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Infecção de vias aéreas superiores

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Infecção de vias aéreas superiores
· Problemas mais comum encontrados em serviços médicos pediátricos.
· Causas mais comuns de atendimentos por infecção respiratória aguda.
· Sabe-se que 0,5% a 2% das IVAS evoluem para rinossinusite bacteriana e aproximadamente 90% das rinossinusites são provenientes de um quadro viral.
· Resfriado comum ou gripe podem evoluir par otite, faringoamigdalite, laringite e pneumonia.
· IVAS incidem principalmente no outono e primavera.
Diante de uma criança com IR aguda, questões fundamentais precisam ser necessariamente estabelecidas
1) A infecção é localizada ou envolve mais de uma região?
2) Acomete principalmente as vias superiores ou as inferiores ?
3) Acompanha-se de manifestações sistêmicas ?
4) A etiologia provável é viral ou bacteriana ?
5) Exames complementares são necessários ?
6) Existe indicação de internação hospitalar ?
· Anamnese detalhada é essencial:
· Evolução das manifestações respiratórias 
· Início dos sintomas 
· Padrão da febre 
· Acometimento do estádio geral 
· Abordagem epidemiológica
· Interrogar sobre o estado de saúde das pessoas que convivem com a criança
· Condições ambientais
· Exame físico deve compreender todo o trato respiratório
· Narinas, mucosa nasal, cornetos nasais, mucosa oral, gengivas, palato, amígdalas, faringe e ouvidos.
· Realizar a inspeção , palpação , percussão e ausculta torácicas.
· Auxiliam no diagnóstico diferencial o exame das conjuntivas, linfonodos e cardiológico, e pesquisa de hepatoesplenomegalia.
RINOFARINGITE AGUDA OU RESFRIADO COMUM:
· Esse termo abrange quadros como o do resfriado comum e rinite viral aguda 
· É a doença infecciosa mais comum da infância 
· Crianças menores de 5 anos podem ter de 5 a 8 episódios por ano 
· Crianças que frequentam creches durante o primeiro ano de vida tem 50% mais resfriado
· Microbiologia:
· Mais de 200 sorotipos diferentes de vírus são responsáveis pelo resfriado comum:
· Rinovírus é o mais comum, sendo responsável por 30-50% das infecções.
· Coronavírus é o segundo mais prevalente, 10-5% dos casos
· Vírus sincicial respiratório, parainfluenza, adenovírus, enterovírus.
· Gripe é causada exclusivamente pelo vírus influenza, que são responsáveis por 5-10% das IVAS.
· Transmissão: através de gotículas produzidas pela tosse e espirros (aerossol) ou contato de mãos contaminadas 
· Período de incubação: 2 a 5 dias 
· Período de contágio: até 2 dias após o início dos sintomas
· Manifestações clínicas:
· Sintomatologia quase sempre é leve, paciente mostra-se afebril.
· Concomitante rinorreia serosa, dor de garganta, obstrução nasal, espirros e tosse.
· Pode evoluir com febre alta, cefaléia, mal estar e inapetência.
· Outros sintomas são diarréia, hiposmia, anosmia.
· Diferentemente da crença popular a alteração da coloração da secreção nasal não é um sinal específico de infecção bacteriana, a secreção pode ocorrer por degradação neutrofílica.
· Se persistência de rinorreia mucopurulenta por 10/14 dias sugere infecção bacteriana e o uso do antibiótico está indicado 
· Diagnóstico: Essencialmente clínico baseado em sinais e sintomas
- Principal função do pediatra é descartar infecção bacteriana associada 
- Ausência de prostração e limitada a períodos de febre, indica infecção viral, porém requer acompanhamento clínico
· Aspecto da secreção nasal: sugere muitas vezes a etiologia 
· Rinorreia serosa: alergia, fase inicial das viroses,rinites bacterianas ou secundárias.
· Rinorreia seromucosa: fase intermediária ou fase final das rinites virais , impetigo nasal.
· Rinorreia mucopurulenta: fase final das rinites virais, rinites bacterianas.
