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• Ocorrida na Europa (principalmente na Inglaterra) no século XVIII;
• Homens passaram a ser substituídos por máquinas;
• Divisão de Classes: 1) burgueses e 2) proletários
• O capitalismo se fortaleceu;
• Os problemas sociais aumentaram, devido ao desemprego;
• mudou a forma e a estrutura do trabalho e das relações de produção
• é um marco em termos econômicos e tecnológicos
Revolução Industrial
 
 
 
Disciplina: Sociologia 
UNIFAVENI 
1. Sociologia: O que é? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 Antecedentes históricos 
 A Sociologia é parte integrante das ciências sociais; 
 A sociologia como disciplina científica vai surgir no início do século XIX; 
 O termo sociologia foi criado pelo Francês Auguste Comte, que associou a palavra sócio do latin 
socius (associação) e o grego lógus (estudo); 
 Dois eventos foram marcantes para o início desta ciência: A revolução Industrial e a 
Revolução Francesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOCIOLOGIAÉ uma ciência social
Deriva do latim 
(sociu-)
e do grego (logos)
Não pode ser 
identificada 
como simplesmente 
estudo da sociedade 
(sentido reducionista) Estuda: a estrutura 
social, os grupos sociais, 
a família, as classes 
sociais e os papéis que o 
indivíduo ocupa em 
sociedade.
PARTE INTEGRANTE 
DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
O sentido do trabalho 
 
• é importante no aspecto político, com a queda da
bastilha inaugurou a passagem de uma sociedade de privilégios para
uma sociedade de direitos; sobretudo na dimensão formal,
representada pelo documento produzido e bastante significativo
que é a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
• A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi anunciada ao
público em 26 de agosto de 1789, na França;
• afastamento do rei Luís XVI
• A primeira geração de direitos humanos diz respeito à conquista por
direitos individuais e inaugura o marco histórico da sociedade
fundada em direitos contra o privilégio.
Revolução Francesa
3. Homem e natureza 
 O trabalho como uma ação exclusivamente humana (Engels); 
 o único bem que o trabalhador possui devido a não ser 
proprietário de meios de produção é a sua força de trabalho 
(Marx); 
 o trabalho era desprezado na Grécia e Roma antigas, fazendo 
com que a socialização dos indivíduos ocorresse fora do trabalho, 
enquanto na sociedade capitalista a socialização dos indivíduos 
ocorre exatamente nas relações de trabalho. 
 A revolução industrial dos séculos XVIII e XIX teve um peso 
determinante, o trabalho então assumiria um novo caráter, de 
atividade indigna no passado, passam a ser vistos como indignos 
aqueles que não trabalham, taxados como vagabundos os que 
não se submetem a trabalhar para o capital; 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Revolução Francesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sentido do 
trabalho 
A origem da palavra 
trabalho tem sido 
comumente atribuída 
ao latim tripalium, 
instrumento de 
tortura utilizado para 
empalar prisioneiros 
de guerra e escravos 
fugidios. Assim, em 
sua própria 
terminologia, o 
trabalho carrega uma 
carga de esforço e 
desprazer. 
 
Sua origem encontra-
se na necessidade de a 
humanidade 
satisfazer suas 
necessidades básicas, 
evoluindo para outros 
tipos de necessidades, 
mesmo supérfluas. 
 
Engels (s/d, p. 270) 
afirma que o homem 
modifica sua relação 
com a natureza devido 
ao trabalho. 
 
O sentido atribuído ao trabalho vai sofrer alterações ao longo da 
história 
 
6. Augusto Comte: SURGE A CIÊNCIA DA SOCIEDADE 
6.1 Positivismo ou cientificismo 
 Filósofo do Século XIX, Comte tinha na base na sua 
filosofia uma visão evolucionista, ou seja, acredita que a 
história evolui para o progresso, que a humanidade 
caminha para a perfeição. 
 O objetivo de Comte era reorganizar o conhecimento 
humano a partir da ideia de ordem e progresso. 
 É fundamento do positivismo é a ideia de que tudo o 
que se refere ao saber humano pode ser sistematizado 
segundo os princípios adotados como critério de verdade 
para as ciências exatas e biológicas. 
 
 
7. O POSITIVISMO 
 Para Augusto Comte, o desígnio único da história é o progresso do espírito humano. 
 Para ele há um modo de pensar, o positivo, que tem validade universal, tanto em 
política como em astronomia. 
 
7.1 A lei dos três estados 
Nesse sentido, a humanidade atravessa várias 
etapas até atingir a etapa final. E o que o 
positivismo faz é descobrir as leis que agem 
por traz dos fatos e estas podem ser 
apreendidas da mesma forma que se apreende 
o conhecimento de um evento natural. 
 A evolução vai ocorrer fatalmente e todas as 
sociedades passam pelos mesmos caminhos 
até o progresso. 
 
Auguste Comte justifica essa diversidade enumerando três fatores de variação: a raça, o clima e a 
ação política. As diferentes partes da humanidade não evoluíram do mesmo modo porque, no ponto de 
partida, não tinham os mesmo dons. 
8 A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE 
Estática e dinâmica são as duas categorias centrais da sociologia de Auguste 
Comte. Uma sociedade se assemelha a um organismo vivo. Ou seja, a sociedade 
composta por elementos interdependentes formando uma totalidade 
 
8.1 Ciência e senso comum 
 
 
Condercet 
(1666-1790)
•Defendia a ideia de que toda e qualquer ciência da 
sociedade precisa se identificar com o que ele chamava 
de matemática social, isto é, precisa realizar um estudo 
preciso, rigoroso, numérico dos fenômenos sociais
•A intenção era libertar a ciência de subjetividades e 
interesses políticos e individuais.
Saint-Simon 
(1760-1852)
•primeiro a usar o termo positivo na ciência
•o raciocínio deveria se basear nos fatos observados e 
discutidos. 
•acreditava na visão de progresso trazido pela indústria 
e a sociedade capitalista.
Figura 1 - Filósofos que influenciaram Comte 
O estágio positivo da sociedade seria 
o mais evoluído o pensamento científico e 
está baseado na observação e na 
experiência. 
Sintetizando assim e concluindo as características 
do positivismo podemos citar que: 
 As sociedades, melhor, a sociedade, é 
considerada um fenômeno natural, podendo ser 
analisada através dos métodos das ciências 
naturais. 
 A compreensão da realidade só é possível 
pela objetividade que é alcançada através do 
rigor empírico e da coerência teórica. Trata-se de 
um avanço na capacidade de pensar, da razão. 
 A ação da ciência, ou seja, o 
conhecimento, é evolutivo e caminha para o 
progresso. 
 
