em sua educação 
integral 
 
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
Entender as diferentes formas de parcerias entre a comunidade e a escola, 
e quais as principais estratégias para sua consolidação 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
 O papel da escola é desenvolver o estudante para que ele possa participar 
da sociedade, aperfeiçoando o aspecto físico, social, emocional e cultural desse 
individuo, e construir um projeto coletivo, compartilhado por crianças, jovens, 
famílias, educadores e gestores e comunidades locais. Uma escola focada 
na formação integral oferece atividades diversificadas que ajudam os alunos a 
conhecerem seus pontos fortes e fracos. Ao trabalharem múltiplas habilidades, os 
estudantes ganham autonomia e autoconhecimento 
 
1.3 PROBLEMA 
 O Brasil hoje não possuí uma boa colocação nos rankings internacionais 
referente a Qualidade de Ensino, isso também pode ser facilmente observado na 
prática, quando constatamos o baixo engajamento de nossos alunos para com as 
atividades escolares, ou quando avaliamos a defasagem de ensino existentes em 
9 
 
 
nosso país, claro que isso acontece por diversos fatores, e a ideia é pensarmos a 
importância da participação da comunidade na escola, e como isso pode 
influenciar positivamente na qualidade do ensino 
 
 2. GESTÃO DEMOCRÁTICA 
 
 Cada vez mais nos encontramos com esse termo quando realizamos 
qualquer tipo de leitura pedagógica, existe hoje diversas pesquisas sobre esse 
tema e umamplo material de estudo, ele se encontra desde nossa legislação até 
nos princípios e valores da grande maioria de escolas públicas no Brasil, mas esse 
termo se refere na verdade a uma maneira de gerir a uma escola de forma 
participativa, com transparência de forma que todos são ouvidos, a gestão 
democrática pressupõe a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade 
escolar, pais, professores, estudantes e funcionários, em todos os aspectos da 
organização da escola. Para que a gestão democrática aconteça é fundamental criar 
processos e instâncias deliberativas que a viabilizem. O primeiro ponto para a 
participação da comunidade no cotidiano escolar é garantir a implementação 
desse modelo, ativamente e com sucesso, que com certeza é um grande desafio, 
com mais obstáculos do que parece, em um primeiro momento, hoje, apesar de 
termos esse modelo de gestão garantidos por lei, definitivamente, não é o que 
encontramos na prática dentro das escolas públicas do Brasil. 
 
O poder não se situa em níveis hierárquicos, mas nas diferentes esferas de 
responsabilidade, garantindo relações interpessoais entre sujeitos iguais e ao 
mesmo tempo diferentes. Essa diferença dos sujeitos, no entanto, não significa 
que um seja mais que o outro, ou pior ou melhor, mais ou menos importante, 
nem concebe espaços para a dominação e a subserviência, pois estas são 
atitudes que negam radicalmente a cidadania. As relações de poder não se 
realizam na particularidade, mas na intersubjetividade da comunicação entre 
os atores sociais. Nesse sentido, o poder decisório necessita ser desenvolvido 
com base em colegiados consultivos e deliberativos (BORDIGNON & 
GRACINDO, 2002, p. 151-152). 
 
10 
 
 
 Inegavelmente temos sim, grandes exemplos de sucesso, que 
comprovam na prática, a relação entre a gestão democrática e a melhora na 
qualidade de ensino, mas apesar dos resultados apresentados por esse modelo 
de gestão, é necessário acontecer uma mudança profunda em como fazemos e 
pensamos educação no Brasil, precisamos inovar, reformular, reciclar nossas 
escolas de maneira urgente. 
 
O gestor escolar tem deve- se conscientizar de que ele, sozinho, não 
pode administrar todos os problemas da escola. O caminho é a 
descentralização, isto é, o compartilhamento de responsabilidades 
com alunos, pais, professores e funcionários. O que se chama de 
gestão democrática onde todos os atores envolvidos no processo 
participam das decisões. Uma vez tomada, trata-se as decisões 
coletivamente, participativamente, é preciso pô-las em práticas. Para 
isso, a escola deve estar bem coordenada e administrada. Não 
queremos dizer com isso que o sucesso da escola reside unicamente 
na pessoa do gestor ou em uma estrutura administrativa autocrática na 
qual ele centraliza todas as decisões. Ao contrário, trata-se de entender 
o papel do gestor como líder cooperativo, o de alguém que consegue 
aglutinar as aspirações, os desejos, as expectativas da comunidade 
escolar e articular a adesão e a participação de todos os segmentos da 
escola na gestão em um projeto comum. “O diretor não pode ater-se 
apenas às questões administrativas. Como dirigente, cabe-lhe ter uma 
visão de conjunto e uma atuação que apreenda a escola em seus 
aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros e culturais” 
(LIBÂNEO, 2005, ´-p.332). 
 
 Sendo assim sabemos que o gestor tem um papel muito importante desde a 
implementação, até a quebra de amarras e paradigmas antigos, mudança de 
hábitos, implementar novos princípios e valores, até o sucesso da participação de 
todos os atores contidos no cotidiano escolar, até trazer essa comunidade e 
famílias para a participação efetiva, e orquestrar essa atuação em prol da 
aprendizagem desses estudantes. 
 
Não obstante, a todo o processo de gestão democrática, a importância 
do pedagogo vem destacar ainda mais os propósitos disposto dentro 
da valorização da participação de todos inseridos na intencionalidade 
educativa escolar. (LUCK, 2008). 
11 
 
 
 
 Enfatizando a importância do pedagogo para todo esse processo, e seu 
papel na gestão escolar, além de administrar toda a parte financeira, infraestrutura, 
e gestão de pessoas, ainda precisa construir e orquestrar esse relacionamento 
próximo com as famílias e comunidade onde essa escola está inserida. 
 
Ao meu ver, a Pedagogia ocupa-se, de fato, dos processos educativos, 
métodos, maneiras de ensinar, mas antes disso ela tem um significado 
bem mais amplo, bem mais globalizante. Ela é um campo de 
conhecimentos sobre a problemática educativa na sua totalidade e 
historicidade e, ao mesmo tempo, uma diretriz orientadora da ação 
educativa. O pedagógico refere-se a finalidades da ação educativa, 
implicando objetivos sociopolíticos a partir dos quais se estabelecem 
formas organizativas e metodológicas da ação educativa. (LIBÂNEO 
2004, p. 29). 
 