· Rinorreia serossanguinolenta: traumatismo de mucosa, corpo estranho-associado a odor fétido.
· Diagnóstico diferencial:
· Resfriado comum x gripe:
Gripe Inicio súbito dos sintomas, febre alta, fadiga e mialgia.
· Há três tipos de Influenzae: A,B e C.
· Quadro clínico variável por vezes leve , outras vezes grave, podendo ocorrer pneumonia fatal.
- Catarro verde/amarelado... mudança na coloração da secreção.. não indica/significa infecção bacteriana. Pensa bacteriana quando está purulenta e com mais de 14 dias
- Correção... impetigo nasal, que está machucando o nariz da criança
- Secreção de corpo estranho é fétida
- O quadro é de curta duração e autolimitado 
- Dipirona, paracetamol... ibuprofeno não
- Lavagem nasal... usar seringa 5ml em cada narina... é importante limpar a secreção
- Não trata tosse, umidifica a vias aéras, antitussígeno não é bom clinicamente. Mas tem que ver se a tosse não está acompanhada de um broncoespasmo 
- Tomar cuidado com antialérgico, causam sono, prostração 
- Obstrução nasal... tomar cuidado com uso de sorines NAFAZOLINA.. neosoro... é proscrito em pediatria, não pode dar.. faz uma vasoconrtrição que a criança pode até parar... não pode prescrever 
- Respeitar o limite da criança... oferece mais liquido... dieta mais pastosa... se come mais bisc11oito,dá mais biscoito nessa fase 
 - A nebulização deve ser usada só com medicação, só com o soro ele agride o pulmão 
- pede para voltar depois de 48 horas... ou se piora dos sintomas
· Diagnóstico Laboratorial:
· Realizado através do isolamento do vírus por cultura.
· Cultura do influenzae através do lavado de rinofaringe e swab pode ser obtida em 48 horas, mas a identificação específica pode demorar de 3 a 6 dias.
· Testes sorológicos são impraticáveis, dada a grande varidade de sorotipos dos rinovírus.
· PCR viral apresenta maior especificidade.
· Tratamento: 
-Sintomáticos (curta duração e autolimitado) Febre, obstrução nasal, tosse.
-pais devem ser orientados quanto a evolução natural.
-inapetência própria do quadro e precisa ser respeitada, aumentar a ingesta hídrica.
-fluidificação das secreções.
· Complicações:
- Surgimento de dificuldade respiratória, 
-piora da prostração, 
-persistência da febre por mais de 72 horas
· Indicam possibilidade de infecção bacteriana.
· Complicações mais frequentes são: otite média aguda, pneumonia, sinusite.
· Prevenção:
-Lavagem das mãos
-Evitar manipulação manual do nariz ,olhos e boca.
-Evitar lugares fechados e com aglomerações,
-Imunização contra influenza.
 
Secreção verde no 2º e 3º dia não significa que é bactéria e que precisa entrar com antibiótico, é normal. Dor na garganta- pode ser devido ela respirar pela boca
RINOSSINUSITE AGUDA
· Nomeia doenças em continuidade e indica um processo inflamatório da mucosa de revestimento do nariz e seios paranasais.
· 80% dos casos a rinossinusite ocorre após IVAS.
· Doença comum em pediatria , mal conduzida em muitas das vezes , exposição desnecessária á radiação .
· Anatomia dos seios paranasais:
· Recém nascidos apresentam seio maxilar ( 7mm de profundidade,3 mm de extensão e 7 mm de altura) , seio esfenoide (4 mm de extensão e 2 mm de altura).
· Células etimoidais são encontradas até 4 anos de idade.
· Seio frontal está presente a partir de 5 anos de idade.
· Classificação:
- Rinossinusite aguda: Processo inflamatório sinusal que dura até 12 semanas.
- Rinossinusite aguda recorrente : três episódios em seis meses ou quatro em 12 meses, com intervalo assintomático.
- Rinossinusite crônica: sintomas superiores a três meses.
 Sistematizando: rinossinusite de diferentes classificações apresentam os mesmos sintomas , diferem pelo tempo de evolução da doença.
