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Imunidade mediada por células T

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1 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
Agressão e defesa I – Prof. Luís Fernando – Aula 13 e 14 
Imunidade mediada por células T 
Imunidade celular = células T reconhecem 
antígeno proteico 
• Específica para microrganismos 
associados às células 
• Defeitos aumentam a suscetibilidade às 
infecções por vírus e bactérias 
intracelulares, além de bactérias e fungos 
que são ingeridos por fagócitos 
Células T efetoras CD4+ fazem reconhecimento 
específico de microrganismo e recrutam e ativam 
outros leucócitos através da liberação de 
citocinas 
• Cada subtipo de célula T recruta um 
subtipo de leucócito diferente 
➢ Th1 – macrófagos 
➢ Th2 – eosinófilos 
➢ Th17 – neutrófilos 
As células Th1 são responsáveis pela resposta 
imunológica aos microrganismos que são 
fagocitados e vivem dentro do fagossoma, 
ativando fagócitos para destruí-los 
Th17 responde a microrganismos extracelulares, 
incluindo bactérias e fungos 
Th2 responde a parasitas helmintos 
Linfócitos citotóxicos T CD8+ respondem a 
microrganismos citosólicos, matando a célula 
infectada 
Hipersensibilidade do tipo tardia (DTH) – é a lesão 
tecidual provocada pela inflamação 
dependente de célula T 
O desenvolvido da célula T envolve uma 
sequência de 3 eventos: 
1. Reconhecimento do antígeno 
2. Expansão clonal 
3. Diferenciação 
Células T efetoras saem dos órgãos linfoides e se 
abrigam em sítios de infecção de tecidos 
periféricos, onde são necessárias para eliminar 
microrganismos na fase efetora 
• São guiadas por quimiocinas (IL-1 e TNF), 
pois adquirem receptores após serem 
ativadas (virgens→efetoras) 
Th1, Th2 e Th17 possuem diferentes fenótipos e 
migram para sítios de infecção distintos 
• CTL migra junto com Th1 
Inflamação imune – aumento do número de 
leucócitos no sítio de inflamação após a liberação 
de citocinas e quimiocinas pelas células T efetoras, 
que se encontram no sítio de infecção e são 
ativadas por antígeno 
A migração das células T efetoras para o sítio de 
infecção é em grande parte INDEPENDENTE de 
antígeno (apenas de moléculas de adesão e 
quimiocinas), porém as células T efetoras e de 
memória que reconhecem o antígeno ficam 
retidas no tecido extravascular 
Células T efetoras CD4+ secretam citocinas e 
moléculas de superfície celular para ativar outras 
células e eliminar o microrganismo, além de ajudar 
o linfócito B a produzir anticorpos de alta afinidade 
contra microrganismos extracelular e promover 
desenvolvimento das CTL para combater 
microrganismos intracelulares 
 
Funções das células efetoras CD4+: 
• Recrutamento de outros leucócitos através 
de quimiocinas 
 
2 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
• Ativação de leucócitos recrutados pela 
expressão da proteína ligante de superfície 
CD40 e citocinas 
• Amplificação da resposta por feedback 
positivo (CTL→citocinas) 
• Regulação negativa da resposta por 
citocinas anti-inflamatórias e receptores 
que desligam a ativação das células T 
TH1 
Th1 ativa macrófagos para ingerir e destruir 
microrganismos 
• Hipersensibilidade tardia e inflamação 
granulomatosa 
IFN-gama é liberado por Th1, pois é a principal 
citocina ativadora de macrófagos, com funções 
críticas na imunidade contra microrganismos 
intracelulares 
IFN-gama amplia a diferenciação de TCD4+ em 
Th1 e inibe a diferenciação em Th2 e Th17 
IFN-gama estimula a expressão de proteínas de 
aprimoramento da expressão do antígeno 
associado a MHC e a iniciação e ampliação de 
respostas dependente de células T 
IL-12 e IL-18 aumentam a produção de IFN-gama 
Nas respostas inatas, NK produz IFN-gama para 
ativar os macrófagos 
IFN-gama estimula a produção de ROS (espécies 
reativas de oxigênio), iNOS (óxido nítrico sintase 
induzível), NO (óxido nítrico) e enzimas lisossômicas 
no fagolisossomo 
 
Th1 também secreta TNF e IL-10 
IL-10 inibe as células dendríticas e macrófagos 
• Por inibir os macrófagos, suprime a 
atividade de Th1 como feedback negativo 
Macrófagos são ativados por Th1 através de sinais 
mediados por contato das interações de CD40L-
CD40 e IFN-gama 
Macrófagos estimulam inflamação, pois secretam 
citocinas (TNF, IL-1 e quimiocinas) e mediadores 
lipídicos (prostaglandinas, leucotrienos e fator 
ativador de plaquetas), que recrutam + 
leucócitos, tornando as APC +eficientes e 
aumentam a expressão de moléculas de MHC de 
classe II e coestimuladores 
Resposta de Th1 pode ser acompanhada de lesão 
tecidual, pois as substâncias liberadas pelos 
macrófagos são capazes de lesar o tecido normal, 
visto que eles não diferenciam o microrganismo e 
o tecido do hospedeiro 
 
