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WS – Formação Profissional de 21/10/2021 LOGÍSTICA REVERSA Estratégia na Logística Reversa de Pneus Logística reversa nos remete a pensar em reciclagem, reutilização, destinação correta de algo que usamos e não nos serve mais. Não está errado pensar assim, mas, o tema Logística Reversa, é muito mais amplo do que apenas utilizar uma caixa de ovos em uma parede como isolamento acústico. A logística reversa hoje, deve atender a lei n. 12.305/2010 que prevê a responsabilidade compartilhada de fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores na logística reversa para os seguintes produtos pós-consumo: agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e produtos eletroeletrônicos. Mas foi dito “hoje” porque nem sempre foi assim, antes dessa lei que possui uma abordagem atual e importantes instrumentos a fim de viabilizar os avanços que o país necessita para enfrentar diversos problemas ambientais, sociais e econômicos derivados do manejo inadequado dos resíduos sólidos, cada item buscava atender uma resolução específica. A título de exemplo vamos falar do pneu. Em 1999 foi aprovada a Resolução nº 258/99 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que instituiu a responsabilidade do produtor e do importador pelo ciclo total do produto, ou seja, a coleta, o transporte e a disposição final. Desde 2002 os fabricantes e importadores de pneus deveriam coletar e dar a destinação final para os pneus usados, então neste mesmo ano para cada 4 pneus produzidos 1 pneu deveria ser reciclado. No ano seguinte, 2003, a relação deveria ser de a cada 2 pneus produzidos 1 pneu deveria ser reciclado. Em 2004, a proporção foi de 1 pneu produzido 1 pneu reciclado. Em 2005 a questão ambiental parecia realmente estar sendo levada a sério pois a relação cresceu para cada 4 pneus produzidos 5 pneus usados deveriam ser reciclados, ou seja, deveria ser reciclado um número maior de pneus do que seria produzido, perfeito. Muita água rolou de baixo desta ponte e hoje, a atual lei vigente n. 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê uma proporção de 1 para 1, quer dizer, para produzir tem que reciclar, é o mínimo. Mas você pode se perguntar: E onde é que a inteligência financeira entra nesta história? Explicaremos com o exemplo da bela ação da Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos). Essa associação criou a Reciclanip, uma entidade sem fins lucrativos, lembre-se disso: sem fins lucrativos, que é considerada uma das maiores iniciativas da indústria brasileira na área da logística reversa. A Reciclanip foi criada em 2007 e é responsável por um dos maiores sistemas de logística reversa do mundo, isso porque após a vida útil do pneu a entidade destina o pneu para ser reutilizado em diversos fins: artefatos de borracha, asfalto, piso, grama sintética e reaproveitamento energético em cimenteiras. Com mais de mil pontos de coletas espalhados por todos os estados do país, a Reciclanip é responsável pelo atingimento superior a 100% das metas de recolhimento dos pneus fabricados estabelecidos pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Ao longo de sua existência, já foram investidos mais de 1,6 bilhões para garantir que todos os pneus fabricados no Brasil, tenham a destinação correta. Se a entidade é “sem fins lucrativos” quem investiu 1,6 bilhões de reais em uma instituição que não dá lucro? A Reciclanip foi criada pelos fabricantes de pneus novos, sim, as marcas mais relevantes no mercado brasileiro: Bridgestone, Goodyear, Michelin, Pire lli, Continental e Dunlop. Se essas empresas investiram 1,6 bilhões para recolher os pneus usados, imagine quanto foi que essas empresas lucraram. Só para se ter uma ideia, a maior das empresas citadas, Bridgestone, fatura por ano no Brasil algo em torno de 5 bilhões, considerando que as demais empresas ajudaram a pagar o investimento na Reciclanip, imagine o tamanho do retorno deste investimento na logística reversa. Inteligência financeira, neste caso as fabricantes de pneus utilizaram uma estratégia calculada para o atendimento de uma resolução e claramente, para poder seguir produzindo seu produto altamente lucrativo. A Bridgestone é um conglomerado japonês da indústria da borracha e a maior fabricante de pneus do mundo, fundada em 1931, uma empresa com 90 anos de idade só se preocupou com o meio ambiente no Brasil em pleno seus 76 anos de atuação? Ou antes da implementação da lei, financeiramente falando, não era competitivo investir em reciclagem? É por trás de ações como esta que podemos identificar a inteligência financeira sendo estrategicamente calculada, para o