 Não somo ingênuos de achar que o pedagogo, irá se formar um gestor 
de excelência, assim que concluir seu curso universitário, porém com muita 
dedicação e amor a profissão, e com habilidades socioemocionais bem 
desenvolvidas, como “Abertura para o Novo”, esse pedagogo pode agregar a sua 
escola práticas positivas de gerenciamento, e promover, essa escola participativa 
que tanto falamos e buscamos conhecer em prática; 
 
O pedagogo agrega todo esse processo de gestão democrática, por ser 
conhecedor e ter sido preparado para trabalhar com diferentes 
contextos sociais e deliberativos, propondo 12 um ponto de partida 
inicial e tendo uma visão ampla e primordial, que é a de transmitir ao 
aluno significado ao aprendizado tanto para a construção do seu 
cognitivo, quanto para a vida em sociedade, o que acontece de forma 
continua e gradativa. O saber é de suma importância em uma gestão 
democrática, não é porque se trata de uma questão onde há a 
participação e interação de todos os membros envolvidos no cotidiano 
escolar, que não se deve dar significado ao gestor, pois, este, existe 
dentro daquele ambiente e possui papel fundamental dentro das 
realizações benéficas para sua gestão. Há um destaque importante a 
se dizer, que é a seriedade de cada um dentro dessa organização 
12 
 
 
democrática, é o saber ser, ter e se colocar perante cada parte a ser 
desenvolvida. Existe ainda obstáculos encontrados para que haja uma 
total democratização, mas pelo fato de se viver em um país visionário 
em que muito se cria e pouco se entende, compreender que a 
educação é básica e essencial para o crescimento e desenvolvimento, 
vai além do que definir como apenas algo importante, é ter certezas 
de evolução do ensino aprendizado, há muito que se aprender, 
identificar, se colocar e até se opor. 
 
 O objetivo principal da gestão escolar democrática é unir a comunidade, 
pais e sociedade em prol de um ensino de qualidade, enriquecida com saberes 
locais, que irá trabalhar temas transversais com o objetivo maior de formar um 
cidadão, que seja capaz de contribuir positivamente para a comunidade onde este 
aluno está inserido. 
 Existem algumas ferramentas e metodologias que auxiliam a gestão a 
trilhar esse caminho rumo a gestão democrática, o MEC – em sua cartilha sobre o 
Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, faz as referências 
abaixo: 
 A gestão da escola se traduz cotidianamente como ato político, pois 
implica sempre uma tomada de posição dos atores sociais (pais, professores, 
funcionários, estudantes...). Logo, a sua construção não pode ser individual, 
pelo contrário, deve ser coletiva, envolvendo os diversos atores na discussão 
e na tomada de decisões. Para que a tomada de decisão seja partilhada, é 
necessária a implementação de vários mecanismos de participação, tais como: 
o aprimoramento dos processos de provimento ao cargo de diretor, a criação e 
consolidação de órgãoscolegiados na escola (Conselhos Escolares, Conselho 
de Classe...), o A gestão democrática: aprendizagem e exercício de 
participação e fortalecimento da participação estudantil por meio da criação e 
consolidação de grêmios estudantis, a construção coletiva do projeto político-
pedagógico da escola, a progressiva autonomia da escola e, 
consequentemente, a discussão e a implementação de novas formas de 
organização e de gestão escolar e a garantia de financiamento público da 
educação e da escola nos diferentes níveis e modalidades de ensino. Toda 
essa dinâmica se efetiva como um processo de aprendizado político 
fundamental para a construção de uma cultura de participação e de gestão 
democrática na escola e, consequentemente, para a instituição de uma nova 
cultura na escola. 
13 
 
 
 
 Essas ferramentas são importantes, pois a gestão democrática é algo que 
exige uma construção processual, que pode variar de uma comunidade para outra, 
tanto em velocidade de implementação, quanto ao sucesso de cada ferramenta 
em particular. 
 
2.1 - BASES LEGAIS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA 
 
O tema gestão democrática, apesar de estar em alta nas discussões 
realizadas em ambientes e fóruns pedagógicos não é um assunto tão novo assim, 
os primeiros princípios legais sobre da gestão democrática começaram a aparecer 
na década de 80 e 90. O seu início foi com a elaboração da constituição de 1988 e 
em 1996 promulgada da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 
9394/96) – LDB em seus artigos 14 e 15 e 03, no seu inciso VIII que são os 
principais da gestão democrática educacional. 
Já a Constituição Federal de 88 foi a primeira a pontuar valores de 
educação democrática de qualidade nas escolas públicas brasileiras. E o que vem 
na constituição tem que ser cumprido, pois se trata das leis que norteiam a 
educação no Brasil, onde tem como objetivo o crescimento e a qualidade da 
educação pública no país. 
Segundo o artigo 206 da constituição federal de 1988: 
Art. 206 - O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a 
arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e 
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos 
oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma 
da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso 
público de provas e títulos, aos das redes públicas; 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da 
lei; 
 VII - garantia de padrão de qualidade. 
 VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar 
 pública, nos termos de lei federal. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores 
considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para 
a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
14 
 
 
Neste artigo e seus incisos, se torna clara a evidência que o ensino deve 
ter como base uma educação de qualidade, com igualdade ao acesso à escola, 
e que a educação seja a mesma para todos sem distinção de raça, cor ou classe 
social, liberdade de cátedra, que seja lecionado um ensino que proporcione um 
entendimento ou pensamento crítico e analítico do que acontece no país e no 
mundo. Afinal, temos como objetivo formar indivíduos capazes de pensar e lutar 
por seus direitos e que os mesmos tenham consciência da educação, que está 
sendo oferecida aos alunos e os pais tenham a capacidade de perceber e 
acompanhar os filhos nesse novo caminho, ou melhor, nessa nova forma de 
educação. 
De acordo com os incisos da constituição os professores têm direto a um 
salário digno e pleno de carreira e boas condições de trabalho, tudo isso para que 
seja possível uma educação de boa qualidade para os educandos e também 
condições dignas de trabalho e de aprendizagem para os profissionais nela 
envolvidos. A educação e o futuro do nosso país, por isso precisamos de cidadãos 
conscientes que valorizem à carreira dos profissionais da educação. 
O inciso VI, do artigo 206, propõe a gestão democrática como princípio 
da educação pública. Vista como, onde seja aplicada a participação, a 
autonomia, a liberdade de ensino aprendizagem, a gratuidade do ensino, a 
igualdade sem nenhum tipo de preconceito e a qualidade de ensino, pois 
a constituição e maior lei existente no país. Então, ele dá fundamentos para que 
seja oferecida uma boa educação e utilizando como base todos os requisitos 
acima citados. Percebe-se que temos condições de alcançar essa educação, 
faltando apenas um verdadeiro empenho de nossos governantes, pois nossa 
constituição já contém o que precisamos em teoria restando apenas colocá-la em 
prática. 
 