TH2 
Th2 estimula reações mediadas por IgE e 
eosinófilos para erradicar infecções helmínticas 
Secretam IL-4, IL-5 e IL-13 
• IL-4- IgE 
• IL-5 – eosinófilos 
IL-4 estimula a mudança da cadeira pesada de Ig 
para IgE na célula B, estimula o desenvolvimento 
de células Th2, é fator de crescimento autócrino 
para Th2, ativa os macrófagos de forma 
alternativa (junto com IL-13), estimula peristaltismo 
no TGI (junto com IL-13) e estimula o agrupamento 
de leucócitos (junto com IL-13) 
 
3 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
Il-13 aumenta a secreção de muco das vias 
aéreas e das células epiteliais intestinais 
IL-4 + IL-13 = efeitos biológicos da inflamação 
alérgica e defesa contra helmintos 
IL-5 ativa eosinófilos, serve de ligação principal da 
inflamação eosinofílica e a ativação das células T, 
estimula o crescimento e a diferenciação de 
eosinófilos 
• Após ativar os eosinófilos, faz com que eles 
liberem o conteúdo de seus grânulos = 
proteínas básicas e catiônicas, que 
destroem até os tegumentos duros dos 
helmintos 
Os mastócitos são ativados por helmintos 
revestidos de IgE, o que resulta na desgranulação, 
que libera aminas vasoativas. Além disso, quando 
ativados, os mastócitos liberam citocinas (TNF), 
quimiocinas e mediadores lipídicos → inflamação 
para destruir o parasita 
Imunidade à barreira – Th2 produz citocinas que 
estão envolvidas no bloqueio na estrada e na 
promoção da expulsão dos microrganismos dos 
órgãos da mucosa 
Ativação alternativa de macrófagos – resposta 
dos macrófagos as citocinas de Th2, fazendo com 
que eles contribuam com a remodelagem 
tecidual e a fibrose, além de iniciar o reparo de 
lesões teciduais 
 
TH17 
Th17 secretam citocinas que recrutam leucócitos 
(principalmente neutrófilos) para os sítios de 
infecção 
Realizam a defesa contra bactérias e fungos 
extracelulares 
Grande parte das doenças autoimunes tem a 
presença das células Th17 
• Se tornam células autorreativas, induzindo 
o processo inflamatório de maneira 
maléfica 
Importante papel na homeostasia intestinal, pela 
barreira mucosa → Th17 prolifera, aumentando a 
produção de muco (efeito de barreira) 
A principal ação da Th17 é mediada pela IL-17, 
que faz ligação entra a imunidade adaptativa 
mediada por células T e o sistema imunológico 
inato 
• IL-17 induz às reações inflamatórias ricas 
em neutrófilos e estimula a produção de 
substâncias antimicrobianas 
Além da IL-17, Th17 também secretam IL-21 e IL-22 
• IL-22 – contribui para inflamação e lesão 
tecidual ou mantém a integridade epitelial 
• IL-21 – necessária para geração de células 
T auxiliares foliculares e estimula células B 
nos centros germinativos, além de 
promover a diferenciação das células Th17 
 
TCD8+ 
Os CTL CD8+ eliminam microrganismos 
intracelulares principalmente (mas não 
exclusivamente) pela morte da célula infectada 
 
4 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
CD8+ secreta IFN-gama, contribuindo para 
ativação de macrófagos para defesa do 
hospedeiro e reações de hipersensibilidade 
A morte mediada por CTL envolve o 
reconhecimento das células-alvo e a entrega de 
proteínas que induzemà morte celular 
• Reconhecimento pelo MHC de classe I 
A morte ocorre através da apoptose, que ocorre 
em poucos minutos após o receptor do antígeno 
de um CTL reconhecer o antígeno da célula-alvo, 
fazendo a célula-alvo passar por mudanças que 
levam a apoptose 
• Por ser um processo rápido é conhecido 
como tiro letal, que entra proteínas 
citotóxicas (granzimas e perforinas) 
armazenadas dentro dos grânulos 
citoplasmáticos para a célula-alvo 
As CTL também usam um mecanismo de morte 
independe dos grânulos, que é mediado pelas 
interações da membrana nos CTL e nas células-
alvo 
• Proteínas da membrana ligante de Fas 
(FasL) se liga ao receptor de morte Fas, o 
que ativa caspases e apoptose de alvos 
que expressam o Fas 
Os CTL não são lesados durante a morte da célula-
alvo 
A destruição das células infectadas por CTL é uma 
causa da lesão tecidual em algumas doenças, 
como hepatite B e C

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