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PSA unip nota 10 2021

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Terminar Sessão 
uzana.rodrigues1 @aluno.unip 
 
1. PSA 6937-00 
 
 
2. CONTEÚDO 
 
3. Revisar envio do teste: PSA 2021/2 
 
 
PSA (6937-00)CONTEÚDO 
 
Curso PSA 
Teste PSA 2021/2 
Iniciado 24/10/21 16:26 
Enviado 24/10/21 18:09 
Data de 
vencimento 
26/10/21 01:00 
Status Completada 
Resultado da 
tentativa 
10 em 10 pontos 
Tempo 
decorrido 
1 hora, 42 minutos 
Autoteste O aluno responde e o resultado do aluno não é visível ao professor. 
Resultados 
exibidos 
Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente 
 Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir, intitulado “Pandemia e acessibilidade: Entenda a 
importância da inclusão e os novos desafios causados pela Covid-
19”, de Brenda Xavier, publicado em 18/02/2021. 
A pandemia causada pelo novo coronavírus espalhou-se pelo mundo 
de forma rápida e impactante, fazendo com que muitas pessoas se 
isolassem. Antes de tudo isso, quem é cego, surdo, cadeirante ou tem 
algum tipo de deficiência física ou intelectual já enfrentava vários 
desafios e, com a pandemia, novas barreiras surgiram para a 
acessibilidade. 
Agora, um deficiente visual, que precisa tocar em superfícies ou ter o 
apoio de outras pessoas, está mais vulnerável do que nunca. Tocando 
em diferentes superfícies ou falando com pessoas que ele não sabe se 
estão usando máscara, como evitar a contaminação pela Covid-19? 
Quais são os impactos da pandemia na acessibilidade e no direito de ir 
e vir? 
Thays Martinez, advogada, responsável pela Lei estadual N° 10.784 
(atualizada pela Lei Nº 12.907, de 15 de abril de 2008), que garante 
que cães-guia possam entrar em transporte público, compartilha sua 
experiência. Ela explica que as pessoas que têm deficiência visual 
estão mais vulneráveis à Covid-19, devido à necessidade de contato 
com pessoas e, sobretudo, superfícies. “Com a pandemia, as compras 
 
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_71024257_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&outcome_id=_48672302_1&outcome_definition_id=_2630221_1&takeTestContentId=_2417896_1#content
https://ava.ead.unip.br/webapps/login/?action=logout
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/execute/courseMain?course_id=_28560_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_28560_1&content_id=_439332_1&mode=reset
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_71024257_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&outcome_id=_48672302_1&outcome_definition_id=_2630221_1&takeTestContentId=_2417896_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_28560_1&content_id=_439332_1&mode=reset
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https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_71024257_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&outcome_id=_48672302_1&outcome_definition_id=_2630221_1&takeTestContentId=_2417896_1
https://ava.ead.unip.br/webapps/assessment/review/review.jsp?attempt_id=_71024257_1&course_id=_28560_1&content_id=_2417896_1&outcome_id=_48672302_1&outcome_definition_id=_2630221_1&takeTestContentId=_2417896_1
online aumentaram, mas muitos aplicativos e sites tornam inviável o 
uso por pessoas deficientes visuais”, relata. 
Com a visão comprometida, o tato é um dos principais sentidos 
utilizados por pessoas com deficiência visual. O contato físico se faz 
necessário sempre, e é justamente isso que os deixa mais expostos à 
Covid-19. De acordo com dados do IBGE no Censo 2010 (gráfico 1), 
1.203.353 pessoas têm deficiência visual no estado de São Paulo. O 
que equivale a 40% do total de moradores com algum tipo de 
deficiência. 
Sobre as vulnerabilidades que pessoas deficientes enfrentam, Martinez 
ressalta a importância da consciência de quem oferece um produto ou 
serviço – uma reflexão que demanda revisão. “As empresas precisam 
pensar na inclusão e deixar que seus serviços sejam acessíveis para 
todos. A consciência sobre isso precisa ser desenvolvida, e a pandemia 
nos mostrou isso”, comenta. 
Disponível em <https://aupa.com.br/pandemia-e-acessibilidade/>. Acesso em 02 ago. 2021. 
 
Gráfico 1. Porcentagem da população, de acordo com o tipo de deficiência. (Brasil-2010). 
 
IBGE, Censo Demográfico, 2010. 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. A análise do gráfico confirma que são os portadores de deficiência auditiva os mais 
prejudicados pelas dificuldades de acessibilidade durante a pandemia do coronavírus. 
PORQUE 
II. As vulnerabilidades da acessibilidade são características presentes na vida dos portadores de 
deficiência e elas se acentuaram durante o período de pandemia. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: d. 
A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. 
 
