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Parasitoses intestinais (Pediatria)

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1 PEDIATRIA | AULA 03 | B1 
 
PROTOZOÁRIO produz CISTO! 
HELMINTOS produz OVO! 
 
I. PARASITOSES DE CICLO PULMONAR 
 
 
 
 Agente etiológico: Ascaris lumbricoides; 
 Local da infecção: intestino delgado; 
 Apresenta o Ciclo de Loss (visto em todas as 
parasitoses de ciclo pulmonar); 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 A transmissão se dá pela ingestão do ovo 
com larva madura; 
 O ovo eclode no intestino delgado, libera a 
larva, que no ceco atravessa a mucosa e por 
via linfática ou venosa passa pelo fígado, 
atinge o coração e, por fim, se aloja nos 
alvéolos pulmonares; 
 Sofre evoluções larvárias, ascende pelas vias 
aéreas até a faringe, é deglutida e vai se 
alojar no lúmen do intestino delgado. 
 Período de migração da larva: 2 semanas. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 PELA LARVA 
 Pulmão 
o Pneumonia larvária, com febre, 
tosse, expectoração, dispneia, 
eosinofilia periférica moderada ou 
intensa (Síndrome de Loeffler). 
o Alterações radiológicas 
migratórias – intensa migração das 
larvas. 
 PELO VERME 
 Migratória 
o Apendicite, por invasão do 
apêndice cecal; 
o Pancreatite; 
o Colestase e colangite, por 
obstrução da árvore biliar. 
 Espoliativa 
o Consumo de grande parte dos 
macro e micronutrientes ingeridos 
pela criança  desnutrição 
proteico-energética, baixa 
estatura, desenvolvimento 
comprometido. 
 Ação mecânica 
o Sub-oclusão ou oclusão intestinal 
causada pelo enovelamento de 
grande número de parasitas que 
acabam por obstruir o lúmen do 
intestino delgado; 
o O local mais comum para a 
obstrução: válvula ileocecal – é a 
região de menor diâmetro. 
o Palpa-se massa cilíndrica na região 
periumbilical ou próximo aos 
flancos. 
 
o SINTOMATOLOGIA 
 Cólicas; 
 Distensão e dor abdominal; 
 Anorexia; 
 Vômitos biliosos; 
 Desidratação; 
 Às vezes diarreia no início do 
quadro. 
 
o Radiografia de abdome pode 
apresentar: 
 Níveis hidroaéreos; 
 Sinais de perfuração 
intestinal; 
 Sombra radio-lúcida na forma 
de aparência de “feixe de 
 
2 PEDIATRIA | AULA 03 | B1 
charuto” ou “efeito de 
redemoinho”. 
 Contraste da massa 
de vermes contra o 
ar intestinal. 
 
DIAGNÓSTICO 
 Exame parasitológico de fezes (ovos); 
 Visualização do verme adulto diretamente 
nas fezes, boca ou nariz. 
 Hemograma: Eosinofilia. 
 
TRATAMENTO 
 ALBENDAZOL 
o É absorvido de forma sistêmica  
distribuído pelos tecidos humanos; 
o Vermicida, larvicida e ovicida; 
o > 2 anos faz uso da dose padrão; 
o < 2 anos faz uso de dose pela metade: 
200 mg. 
 
 MEBENDAZOL 
o Não é absorvido pelo intestino; 
o Vermicida e ovicida; 
o > 1 ano de idade. 
 
 Ambos inibem a captação de glicose pelo 
verme. 
 
 
 
 
 OBSTRUÇÃO INTESTINAL 
o Dieta zero; 
o Aspiração nasogástrica por 48 a 72 
horas, para a descompressão; 
o Óleo mineral – 15 a 30 mL a cada 2 
horas; 
 Crianças abaixo de 2 anos não 
pode usar óleo mineral pela 
boca devido broncoaspiração; 
faz pela sonda; 
 Serve para desenovelar o bolo 
de áscaris. 
o Não usar medicação ascaricida; 
o Avaliação da cirurgia pediátrica. 
 