· Fatores predisponentes:
Locorregionais: 
· Obstrução do complexo osteomeatal (região de drenagem seios etimoidais, maxilares e frontal).
· Obstrução pode ser causada por edema de mucosa secundária a IVAS, rinite alérgica, barotrauma.
Sistêmicas:
· Desnutrição, diabetes mellitus, quimioterapia, pacientes transplantados, uso de esteroides prolongados
· Etiologia:
-Bacteriana: 
· Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis.( agentes mais comuns)
· Staphylococcus aureus é um agente pouco comum, porém importante pela sua virulência e resistência a terapêutica usual.
-Identificadoem pacientes imunossuprimidos.
· Bactérias gram negativas Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae , Enterobacter species , Proteus mirabillis e Escherichia coli
-pacientes hospitalizados
· Sinais e sintomas:
- Difícil fazer distinção entre rinossinusites virais x bacterianas.
· Manifestações de IVAS que duram mais de 10 dias (obstrução nasal e secreção purulenta).
· Tosse diurna com piora a noite, febre, edema palpebral, cefaléia,prostração, desconforto ou dor, na orofaringe pode ser observar gota purulenta pós-nasal.
- pode sair catarro nas fezes pois a criança engole
· Complicações:
· Sinusite crônica, osteíte frontal, osteomielite maxilar, celulite periorbitária, abscesso orbitário e subperiostal,meningite, trombose do seio cavernoso e sagital superior, empiema subdural e abscesso cerebral.
· Diagnóstico:
· Diagnóstico clínico.
· Achados radiológicos, geralmente desnecessários, Rx de seios da face tem baixa sensibilidade 
-Quando solicitada: espessamento da mucosa maior que 4 mm , nível hidroaéreo e opacificação total do seio.
· TC permanece como método de escolha .
· Tratamento geral:
· Repouso inicial, umidificação do ar em lugares muito secos, analgésicos e antitérmicos.
· Higiene nasal (facilita o transporte das secreções à nasofaringe, tornando as secreções menos viscosas e favorece a sua eliminação).
· Tratamento específico:
· Antimicrobianos: 
· Amoxacilina 60-80 mg/kg/dia, VO de 8/8 horas, por 14-21 dias.
· Cefuroxima ou amoxacilina com clavulanato na suspeita de agentes produtores a beta –lactamase ( suspeita clinica quando não responde aos agentes de primeira escolha).
· Claritromicina e ou azitromicina são outros fármacos de escolha.
· Corticoídes:
· Corticoídes tópico nasal.
· Cirurgia:
· Critério do especialista.
· Prognóstico: 
· Em crianças normais o prognóstico é bom, quando o tratamento é adequado.
· Crianças com rinite tem a maior propensão á risco de recorrência ou crônicos de sinusite.
· Nomeia doenças em continuidade e indica um processo inflamatório da mucosa de revestimento do nariz e dos seios da face
A rinossinusite na criança é caracterizada pela presença de 2 ou mais sintomas, sendo que um deles deve ser a obstrução/ congestão nasal ou secreção nasal anterior/posterior. Tosse e dor/pressão facial podem estar associados. 
Ao exame endoscópico nasal, os sinais presentes devem ser: secreção mucopurulenta do meato médio e/ou edema de mucosa no meato médio e/ou pólipos nasais.
Ao exame tomográfico dos seios paranasais, alterações de mucosa nasal no complexo ostiomeatal e/ou seios paranasais podem ser visualizados.
Diagnóstico diferencial
1. Corpos estranhos nasais e atresia de coana unilateral: sinto‐ mas geralmente unilaterais, facilmente diferenciados por meio da história clínica e do exame endoscópico nasal.
2. Rinite alérgica: em geral, não apresenta rinorreia purulenta ou febre.
3. Adenoidite: pode ter quadro clínico muito semelhante, com secreção nasal ou posterior, purulenta, febre ou tosse, dificultando, muitas vezes, o diagnóstico correto.
Bacteriologia
As bactérias mais frequentemente encontradas na infecção sinusal bacteriana aguda são Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae não tipável, Moraxella catarrhalis, Streptococcus beta-hemolítico do grupo A e S. aureus.