3 - FORMAÇÃO INTEGRAL DO ALUNO 
 A formação integral do aluno, é um conceito que visa algo mais completo 
que apenas a formação intelectual, os aspectos físico, emocional, social e 
cultural dos indivíduos também são considerados, e essa formação vai além da 
escola, é uma concepção que compreende que a educação deve garantir o 
desenvolvimento dos sujeitos em todas as suas dimensões, como projeto coletivo, 
15 
 
 
compartilhado por crianças, jovens, famílias, educadores, gestores e comunidades 
locais. 
 A Educação é feita a muitas mãos e envolver esses muitos atores é 
essencial para que possamos caminhar rumo a educação integral, pautada na 
equidade e na qualidade de ensino, e como dizem a teoria é maravilhosa o difícil 
é realmente colocarmos em prática, nada como a resiliência e a persistência e o 
envolvimento de ações para o exercício da comunidade que sempre está 
disposta a aprender. 
Alguns pontos são essenciais para que possamos estimular a comunidade 
aprendente. A comunidade aprendente é que aquela que dispõe que todos estão 
em prol de um objetivo comum e que possui responsabilidades e deveres, isso 
inclui a escola, estudantes, familiares e o território educativo. 
Quando ingressamos em alguma comunidade, buscamos uma referência 
comum, como algo que nos interesse profundamente e temos várias causas e 
em grupos principalmente em redes sociais. A ideia é fortalecer esse conceito 
também a educação, priorizando algumas redes de apoio que são essenciais. 
 Desta maneira, precisamos olhar para cada comunidade que temos dentro 
da unidade escolar e buscar que se transforme em uma comunidade aprendente 
capaz de se integrar através de projetos e que contribua para que a educação 
ocorra. 
Não adianta apenas temos excelentes professores e estudantes, é preciso que 
haja de fato uma comunidade integrada e aprendente em que todos juntos 
possam remar em uma mesma direção que conduza ao processo de 
aprendizado e que fortaleça a escola para o diálogo e que exerça uma gestão 
democrática, capaz de organizar espaços e se abrir para os problemas da 
comunidades, envolvendo o território educativo, afinal convivência e 
transformação social são essências de uma boa educação que pode se limitar 
a apenas um ator. (ANSELMO, Tathiana. 2020) 
 
 Um ponto de partida super importante para focar em uma educação integral 
para os alunos, é sem dúvida um currículo de Qualidade, sendo assim, essa 
elaboração precisa ser realizada com muito critério, a BNCC norteia alguns essa 
discussão, de acordo com o site do Instituto Ayrton Senna, temos 6 temas que 
podem ser abordados no texto introdutório para elaboração desse documento: 
 
 
16 
 
 
1. Processo de elaboração do documento 
O texto introdutório pode explicitar o processode (re)elaboração do documento 
curricular, elencando os atores que participaram de cada etapa, se houve ou não 
consulta pública e como as considerações da comunidade escolar foram incorporadas. 
Também é importante citar se há versões anteriores do documento curricular. 
 2. Marcos legais 
Além da BNCC, diversos marcos legais e documentos oficias norteiam as políticas 
educacionais e, por isso, podem ser mencionadas no texto introdutório do currículo, 
como a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, as Diretrizes 
Curriculares Nacionais e o Plano Nacional de Educação. Existem ainda os documentos 
estaduais e municipais que pautam a educação nos sistemas educacionais. 
 3. Visão de estudante e de educação 
O texto introdutório pode explicitar a visão de estudante que se deseja 
formar durante toda a Educação Básica, e mencionar demandas 
contemporâneas que mobilizaram o estabelecimento de um currículo de educação 
integral. Além disso, os princípios e conceitos que contribuem para a formação desse 
estudante, tais como as concepções de educação, ensino e aprendizagem que 
sustentam o currículo, podem ser apresentadas neste momento. 
 4. Diretrizes sobre o que o estudante deve saber 
Alguns currículos trazem, já no texto introdutório, as aprendizagens, os conteúdos e 
as habilidades essenciais a serem desenvolvidos em cada etapa ou ano escolar. Em 
um currículo de educação integral, é preciso evidenciar esse paradigma educacional 
como norteador logo no início do texto. 
 5. Temas contemporâneos 
O currículo de educação integral é um documento vivo, conectado com o mundo 
contemporâneo e que considera a realidade das escolas. Por isso, o texto introdutório 
pode indicar temas relevantes a serem abordados nas escolas para que os 
estudantes possam compreender e atuar no século 21 de maneira protagonista. Esses 
temas são extremamente sensíveis às necessidades e contextos de cada território e 
podem envolver aspectos culturais, sociais, históricos, políticos, entre outros. 
 6. Modalidades da Educação Básica 
Além de diferentes etapas de ensino, é possível que existam diferentes modalidades 
de educação na mesma rede estadual ou municipal, tais como Educação de Jovens e 
Adultos (EJA), Educação Especial, Educação Profissional e Tecnológica, Educação 
Quilombola, entre outras. O texto introdutório pode explicitar questões específicas 
relativas a essas modalidades. 
 
 É comum acontecer uma associação entre educação integral propriamente 
dita e período integral relacionado ao tempo que esse estudante passa na escola, 
porém sabemos que a educação integral é muito mais que isso, sendo 
fundamental esclarecer o conceito e colocar essa educação integral como princípio 
orientador. Essa reflexão é importante e um grande passo rumo ao sucesso dessa 
transformação educacional. 
 A BNCC apresenta três elementos estruturantes desse paradigma 
educacional. São eles: visão de estudante, desenvolvimento pleno e integração 
curricular. 
 
17 
 
 
Visão de estudante 
A BNCC assume uma “visão plural, singular e integral da criança, do 
adolescente, do jovem e do adulto – considerando-os como sujeitos de 
aprendizagem”, a fim de “promover uma educação voltada ao seu acolhimento, 
reconhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e 
diversidades.” Também considera a relevância de serem estabelecidos 
processos educativos que incluam “as diferentes infâncias e juventudes, as 
diversas culturas juvenis e seu potencial de criar novas formas de existir” 
(BNCC, 2017, p. 14). 
Desenvolvimento pleno 
A BNCC aponta para alguns desafios de aprendizagem postos pela sociedade 
contemporânea que precisam ser incluídos intencionalmente no processo 
educativo.Segundo o documento, “no novo cenário mundial, reconhecer-se em 
seu contexto histórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, 
participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável 
requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o 
desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com 
a informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e 
responsabilidade nos contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos 
para resolver problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para 
identificar os dados de uma situação e buscar soluções, conviver e aprender 
com as diferenças e as diversidades.” 
Integração curricular 
A BNCC indica que a educação integral propulsione uma educação sem 
fragmentação radical dos componentes curriculares e que tenha sentido para 
os estudantes, ou seja, uma educação que promova pontes entre o 
conhecimento e a vida. O documento também destaca a importância da 
valorização do contexto do estudante para que seja dado sentido ao que se 
aprende, e joga luz sobre o "protagonismo do estudante em sua aprendizagem 
e na construção de seu projeto de vida” (BNCC, 2017, p. 15). 
 