 
 
 Agentes etiológicos: Necator americanus 
(mais comum encontrado no Brasil) e 
Ancylostoma duodenale; 
o “Amarelão”. 
 Local da infecção: duodeno e jejuno; 
 Fixam-se pela cápsula bucal 
o O verme adulto ocasiona a perda 
diária de sangue por sugar através da 
mucosa intestinal, além das lesões 
provocadas pela sua migração. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 Os ovos eliminados com as fezes 
contaminam o solo, sofrem evoluções até 
chegar na forma de larva filarioide L3 
(infectante); 
 Consegue penetrar na pele do hospedeiro e 
por via linfática ou venosa é transportada até 
os pulmões; 
 Na evolução sobe dos alvéolos até ser 
deglutida; 
 No intestino se origina o verme adulto; 
 Pode haver infestação direta, sem ciclo 
pulmonar, a partir da ingestão da larva L3. 
 
 
 
1ª linha 
o ALB 
 400 mg, VO, DOSE ÚNICA. 
o MEB 
 100 mg, 1x/dia, por 3 dias. 
2ª linha 
o NITAZOXANIDA 
 2x/dia por 3 dias. 
o IVERMECTINA 
 6 mg/30Kg. 
 Não existe segurança 
estabelecida em < 15Kg. 
o PAMOATO DE PIRANTEL 
 
 
3 PEDIATRIA | AULA 03 | B1 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 PELE 
 Dermatite pruriginosa (larvária). 
o Prurido, eritema, edema, erupção 
papulovesicular durante até duas 
semanas; 
 RESPIRATÓRIO 
 Pneumonia larvária ou Síndrome de Loeffer. 
o Menos intensa do que na infecção 
por áscaris; 
 DIGESTÓRIO 
 Parasitismo intestinal 
o Fase aguda 
 Manifestações 
inespecíficas: dor 
epigástrica, náuseas, 
vômitos, anorexia, diarreia. 
o Fase crônica 
 Anemia hipocrômica e 
microcítica; 
 Hipoproteinemia e edema 
por enteropatia perdedora 
de proteínas. 
 
DIAGNÓSTICO 
 EPF  ovos; 
 Hemograma 
o Anemia; 
o Eosinofilia. 
 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 Agente etiológico: Strongyloides stercoralis; 
 Doença grave em imunossuprimidos; 
 Local da infecção: criptas da mucosa 
intestinal. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 Na primo-infecção, as larvas presentes no 
solo penetram o homem através da pele e 
depois migram para o ciclo pulmonar igual 
aos ancilostomídeos. 
 Na autoinfecção, os ovos provenientes das 
fêmeas habitantes do intestino eclodem e 
rapidamente as larvas evoluem até a forma 
infectante e, antes de serem excretadas com 
as fezes, penetram a mucosa no íleo, nos 
cólons ou penetram a pele na região perianal; 
 Por via linfática ou venosa atingem o coração 
e pulmão para fazer o ciclo pulmonar; 
 As larvas deglutidas vão se tornar fêmeas 
adultas no duodeno e jejuno, onde se alojam 
no interior das criptas da mucosa. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 PELE 
 Dermatite larvária 
 RESPIRATÓRIO 
 Pneumonia larvária ou Síndrome de Loeffler 
(tosse, espasmo nos brônquios e infiltrado 
migratório). 
 DIGESTÓRIO 
 Diarreia, dor abdominal alta (Síndrome 
pseudo-ulcerosa), náuseas e vômitos. 
o Promove uma síndrome de má 
absorção devida a agressões 
provocadas na mucosa intestinal. 
 
 Disseminação linfo-hematogênica (pacientes 
imunossuprimidos). 
o A larva filarioide quando migram para 
outros órgãos pode desenvolver uma 
bacteremia, pois carregam consigo as 
enterobactérias intestinais; 
1ª linha 
o ALB 
 400 mg, VO, DOSE ÚNICA. 
o MEB 
 100 mg, 1x/dia, por 3 dias. 
2ª linha 
o NITAZOXANIDA 
 2x/dia por 3 dias. 
o PAMOATO DE PIRANTEL 
 
 
4 PEDIATRIA | AULA 03 | B1 
 Sintomas respiratórios, 
intestinais, sepse ou meningite 
por coliformes fecais; 
o Forma grave e de alta mortalidade. 
 
 Quando for utilizar medicações 
imunossupressoras, o ideal é tratar 
estrongiloide empiricamente. 
 