Diagnóstico
- Para o diagnóstico da RSA na criança, a história e o exame clínico incluindo a endoscopia nasal são fundamentais e suficientes. O exame anterior da cavidade nasal pode ser realizada com espéculo nasal ou utilizando um otoscópio com espéculo mais largo. Entretanto, a boa visualização da mucosa do meato médio ou da presença de secreção somente é conseguida com a endoscopia nasal, utilizando-se um fibroscópio rígido ou flexível, realizada de preferência após descongestionada a mucosa . Auxilia na identificação de hiperemia, edema, degeneração polipoide, pólipos, crostas ou verificação da drenagem de secreção purulenta em meato médio.
- As culturas para diagnóstico de RSAB realizadas por endoscopia nasal no nível de meato médio são pouco invasivas e associadas a menor morbidade. Entretanto, nas crianças com infecção sinusal, os resultados não apresentam equivalência com as culturas obtidas por punção antral. Embora estudos avaliando a associação entre a presença de bactéria no meato médio em crianças com IVAS e a duração dos sintomas tenham mostrado que a presença de S. pneumoniae, H. influenzae ou M. catarrhalis em culturas do meato médio, obtidas por endoscopia nasal, estavam relacionadas com o tempo mais prolongado da duração dos sintomas, a cultura não é necessária na RSA não complicada.
- A radiografia simples não é recomendada para o diagnóstico da RSA em crianças.
- A interpretação de achados na radiografia deve ser feita com cuidado, pois alterações semelhantes podem ser observadas também nas RSA virais não complicadas. Embora a sinusite seja diagnosticada na maioria dos pacientes utilizando-se apenas a história e o exame físico, incluindo a endoscopia nasal, pacientes com sintomas persistentes mesmo após tratamento adequado, recorrentes ou com complicações (orbitárias ou intracranianas) requerem estudos por imagem, sendo a tomografia computadorizada (TC) a modalidade de escolha.
Tratamento
Embora aproximadamente 50% das crianças com RSA evoluam para cura espontânea, a antibioticoterapia é indicada para resolução mais rápida dos sintomas e para se evitar complicações orbitárias ou intracranianas. Portanto, nos casos não complicados de RSA, a utilização de sintomáticos é recomendada.
O diagnóstico correto e o tratamento adequado são importantes para prevenir a rinossinusite recorrente ou crônica.
O tratamento antimicrobiano é empírico, devendo cobrir os germes mais frequentemente encontrados na infecção sinusal aguda. Na escolha do antibiótico, deve-se também ser considerado a gravidade da doença e o uso recente de antibióticos (risco de infecção com organismos resistentes). 
Nas crianças com RSA não complicada, sem uso prévio de antibióticos, a amoxicilina é ainda a escolha adequada, podendo ser utilizados também amoxicilina/ácido clavulânico e cefalosporinas.
Nos casos de hipersensibilidade a qualquer desses antibióticos, azitromicina, claritromicina ou sulfametoxazol/trimetoprim podem ser utilizados.
A associação do corticosteroide intranasal tópico com a antibioticoterapia é recomendada no tratamento da RSA. Existem também algumas evidências de que a utilização, em crianças maiores de 12 anos, de alta dose de corticosteroide intranasal tópico pode ser eficaz como monoterapia no tratamento da RSA.
Não existem evidências para a utilização de tratamento adjuvante como descongestionantes, anti-histamínicos ou irrigação nasal no tratamento da RSA.
Complicações da rinossinusite aguda
Embora não frequentes, as complicações da RSA são graves e necessitam de diagnóstico precoce e tratamento adequado. Podem ser classificadas de acordo com o acometimento em: orbital, intracraniana e óssea.
A complicação mais frequente é a orbitária, com disseminação da infecção através de deiscências da lâmina papirácea ou através de veias avalvulares.