9 A INFLUÊNCIA DO POSITIVISMO 
 Embora tenha sido influenciado pelas ideias de Comte, Durkheim, diferentemente de 
Comte, aprofundou seus estudos na análise da sociedade a partir dos fatos sociais. 
 Durkheim foi um dos primeiros a teorizar sobre a sociologia da educação. A ideia central 
de Durkheim era preparar as novas gerações para uma nova civilização; 
 A sua teoria, embora atualmente bastante contestada pelas teorias críticas da 
sociedade, serviu de base para o Funcionalismo; 
 Para a teoria Funcionalista de Durkheim a diversificação de funções vai gerar a 
solidariedade entre os seres humanos, e a especialidade atribuída a cada um ele vai dar o 
nome de Divisão social do trabalho social. E aqui podemos conhecer dois conceitos 
essências em Durkheim: Solidariedade mecânica e solidariedade orgânica. 
 
 
10 ENTENDENDO O CONCEITO 
 
Durkheim desenvolveu seus estudos tendo como objeto de pesquisa a investigação dos 
fatos sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatos 
sociais
Coercitivos
(Independentemente 
de sua vontade o fato 
irá exercer uma força 
sobre o indivíduo)
Gerais
(não diz respeito a 
um indivíduo apenas 
mas a 
uma comunidade)
Exteriores
(dizem respeito à 
cultura)
 
 
 
 
10.1 Como Durkheim concebe a sociedade? 
 É um organismo exterior e superior aos indivíduos e constituída por um conjunto de normas, leis 
e regras que são responsáveis pela formação moral e social dos indivíduos. 
 
 Em seu livro: A Divisão do Trabalho Social, Durkheim descreveo processo de transformação da 
sociedade primitiva para a sociedade moderna através da divisão social do trabalho, na qual 
estabelece a passagem de um tipo de organização social com base na solidariedade mecânica 
(pré-capitalista) para a solidariedade orgânica (capitalista). 
 
 Palavras chave: trabalho, harmonia da sociedade, consenso social, solidariedade mecânica e 
orgânica, sociedade simples e complexas, anomia. 
 
 Para Durkheim, a 
existência de valores e laços 
morais entre as pessoas era 
fundamental para a manutenção 
da harmonia social e da 
consciência coletiva. Quando 
uma sociedade não consegue 
manter esse estado de harmonia, 
significa que a sociedade está 
‘doente’. E para isso Durkheim 
tem o termo: anomia (quando o 
consenso se rompe e não há 
mais possibilidade de manter a 
ordem e o respeito às 
instituições) 
 
12 POSITIVISMO E EDUCAÇÃO 
O positivismo esteve presente de forma marcante no ideário das escolas e na luta a favor do ensino leigo das 
ciências e contra a escola tradicional humanista religiosa. 
 O currículo multidisciplinar – fragmentado – é fruto da influência positivista. 
No Brasil esta influência aparece no início da República e na década de 70, com a escola tecnicista. 
 Muitos historiadores ressaltam o pensamento positivista no movimento pela proclamação da república e da 
elaboração da constituição de 1891. 
O movimento republicano apoiou-se em ideias positivistas para formular sua ideologia da ordem e do 
progresso, graças particularmente à atuação de Benjamim Constant (1836-1891). 
13 O POSITIVISMO E A ESCOLA 
 ênfase nos conteúdos sequenciais, a valorização do pensamento cognitivo, o distanciamento das 
características emocionais e estéticas do aluno e do processo de aprendizagem; 
 A ideia de que o aluno se desenvolve de forma linear à medida que vai se apropriando do 
raciocínio lógico.; 
 
 o positivismo influenciou a prática pedagógica na área das ciências exatas, em detrimento das 
humanas, e a sociologia estaria no ápice da classificação de Comte; 
 a prática pedagógica na área de ensino de ciências sustentadas pela aplicação do método científico 
14 MARX WEBER: O SOCIÓLOGO DA BUROCRACIA E DA RACIONALIDADE 
 
 Karl Emil Maximilian Weber (1864 – 1920) 
foi um sociólogo, jurista e economista alemão. 
 É considerado um dos grandes intelectuais do 
Século XIX e a sua influência atravessa o Século 
XX. 
 Durkheim visava a totalidade, o fato social, 
enquanto Weber vai se debruçar sobre as 
motivações humanas para o agir. É neste sentido que 
ele se aproxima de uma perspectiva cultural. 
 A preocupação deste sociólogo está na ação social. 
Ou seja, quem age e como age, o que move a ação 
dos sujeitos e para onde estas ações conduzem na 
prática e como as ações promovem as mudanças no 
social. 
 Weber é o autor da burocracia e da razão instrumental 
(corpo administrativo que faz funcionar a sociedade e 
a questão política que escapa à administração) 
15 AÇÃO SOCIAL 
 Max Weber é o único dos três clássicos (Durkheim e Marx), 
que considera a ação individual é um elemento de análise 
importante, e que responde a questão fundamental para Weber: o 
que pode responder pela continuidade da sociedade 
O papel do sociólogo é compreender a sociedade e 
suas múltiplas possibilidades de entendimentos. 
Para Weber não existe uma causa para um 
fenômeno social, existe uma pluricausalidades e estas 
dadas pela ação social. As ideias condicionam o 
momento histórico, e são essenciais para entender o 
pensamento de Weber. 
Percebe-se, portanto, que Weber afastou-se dos 
determinismos sócio históricos de Karl Marx e do 
fatalismo da noção de um sistema externo e independente do indivíduo que Emile 
Durkheim propôs, elaborando, assim, a noção de um ser humano livre para agir, pensar e 
construir sua realidade. 
 
 
 
Ação social, para Max 
Weber 
Qualquer ação realizada por 
um sujeito em um meio social 
que possua um sentido 
determinado por seu autor. 
Uma ação social constitui-se 
como ação que parte da 
intenção de seu autor em 
relação à resposta que deseja 
de seu interlocutor. 
QUATRO TIPOS: 
1. A ação racional com 
relação a fins, 
2. A ação racional com 
relação a valores, 
3. A ação afetiva e, 
4. Ação tradicional 
 
A TAREFA DA SOCIOLOGIA SERIA ENTÃO, SEGUNDO O TEÓRICO, APREENDER 
OS SIGNIFICADOS QUE NORTEIAM ESSAS AÇÕES 
15.1 Outro conceito importante de Weber: Os tipos ideais 
 
 
 
 
16 RACIONALIZAÇÃO DO MUNDO SOCIAL 
 Um dos conceitos essenciais de Weber é o de racionalização 
 Esse fenômeno refere-se a mudanças profundas, como a gradual construção do capitalismo e a 
monstruosa explosão do crescimento dos meios urbanos, que se tornaram as bases da reordenação 
das organizações tradicionais que predominavam até então. Pode-se dizer que o processo de 
consolidação do capitalismo é sim um processo de racionalização da vida e da sociedade. 
 Em sua denominação das diversas formas de racionalidade, Weber fez distinção de quatro 
principais formas: a racionalidade formal, a racionalidade substantiva, a racionalidade meio 
finalística e a racionalidade quanto aos valores. 
PARA ENTENDER UMA SÍNTESE 
a) O conceito de ação social para Max Weber 
 
 
Outro ponto importante da teoria weberiana é a busca pela construção dos tipos ideais no 
processo de construção do conhecimento teórico 
O tipo ideal ou tipo puro de Max Weber é um método que possibilita um recorte da 
realidade, que dá ao pesquisador mecanismos para que ele possa compreender a realidade 
ou possível realidade do seu objeto de estudo de forma mais ampla e abrangente. 
 