DIAGNÓSTICO 
 Padrão ouro  EPF seriado até 7 amostras 
(sensibilidade de 100%); 
o Porém, não é tão solicitado. 
 Cultura da larvas  método de Baermann-
Morais e Rugai; 
 Biópsia duodeno  parasita nas criptas do 
duodeno. 
 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 Agente etiológico: Enterobíase 
vermiculares; 
 Local de infecção: ceco e reto. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 A fêmea fecundada migra para a região 
anal, onde faz a postura; 
 Sua presença nesta região causa intenso 
prurido, o que favorece a transmissão 
direta do ânus para a boca, principalmente 
em crianças. 
 A transmissão indireta ocorre com a 
inalação dos ovos presentes na poeira e 
utensílios domésticos; 
 Os ovos ingeridos liberam as larvas no 
intestino e estas se fixam no ceco; 
 Retroinfecção: migração das larvas da 
região perianal para o cólon. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Prurido anal noturno; 
o Processo irritativo – inflamatório 
com ulcerações e pequenas 
hemorragias; 
o Traumatismo local devido ao 
prurido; 
 Dor em quadrante inferior direito; 
 Vulvovaginite. 
 
DIAGNÓSTICO 
 Método da fita adesiva transparente ou 
Graham ou fita gomada  coletar ovos 
presentes na região do ânus. 
o Faz durante três manhãs 
consecutivas logo após acordar. 
 
 Ovos e vermesescassos nas fezes. 
 
 
 
 
 
1ª linha 
o IVERMECTINA 
 6 mg/30 Kg por 2 dias; 
 Não existe segurança 
estabelecida em < 15 Kg. 
2ª linha 
o ALB 
 400 mg, VO, 2x/dia por 10-
14 dias. 
o NITAXOZANIDA 
 2x/dia por 3 dias 
o TIABENDAZOL 
 Recomendado uso em > 5 
anos. 
 
Síndrome de hiperinfecção ou 
estrongiloidíase disseminada 
o IVERMECTINA 
 200 mg/kg, VO, por 2 
semanas ou até exames 
de fezes e/ou 
expectoração negativos. 
 
 
5 PEDIATRIA | AULA 03 | B1 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 Agente etiológico: Trichuris trichiura; 
 Local da infecção: intestino grosso, 
principalmente o ceco. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 O homem ingere os ovos, que sofrem ação 
de sucos digestivos e liberam as larvas; 
 Estas sofrem mudas e tornam-se vermes 
adultos e iniciam a oviposição. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Extremidade anterior fixa-se na mucosa 
intestinal e muda de lugar diariamente, 
causando erosões e ulcerações múltiplas; 
 Geralmente é assintomática ou com 
sintomas leves; 
 Trichiuríase maciça  dor, cólicas, tenesmo, 
diarreia muco-sanguinolenta. 
 Prolapso retal. 
DIAGNÓSTICO 
 EPF – ovo em forma de bandeja; 
 Hemograma 
o Anemia e eosinofilia discreta. 
 Trichiuríase maciça 
o O exame da mucosa retal por 
proctoscopia ou colonoscopia (ou 
diretamente no caso de prolapsos) 
permite visualizar inúmeros vermes 
adultos fixados à mucosa 
hiperemiada e friável, que sagra 
facilmente ao toque. 
 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 Agentes etiológicos: T. solium e T. saginata; 
 T. solium são parasitas grandes – 4 a 10 
metros. 
 Local da infecção: o verme fixa-se na 
mucosa do duodeno e jejuno através das 
ventosas do escólex (cabeça). 
 
 
1ª linha 
o ALB 
 400 mg, VO, DOSE ÚNICA. 
 Repetir em 2 semanas. 
o MEB 
 100 mg, 1x/dia por 3 dias. 
 Repetir em 2 semanas. 
2ª linha 
o NITAZOXANIDA 
 12/12 horas por 3 dias. 
o PAMOATO DE PIRANTEL 
 
 Repetir tratamento com 2 semanas; 
 Tratar todos os indivíduos da mesma 
residência; 
 Lavar roupas pessoais e de cama com 
água quente ou passar ferro quente; 
 As infecções repetidas devem ser tratadas 
com a mesma medicação usada na 1ª. 
1ª linha 
o ALB 
 400 mg, 1x/dia, por 3-7 
dias. 
o MEB 
 100 mg, 1x/dia por 3-7 
dias. 
2ª linha 
o IVERMECTINA 
 Durante 3 dias; 
 Sinergismo com ALB. 
o NITAZOXANIDA 
 2x/dia por 3 dias. 
 