Na criança com edema palpebral, com ou sem proptose, com ou sem dor, com ou sem alteração da mobilidade ocular, com ou sem alteração da acuidade visual, principalmente após quadro de IVAS, a suspeita de complicação orbitária é fundamental. A TC deve ser realizada para definir a extensão da infecção e classificar o tipo de complicação, definindo o tratamento com antibiótico endovenoso. Na evidência de abscesso ou sem melhora ao tratamento após 24 a 48 horas, a indicação é de drenagem cirúrgica + antibioticoterapia.
- Não tem como falar que um bb de 1 mês tem rinossinusite pq ele não tem seio paranasal... então é mais comum ver na idade escolar, pela questão de formação de seios e pneumotização dos seios paranasais 
- Se tem uma infecção bacteriana em bbs que sugere infecção bacteriana é melhor falar que é uma IVAS infectada do que rinossinusite aguda
- Uso de corticoides por longos tempos causa imunossupressão 
- Staphylococus áureos, indicagravidade, geralmente não está presente, mas a presença dele, indica gravidade pensa em casos de pacientes imunossuprimidos 
- é comum em pacientes em ambiente hospitalar, ter infecções de gram negativas 
- Gotejamento na orofaringe quadro bacteriano Rinossinusite 
- Complicação... empiema cerebral por causa de sinusite... precisou de drenar 
- Sinusite de repetição tem que procurar fazer diagnóstico diferencial: Retirada de corneto, imunossupressão, quadros de refluxo 
- raiox de seios da face, não são necessários... se tem história sugestiva, está autorizada a tratar 
- O melhor exame é a TC... ar é preto.. não está preto é secreção 
- Cefaroxina 
- Vírus mancha corpo (diagnóstico diferencial com alergia a antibiótico)
- Apresentações clínicas que sugerem RSA bacteriana:
1) sinais e sintomas de resfriado que persistem por mais de 10 dias com qualquer tipo de rinorreia e tosse que piora à noite 
2) Resfriado mais grave que o usual, com febre alta, rinorreia purulenta copiosa, edema periorbitário e dor 
3) Resfriado que após 5 dias piora com ou sem febre
Quais são os principais sintomas e sinais da rinossinusite?
Nos primeiros dois ou três dias da rinossinusite viral aguda, os sintomas são obstrução nasal, dor de garganta, espirros, coriza clara e inapetência (falta de apetite), frequentemente associados com febre. Medicamentos podem ser úteis, nesta fase. Após o terceiro dia, a febre, a dor de garganta e a inapetência tendem a desaparecer, a secreção nasal fica mais espessa, podendo ficar verde ou amarela; a tosse e a obstrução nasal persistem. Este quadro pode se estender por cerca de dez dias, mas a criança melhora progressivamente.
Alguns sintomas estão relacionados à rinossinusite em sua forma bacteriana. Eles podem ser reunidos em três grupos diferentes. Confira, a seguir:
1) Sintomas prolongados: secreção nasal abundante, obstrução nasal e tosse persistente, por mais de 12 dias. Esta forma é a mais frequente e não costuma ser acompanhada de febre.
2) Sintomas severos: desde o primeiro dia, a criança apresenta febre alta e secreção amarela ou verde abundante, ao contrário da secreção aquosa encontrada inicialmente na infecção viral.
3) Recaída: o quadro não melhora após o quinto dia; ao contrário, piora. Na evolução normal de uma infecção viral o quadro se inicia com febre, prostração e secreção aquosa e, após o quarto ou quinto dia, os sintomas costumam melhorar. Se houver uma infecção bacteriana, a febre retorna, o estado geral piora e, frequentemente, a tosse e a secreção nasal aumentam.
FARINGOAMIGDALITE AGUDA
· Dor de garganta é a terceira maior queixa nas consultas de emergência.
· Termo amigdalite e tonsilite sempre foi amplamente empregado.
· Anatomia
Anel de Waldeyer:
· Anel de tecido linfoide
· Primeira linha de defesa imunológica do trato aero-digestivo.
· Amígdala lingual
-Tonsilas palatinas
-Tecido linfático peritubário
-Granulação parafaríngea
-Tonsilas faíngeas
· Classificação:
· Faringotonsilites: Envolve faringe e tonsilas paltinas (amigdalas) e tonsilas faríngeas (adenoide)
· Adenoidites: tonsilas faríngeas
· Amigdalites: afetam as tonsilas palatinas
· Amigdalite aguda
· Amigdalite aguda recorrente
· Amigdalite crônica
· Hiperplasia amigdaliana
· Epidemiologia:
· Agentes etiológicos virais 90%.