atingimento da maximização de lucros e minimização de custos. Sem contar que no final, implementando uma logística reversa de alta performance todos ganhamos em tornar sustentável nossa permanência no planeta terra, pois não basta achar que utilizando um pneu como balança para as crianças, estamos resolvendo o problema do pneu no meio ambiente, o pneu ainda está ali e depois que não servir como balança ele precisará ser de fato inserido em uma cadeia produtiva como matéria prima para sua real reciclagem ou logística reversa, retornado a empresa fabricante. O fato a salientar quanto a inteligência financeira ligada a logística reversa não se resume ao atendimento de legislações sujeito a multas ou demais punições previstas em lei. A inteligência financeira neste quesito nos faz identificar formas estratégicas de tornar determinado produto sustentável para o mercado. Diante ao chamado consumo consciente, modalidade de consumo que tem por simpatizantes, pessoas que gostam da ideia de preservação do meio ambiente, surgem celos de qualidade como ISO 14001 que certificam empresas como sustentável, ou seja, uma vez credenciado, se entende que a empresa dispõe de um sistema de gestão ambiental que visa a proteção do meio ambiente. Na prática, isso coloca as empresas certificadas num nível maior de competitividade diante ao mercado global. Com esses exemplos fica claro que investimentos relacionados a logística reversa e certificações de ISO 14001, por exemplo, são estrategicamente calculadas. Mirando sim, no melhoramento do meio ambiente em que vivemos, mas também, na sobrevivência da empresa e num maior nível de competitividade perante os demais concorrentes. Estratégia financeira deve considerar no longo prazo, retorno de investimentos que no curto prazo podem parecer superficiais ou desnecessários, os números não mentem e a inteligência financeira aplicada desta forma pode demonstrar com clareza casos reais de sucesso. Logística reversa – Embalagens de Agrotóxicos A logística reversa é empregada para dar um destino adequado às embalagens vazias de agrotóxicos. Essa solução evita que impactos negativos ao meio ambiente e a saúde ambiental possam ser causados pelo destino indevido desse resíduo, sendo um modo eficiente para que as organizações cumpram com leis e normas ambientais. No Brasil, essa prática é realizada pelo programa de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas, chamado de Sistema Campo Limpo. Esse sistema foi desenvolvido pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) com o objetivo de integrar e gerenciar todos os elos da cadeia agrícola, de um país de dimensões continentais como o Brasil. De modo que, atendendo as leis vigentes, cada agente da cadeia cumpra com suas responsabilidades: “Os usuários de defensivos agrícolas devem lavar, inutilizar e devolver as embalagens vazias aos comerciantes. Os comerciantes devem indicar o local da devolução da embalagem pós-consumo, manter o local para essa devolução e comprovar seu recebimento. Os fabricantes se responsabilizam pela logística e correta destinação – reciclagem ou incineração – conformeo tipo de embalagem. O poder público se encarrega do licenciamento das unidades de recebimento e fiscaliza o cumprimento das atribuições legais de cada agente envolvido no processo. Comerciantes, fabricantes e o poder público devem educar e conscientizar os agricultores sobre a importância da correta destinação dessas embalagens” (INPEV, 2021, adaptado). O Sistema Campo Limpo, coloca em prática a logística reversa, desempenhando um papel importante na conscientização dos agricultores, em conjunto com o poder público, mas vai além disso, atuando na mobilização da sociedade em geral, por meio de ações de comunicação e educação. Por meio de parceria com empresas recicladoras, as embalagens são utilizadas em processos de reciclagem que resultam na produção de mais de 30 produtos diferentes. Entre os quais, estão: • Artefatos para construção civil, como dutos corrugados e tubos para esgoto; • Artefatos para indústria automotiva e de transportes, como caixa para bateria, dormentes ferroviários e postes de sinalização; • Artefatos para indústria energética, como cruzetas para postes; • Moldes em papelão para proteção industrial e de móveis; • Novas embalagens de defensivos agrícolas - as Ecoplástica Triex e tampas para defensivos agrícolas - as Ecocaps®. Já as embalagens que não podem ser recicladas são encaminhadas para a incineração. Em 2020, foram cerca de 50 mil toneladas de embalagens vazias destinadas em 411 unidades de recebimento (99 centrais e 312 postos) em todo o Brasil. O Sistema Campo Limpo também conta com