 TRICHIURÍASE MACIÇA  precisa ser 
realizado três vezes, com intervalos 
de 15 dias. 
 
6 PEDIATRIA | AULA 03 | B1 
CICLO BIOLÓGICO 
 A tênia é hermafrodita e em geral vive 
solitária no intestino humano; 
 Os anéis ou proglotes distais são maduros e 
contém os ovos; então, eles se desprendem 
e há sua eliminação; 
 Os ovos contaminam o ambiente e após 
serem ingeridos pelos animais hospedeiros 
intermediários migram até o tecido 
conjuntivo dos músculos, onde formam os 
cisticercos; 
 A ingestão da carne crua ou 
insuficientemente cozida contendo os 
cisticercos determina a contaminação; 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 TENÍASE 
 Sintomas abdominais inespecíficos; 
 Prurido anal (proglotes no ânus). 
 
 NEUROCISTICERCOSE 
 T. solium 
o Deficiência visual, loucura 
epilepsia, entre outras. 
 
DIAGNÓSTICO 
 TENÍASE 
 Proglotes grávidas nas fezes. 
o Tamisação das fezes; 
o Fita gomada. 
o Escólex. 
 
 NEUROCISTICERCOSE 
 Tomografia; 
 RNM. 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
TENÍASE 
 
 
NEUROCISTICERCOSE 
 
 
 
 
 Entamoeba histolytica 
o Única patogênica e invasiva; 
o Predomina na região norte. 
 Entamoeba díspar 
o Baixa virulência e não invasiva; 
o 90% dos casos de amebíase; 
o Predomina na região nordeste. 
 
CICLO BIOLÓGICO 
 A contaminação se dá pela ingestão dos 
cistos maduras; 
 O desencistamento ocorre pouco antes de 
alcançar o intestino grosso; 
 Os cistos se multiplicam até se transformar 
em trofozoítos; 
o Nos tecidos eles são hematófagos. 
1ª linha 
o PRAZINQUANTEL 
 Dose única. 
2ª linha 
o NITAZOXANIDA 
 2x/dia por 3 dias. 
o NICLOSAMIDA 
 Dose única. 
1ª linha 
o ALB 
 400 mg, 2x/dia por 2-4 
semanas. 
 Uso de corticóide pode 
reduzir o risco de 
convulsão. 
2ª linha 
o PRAZINQUANTEL 
 1x/dia por 15 dias. 
 
7 PEDIATRIA | AULA 03 | B1 
 Quando o equilíbrio parasito-hospedeiro é 
rompido, os trofozoítos invadem a mucosa 
dos cólons e formam úlceras; 
o Anaeróbico; no cólon se alimentam de 
dendritos e bactérias. 
 Pela circulação porta podem invadir outros 
órgãos, como fígado, pulmão, pele e cérebro; 
o Extra intestinal  provoca abcessos 
hepáticos. 
 Febre alta, distensão 
abdominal, irritabilidade, 
queda do estado geral, 
hepatomegalia dolorosa. 
 Podem sofrer encistamento e serem 
eliminados pelas fezes. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Colite não disentérica 
o Cólicas abdominais, períodos de 
diarreia com fezes líquidas sem 
sangue. 
 Colite disentérica (disenteria amebiana) 
o Febre, cólicas abdominais e tenesmo, 
com mais de 10 evacuações por dia; 
o Fezes muco-sanguinolentas; 
o Inflamação e ulceração de mucosa. 
 Podem ocorrer distúrbios 
hidroeletrolíticos e desnutrição 
proteico-energética. 
 Colite necrosante 
o A invasão do protozoário se estende 
para as camadas mais profundas da 
parede do cólon. 
 
DIAGNÓSTICO 
 EPF 
o Pesquisa de trofozoítos e cistos  
diagnóstico definitivo. 
o Não diferencia a E. histolytica de 
cepas não patogênicas. 
 Teste imunoenzimático (ELISA) para 
pesquisa de antígenos de E. hitolytica nas 
fezes. 
o Diferencia E. histolytica de E. díspar. 
o Sensibilidade (97%) e especificidade 
(99%). 
 
TRATAMENTO 
 Tratar todos os pacientes com E. histolytica, 
mesmo assintomáticos. 
o Possibilidade de causar infecção 
invasiva. 
 