 
 Se esse processo for trabalhado, teremos um currículo completo, contendo 
a visão em todos os anglos, incluindo a do estudante do que seria ideal aprender 
na escola, assim alcançar o engajamento do estudante se torna algo palpável, não 
que deixe de ser um desafio, e trabalhar na formação desse cidadão, com um 
plano bem elaborado, se torna possível e um pouco mais perto de construir uma 
sociedade mais humana no futuro. 
 Recentemente algumas escolas públicas estão aderindo ao modelo de escola 
em período integral, o que resulta em uma maior carga horaria, com o aluno maior 
tempo dentro da escola, e possibilitando a implementação de disciplinas diversificadas 
estão sendo implementadas e trabalhadas. O que se torna uma tentativa de chegar 
mais próximo dessa da educação integral. Porém como o conceito conteudista está 
muito enraizado nas redes públicas, esse movimento encontra dificuldade de deslizar 
facilmente, caracterizando apenas um passo no longo caminho que resta a ser 
trilhado. 
18 
 
 
 Não podemos deixar de citar as famílias, a participação ativa dos pais é 
indispensável nesse processo, pois são eles os principais responsáveis pelo 
desenvolvimento ético e moral do indivíduo, incluindo o aprendizado de seus direitos 
e deveres, regras de boa convivência, ou seja, como a sociedade funciona como um 
todo. 
 Segundo o site EI – Centro de Referência em Educação Integral o território pode 
ter seu papel educativo definido a partir de 
quatro dimensões: 
 
Contexto: o território é contexto. Como tal, ele expressa as identidades, a 
cultura, as condições de vida e a história das pessoas. Por isso a construção 
de vínculos entre educadores e alunos e a pertinência do projeto pedagógico 
(condições essenciais para a aprendizagem e o desenvolvimento) dependem 
do reconhecimento e da integração da questão territorial; 
Participação: a gestão democrática só se realiza na integração com o território 
já que a participação efetiva das famílias e da comunidade depende de que as 
pessoas se sintam reconhecidas e parte do projeto educativo; 
Conhecimento: o território, seja ele qual for, é rico em interações significativas 
em estado potencial. Pessoas, saberes, recursos diferenciados podem ser 
articulados ao itinerário formativo dos alunos enriquecendo seu repertório, 
garantindo novas aprendizagens, ampliando seu olhar sobre o território e 
fortalecendo sua autonomia para estabelecer conexões possíveis para além 
das instituições; 
Intersetorialidade: para que os alunos aprendam é necessário criar condições 
para a sua educabilidade. Ou seja, é fundamental que condições dignas de 
vida e seus direitos estejam observados. Para isso, é importante contar com a 
interlocução permanente e com o trabalho integrado a equipamentos e agentes 
de todos os setores que tiverem contribuições relevantes a dar ao 
desenvolvimento integral das crianças e jovens (saúde, desenvolvimento 
social, cultura, esporte e lazer, etc). 
 
 
 Esseconceito de educação integral do aluno, se apropria de pensar a 
utilidade da escola e seu impacto na sociedade, pensa em como esse indivíduo 
irá contribuir para a sociedade, em educação como solução para problemas 
sociais muitas vezes oriundos de comportamentos inadequados gerados por 
excesso de ignorância. É o entendimento de uma escola que além de conteúdo 
também ensine valores e princípios a seus alunos, e jamais essa discussão deve 
ser vista como a escola substituindo o papel da família e sim como uma parceria, 
em prol de uma formação integral de melhor qualidade para nossas crianças, 
visando um impacto positivo no futuro de nossa comunidade, e além, sempre 
objetivando um mundo melhor. 
19 
 
 
 Quando a comunidade participa da escola e entende a importância de 
desenvolver esses alunos, conseguimos trabalhar em conjunto e oferecer, muitas 
vezes não só através de profissionais remunerados, mas também de parcerias e 
trabalhos voluntários, com o objetivo de diversificar e ampliar as atividades 
oferecidas à esses alunos. 
 De acordo com os pedagogos do Colégio Academia a escola de formação 
integral possuem algumas características, porque oferecem atividades 
diferenciadas que proporcionam o desenvolvimento integral do aluno, que são 
elas: 
 
 Desenvolvimento por meio de atividades esportivas 
As práticas esportivas são opções que os alunos devem encontrar na escola para ter 
uma formação mais completa. Praticar esportes é necessário durante toda a vida, mas, 
na infância e juventude, a prática tem uma importância ainda maior. Além de prevenir 
doenças, como obesidade infantil, problemas cardíacos e respiratórios, os esportes 
também auxiliam no desenvolvimento intelectual e emocional. 
O esporte é conhecido como uma atividade que trabalha habilidades físicas e motoras, 
melhorando o desenvolvimento corporal das crianças e adolescentes. Contudo, ele 
também beneficia outros aspectos, visto que as atividades propostas melhoram a 
velocidade de raciocínio, memória, atenção e a parte social e emocional, quando 
estabelece regras e compromissos sociais em competições e jogos em grupos. 
Prática de aulas de dança e de teatro 
A aula de dança ou a de teatro são atividades extracurriculares cujo objetivo primário 
não é formar artistas e dançarinos profissionais, mas sim servir como ferramentas de 
aperfeiçoamento de aprendizagem, integrando atividades extras com os objetivos 
escolares. 
A dança e o teatro permitem que o(a) aluno(a) explore novas facetas, conheça o seu 
corpo, aprenda a lidar com a emoção, ajudando-o(a) a ser mais criativo(a) e exercitar o 
lado emocional. Elas também possibilitam a ampliação cultural do indivíduo, bem como 
o desenvolvimento social com outros integrantes do grupo. 
Fomento nas atividades lúdicas 
As atividades lúdicas são aquelas que têm por objetivo promover a integração dos 
indivíduos de forma divertida e prazerosa. Mas, diferentemente de uma brincadeira, 
elas têm objetivos claros de aprendizado. 
Ao fomentar esse tipo de atividade nas salas de aula, os alunos terão a chance de 
aprender o conteúdo escolar, porém de um modo mais leve. Por se tratar de um modo 
diferente de aprendizagem, a criança fica mais motivada e interessada nas propostas 
escolares. 
Uma atividade com tais características pode ser aplicada em todas as disciplinas e os 
professores podem usar gincanas, cartazes, oficinas e a gamificação para tornar o 
processo mais rico e participativo. 
Disponibilização de aulas de culinária 
As aulas de culinária são importantes ferramentas para a formação integral, porém ela 
ainda não é oferecida por muitos colégios. Talvez a necessidade de criação de espaços 
específicos, com material necessário, acabe dificultando a oferta desse tipo de aula, 
que é tão importante para o desenvolvimento do(a) aluno(a). 
Ao disponibilizar aulas de culinária, a escola dará a oportunidade de as crianças 
conhecerem um novo mundo, com o qual elas podem não ter contato em casa. Esse 
tipo de aula permite o conhecimento sobre a origem dos alimentos e os processos 
necessários até que eles cheguem à casa do consumidor. 
20 
 
 
Em um mundo globalizado, e com grande parte da alimentação processada e 
industrializada, conhecer a origem dos alimentos é importante para que crianças optem 
por alimentos saudáveis e compreendam a importância dessa escolha. 
Além disso, ainda há certo distanciamento das crianças do ato de cozinhar. Se os pais 
não têm esse hábito em casa, fica ainda mais difícil criar esse interesse nas crianças, 
por isso esse tipo de aula é tão importante. 
Conscientização ambiental 
A formação integral também passa pela preocupação da escola em conscientizar os 
jovens da necessidade de se preocupar com o meio ambiente. Nas últimas décadas, 
os problemas climáticos vêm se intensificando e boa parte deles estão sendo causados 
pelos seres humanos. 
A escola e os pais podem incorporar hábitos conscientes nos filhos, como a importância 
de jogar lixo em local correto, a necessidade de separar o lixo em reciclável e não 
reciclável, além da importância de economizar água e energia. É possível propor 
atividades aos finais de semana, por exemplo, quando alunos e familiares são 
convidados a plantar mudas de árvores em parques da cidade. 
 