Max Weber faz referência a um fenômeno de grande importância do mundo moderno e que 
está relacionado com as mudanças estruturais, culturais e sociais que as sociedades modernas 
passaram no decorrer do tempo: “a racionalização do mundo social”. 
Pode-se dizer que o processo de consolidação do capitalismo é sim um processo de 
racionalização da vida e da sociedade. 
 
 
 
 
 
16.1 Karl Marx: A Sociologia da luta de classes 
 Karl Marx fundou as bases para as lutas dos movimentos sociais; 
 É considerado o pai do pensamento crítico 
 Capitalismo X socialismo 
17 CRÍTICA DE MARX AO CAPITALISMO 
 
 Ao longo de toda sua obra, o exame das diversas teorias sociais prevalecentes desemboca, com 
base no exercício de uma crítica ao mesmo tempo imanente e transcendente, na delimitação de um 
território próprio denominado pela posteridade de “materialismo histórico”, “sociologia 
marxista” ou mesmo “sociologia ou teoria crítica”. 
 Durante o inverno de 1845-1846, refugiados em Bruxelas, Marx e Engels redigiram A 
Ideologia Alemã. Que se tornou desde então um texto essencial do corpus marxista. Nela 
delineia-se pela primeira vez de forma nítida o que pode ser considerado o programa do 
materialismo histórico, gestado por meio de uma crítica incisiva dirigida simultaneamente 
à filosofia, à teoria política, à historiografia, à economia política, à teoria social etc. 
 Karl Marx é o sociólogo da crítica ao capitalismo. 
17.2 A atividade humana: A prática 
Para ele o pensamento nasce na prática, ou seja: Não somos o que pensamos, mas pensamos 
do jeito que somos, que produzimos e nos inserimos enquanto uma classe social. 
Viu? O homem no sistema capitalista se distanciou dos seus meios de produção e ficou 
alienado do seu próprio trabalho. Aliás, não existe mais trabalho próprio, porque agora se 
trabalha para um patrão. 
17.5 Ideologia para Marx significa de acordo com o sociólogo Michael Lowy: 
O levantamento das principais determinações da sociedade capitalista tornou-se 
imprescindível durante a redação do Manifesto do Partido Comunista (1848). Para 
compreender o momento histórico, Marx expõe a história da gênese e do 
desenvolvimento do mercado mundial, assim como dos conflitos sociais e das oposições 
de classe que moldam esse cenário, delineando osprincipais pontos da sociologia marxista, 
numa exposição concisa das coordenadas econômicas, sociais, políticas e culturais do mundo 
moderno. 
 
O Manifesto Comunista e a teoria de Marx 
O Manifesto pode ser lido então como uma demonstração da contradição entre o movimento 
do desenvolvimento das forças produtivas e a estática inerente às relações de produção, que 
reproduzem a cada momento as formas desiguais de apropriação da riqueza e de dominação 
social. Ou seja, em outras palavras, a relação ente capital e trabalho. 
 
18 A LUTA DE CLASSES 
Marx tomou como pressuposto no Manifesto apenas um esquema mínimo, a tese de que “a 
história de todas as sociedades até o presente é a história das lutas de classes”. 
Trata-se, portanto, de trazer para o centro do relato da história humana o conflito, a “luta 
ininterrupta, ora dissimulada, ora aberta”, entre oprimidos e opressores. 
18.1 Propriedade privada dos meios de produção capitalista 
 
PROPRIEDADE PRIVADA: No momento em que se instaura a propriedade privada está se 
instalando o conflito entre as classes. É por isso que a proposta socialista e, o comunismo, tem 
na sua base a eliminação da propriedade privada, os bens não seriam individuais e sim 
coletivos. 
Marx associa o desenvolvimento histórico-social da burguesia, em especial sua constituição 
como força política, a uma série de acontecimentos que marcaram a gênese e os 
desdobramentos do mundo moderno. Desse modo, essa classe é apresentada como o produto 
de um longo processo, de uma série de revoluções nos meios de produção, transportes 
e comunicação, por meio do qual ela se desenvolve, economicamente, multiplicando 
seus capitais e, politicamente, empurrando para segundo plano as demais classes opressoras. 
 
19 A CRÍTICA AO CAPITALISMO NA ARTE: exemplifica com a musica Burguesia, 
de Cazuza 
 
20 A INFLUÊNCIA DA TEORIA MARXISTA 
 
Vamos lá: Está se falando que a Revolução Francesa é uma revolução burguesa e, de fato, foi 
uma grande transformação, na medida em que acabou com aquela sociedade dos senhores 
feudal, dos vassalos e suseranos e instaurou-se a sociedade capitalista, de trabalho assalariado. 
Marx descreve os movimentos segundo os quais o capitalismo extravasa o campo das relações 
puramente econômicas, espraiando-se para outras esferas da vida social. Esse processo 
caracteriza-se por uma inaudita mercantilização e reificação de todo o domínio social, 
atingindo inclusive o âmago da subjetividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A queda do muro de Berlin significou uma queda do socialismo e a expansão do capitalismo 
em que a globalização é a maior referência, ou seja, o capitalismo se expandido para todos os 
cantos da sociedade ocidental. 
 
21 MARX E A EXPANSÃO DO CAPITALISMO 
 
Essa expansão, hoje denominada globalização, vincula-se de forma mais estreita, no 
Manifesto, com a fase do mercado mundial. Por “mercado mundial”, Marx designa tanto uma 
forma de concentração industrial como o domínio exclusivo do poder pela burguesia. 
 
Marx indaga: “Por quais meios a burguesia supera as crises? Por um lado, pelo extermínio 
forçado de grande parte das forças produtivas; por outro lado, pela conquista de novos 
mercados e da exploração mais metódica dos antigos mercados”. 
 
21.1 O que dizer do proletariado na teoria Marxista? 
 
Todo aquele ou aquela que vende a sua força de trabalho, que não é dono/a dos meios de 
produção. 
Marx salienta que, na mesma medida em que a burguesia, ou melhor, o capital se desdobra, 
também o proletariado se desenvolve. 
A proposta de Marx é a tomada do poder político pelo proletariado. 
 