 
 
 Metronidazol não é eficaz contra os cistos. 
 
 
 
 Agente etiológico: Giardia lamblia e Giardia 
duodenalis. 
 Pré-escolares e escolares; 
 Distribuição cosmopolíticas: famílias de 
média e alta renda; 
 Dissemina-se rapidamente em abrigos ou 
creches. 
 Local da infecção: partes altas do intestino 
delgado. 
 
 
 
 
 Local sem teste para diagnosticar 
espécies patogênicas das não 
patogênicas 
o Assintomático com excreção de 
cistos. 
 Amebicida intra-luminal 
 TECLOSAN ou 
ETOFAMIDA. 
o Paciente sintomático 
 Amebicida intra-luminal + 
amebicida tissular. 
 METRONIDAZOL 
por 10 dias. 
 TINIDAZOL ou 
SECNIDAZOL, dose 
única. 
 
8 PEDIATRIA | AULA 03 | B1 
CICLO BIOLÓGICO 
 Os cistos são ingeridos e transformam-se em 
trofozoítos no duodeno, onde se multiplicam 
rapidamente e se fixam à mucosa pelo disco 
suctorial. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Formas assintomáticas 
o São as mais comuns. 
 Giardíase aguda 
o Diarreia aguda com fezes líquidas, 
explosivas e féticas, com muco e sem 
sangue; 
o Dor abdominal, desconforto e 
flatulência; 
o Autolimitada (2-4 semanas) – sistema 
imune controla a infecção. 
 Diarreia persistente ou intermitente 
o Esteatorreia, seguindo ou não má 
absorção, semelhante à doença 
celíaca. 
 
 Grande quantidade de vermes pode 
promover um atapetamento da mucosa 
duodenal com a formação de barreira 
física; 
 Atrofia vilositária associada a infiltrado 
inflamatório e hipertrofia de criptas; 
o Como consequência desses 
mecanismos, a criança desenvolve 
má absorção de açúcares, 
gorduras, vitaminas A, D, E, K, B12, 
ácido fólico e ferro, entre outros 
nutrientes. 
 Imunodeprimidos: invasão da mucosa. 
 
DIAGNÓSTICO 
 EPF 
o Mais usado. 
o Identificação microscópica de 
trofozoítos ou cistos nas fezes. 
o Baixa sensibilidade. 
 Teste Elisa ou imunofluorescência 
o Detecção de antígenos nas fezes. 
 
TRATAMENTO 
 Não se recomenda tratamento em 
assintomáticos, exceto se no domicílio existir 
pessoas: 
o Hipogamaglobulinemia; 
o Fibrose cística; 
o Outras imunodeficiências. 
 
 
 
ESTRATÉGIAS DE COMBATE E 
TRATAMENTO DAS PARASITOSES 
INTESTINAIS Helmintíases transmitidas pelo solo (HIS) 
 Ascaridíase, Tricuríase e Ancilostomíase; 
o Preocupação de saúde pública 
mundial; 
o Prevalentes em áreas tropicais e 
subtropicais; 
o Relacionada a falta de saneamento 
básico e vinculado à pobreza; 
o Brasil: tendência ao declínio. 
 
 Administração periódica de anti-
helmínticos em grupos de pessoas 
(OMS). 
o Pré-escolares e escolares; 
o Mulheres em idade reprodutiva; 
o Adulto em ocupação de risco. 
 
 Não recomenda o rastreio individual 
o O custo é 4x maior que o 
tratamento em si. 
 
 
 
 Medicações para tratamento 
o METRONIDAZOL 
 5-7 dias. 
o ALB 
 400 mg/dia por 5 dias. 
o TINIDAZOL 
 Dose única. 
o NITAZOXANIDA 
 > 1 anos: 2x/dia por 3 dias. 
 
9 PEDIATRIA | AULA 03 | B1 
 Medicamentos recomendados pela OMS 
o ALB 
 400 mg, dose única. 
 Se < 2 anos: 200 mg em 12 a 
24 meses. 
o MEB 
 500 mg, dose única. 
 
 
 
 Em 2016, o Brasil saiu da situação endêmica 
de HTS, não necessitando mais da 
administração em massa de medicações anti-
helmíntica. 
 
 
 
 
 
10 PEDIATRIA | AULA 03 | B1

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