 Seguramente o conteúdo tradicional é muito importante, mas o conteúdo 
diversificado ajuda a engajar o aluno, a descobrir e estimular habilidades que serão 
aplicadas ao longo da vida desse aluno, desenvolve aspectos além de 
pedagógicos, sociais e afetivos também, contribuindo para esse aluno o 
aprendizado sobre as relações humanas de forma ampla. 
4 – A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA VIDA ESCOLAR DO ALUNO 
 A importância da participação familiar na vida escolar do aluno, é uma 
simbiose de grande ganho para a qualidade de aprendizado, porém o desafio 
para trazer a família para o cotidiano escolar é enorme e algumas ações podem 
ajudar nessa aproximação: 
 A metodologia ativa, o movimento maker e abordagem de habilidades 
socioemocionais, pensamento crítico e até mesmo a gestão democrática são 
alguns dos exemplos que podem ser considerados para embasar o processo da 
implementação e aprimoramento dos próprios professores. É importante envolver 
pais e aluno em todo o processo, desde o início; 
 A escola deve estimular a presença e participação de todos em reuniões, 
workshops e outros eventos que a instituição pode promover para esclarecer o 
processo de adaptação. É importante que todos percebam que o processo de 
implementação da BNCC é muito mais do que um documento e sim uma reforma 
profunda no jeito de ensinar. 
 Quando se fala da relação entre escola e comunidade, a responsabilidade 
social deve ser um dos valores. É importante que a equipe escolar procure 
21 
 
 
conhecer os movimentos sociais do bairro e pensem em formas de colaborar nas 
suas reivindicações. 
 O apoio às causas sociais do bairro pode se dar através da inserção dos temas 
no planejamento das professoras. A educação na escola precisa considerar a 
cultura e a história das crianças. A cidade e o bairro onde elas nasceram e vivem 
faz parte da vida delas, portanto, as professoras podem incluir esses aspectos 
ao planejar suas práticas pedagógicas. 
 Por meio da execução de projetos é possível enriquecer a aprendizagem das 
crianças e ainda estimular a relação entre escola e comunidade. Quando for 
abordada a história do bairro, por exemplo, podem ser realizadas entrevistas com 
figuras importantes para a comunidade. 
 Pode ser pensado, também, um projeto que mapeie as ruas do bairro, 
proporcionando que as crianças conheçam a diversidade de moradias, comércios, 
opções de lazer e serviços. Em uma atividade sobre profissões, os alunos podem 
visitar alguma loja nas proximidades ou o profissional pode ser convidado para 
conversar com as crianças na escola. 
NETZEL, Eliane do Rocio diz que é possívelpensar em práticas pedagógicas que 
abordem algumas problemáticas do bairro com as crianças. Se a coleta de lixo é uma 
questão importante, por exemplo, as professoras podem propor um projeto em que os 
alunos conscientizem a população sobre a importância de conservar as ruas. 
Outra possibilidade para escolas que fiquem próximas a rios ou praças é realizar 
campanhas de limpeza, revitalização e plantio de árvores. Em épocas de epidemia de 
alguma doença é possível realizar projetos de conscientização sobre os sintomas e o 
tratamento. Ações simples, como caminhadas pelo bairro e entrega de panfletos, 
podem fazer a diferença. O envolvimento das crianças chama atenção e conquista a 
simpatia de toda a comunidade para as causas defendidas no projeto. 
Participar de campanhas informativas: A escola pode fazer a diferença no bairro, 
sendo um canal de compartilhamento de informações importantes. As paredes do 
prédio podem ser usadas para afixar materiais de campanhas de saúde, educação e 
outros assuntos relevantes. As famílias que tiverem acesso aos cartazes atuam na 
divulgação das informações pela comunidade. Além disso, a escola pode criar uma 
página nas redes sociais e divulgá-la como um canal de comunicação entre a equipe 
pedagógica, as famílias e os moradores do bairro. A comunidade também pode ser 
convidada para divulgar seus projetos ou necessidades na escola, em uma relação de 
diálogo e parceria. 
Abrir os eventos da escola para a comunidade: Para que exista uma verdadeira 
relação entre escola e comunidade, o espaço escolar pode ser um lugar de convivência 
no bairro. Abrir os portões para a participação dos moradores nos eventos escolares é 
uma ação bastante positiva. A equipe pode realizar palestras sobre assuntos relevantes 
e convidar a todos. O convite pode ser estendido também em culminâncias de projetos 
e exposições dos trabalhos das crianças. As festas tradicionais para a nossa cultura, 
como o natal, podem ser aproveitadas como momento de confraternização entre todos. 
 Ortega, Graziela, nos propõe mais algumas estratégias: 
A tecnologia pode ajudar nisso. O uso de um aplicativo com recursos para troca de 
mensagens entre os tutores e a direção da escola, por exemplo, pode ser uma das 
maneiras de manter um contato constante entre eles. No entanto, embora seja 
eficiente, esse método de comunicação não deve ser o único. 
22 
 
 
Convidar os pais a participarem de reuniões, debates e exposições também é 
fundamental. Tal estratégia servirá para que eles conheçam, frequentem o ambiente 
escolar e participem das atividades ali desenvolvidas. Os alunos, ao perceberem esse 
envolvimento, terão o incentivo e o reconhecimento que toda criança precisa para 
cumprir suas tarefas. 
Sendo assim, se, em um primeiro momento, a família é a fonte inicial de aprendizados 
na vida de uma criança, a fase escolar deve vir para complementar esse aprendizado. 
Para que isso seja possível, é imprescindível que se busque manter uma boa relação 
entre família e escola. 
Como visto, a união entre esses dois aspectos tão relevantes na vida dos pequenos 
reflete no acompanhamento dispensado a eles, assim como no seu esforço e 
rendimento. Tudo isso converge para a melhora dos resultados e a redução da 
indisciplina do aluno. Como resultado de todos esses fatores, a maior beneficiada será 
a criança, que terá um desenvolvimento cognitivo e social saudável. 
 Com ações como essas, a relação entre escola e comunidade se fortalece 
em uma verdadeira parceria e as pessoas passam a respeitar e reconhecer ainda 
mais a equipe pedagógica. Uma escola cidadã e socialmente responsável se 
integra à comunidade e faz a diferença. 
 Ao longo do processo de aprendizagem, as crianças passam por diversas 
fases, visto que o desenvolvimento acontece o tempo inteiro de forma integral ao 
longo da vida, principalmente, em uma relação na qual se possibilita saberes por 
meio de experiências as quais entramos em contato. 
 Por essa razão, a educação deve ser vista como um processo de 
desenvolvimento e certamente permeia todos os meios em que a criança convive. 
 De acordo com a Fundação Abrinq que desenvolve um trabalho voltado para 
a fim de promover essa aproximação, por acreditar nessa importância: 
 
Quando levamos em consideração que muitas crianças reproduzem na escola as 
atitudes que presenciaram em casa ou compartilham em casa o conhecimento 
adquirido na escola, é fundamental que a família e a escola andem de mãos dadas, 
para assim, promover uma educação de maior qualidade. 
Essa integração entre família e escola é um processo em que todos saem ganhando. 
A família consegue alinhar a rotina, acompanhar o desenvolvimento da criança e ajudá-
la melhor. Já a escola ao trazer para o diálogo os saberes, contradições, memórias e 
os valores das famílias e comunidade, reafirma a opção de adotar a perspectiva da 
educação e crescimento de um ser humano integral. 
A aproximação dos responsáveis e da escola possibilita o aumento na qualidade das 
ações com as crianças, bem como, fortalece o vínculo e o respeito mútuo, tornando 
parceiros os responsáveis por esta educação. 
 