“A clássica frase: „trabalhadores de todos os países, une-vos” retrata a proposta de 
Marx de libertação. A liberdade só é possível coma revolução e a tomada do poder pelo 
proletariado. 
22. O ESTADO NA TEORIA MARXISTA 
Marx tem uma visão do Estado atrelado aos interesses da burguesia. O Estado como diz 
Althusser, um teórico marxista é um aparelho ideológico. Longe de atender aos interesses de 
todos o Estado existe para manter e proteger a propriedade privada dos meios de produção. 
22.1 Como o proletário adquire a consciência de classe? 
A formação política do proletariado é, portanto, uma alternativa de superação. 
Pode-se considerar que a aposta de Marx, recorrente ao longo do Manifesto, atribui ao 
proletariado a possibilidade de desempenhar na história papel equivalente ao exercido pela 
burguesia. Vale dizer que, para Marx, a classe operária tem a possibilidade de posicionar-se 
como agente determinante do destino histórico do mundo moderno. 
O que diz Karl Marx é que o povo está alienado, ou seja, não conhece e nem reconhece tais 
processos históricos. Neste ponto entra a escola como instituição capaz de praticar o exercício 
crítico e a conscientização do aluno enquanto um ser histórico. No entanto, como você também 
verá, a escola pode também e quase sempre o faz, reproduzir a situação de classes. 
Assim a nova dinâmica social coloca em cheque as ideais de Marx, no sentido de que estas 
conduzirá inevitavelmente à ditadura do proletariado. A generalização da forma-mercadoria 
dificulta não só a afirmação do proletariado como sujeito histórico, mas a própria reflexão 
acerca dos problemas inscritos no cerne da sociedade capitalista, uma vez que a reificação, 
originariamente atuante no mundo do trabalho, estende-se para todos os setores da sociedade. 
23.1 Conhecimento de Marx aplicados à Educação 
O processo de luta pela democracia no Brasil e a luta pela escola pública, universal e gratuita 
ocorreu, em grande parte, sob as bases da teoria crítica de Marx. E os principais teóricos da 
educação têm como referência esta teoria, a exemplo, já citado, de Paulo Freire. 
24 A TEORIA DE DURKHEIM NA EDUCAÇÃO 
 Émile Durkheim, nasceu em 1858, França; 
 Depois de formar-se, lecionou pedagogia e ciências sociais na Faculdade de Letras de 
Bordeaux, de 1887 a 1902; 
 Foi o primeiro professor de sociologia da educação; 
 Durkheim abordou a educação como um FATO SOCIAL; 
 Suas obras mais famosas são A Divisão do Trabalho Social e O Suicídio; 
 Morreu em 1917, supostamente pela tristeza de ter perdido o filho na Primeira Guerra 
Mundial, no ano anterior; 
 A importância que Durkheim atribuía à educação reforça sua teoria: Segundo ele, "a educação 
é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o 
processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida. 
 Na teoria funcionalista de Durkheim, as consciências individuais são formadas pela sociedade. 
 Essa teoria, além de caracterizar a educação como um bem social, a relacionou pela primeira 
vez às normas sociais e à cultura local, diminuindo o valor que as capacidades individuais têm 
na constituição de um desenvolvimento coletivo 
 
 
 
 
A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo
indivíduo de uma série de normas e princípios - sejam morais, religiosos, éticos ou de
comportamento - que baliza a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do
que formador da sociedade, é um produto dela” (DURKHEIM, 1994).
 
 
 
 
 
 
 
 
26 WEBER E A EDUCAÇÃO 
 Conceitos básicos de Weber são : racionalidade e burocracia; 
 A educação é um caminho de acesso a formas cada vez mais racionais e também uma forma de 
inserção social, de mudança de uma classe para outra; 
 Pode-se apresentar os tipos ideais de educação, com base no seu texto “A religião da China”, de 
Max Weber da seguinte forma: 
 a) Educação especializada: Foco no treinamento do aluno para finalidades específicas, 
formando os estratos sociais. Atividades úteis à administração – na organização das autoridades 
públicas, escritórios, oficinas, laboratórios industriais, exércitos disciplinados. Para Weber 
qualquer pessoa pode ser treinada para qualquer função. 
 b) Educação humanística: retomando os termos weberianos temos que a pedagogia do cultivo, 
finalmente procura educar umtipo de homem, cuja natureza depende do ideal de cultura da 
respectiva camada decisiva. E isto significa educar um homem para certo comportamento interior e 
exterior; 
 
27 OS GRANDES SOCIÓLOGOS DO BRASIL 
 É em 1930 na Era Vargas teve início no Brasil a construção da ideia de nação e dos processos 
incipientes de industrialização. Foi também neste período que surge a discussão sobre a educação 
universal, pública e gratuita. 
a) FLORESTAN FERNANDES 
 A obra deixada por Florestan é ampla e variada, abrigando estudos sobre temas diversos. No 
entanto, seu constante esforço para entender a sociedade brasileira como um todo – sua formação 
marcada por conflitos, seu desenvolvimento único e suas perspectivas futuras – foi caracterizado 
por uma perspectiva única que questionava não só a forma de ser da realidade social, como o 
pensamento sociológico em si. É por esse motivo que Florestan é considerado o fundador da 
Sociologia crítica brasileira. 
 Para Florestan, era preciso compreender o país a partir da perspectiva dos grupos e classes que 
formavam a maioria do povo; 
 A transformação social e as possibilidades revolucionárias de um dado tempo é também um tema 
recorrente na Sociologia de Florestan 
b) DARCY RIBEIRO: O BRASIL COMO MISSÃO 
 Darcy Ribeiro, antropólogo, escritor e político brasileiro, desenvolveu trabalhos importantes na 
educação, inclusive na LDB9394/96; 
 Sua principal obra “O Povo Brasileiro”; 
 Darcy é muito conhecido também por seus trabalhos desenvolvidos a partir das temáticas voltadas 
para os povos indígenas; 
 Foi o relator da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, aprovada no governo Fernando Henrique 
(1996); 
 
