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Mecanismo de Lesão Celular - Patologia

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Amanda L. Schell Flandoli - TXXI 
 
Os mecanismos bioquímicos responsáveis pela lesão celular são 
complexos, porém os princípios gerais são: 
 A resposta celular a estímulos nocivos depende do tipo da 
lesão, sua duração e gravidade – a forma de lesão celular é 
proporcional ao estímulo, logo pequenos estímulos tende a 
lesão celular reversível. 
 As consequências da lesão celular dependem do tipo, 
estado e adaptabilidade da célula agredida – sendo o estado 
nutricional, hormonal e necessidade metabólicas são 
importantes na resposta às lesões. 
 A lesão celular é resultante de diferentes mecanismos 
bioquímicos que agem em vários componentes celulares 
essenciais – qualquer estimulo agressivo pode, 
simultaneamente, acionar múltiplos mecanismos. 
 
Esta frequente associada a lesões hipóxias e químicas levando, 
principalmente, a morte celular por necrose. A diminuição de 
ATP é maléfica, visto sua importância para diversos processos 
sintéticos e de degradação na célula. 
A produção de ATP ocorre por duas vias, sendo elas: 
1) Fosforilação oxidativa – principal via dos mamíferos 
2) Via glicolítica - pode gerar ATP na ausência do oxigênio 
usando glicose da hidrólise do glicogênio ou dos líquidos 
corporais. 
A produção de ATP pela via glicolitica não apenas a redução 
brusca dos depósitos de glicogênio celular, mas também um 
acúmulo de ácido lático que promove a redução do pH 
intracelular que resulta na redução da atividade enzimática de 
enzimas celulares. 
A redução de ATP leva na menor atividade da bomba sódio 
dependente, isso leva a acumulação de sódio intracelular e 
difusão do potássio para fora. Tal ganho gera um ganho 
osmótico de água, causando a tumefação celular e dilatação do 
RE. 
Outro mecanismo que tem sua ação reduzida pela deleção de 
ATP é a falência da bomba de Ca+2 tal deficiência resulta no influxo 
de cálcio que exerce efeitos deletérios em vários componentes 
celulares: 
Com a diminuição prolongada do ATP ocorre uma ruptura estrutural 
dos mecanismos de síntese proteica que irá promover o 
deslocamento dos ribossomos do retículo endoplasmática granular e 
dissociação dos polissomos em monossomos. Finalmente, um dano 
irreversível ás membranas mitocondriais e lisossomais levando a 
necrose celular. 
 
Por terem um papel fundamental no fornecimento de energia as 
mitocôndrias são elementos críticos na lesão e na morte celular. Elas 
são sensíveis a praticamente todos os tipos de estímulos nocivos, tais 
como 
1) Aumento de cálcio citosólico 
2) Espécies reativas de oxigênio (ROS) 
3) Privação de oxigênio 
4) Mutações dos genes mitocondriais 
Os danos mitocondriais ocasionam perda do potencial de membrana 
mitocondrial – isso ocorre pela formação de poro de transição de 
permeabilidade mitocondrial. Tal processo resulta na falha da 
fosforilação oxidativa e na diminuição de ATP e culminando na 
necrose da célula. 
O aumento da permeabilidade da membrana mitocondrial externa leva 
a liberação de proteínas que são capazes de ativar as vias apoptóticas. 
 
O cálcio, normalmente, se encontra em 
baixas concentrações, porém certas 
substâncias tóxicas e isquemia causam 
um aumento nessa concentração. Os 
íons cálcio são importantes mediadores 
da lesão celular por vários mecanismos: 
 
1) Abertura dos poros de transição 
de permeabilidade mitocondrial 
2) Ativação de enzimas - como fosfolipases, proteases, 
endonucleases e ATPases 
3) Indução da apoptose - pela ativação direta das caspases e 
aumento da permeabilidade mitocondrial 
p a t a i g o l o 
Amanda L. Schell Flandoli - TXXI 
 
 
Radicais livres são espécies químicas que têm um único elétron 
não emparelhado, 
tais espécies são 
ocasionadas, 
normalmente, pelo 
aumento na 
produção ou na 
diminuição das ROS 
que leva a uma 
condição chamada 
de estresse 
oxidativo. 
A lesão celular induzida por radicais livres é um importante 
mecanismo de dano celular em muitas condições patológicas 
dentre elas: 
1) Peroxidação lipídica nas membranas – os peróxidos são 
instáveis e reativos e sucede uma reação em cadeia 
autocatalítica que pode resultar em lesão extensa das 
membranas 
2) Modificação oxidativa de proteínas – tal pode danificar os 
sítios ativos das enzimas, romper a conformação de proteínas 
estruturais e intensificar a degradação. 
3) Lesão no DNA – capazes de causar a quebra das cadeias 
simples e duplas do DNA, tal dano oxidativo ao DNA tem sido 
relacionado ao envelhecimento celular e à transformação 
neoplásica das células 
 
 
A perda precoce da permeabilidade seletiva é uma característica 
constante na maioria das formas de lesão celular. O dano na 
membrana pode afetar as funções e a integridade de todas as 
membranas celulares. 
As principais consequência da lesão da membrana, são: 
1) Dano à membrana mitocondrial – abertura dos poros de 
transição de permeabilidade mitocondrial, diminuição de ATp 
e liberação de 
proteínas que 
disparam a morte 
por apoptose 
2) Dano à 
membrana 
plasmática – 
perda de equilíbrio osmótico e também do conteúdo celular. 
3) Dano às membranas dos lisossomos – liberação de enzimas 
para o citoplasma que promovem a digestão 
 
 
Apesar das células terem um mecanismo de reparo as lesões 
do DNA, em alguns casos em que o dano não pode ser 
reparado a célula inicia um mecanismo de morte por 
apoptose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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