 Cada dia mais existe essa importante conscientização social, de 
famílias e escola trabalharem de mãos dadas, em prol da educação integral de 
nossas crianças, com o objetivo de formarmos cidadãos mais empáticos, com 
princípios e moral, construindo um futuro melhor. 
 Graziela Ortega, aponta as 5 principais razões para escola e família 
trabalharem juntas: 
23 
 
 
1. Melhor acompanhamento 
Como mencionado, toda criança necessita de suporte para atividades do dia a dia, 
sendo que uma das principais delas é a escola. Porém, engana-se quem pensa que a 
responsabilidade disso se restringe aos professores, diretores ou outros funcionários. 
Para que ela consiga desenvolver o raciocínio e ter um aprendizado efetivo, é 
fundamental que seja empregado um esforço conjunto em prol dos pequenos. 
Assim, pais e responsáveis devem se unir aos colaboradores da instituição de ensino, 
com o objetivo de proporcionar aos pequenos um melhor acompanhamento. Para isso, 
aqueles podem, no contexto doméstico, auxiliá-los na revisão dos conteúdos na 
realização de exercícios. Dessa maneira, será possível observar o desempenho das 
crianças de perto, conhecendo as facilidades e dificuldades e, posteriormente, repassá-
las à instituição de ensino. 
2. Aumento do esforço e rendimento 
A desmotivação percebida em algumas crianças quanto a atividades escolares muitas 
vezes tem origem na falta de apoio e acompanhamento dos pais ou responsáveis. 
Logo, é importante estar atento a isso, e, ao perceber uma falta de estímulo, agir no 
intuito de convidá-los a participar da vida acadêmica dos filhos.Reuniões ou apenas 
conversas mais informais sobre o assunto podem ser úteis para que sejam esclarecidas 
as razões e buscadas soluções para o caso. Isso demonstra o quanto a relação entre 
família e escola tem relevância no esforço e do rendimento dos pequenos.Afinal, 
quando eles percebem essa união, e dela advêm amparo e estímulo, as chances de 
se interessarem e se dedicarem mais às tarefas escolares são maiores. Isso, com 
certeza, reflete positivamente no rendimento deles. 
3. Conquista de melhores resultados 
O aluno motivado e que pode contar com o apoio dos pais ou responsáveis, bem como 
de professores e diretores, naturalmente tende a se envolver mais com os estudos. 
Como consequência disso, o que se vê é a conquista de melhores resultados. 
Tal situação também é resultado do trabalho coletivo dos educadores, que, ao 
identificarem alguma falha ou dificuldade, podem discutir juntos formas de resolução e 
orientarem o aluno. Assim, em meio a tantos fatores favoráveis, estudar passa a ser 
algo prazeroso e tirar boas notas acaba se tornando uma tarefa fácil. 
4. Redução da indisciplina 
A indisciplina de alguns alunos no contexto de sala de aula decorre, sim,da imaturidade 
em compreender a importância de aprender o que o professor tem a ensinar. No 
entanto, isso também pode ser resultado da falta de compreensão e de apoio nos 
ambientes escolar e doméstico. 
A verdade é que as crianças precisam de atenção, e, não a tendo, podem acabar 
expressando essa necessidade por meio de atitudes reprováveis. Nesse contexto, uma 
boa relação entre a família e a escola é capaz de interromper esse ciclo. Ao se sentir 
acolhido e apoiado em suas atividades, em casa e na instituição de ensino, o aluno 
abandonará aquele comportamento e passará a ter mais foco, respeitando os 
momentos de aula. 
5. Estímulo ao desenvolvimento cognitivo e social 
É na infância que o desenvolvimento cognitivo ocorre de forma mais intensa. Isso 
porque, nesse período, o cérebro está em evolução, formando novas sinapses, ou seja, 
transmitindo impulsos nervosos entre neurônios intensamente. Também é nesse 
período que o indivíduo começa a compreender a existência do outro e aprende a 
conviver com as diferenças. 
Portanto, é fundamental compreender isso e estimular esses aspectos. Tal pode ser 
feito em casa, a partir do incentivo a atividades lúdicas nos momentos de lazer, além 
da ajuda nas tarefas escolares, e pelo ensinamento sobre convivência e respeito ao 
outro. Gestos como esses ajudam a criança a ter um melhor desenvolvimento nos 
estudos e a respeitar os colegas e professores. 
 
 Os benefícios e ganhos, são inúmeros, nesta parceria todos ganham. 
Alguns estudos nos apresentam dicas e táticas de como viabilizar, e trazer para 
a realidade escolar essa parceria, e torna-la efetiva de fato. Ajudando muito a 
gestão em todo o planejamento de atividades interativas com a família e 
comunidade durante o ano escolar. 
24 
 
 
 A família é o primeiro parâmetro de comportamento e socialização para uma 
criança. É em casa que ela acessa ao “outro” pela primeira vez, começando a 
compreender algumas diferenças. A família deve educar, trabalhar relações afetivas e 
cognitivas, apresentar as perspectivas do mundo e indicar as possibilidades de 
caminho. Além disso, a família precisa escolher uma escola que esteja de acordo com 
seus ideais de formação. Precisa alinhar expectativas entre a linha pedagógica e seus 
critérios de qualidade educacional. 
Nem sempre as famílias podem escolher com tanta precisão, o que não impede de 
que fiquem cientes e atuantes no seu papel de colaborar com a escola. 
 Nesse sentido, é a família que ajuda a criança a se descobrir como indivíduo e 
fazer com que ela interaja com o meio, absorvendo o que for benéfico e importante. 
Ela pode colaborar com o processo de desenvolvimento do saber e com 
o desenvolvimento de hábitos para a socialização e comportamento do aluno. 
Cabe a família incentivar o estudo, a leitura e a construção de conhecimentos 
diversos e aplicados ao dia a dia. 
Outro ponto essencial: a família precisa querer estar presente e disposta a 
colaborar. Com pequenas intervenções a família já colabora muito no processo 
educacional de desenvolvimento da criança. 
 Cabe à escola ensinar conteúdos das áreas do saber, escolhidos como parte 
fundamental da formação necessária. A escola pode propor novos saberes e o 
desenvolvimento de habilidades específicas, como as artísticas e/ou científicas. 
É preciso ter como norte a preparação de uma geração que se insere em um mundo 
complexo, convergente e tecnológico. Dessa forma, nada impede de inovar, seja com 
conteúdos e atividades, didática transdisciplinar ou metodologias de ensino. 
A escola deve também construir relacionamento com a família, demarcando a 
importância da participação ativa desta. 
 Essa aproximação é complexa, porém necessária. Na perspectiva da escola, 
com uma equipe com funções e objetivos integrados, é compreensível a dificuldade 
de equilibrar as demandas de várias famílias que não formam um conjunto. Isso 
porque cada responsável tem sua cultura e necessidades próprias. 
 A solução é ser incisivo na apresentação do que é e do que pretende a escola, 
como instituição formadora, e explicar a necessidade de alinhar decisões que 
busquem o melhor para a educação dos alunos. 
25 
 