c) GILBERTO FREYRE: AUTOR DE CASA GRANDE & SENZALA 
 Nasceu na cidade de Recife, Pernambuco, em 15 de março de 1900, faleceu em 1987. 
 A influência de Portugal, o mundo ibérico e a presença portuguesa nos trópicos frequentemente 
são temas de seus escritos, demonstrando o papel desse povo na formação de civilizações 
modernas nos trópicos; 
 Ele foi o precursor do conceito de “patrimônio imaterial”; 
 Outra contribuição da obra de Freyre foi a tentativa de desmistificar a noção de determinação 
racial na formação de um povo, apontando a miscigenação conferida no país como elemento 
positivo; 
d) SERGIO BUARQUE DE HOLANDA 
 Vemos a influência da sociologia de Max Weber. No seu estudo sobre o HOMEM CORDIAL, ele 
mostrou as motivações das ações social e, sobretudo criou um tipo ideal para entender a 
característica do brasileiro; 
 TIPO CORDIAL: Significa dizer que o brasileiro age mais pelas emoções do que pela razão. A forma 
de solucionar os problemas é ligada a vínculos familiares ou de amizade. 
 Obras: “Raízes do Brasil” aborda aspectos centrais da formação da cultura brasileira e do 
processo de formação da sociedade 
e) CAIO PRADO JUNIOR 
 Obra: “Formação do Brasil Contemporâneo “(1942), um clássico da historiografia brasileira, 
discorrendo sobre a formação histórica do Brasil. 
 Com uma leitura embasada pelo materialismo histórico dialético de Marx, Caio Prado realizou uma 
verdadeira revisão no curso histórico brasileiro, estabelecendo os pontos do período colonial 
que moldaram o Brasil contemporâneo. sso significa dizer que o Brasil contemporâneo era 
reflexo do Brasil Imperial e do Brasil Colonial. O período imperial também era reflexo do período 
anterior, ou seja, o colonial. Dessa forma, o que vivenciamos no momento presente é um reflexo de 
vários acontecimentos históricos passados, não num sentido progressista, mas num sentido 
material direcionado pelo acaso. 
f) FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
 Principal conceito: “Teoria da dependência”, que se propunha a tentar entender a reprodução do 
sistema capitalista de produção na periferia, enquanto um sistema que criava e ampliava 
diferenciações em termos políticos, econômicos e sociais entre países e regiões, de forma que a 
economia de alguns países era condicionada pelo desenvolvimento e expansão de outras. 
31. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
Artigo base: A Contribuição da Sociologia da Educação para a Compreensão da 
Educação Escolar (Tozoni-Reis) 
 
 A finalidade imediata da educação (muitas vezes não cumprida) é a de tornar possível um maior 
grau de consciência, ou seja, de conhecimento, compreensão da realidade da qual nós, seres 
humanos, somos parte e na qual atuamos teórica e praticamente. 
 O primeiro processo de socialização, primária, ocorre na família. É neste ambiente que a criança 
desde o seu nascimento aprende as primeiras lições de vida, a noção do certo e do errado, a se 
comportar, a reconhecer as pessoas, os valores da família. 
 No segundo processo, o secundário, que ocorre principalmente na escola, a criança começa a ter 
conhecimento do mundo que a envolve e a produção coletiva que forma a estrutura social do seu 
ambiente. 
 Assim, o processo educativo constrói, ao mesmo tempo, o ser humano como humano e a realidade 
na qual ele se objetiva como tal. Constrói, também, a humanidade do ponto de vista histórico e 
social. 
33. CAMPO DA SOCIOLOGIA 
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/materialismo-historico.htm
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/materialismo-historico.htm
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/materialismo-historico.htm
 
Se, em períodos históricos anteriores, a família foi a principal responsável pelo processo de 
formação dos sujeitos para a integração na sociedade, a modernidade – com suas profundas 
transformações – buscou uma nova instituição que se responsabilizasse pela formação humana 
para este novo modo de organização da vida social: a escola. 
34. DESCOBERTA DA INFÂNCIA 
 Na idade média, a infância se limitava ao período inicial da vida no qual a criança dependia do 
constante cuidado do adulto, mãe ou ama. 
 A escola é uma instituição da sociedade moderna, assim como a sua correlata: a infância, tal como 
a entendemos hoje. 
 A dilatação do período da infância foi correlata de uma transição da escola que durou do século XV 
ao século XVIII. 
 Na idade média, a escola era destinada a um pequeno número de clérigos de diferentes idades; 
 A abertura da escola aos demais manteve a mistura de diferentes idades e a exclusão das mulheres. 
Mais tarde, criou-se a separação dos estudantes por classes (o que constituiu a primeira subdivisão 
no interior da população escolar), mas o critério para formação das classes foi o grau de 
capacidade, não a idade. A criação das classes por idade ocorreu somente no século XVIII. 
35. A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA 
 
 
 
 Os estudos sobre o papel da escola, na sociedade moderna, apontam para o fato de que não existe 
uma função única, consensual, universal da escola; 
 A escola, nesse sentido, não é uma instituição social neutra, uma instituição educativa a serviço de 
todos, igualmente. A educação no interior da instituição social chamada escola, diz respeito aos 
valores, ideologias e intenções dos diferentes grupos sociais que disputam seu lugar na hierarquia 
social. 
 Assim, os estudos da sociologia da educação apontam para a ideia de que a educação escolarizada 
nestas sociedades tem, em geral, algumas funções: 
 Saviani define a função da escola como sendo a de “[...] uma instituição cujo papel consiste na 
socialização do saber sistematizado” (SAVIANI, 2005). Isso significa afirmar que a educação 
escolar tem como principal função promover a consciência dos educandos para a compreensão e 
transformação da realidade. 
Se a educação é uma exigência humana – individual e coletiva – e a escola foi, historicamente, a 
instituição social “escolhida” pela humanidade para cumprir esta tarefa, como podemos 
considerar a função específica da escola atualmente? 
 
 
(LUCKESI, 1990) 
36. REFLETINDO SOBRE AS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO 
 Visão: A instituição escolar é uma instituição que emerge desta sociedade, que está a serviço dos 
interesses contraditórios que definem a constituição da sociedade capitalistamoderna como 
sociedade desigual; 
 Isso significa dizer que a educação, como instituição social organicamente ligada a esta sociedade, 
contribui, no que diz respeito à formação dos sujeitos sociais, para reproduzir a contradição de 
classes inerente à sociedade capitalista moderna; 
 Dessa forma, a escola, em sua tarefa de formar os sujeitos sociais, não é neutra, mas exerce um 
papel político nesta formação, no sentido de seu comprometimento – do ponto de vista da 
reprodução ideológica – na formação dos sujeitos. 
 
37.1. Pierre Bourdieu 
 Bourdieu faz uma análise das desigualdades escolares e sua relação com a estrutura das 
desigualdades sociais, revela o que ele chama de VIOLÊNCIA SIMBÓLICA, ao mostrar como as 
desigualdades e dificuldades dos alunos podem ser compreendidas a partir da observação da 
estrutura social em que vivem e, o que é o mais importante, como a escola contribui para a 
reprodução destas desigualdades. 
Redentora
Seu objetivo é salvar a 
sociedade da situação 
em que se encontra
A marginalidade – é concebida como uma 
distorção que, pela educação, pode ser 
superada. E a educação escolarizada tem o 
papel social de garantir a construção de 
sociedades igualitárias, de corrigir essas 
distorções eventuais
Reprodutora
Objetiva 
“reproduzir” a 
sociedade na sua 
forma de 
organização
Transformadora
Busca mediar a busca de 
entendimento da vida e 
da sociedade
Consiste em uma proposta que parte 
do desafio de construir uma escola 
que esteja, não a serviço dos grupos 
dominantes da sociedade no que diz 
respeito à preservação dos privilégios, 
mas comprometida com a construção 
de uma sociedade mais justa e 
igualitária
Contrariando a ideia da escola enquanto espaço social democrático e
emancipador, a Sociologia bourdieusiana buscava mostrar que essa
instituição legitimava as práticas sociais das classes dominantes. Longe de
equiparar os escolares a escola reforçaria a desigualdade, uma vez que não
dava possibilidades reais para que o aluno transpusesse os diversos
obstáculos de ordem social e cultural (BRANDÃO, 2009, p. 101).
 