recebimentos itinerantes, que asseguram aos agricultores familiares, que vivem em locais distantes das unidades fixas de recebimento, devolver corretamente as embalagens vazias. Os benefícios ao meio ambiente ainda são mais significativos, em 2020, a prática ajudou a evitar a emissão de 70.509 toneladas de CO2 e o consumo de 3 bilhões de megajoules de energia e de quase 80 milhões de litros de água. Logística reversa – Lâmpadas As lâmpadas que contém mercúrio em sua composição, como as lâmpadas fluorescentes, são consideradas como resíduos perigosos, pois, se destinadas inadequadamente, podem contaminar o meio ambiente e causar problemas de saúde aos seres humanos. Dessa forma, esses resíduos necessitam de uma destinação ambientalmente adequada após o consumo, atendendo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Foi a partir da vigência da PNRS e da necessidade de pôr em prática a Logística Reversa das lâmpadas que contém mercúrio que foi criada a associação Reciclus. A Reciclus disponibiliza mais de 2.600 pontos de entrega em estabelecimentos comerciais e, também, em condomínios residenciais de todo o Brasil, onde as pessoas podem descartar as lâmpadas usadas, que são coletadas e transportadas de forma segura até os estabelecimentos recicladores parceiros. As caixas coletoras deixadas nos estabelecimentos recicladores são substituídas por caixas vazias, para dar continuidade ao processo. Na recicladora, as lâmpadas são separadas por tipo (tubulares e compactas). As lâmpadas tubulares são quebradas e o vidro é separado do metal. As partes metálicas são armazenadas em tambores e enviadas para reciclagem. Os componentes do vidro moído são separados em: vidro limpo, mercúrio e o fosfato e enviados para destinação final. No processo com as lâmpadas compactas há primeiro uma separação do vidro e do bulbo. O vidro quebrado limpo é destinado para reciclagem. Os componentes do bulbo (metais, boquilhas e plásticos) também são separados. As ampolas de vapor de mercúrio são armazenadas para destinação final através do processo das lâmpadas tubulares. O vidro e pó fosfórico são utilizados na fabricação de cerâmica e vitrificarão de azulejos. Já os componentes metálicos são destinados para indústria de fundição e automotiva e o plástico granulado é revendido para diversos segmentos da indústria. A reciclagem desses materiais otimiza a produtividade de recursos, pois retorna esses componentes para o setor produtivo como matéria-prima ou insumo, não sendo necessária a extração de novos recursos naturais. Para se ter uma ideia a reciclagem de 1.000 kg de vidro evita a extração de 1.300 kg de areia, de 1.000 kg de alumínio evita a extração de 5.000 kg de bauxita e 10.000 kg de plástico reciclado evita a extração de 0,01 kg de petróleo. A marca histórica de 1 milhão de quilos de lâmpadas fluorescentes pós-uso recolhidos em todo o Brasil foi atingida em fevereiro de 2020. Isso significa que desde 2017, mais de 7.165.000 unidades tiveram a destinação correta e sustentável. Reciclagem Reciclagem é o processo de reutilização de matéria-prima, como lata, plásticos, papéis, vidros e outros materiais que seriam destinados ao lixo e que possam ser novamente utilizados, sejam eles transformados ou recuperados para o reuso. Caso não fossem reaproveitados, esses materiais iriam para lixões e aterros sanitários, causando sérios problemas à saúde e problemas ambientais. Como reciclar Com a ajuda da população, o processo de reciclagem pode se tornar mais fácil. Primeiro, deve-se procurar uma associação ou programa de coleta do município para saber o que se deve separar. Para uma coleta saudável, separe os resíduos em não-recicláveis (restos de comida) e recicláveis (papel, metal, vidro e plástico). Escolha um local adequado para guardar o material a ser reciclado e, antes de guardá-lo, limpe-o para retirar os resíduos e deixe secar naturalmente. Por que reciclar? A quantidade de lixo produzido diariamente por cada pessoa é de aproximadamente um kg. Se considerar os números da população mundial (6 bilhões de pessoas), os resultados são assustadores. Só o Brasil produz cerca de 240 mil toneladas de lixo diariamente e o aumento excessivo do lixo pode ser considerado o aumento do poder aquisitivo e pelo crescente número da população, pois ocorre um consumo maior de produtos industrializados. Segundo a ABRELPE, a associação brasileira de empresas de limpeza pública e re síduos especiais, houve um aumento de 25% a 30% na coleta de materiais recicláveis durante a pandemia. O problema é que, no Brasil, se recicla apenas 1% dos 11 milhões de toneladas de plásticos produzidos por ano. Para efeito de comparação, esse