 
Esse alinhamento de expectativas, por sua vez, não deve deixar de reconhecer as 
especificidades de cada aluno e estar aberto a adaptações durante o percurso. 
É sabido que a boa relação entre família e escola afeta diretamente o bom 
desempenho acadêmico das crianças. Desse modo, o ideal é que toda a comunidade 
escolar estreite os laços em busca de uma educação resultante de um processo 
coletivo. 
A relação escola e comunidade é um fato social que deve ser tratado com mais 
seriedade pelos profissionais em educação e pelos pais, principalmente nos 
dias atuais em que a sociedade e a família vêm sofrendo muito com a falta de 
políticas públicas que promovam o bem estar de ambas. A escola é uma das 
instituições que tem um grande poder de transformação da sociedade, através 
da educação, a família tem suas crianças e jovens que são formados por ela. 
Desta forma a instituição de ensino e a comunidade devem buscar parcerias 
em prol de uma qualidade melhor na educação para seus filhos, como também 
infra-estrutura que garanta uma vida saudável e digna para todos. Nos dias 
atuais é quase impossível pensar em escolas que fiquem isoladas dentro do 
bairro, entretanto é sabido que em muitos casos a forma de gestão de algumas 
escolas inviabilizam aplicação do modelo de gestão democrática, o que dificulta 
o bom andamento da parceria que poderia ser firmada em beneficio do meio 
social. Quando escola e comunidade trabalham juntos os resultados positivos 
são bem visíveis tanto na qualidade do ensino quanto na forma de 
relacionamento entre as pessoas que compõe estas duas instituições. Isto faz 
com que a participação da escola na comunidade e desta na escola, seja um 
fator relevante dentro do processo educacional. 
É necessário que a comunidade e a escola se encarem responsavelmente 
como parceiras de caminhada, pois, ambas são responsáveis pelo que produz, 
podendo reforçar ou contrariar a influência uma da outra. Comunidade e escola 
precisam criar através da educação, uma força para superar as suas 
dificuldades, construindo uma identidade própria e coletiva, atuando juntas 
como agentes facilitadores do desenvolvimento pleno do educando. É 
impossível colocar à parte escola, família e comunidade, pois, se o indivíduo é 
aluno, filho e cidadão ao mesmo tempo, a tarefa de ensinar não compete 
apenas à escola, porque o aluno aprende também através da família, dos 
amigos, das pessoas que ele considera significativas, dos meios de 
comunicação, do cotidiano. Sendo assim, é preciso que professores, família e 
sociedade tenham claro que a escola precisa contar com o envolvimento de 
todos. Essa preposição tem sido posta em prática nas escolas do município, 
vários exemplos podem ser citados, entre eles, a comemoração especifica 
dessa época. A escola sabiamente busca aliar o útil ao agradável. Promove 
26 
 
 
dentro do espaço escolar as festividades juninas, contribuindo para fomentar a 
participação dos pais e da comunidade nas gincanas propostas e, ao mesmo 
tempo, consegue recursos financeiros para agilizar pequenos projetos. (Silva, 
Gomes e Santana, 2019). 
 
 Quando os educadores são pertencentes a comunidade em que atuam, a 
possibilidade de interação entre a comunidade e a escola, parecem ser mais 
positivas. O conhecimento da comunidade será válido e eficaz contribuindo para 
o crescimento necessário da população escolar. O educador comprometido 
transmite seus conhecimentos e assume um trabalho lado a lado com os alunos 
e a comunidade, contribuindo através desse seu ato para o desenvolvimento de 
habilidade dos educandos, os quais participam mais ativamente e desenvolvem 
melhor o seu cognitivo. 
 
“Muitas vezes os alunos residem num bairro,numa vila, num município, e não 
conhecem o local ou a região. As saídas da escola para estudo têm por 
principal objetivo levar os alunos a conhecerem e se familiarizarem com o lugar 
em que vivem”. Desta forma os alunos poderão aprender os conteúdos fazendo 
uma relação com os aspectos geográficos, políticos, culturais e econômicos da 
sua comunidade. É comum não ocorrer uma relação entre os assuntos 
passados em sala de aula e a realidade do meio social onde eles vivem, “da 
mesma forma que a escola, para realizar eficazmente seu trabalho, precisa 
estar na comunidade, esta não pode estar ausenta da escola”. Pois, há 
necessidade de estarem sempre em parceria buscando assim usufruir o que a 
comunidade tem de melhor para beneficiar a instituição de ensino tais como, 
prestação de serviços voluntários auxiliando a equipe pedagógica com aulas 
de culinária, artesanato, informática, contação de história ou até na 
manutenção do espaço físico do prédio para que elas possam ver que é 
possível melhorar a qualidade do ensino. A escola é uma das instituições 
sociais que tem um grande poder de transformação. É através dela que tanto 
o homem quanto a sociedade (comunidade) podem ser modificados por meio 
da interação entre eles. Mas para que isto aconteça é preciso que haja uma 
aproximação da escola com a comunidade e “o primeiro passo para a interação 
positiva entre escola e a comunidade é, sem dúvida, o conhecimento da própria 
comunidade por parte da escola”. (Piletti, 2004) 
 
 Para essa aproximação acontecer de maneira efetiva, e a relação ser 
construída a escola precisa, tomar essa iniciativa, planejar e colocar seu plano em 
27 
 
 
ação, a escola deve atrair a comunidade para dentro da instituição. Essas 
atividades devem ser de mútuo interesse. 
 E apenas quando tivermos essa cultura funcionando iremos propiciar aos 
nossos estudantes, benefícios como aprender com mais facilidade. Além disso, a 
presença dos pais no âmbito escolar e o cuidado deles com a educação dos filhos 
não reflete apenas no boletim, mas também no comportamento das crianças 
dentro e fora da sala de aula. 
 De acordo com o Blog Fuzzy Maker: Os benefícios da parceria família-
escola são muitos. Além de todo o valor gerado no processo e do engajamento 
dos alunos, podemos citar: 
 