· Rinovírus (20%)
· Coronavírus (5%)
· Adenovírus (5%)
· Herpes simples (4%)
· Influenza (2%)
· Parainfluenza (2%)
· Entre outros (coksackie,citomegalovírus,Epstein-Barr, vírus HIV).
Agentes etiológicos bacterianos:
· Streptococcos pyogenes
(20 a 30% das faringotonsilites agudas em crianças)
· Mycoplasma pneumoniae (consegue tratar com Azitromicina)
· Staphylococcus aureus
· Haemophillus sp
· Moraxella catharralis
· Sinais e sintomas:
· Amigdalite aguda: febre, dor de garganta, disfagia, adenomegalia cervical com hiperemia de amigdalas.
· Amigdalite aguda recorrente: 7 episódios em 1 ano, 5 episódios por ano em 2 anos consecutivos ou 3 episódios por ano em 3 anos consecutivos.
· Amigdalite crônica: dor de garganta crônica,halitose , cálculos amigdalianos excessivos,edema periamigdaliano.
· Hiperplasia amigdaliana: roncos,apnéia obstrutiva do sono, disfagia.
- Quadro bacteriano é mais provável em crianças com mais de 3 anos. A criança menor de 3 anos dificilmente vai ter amigdalite bacteriana 
· Diagnósticos diferenciais:
· Adenovírus provoca faringoamigdalite mais prolongada, com exsudato amigdaliano: febre faringoconjuntival= Febre, dor de garganta e conjuntivite 
· Conjuntivite pode durar de 10-14 dias.
· Vírus Epstein-Barr, agente etiológico da mononucleose infecciosa.
· Acomete principalmente pré adolescentes e adolescentes.
· Prostração , dor de garganta intensa, estomatite, enantema (garganta vermelha), adenomegalia cervical, hepatoesplenomegalia. O mais significante é a adenomegalia cervical
· Virus cocksackie tipos 2,3,4,5,6,8 e 10 ; agentes etiológicos da herpangina.
· Febre, vômitos, formação de vesículas e úlceras no palato mole e pilares anteriores.
· Dor pode ser intensa, levando à disfagia e dificuldade na hidratação.
Herpangina são vesículas que são formadas no palato... é causada do vírus cockasaki... essas vesículas podem até ulcerar, a criança não come nada... o tratamento é dieta mais pastosa mais pra fria (sorvete, vitamina, açaí)
Esse vírus também causa a síndrome mão, pé, boca
· Gengivoestomatite herpética:
· Pode variar em gravidade
· Criança apresenta vesículas e úlceras no palato, gengiva e lábios , ocasionando odinofagia intensa que dificulta a alimentação
Estomatite X herpantina: estomatite é causada pelo vírus da herpes, dá úlcera na boca,na região externa e herpantina é causada por outro vírus e gera lesões no palato
- vírus da herpes 
· Diagnóstico:
· Aumento significativo das amigdalas,linfonodomegalia cervical dolorosa,erupção escarlatiforme e ausência de coriza.=faringoamigdalite bacteriana
· Diagnóstico de certeza é feito através de exame laboratorial, de esfregaço da orofaringe.
· Diagnóstico diferencial:
-faringites virais: coriza ,tosse, rouquidão e vesículas ou ulcerações na orofaringe.
-faringite por micoplasma e clamídia:mais comum em adolescentes.
-mononucleose, CMV e toxoplasmose:
-faringite meningocócica ou gonocócica (história e dado epidemiológico)
· Exames complementares:
· Teste rápido de identificação direta de material na garganta: preferido no lugar do exame cultural (padrão ouro).
· Tratamento geral:
· Repouso no período febril
· Estimular ingesta hídrica.
· Analgésico e antitérmicos
· Irrigação da faringe com solução isotônica morna.