índice che ga a 97% no caso das latas de alumínio. O que é ser sustentável? É atender as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as futuras gerações atenderem as suas próprias necessidades. Para ser sustentável, qualquer empreendimento humano deve ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Considera-se lixo tudo aquilo que não tem mais utilidade. Associa-se a ele a ideia de tudo aquilo que deve desaparecer, que deixa de prestar, fica velho, inútil, estraga, tudo que deve e vai morrer, de preferência bem longe de nós. Problemas relacionados aos resíduos: • Proliferação de vetores • Problemas de saneamento; • Contaminação dos recursos hídricos; • Poluição visual; • Poluição sonora • Degradação ambiental Como mensurar os resíduos: • Quilos • Litros • Metros Cúbicos • Unidades Como classificar os resíduos conforme NBR10004/04: • Inflamabilidade • Corrosividade • Reatividade • Patogenicidade • Toxidade • Inerte • Não inerte QUANTIDADE DE RSU COLETADA NAS REGIÕES E NO BRASIL Regiões População 2020 RSU Total Estimativa IBGE Tonelada/dia Norte 18.672.591 13.069 Nordeste 57.374.243 43.763 Centro-Oeste 16.504.303 14.941 Sudeste 89.012.240 105.977 Sul 30.192.315 21.561 Brasil 211.755.692 199.311 O lixo no Brasil tem três formas básicas de destino, o lixão céu aberto, o aterro controlado e o aterro sanitário. O lixão a céu aberto é o mais prejudicial para a saúde da população e para o meio ambiente como um todo.Representa 67 % da destinação do lixo no Brasil. Esse modelo é desprovido de controle e a técnica é rudimentar. Consiste em depositar o lixo em um local, geralmente longe do centro urbano, e aguardar sua decomposição naturalmente. Esse modelo ocasiona contaminação do solo onde, da água, de animais e dissemina inúmeras doenças. As pessoas têm acesso ao lixão e fazem dele fonte de extração de todo tipo de material para consumo e sobrevivência. O aterro controlado, apesar de não ser o ideal ele apresenta um certo controle por parte do poder público e representa 20 % da destinação do lixo no Brasil. Nesse aterro lixo deve ser periodicamente aterrado, apesar não levar em conta as proteções ao solo e os cuidados com a produção de chorume, resíduo líquido que contamina solo e rios. Esse modelo deveria ser aplicado por um curto período até que o aterro sanitário pudesse operar no local. Mas isso não ocorre. Lixão a céu aberto. (Ref: https://www.curitiba.pr.gov.br/) Aterro sanitário é o modelo mais próximo do ideal e corresponde a 13% da destinação de lixo no Brasil. Esse modelo segue normas e procedimentos técnicos que consistem em proteger o solo e tratar o chore produzido pela decomposição dos materiais. Imagens de aterro sanitário: Aterro controlado (Ref: https://www.curitiba.pr.gov.br/) Aterro sanitário (Ref: https://www.curitiba.pr.gov.br/) Valas revestidas (Ref: https://www.curitiba.pr.gov.br/) Chorume tratado (Ref: https://www.curitiba.pr.gov.br/) REFERÊNCIAS ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Disponível em: http://www.abnt.org.br/ Acesso em: 01/07/2021. Anip - Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. Disponível em: https://www.anip.com.br/ Acesso em: 01/07/2021. BRASIL. Lei Nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm Acesso em: 01/07/2021. ______. Prefeitura Municipal de Curitiba. Disponível em: https://www.curitiba.pr.gov.br/. Acesso em: 01/07/2021. IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Disponível em: https://www.gov.br/ibama/pt-br Acesso em: 01/07/2021. INPEV. Histórico. Disponível em: https://www.inpev.org.br/inpev/quem-somos/historico/. Acesso em: 01/07/2021. LACERDA, Leonardo. Logística reversa: Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. Centro de Estudos em Logística–COPPEAD Automotive Business. Disponível em: https://www.automotivebusiness.com.br/noticia/20957/bridgestone-quer-ser-no-1-tambem- no-brasil. Acesso em: 01/07/2021. Reciclanip. Disponível em: https://www.reciclanip.org.br/ Verificado em: 01/07/2021. Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). Disponível em: https://inpev.org.br/index. Acesso em: 02/08/2021. Reciclus. Disponível em: https://reciclus.org.br/. Acesso em: 02/08/2021. http://www.abnt.org.br/ https://www.anip.com.br/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm https://www.curitiba.pr.gov.br/ https://www.gov.br/ibama/pt-br https://www.inpev.org.br/inpev/quem-somos/historico/ https://www.automotivebusiness.com.br/noticia/20957/bridgestone-quer-ser-no-1-tambem-no-brasil https://www.automotivebusiness.com.br/noticia/20957/bridgestone-quer-ser-no-1-tambem-no-brasil https://www.reciclanip.org.br/
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