Melhora o rendimento da criança na escola 
Uma pesquisa realizada em 2014 pela Organização Todos pela 
Educação constatou que, quanto mais participativos são os pais na vida escolar 
dos filhos, melhor é o desempenho dessas crianças. Apesar de a pesquisar ser um 
pouco antiga, ela reflete uma realidade, pois dificilmente uma criança que não tem 
estímulo em casa vai se dedicar como deve aos estudos. 
Faz do aprendizado uma experiência mais rica 
É normal que crianças tenham dificuldade para entender alguns conteúdos 
ministrados nas aulas. Quando isso acontece e os pais estão inseridos no 
processo, eles podem ajudar os filhos a compreender o tema que o educador está 
abordando por meio de experiências em casa. Inúmeros projetos podem ser 
desenvolvidos utilizando materiais simples que os alunos já tem acesso em casa. 
Melhora o comportamento da criança 
Crianças cujos pais são participativos no processo de educação são mais 
disciplinadas e conseguem ficar mais centradas nos estudos. Além disso, o 
relacionamento delas com professores e colegas de classe é mais tranquilo. Na 
educação é fundamental que aconteça não apenas o desenvolvimento intelectual 
e de habilidades, mas também a formação de caráter e valores das crianças. 
Melhora a autoconfiança da criança 
Crianças com dificuldade de aprendizado tendem a ser mais inseguras em relação 
ao seu futuro. No entanto, quando a relação família-escola é próxima, esses 
problemas são contornados, pois é feito um trabalho individualizado para 
desenvolver essa dificuldade do aluno. Dessa forma, a criança se sente mais 
segura em relação à sua própria capacidade e tem mais chances de ter um futuro 
promissor. 
Melhora na qualidade da educação 
A educação, como um todo, tem muito a ganhar com essa parceria entre família e 
escola. Isso porque, quando ambas as partes trabalham juntas, fica mais fácil 
encontrar soluções e novas formas de melhorar o processo de aprendizado dos 
alunos. Nesse contexto, todos saem ganhando: escola, pais, educadores e alunos. 
Cada escola tem uma comunidade própria, algumas já incluem em sua metodologia 
a exigência de uma participação ativa dos pais nas atividades escolares. Mas neste 
novo contexto social que vivemos é preciso que essa relação se eleve em novos 
níveis, com respeito e comunicação entre as partes. 
O mais importante é que a família compreenda que, apesar das dificuldades, a 
escola se mantém presente como um ambiente seguro e consciente das 
necessidades do aluno. E que a escola mantenha uma comunicação clara sobre 
as ações que tem tomado para manter o processo de aprendizagem da criança 
incluindo a família sempre que possível. 
28 
 
 
 
 O objetivo de trabalhar para que essa parceria escola - comunidade 
aconteça, é com certeza colher os benefícios que a mesma deverá proporcionar 
para a educação quando há participação e apoio mútuo viabilizando resultados 
tanto na melhoria do ensino quanto na qualidade da relação entre os pais de 
alunos e a instituição de ensino. O papel da educação na escola pública é atingir 
a qualidade social para todos e cada um dos seus alunos como forma de garantir 
sistematicamente a apropriação do conhecimento acumulado pela humanidade e 
assim desenvolver as diversas habilidades, proporcionando contribuir para o 
desenvolvimento integral do sujeito histórico transformar a ter visão de mundo 
coesa, coerente e consistente, a fim de resolver conflitos individuais, de grupos e 
coletivos. 
 Essa parceria tem como principal objetivo superar a forma tradicional dos 
conteúdos na escola quando esses são trabalhados para se conhecer e 
compreender a sociedade, a partir da problematização; supera a avaliação 
tradicional quando essa é realizada para se planejar a continuidade do processo; 
mas principalmente, quando o aluno for capaz de refletir, agir, dar respostas a 
questionamentos e fazer um texto agregando os conhecimentos que se apropriou 
pelo trabalho sistematizado. 
 A escola junto à comunidade deve ser alicerçada em valores éticos, e deve 
também estimular, promover e oportunizar o processo de construção coletiva e 
participativa na sociedade para manter e também transformar de forma consciente, 
crítica, criativa e responsável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Formação Integral do aluno é um tema que está em pauta, e existe um 
movimento cada vez maior, fortalecendo a importância dessa amplitude dentro da 
educação; 
Porém as dificuldades são imensas, avançar rumo ao ensino de melhor 
qualidade, não é uma tarefa fácil, mas quando unimos forças, em distintas esferas 
sociais, a chance de sucesso aumenta consideravelmente. A conjunção da família 
e escola, ambas com o mesmo objetivo, trabalhando em conjunto, é possível se 
obter resultados incríveis. As comunidades que conseguiram essa união, 
alcançaram resultados extremamente positivos. 
Sendo assim, sabemos o caminho que devemos trilhar, o futuro do ensino 
no Brasil depende dessa reformulação, e quando conseguirmos aplicar a gestão 
democrática na prática, estaremos caminhando realmente rumo a melhoria da 
qualidade de ensino no país, resultando na formação de cidadãos conscientes que 
possam contribuir e transformar positivamente a comunidade onde vive. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
AIX SISTEMAS. 2020. Relação entre escola e comunidade: Qual sua 
importância? (aix.com.br).) Acesso 06.08.2021. 
 
NETZEL, Eliane do Rocio. 2016. A importância da participação da família na 
vida escolar do aluno (diaadiaeducacao.pr.gov.br).EI - Centro de Referência em Educação Integral. Educação Integral. 
(https://educacaointegral.org.br/conceito/). 
 
SILVA, Michele Pereira. A participação da comunidade escolar na gestão 
democrática: Os mecanismos de participação. 2014 
(https://lunetas.com.br/educacao-integral). 
 
MEC – Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares 
(http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad5.pdf). 
 
 
MOURA, Ansilidia de Souza; GOMES, Sérgio Luiz de Melo. Gestão Democrática 
e seus princípios Legais na Escola. Guarabira, 2014. 
(http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/4822/1/PDF%20-
%20Ansilidia%20de%20Souza%20Moura.pdf). 
 
 
COLÉGIO ACADEMIA, 2020. Formação Integral. 
https://blog.academia.com.br/formacao-integral/). 
 
Guia BNCC: Construindo um currículo de educação integral - INSTITUTO 
AYRTONSENNA (https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/BNCC.html) 
 
BORDIGNON, Genuíno; GRACINDO, Regina Vinhaes. Gestão da educação: 
município e escola. IN: FERREIRA, N. S. e AGUIAR, M. A. (Orgs.). Gestão da 
Educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2002. 
 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola. Goiânia: Alternativa, 
2002. 
31 
 
 
LIBÂNEO, José Carlos at al. Educação escolar: políticas, estrutura e 
organização. São Paulo: Cortez, 2003. 
 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Educação escolar, políticas, estruturas e organização. 
2 ed. SP: Cortez, 2005. 
 
 
LÜCK, Heloisa; Siqueira , Kátia; Girling , Robert; e Keith , Sherry. A escola 
participativa: a gestão escolar. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2008. 
 
 
COSTA, Ferreira Ana Paula; SOARES, Hellen Conceição Cardoso. GESTÃO 
DEMOCRÁTICA: o papel do gestor escolar neste contexto, 2019. 
 
 
ALSELMO, Tathiana. A necessidade de resgatarmos na Educação a 
comunidade aprendente, 2020. 
 
 
SILVA, Elias; GOMES, Luzinete Santos; SANTANA, Valdir Henrique. ESCOLA E 
COMUNIDADE: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA, 2019. 
 
 
PILETTI, Nelson. Sociologia da educação. São Paulo: Ática, 2004. 
 
 
Fuzzy Maker: Relação Família-Escola: a chave para a educação de hoje, 
2020. (https://fuzzymakers.com/relacao-familia-escola/)

Continue navegando