CRÍTICA
É provavelmente por um efeito de inércia cultural que continuamos tomando o sistema escolar como um
fator de mobilidade social, segundo a ideologia da ‘escola libertadora’, quando, ao contrário, tudo tende a
mostrar que ele é um dos fatores mais eficazes de conservação social, pois fornece a aparência de
legitimidade as desigualdades sociais, e sanciona a herança cultural e o dom social tratado como dom
natural.
 Obra: “A Escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura,” o sociólogo 
francês (1966), desenvolve um de seus principais conceitos teóricos, o capital cultural; através do 
qual explica o atraso “educacional” das classes populares; 
 
38. ESCOLA: DESIGUALDADE LEGÍTIMA? 
 
 
 
 
 
 
 
40. RENDA E CULTURA: ATRIBUTOS FAMILIAR 
 O capital cultural possui uma relação direta com os atributos familiares (cultura e 
renda), logo, com a rede sociocultural da qual a criança participa. 
 É perceptível que Bourdieu atribui um valor muito maior a família do que a escola. Ele conta que 
os filhos das classes populares com maior propensão a ingressar na faculdade têm famílias 
diferentes da média de sua categoria, seja por seu nível cultural global ou por seu tamanho. 
 Quer dizer que a transmissão cultural eficaz é a que não está separada da vida comum 
do aluno e que não se trata de uma tarefa específica que ele fará metodicamente, mas um eixo de 
relações culturais que participa de sua vida de maneira integral sem parecer forçosa. 
 
41. A ESCOLHA DO DESTINO E A QUESTÃO DO ETHOS FAMILIAR 
 
 As pesquisas de Bourdieu mostram que “a escolha da escola e das maneiras do ensino (técnico 
ou teórico) tem a ver com as lembranças das experiências direta e imediata pela estatística 
intuitiva das derrotas ou dos êxitos parciais das crianças de seu meio”. 
 
 O capital cultural e o ethos combinam-se na 
concorrência para definir as condutas 
escolares que excluirão os alunos das 
classes populares. A questão da 
desesperança e do ethos aparece de modo 
paradoxal para as crianças pobres, pois se 
espera que compensem suas carências de 
capital cultural através de um desempenho 
melhor que aqueles que possuem melhores 
condições econômicas e culturais. 
 
 
 
 
 
 
 
42. COMO A ESCOLA CUMPRE A FUNÇÃO DE 
CONSERVAR AS DESIGUALDADES SOCIAIS? 
 Na escola há um tratamento igual (baseado no 
modelo da cultura formal das classes superiores) 
que reproduz as desigualdades já existentes tanto 
nas condições simbólicas (como a linguagem) 
quanto nas condições materiais (econômicas). 
 
 
43. VIOLÊNCIA SIMBÓLICA 
 
 Desigualdades sociais incorporadas na escola: A violência simbólica. 
 A reprodução das estruturas econômicas e sociais na escola e, consequentemente a exclusão 
dos alunos menos favorecidos promove a violência simbólica, na medida em que as 
dificuldades dos alunos são vistas como naturais e inerentes às suas capacidades individuais, 
quando na prática devem ser compreendidas analisando a exclusão que a própria sociedade 
impõe. 
 O termo violência simbólica, na visão de Bourdieu (1998), consiste em uma ação arbitrária 
imposta por um grupo de poder dominante e imposto a todos como algo natural. 
 Agir de acordo com os interesses da classe dominante é o jogo de poder do qual fala Bourdieu, 
referindo-se ao poder simbólico que, na prática produz o que se viu acima, a violência 
simbólica. 
 Na perspectiva de Bourdieu, os problemas educacionais não podem ser resolvidos sem antes 
resolver os problemas sociais para garantir condições de igualdade de oportunidades 
44. BOURDIEU E A EDUCAÇÃO 
 Uma contribuição importante de Bourdieu foi a noção de que o chamado fracasso escolar não é 
um resultado que depende exclusivamente do aluno, pois a escola não é um ambiente neutro. 
45. CAPITAL CULTURAL 
 
 
 
O Capital Cultural é a tradução de toda experiência intelectual e cultural que o
indivíduo adquire por meio das relações de socialização, sejam socialização primária,
no contexto familiar, ou secundária, em outros ambientes de convivência.
O pertencimento a um determinado grupo é constituído a partir do capital cultural 
que cada indivíduo traz consigo. Quando mais capital cultural é assimilado maior é o 
poder e a visibilidade.
 
46. A SOCIOLOGIA NA ESCOLA 
 A grande contribuição da Sociologia da Educação de Pierre Bourdieu foi, sem dúvida, a de ter 
fornecido as bases para um rompimento frontal com a ideologia do dom e com a noção 
moralmente carregada de mérito pessoal. 
 EDUCAÇÃO TRANSFORMADORA: Seu ponto de partida tem caráter fortemente crítico, é a 
constatação de que a escola não transforma diretamente a sociedade, mas instrumentaliza os 
sujeitos que, na prática social, realizam o movimento de transformação. Em uma perspectiva 
crítica, que concebe a educação como um processo de instrumentalização dos sujeitos para a 
prática social transformadora. 
47. PAULO FREIRE: A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO EDUCACIONAL 
BRASILEIRO. 
 Paulo Régis Neves Freire, educador pernambucano, nasceu em 19/9/1921 na cidade do 
Recife. Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no 
quintal da casa da família. 
 Sua principal obra, Pedagogia do Oprimido, foi lançada em 1969. Nela, Paulo Freire detalha 
seu método de alfabetização de adultos 
 Atualidade de Freire está em colocar o ser humano, aquele que por muito tempo esteve 
invisível diante da cultura dominante, como uma categoria central da sua pedagogia. 
 Para Freire, a escola ensina muito mais que conteúdos, ensina uma forma de ver o mundo. 
Neste sentido, o que ensinar não poder estar desvinculado de outras questões que precisam ser 
feitas no ato de educar: quem educa? Por que educa? O que ensina? Como ensina? A quem 
serve, contra quem e a favor de quem? 
 Paulo Freire se aproxima de Bourdieu na medida em que os doisestão interessados em 
denunciar as relações de classe presente na escola e consequentemente, as desigualdades 
sociais. 
 Para Freire a organização do conhecimento na escola não passa pelo viés dos conteúdos, mas 
pelas relações que se possam estabelecer no entorno do ato educativo; a vida cotidiana da 
escola como um todo diz respeito ao ato educativo. 
 Freire aponta para a noção do conhecimento como uma 
construção teórico/prática, sendo imprescindível a 
participação, a dialogicidade no processo de elaboração 
curricular. 
 O pensamento de Paulo Freire pode ajudar a escola a 
contribuir na construção de outras subjetividades, 
inconformistas, que pervertam os sentidos impostos pelo 
capitalismo sob a ótica de valorar a tudo por sua 
qualidade de troca; 
 Freire compartilhou com Giroux a perspectiva de uma 
pedagogia radical, libertadora. 
 Em seu livro A pedagogia da autonomia, Freire (2002), 
pontua uma questão: “Ensinar exige respeito aos 
saberes do educando”. 
49. ESCOLA: UM AMBIENTE POLÍTICO 
 Para Paulo Freire, uma educação que tenha como viés a conscientização dos educandos-
educadores, o engajamento político, a denúncia das estruturas desumanizantes por parte dos 
oprimidos e a valorização de uma ética universal do ser humano que em seu bojo está a serviço 
 