· Tratamento específico:
· Antimicrobianos: encurtam a fase aguda e reduzem complicações.
fármacos de primeira escolha: amoxacilina e penicilina G.
· Drenagem cirúrgica e punção aspirativa: podem ser identificados abscedação com flutuação do linfonodo cervical.
· Prognóstico:
· Casos de FAE adequadamente tratados têm bom prognóstico, com encurtamento da fase aguda e redução das complicações supurativas e não supurativas.
· Complicações:
· Abscesso de linfonodo cervical
· Abscesso periamigdaliano: dor e dificuldade mais intensa para engolir,voz abafada,anasalada.
· Sepse: toxemia e choque
· Otite média aguda.
· Febre reumática
· Glomerulonefrite difusa aguda
OTITE MÉDIA
· Epidemiologia:
· Depois do resfriado comum, é a afecção mais frequente na infância.
· Mais alta prevalência da OMA encontra-se entre os seis meses e três anos , sobretudo no primeiro ano de vida.
· Classificação:
· Processo de natureza inflamatória infecciosa ou não, e anatomicamente ocupa focal ou de forma generalizada a fenda auditiva.
· Otite média aguda:
· Infecção aguda no ouvido médio, com sinais e sintomas inflamatórios (dor e abaulamento da membrana com hiperemia e ou otorréia)
· Otite média recorrente:
· Três episódios em seis meses ou quatro episódios em doze meses.
· Otite média secretora:
· Inflamação da orelha média, com coleção líquida no seu espaço e a membrana timpânica está intacta.
· Secreção ou efusão da orelha média:
· Líquido resultante da otite média,secreção pode ser serosa (fina e líquida),mucoíde (espessa e viscosa) ou purulenta (secreção purulenta).
· Fatores de risco:
· Disfunção da tuba auditiva (função de proteção, drenagem e ventilação do ouvido médio são menos eficientes nas crianças) 
· Predisposição genética.
· História familiar de OMA recorrente.
· Gemelaridade
· Prematuridade
· Doença do refluxo gastroesofágico
· Aleitamento artificial
· Tabagismo passivo.
· Tomar mamadeira em decúbito dorsal,usar chupeta, frequentar creche ou berçário
· Etiologia:
· Patógenos envolvidos podem ser virais ou bacterianos.
· Viroses respiratórias desempenham um papel relevante na patogênese da OMA.
· Quadro clínico
· Otalgia
· Irritabilidade
· Febre
· Sintomas de IVAS : tosse, obstrução nasal podem preceder sou acompanhar.
 Observado a otoscopia abaulamento timpânico, opacificação da membrana , hiperemia.
· Diagnóstico:
· Algumas particularidades podem dificultar o diagnóstico: conduto auditivo estreito, obstrução da condução por cerume e a dificuldade de realizar a otoscopia.
· Otite média com efusão é mais comum que a OMA.
· OME acompanha as viroses, ou sequela do processo aguda.
· Agentes antimicrobianos podem ser prescritos de forma equivoca. (OME- efusional)
· Tratamento:
· Alívio da dor, principalmente nas primeiras 24 horas.
· Definir quais pacientes necessitarão de antibióticos e quais poderão realizar conduta expectante.
 Amoxacilina 40mg/kg/dia em duas tomadas. (mas pode fazer a dose diária de 8/8hs tbm)
Pneumococo resistente :90 mg/kg/dia
E ou amoxacilina com clavulanato na suspeita de agente produtor de betalactamase
Tratamento cirúrgico:
· Miringotomia com aspiração da efusão do ouvido médio.
· Falha no tratamento clínico.
· Drenagem de secreções mantendo aeração prolongada do ouvido médio, além de restabelecer o funcionamento do ouvido médio
· Prevenção:
· Prevenção OMA recorrente:
· Vacina contra influenza, pneumocócica conjugada.
· Conclusões:
· OMA infecção de elevada prevalência, com possibilidade de complicações: mastoidite, perdas auditivas, formação de colesteatoma.
· Perdas auditivas são prejudiciais , pela importância da aquisição da linguagem, socialização e desenvolvimento intelectual.

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