do status quo vigente, são características indispensáveis para se ousar tal transformação, ou 
nas palavras de Paulo Freire ousar ser mais. 
 Contudo, tais saberes, bem tipicamente freiriano, devem ser concebidos na prática. A prática 
produz um sujeito autônomo que se convence que ensinar não é transferir conhecimentos mas 
criar possibilidades para a sua construção. 
 
50. ENSINAR É TRANSFORMAR 
 O processo de humanização das pessoas através da estrutura educacional perpassa pela 
conquista da conscientização dos alunos, através do qual estes envolvidos em um processo de 
alfabetização política como possibilidade de leitura de sua realidade tomam como base a sua 
experiência para o entendimento da sociedade e o domínio da palavra como instrumento de 
poder. 
51. A SOCIEDADE NA VISÃO DE FREIRE 
 A escola, para exercer sua função transformadora no sentido de contribuir para a 
democratização da sociedade, não pode abrir mão de sua responsabilidade específica que é a 
de garantir que os sujeitos sociais se apropriem – de forma crítica e reflexiva – do saber 
elaborado pela cultura a qual pertencem. 
 
 A escola pública é a maior expressão da escola com instituição social, aquela que tem sua 
origem na modernidade, exigência do modo de produção capitalista moderno industrial. 
 
 No Brasil, podemos considerar como marco 
histórico do surgimento da escola pública o 
Manifesto dos Pioneiros Pela Educação Nova 
por seu conteúdo escolanovista. Sua proposta 
estava plenamente integrada ao contexto social, 
político e econômico da consolidação do 
capitalismo industrial no Brasil, cujo papel da 
escola estava voltado para a formação dos 
sujeitos sociais para esse desenvolvimento 
 A escola para todos - pública - defendida no 
Manifesto em contraponto à escola da Reforma 
Francisco Campos, era a escola única 
(significando igualdade de oportunidades), laica (livre de doutrinas), gratuita (sob a total 
responsabilidade do Estado), obrigatória (até 18 anos) e para ambos os sexos. 
52. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA PARA OS PIONEIROS DA ESCOLA NOVA 
 
 Saviani (2007) faz uma cuidadosa análise do Manifesto dos pioneiros considerando-o 
heterogêneo e contraditório, pois expressa princípios elitistas e, ao mesmo tempo, 
princípios igualitaristas. 
 Como documento doutrinário da Escola Nova, o Manifesto traz uma proposta de política 
educacional em defesa da escola pública e de um sistema nacional de educação pública. 
No entanto, podemos encontrar nele a marca da dualidade: a escola teria função 
homogeneizadora dos indivíduos nos níveis primários e secundários de ensino e função 
diferenciadora no nível superior (universitário). 
 Todos estes embates ocorreram, como você já sabe, no início dos anos trinta do século 
XX, e durante o Estado Novo (de 1937 a 1945) acirraram-se ainda mais, pois a Reforma 
Capanema regulamentou um sistema de ensino centralista, burocratizado, dualista 
(diferenciando fortemente o ensino secundário do profissional) e corporativista (criando 
no ensino profissional o ensino industrial, agrícola e comercial, além do curso normal 
para formação de professores). 
 Com o fim do Estado Novo em 1945, as discussões em torno da Constituição de 1946 
trouxeram de volta os Pioneiros e, com eles, as forças hegemônicas na comissão para 
elaboração da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1961. 
 Em defesa da escola pública estavam três principais correntes do pensamento 
pedagógico brasileiro segundo Saviani (2007): liberal-idealista, liberal-pragmatista e 
socialista. 
 A primeira LDB, a Lei n° 4024/61 – LDBEN – definiu a construção do Plano Nacional de 
educação em 1962. 
 Com a LDB, de 1961 e a criação do Plano Nacional de Educação em 1962, o investimento 
financeiro na educação subiu para 12% dos recursos da União, a política educacional a 
esse investimento articulada pretendeu enfrentar o grave problema do analfabetismo, da 
evasão escolar e do afunilamento do sistema de ensino. A estrutura criada foi a do ensino 
primário, ensino médio (ginasial e colegial) e ensino superior. Propunha também a 
valorização da formação de professores, a implantação do tempo integral nas 5a e 6a 
séries (artes industriais). 
 
53. ENTENDENDO A POLÍTICA DA 
EDUCAÇÃO 
 Os movimentos sociais populares do 
início dos anos sessenta trouxeram 
importantes discussões acerca da 
organização do ensino e dos processos 
educativos. As defesas da cultura 
popular e a da educação popular foram 
compreendidas como formas de garantir 
o processo de conscientização 
necessário para a organização igualitária 
da sociedade brasileira. 
 
54. PARA ENTENDER A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL 
 Marcado pela contradição entre ideologia e economia, o período anterior ao golpe militar 
organizava-se sob a ideologia do nacionalismo desenvolvimentista e desnacionalização da 
economia. 
 
 Durante a Ditadura Militar, a escola pública expandiu-se. O governo autoritário, então, 
equacionou essa aparente contradição pela expansão controlada, isto é, expandiu a rede pública 
de ensino, criando um mecanismo interno de controle. 
 A década de oitenta, com o fim da Ditadura Militar, foi um período muito fecundo nas discussões 
sobre a educação e a organização do ensino, em especial, sobre a escola pública na perspectiva 
crítica e transformadora. 
 Podemos afirmar que a política oficial centrava-se na expansão do ensino e as forças contra-
hegemônicas apontavam duas correntes distintas: 1) A renovação dos processos de ensino 
propostos pela educação libertadora, principalmente no que diz respeito ao processo de 
conscientização dos sujeitos educandos e, 2) A valorização da educação escolar das tendências 
marxistas em defesa da escola pública. 
 A Constituição Federal organizou o sistema de ensino no Capítulo da Educação expressando 
algumas vitórias e muitas derrotas nas teses defendidas pela mobilização em defesa da escola 
pública. O Fórum em Defesa da Escola Pública na Constituinte atuou vigorosamente na 
elaboração deste capítulo da educação e seguiu mobilizado na difícil elaboração da LDB. 
 A nova LDB, instrumento político da organização da educação no Brasil, traz a marca do 
neoprodutivismo (SAVIANI, 2007), ou seja, a renovação neoliberal da teoria do capital 
humano. Essa abordagem fez com que a LDB aprovada (cuja organização popular sofreu um 
grande golpe no final de sua elaboração) se tornasse um instrumento para a política 
educacional marcada pela inclusão-excludente. 
 
56. E COMO FICA A FORMAÇÃO? 
 
 Isso significa dizer que a escola, como instituição social, tem o papel de garantir aos sujeitoscom oportunidades contraditoriamente desiguais a apropriação de conhecimentos, a 
formação de valores sociais e culturais, a preparação para o mundo do trabalho e para o 
desenvolvimento da prática social. 
 Assegurar escolas que facultem o acesso a todas as crianças, jovens e adultos, bem como sua 
permanência em igualdade de circunstâncias, independentemente das suas condições 
históricas, econômicas, políticas e sociais. 
 Nesse sentido, a escola pública no Brasil, orientada pelas políticas neoliberais, está voltada 
mais para responder aos interesses dos grandes grupos políticos e economicamente 
hegemônicos do que aos interesses de formação plena do conjunto da população. 
 Os indicadores referentes à consolidação do ingresso da população na escola, encobrem os 
índices de abandono e fracasso. 
AVALIAÇÃO: Essa manipulação advém do objetivo de realizar uma avaliação 
essencialmente estatística. Com essa avaliação, posterga-se a urgente necessidade de alcançar 
níveis de aprendizagem e formação mais consistentes que garantam aos estudantes os 
instrumentos indispensáveis ao exercício de uma cidadania ativa. 
FORMAÇÃO DOCENTE 
 Lombardi, Saviani e Nascimento (2005) identificou na trajetória histórica da consolidação da 
escola pública no Brasil três projetos de desenvolvimento da sociedade brasileira em disputa 
nos dias atuais: 
1. O projeto liberal (ou neoliberal), em sua versão mais contemporânea, o neoliberalismo – 
atravessou praticamente todo o século XX como hegemônico, com poucos períodos de 
interrupção, derrubando e assimilando teses do projeto mais conservador. 
2. O projeto do “desenvolvimentismo conservador”, 
3. O projeto do “desenvolvimento popular” - cresceu no final da ditadura e consolidou-se no 
início dos anos 1980. A alternativa ao projeto neoliberal – o projeto de desenvolvimento 
econômico nacional e popular –, ao chegar ao poder pela expressiva votação do atual 
Presidente Lula, agiu de forma radicalmente diferente daquilo que vinha buscando. Isso 
significa que aprofundou ainda mais o ajuste neoliberal da economia globalizada, 
consolidando uma perspectiva flexibilizadora da responsabilidade do Estado em relação 
 
às políticas públicas, mesmo se considerarmos as contradições – cada vez menores – que 
existem nos espaços de gestão das políticas públicas deste governo. 
59. RETRATO DA EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE BRASILEIRA. 
 De direito social de todos, a educação é compreendida pela ideologia dominante – im-
pregnada pela doutrina econômica neoliberal e construída pela lógica do neoprodutivismo na 
educação – como um serviço a ser prestado e adquirido no mercado. 
 Compreendida a educação básica – e o ensino – não como direito social, mas como 
“mercadoria” a ser “adquirida” no mercado, a qualidade de ensino é um “valor agregado” à 
escola privada, tornando-a mais atrativa para aqueles que podem comprar seu produto 
 No que diz respeito à escola pública, vejamos como os professores, de mediadores no 
processo de apropriação de conhecimentos sistematizados da cultura elaborada, assumem, 
na lógica hegemônica da organização da sociedade, o papel de prestadores de serviço. 
 Identificados os protagonistas, reconhecemos sua inserção de classes e interesses 
econômicos, políticos e sociais que os move. Outra dimensão importante da flexibilização da 
educação como direito de todos, identificada por Lombardi, Saviani e Nascimento (2005), diz 
respeito à “privatização do pensamento pedagógico”. Saviani (2007) analisou essa 
privatização do pensamento pedagógico, identificando quatro categorias (provisórias). 
1) O neoprodutivismo, fundamentado na teoria do capital humano, busca organizar o ensino 
a partir da necessidade de formação humana para as novas formas de produção, também 
flexibilizadas. Isso significa que a formação escolar pretendida refere-se às capacidades e 
competências presentes e expressas nos documentos que traçam parâmetros e diretrizes 
curriculares para a educação básica. 
2) O Neoescolanovismo, isto é, o “aprender a aprender” que, agora também, é “formação 
permanente” dos sujeitos educandos. 
3) O neoconstrutivismo, expresso particularmente pela teoria do professor reflexivo: os 
saberes docentes centrados na experiência cotidiana. A reflexão aqui, cujos fundamentos 
estão na pedagogia das competências, nos comportamentos flexíveis e na 
responsabilidade individual, diz respeito à compreensão pragmática da experiência 
docente. 
4) O tecnicismo. Se na década de setenta, seus princípios eram de racionalidade, eficiência e 
produtividade sob o controle direto do Estado, agora, ele aparece sob o controle do 
mercado, da responsabilidade da iniciativa privada e das organizações não-
governamentais, reduzindo os investimentos públicos pelas parceiras público-privadas 
 
61. PARA FINALIZAR 
 As críticas a essa forma de organização das relações sociais veem na escola, em especial na 
escola pública, o papel de problematizar esse mesmo mundo atual, seus conteúdos e valores 
constituintes, visando questioná-lo e transformá-lo de forma a contribuir para a construção 
de uma sociedade mais justa, mais democrática, mais igualitária. 
 Em síntese, a escola, articulando o novo com a tradição, será efetivamente pública se for 
capaz de trazer para seu interior a responsabilidade de formação plena dos sujeitos, o que 
significa garantir a apropriação crítica do conjunto da produção humana. 
 Portanto, trata-se da necessidade da escola pública de assumir sua tarefa, histórica e política, 
de equalização da sociedade, de superação da desigualdade social, de realização de seu 
caráter público no sentido amplo e complexo de instituição pública de educação.

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