 
 Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
O brasileiro tem fama de ser solidário nas situações mais extremas, mas não cultiva 
tradicionalmente o hábito de doar tempo, dinheiro e objetos para causas importantes. 
No relatório World Giving Index 2019, estudo internacional que mede o nível de 
solidariedade das nações, o Brasil aparece em 74º lugar entre 126 países. O ranking 
é feito pela Charities Aid Foundation e é representado, no Brasil, pelo IDIS (Instituto 
para o Desenvolvimento do Investimento Social). 
Em tempos de covid-19, contudo, a solidariedade se manifestou no cotidiano de 
pessoas, empresas e outras organizações da sociedade, criando uma rede de apoio 
para muitos trabalhadores informais, pequenos empreendedores, profissionais 
autônomos e trabalhadores que perderam a fonte de renda. Até o final de junho de 
2020, 425 mil pessoas e instituições haviam doado quase R$6 bilhões para o 
combate aos efeitos da pandemia, segundo o Monitor de Doações Covid-19, que 
registra, em tempo real, o volume em dinheiro doado para essa causa. 
A solidariedade é uma maneira de a sociedade participar das mudanças que precisam 
ser feitas no mundo. A ideia é que, se cada um fizer a sua parte, por menor que ela 
 
seja, podemos juntos ajudar a reduzir as vulnerabilidades às quais estão sujeitos 
brasileiros e brasileiras que vivem na pobreza, com fome, sem teto e sem alguém 
com quem possam contar. Fazendo isso, ajudamos a criar uma sociedade mais justa 
e mais segura para todos nós. 
Ser solidário não exige, necessariamente, um grande esforço. Ao contrário, qualquer 
ato conta, e muito. 
Disponível em <https://meubolsoemdia.com.br/Materias/solidareidade-na-pandemia>. Acesso 
em 03 ago. 2021. 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os atos de solidariedade cresceram durante a pandemia, confirmando o estereótipo do 
brasileiro solidário e melhorando a posição do país no ranking do World Giving Index. 
II. Durante a pandemia, a sociedade brasileira tem revelado a solidariedade por meio de atos 
direcionados a grupos vulneráveis. 
III. Uma sociedade justa é caracterizada por atos solidários que envolvem doações financeiras e 
por ações que evidenciam a empatia pelo outro. 
 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
II e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a imagem e o texto a seguir. 
 
 
A rápida disseminação do novo coronavírus por todo o mundo, as 
incertezas sobre como controlar a doença e sobre sua gravidade, além 
da imprevisibilidade acerca do tempo de duração da pandemia e dos seus 
desdobramentos, caracterizam-se como fatores de risco à saúde mental 
da população geral (Zandifar & Badrfam, 2020). Esse cenário parece 
agravado também peladifusão de mitos e informações equivocadas 
sobre a infecção e as medidas de prevenção, assim como pela dificuldade 
da população geral em compreender as orientações das autoridades 
sanitárias (Bao, Sun, Meng, Shi, & Lu, 2020). Nesse sentido, videoclipes 
e mensagens alarmantes sobre a Covid-19 têm circulado em mídias 
sociais, por meio de smartphones e computadores, frequentemente 
provocando pânico (Goyal et al., 2020). Da mesma forma, notícias falsas 
vêm sendo compartilhadas (Barros-Delben et al., 2020; Shimizu, 2020), 
por vezes contrariando as orientações de autoridades sanitárias e 
minimizando os efeitos da doença. Isso parece contribuir para condutas 
inapropriadas e exposição a riscos desnecessários, pois os 
comportamentos que as pessoas apresentam estão ligados à 
compreensão que têm acerca da severidade da Covid-19 (Shojaei & 
 
Masoumi, 2020). Pessoas com suspeita de infecção pelo novo coronavírus 
podem desenvolver sintomas obsessivo-compulsivos, como a verificação 
repetida da temperatura corporal (Li et al., 2020b). A ansiedade em 
relação à saúde também pode provocar interpretação equivocada das 
sensações corporais, fazendo com que as pessoas as confundam com 
sinais da doença e se dirijam desnecessariamente a serviços hospitalares, 
conforme ocorreu na pandemia de influenza H1N1, em 2009 (Asmundson 
& Taylor, 2020). Ademais, medidas como isolamento de casos suspeitos, 
fechamento de escolas e universidades e estabelecimento de 
distanciamento social de idosos e outros grupos de risco, bem como 
quarentena, acabam por provocar diminuição das conexões face a face e 
das interações sociais rotineiras, o que também pode consistir em um 
estressor importante nesse período (Brooks et al., 2020; Zandifar & 
Badrfam, 2020; Zhang, Wu, Zhao, & Zhang, 2020b). 
Disponível em <https://www.scielo.br/j/estpsi/a/L6j64vKkynZH9Gc4PtNWQng/?lang=pt>. Acesso em 03 ago. 
2021. 
 
Com base na figura e no texto apresentados, avalie as afirmativas. 
I. A difusão de fake news e de informações incoerentes sobre 
o processo pandêmico do Covid-19 colaboram para o acometimento da 
saúde física e mental da população. 
II. A suspeita de infecção pelo coronavírus pode favorecer o 
desenvolvimento de comportamentos obsessivo-compulsivos, como a 
verificação quase contínua da temperatura corporal. 
III. A redução do contato interpessoal, observado pelo 
fechamento de escolas e universidades e pelo isolamento social, tem 
contribuído para o aumento do estresse na população em geral. 
IV. O objetivo da figura é mostrar as atividades que podem 
melhorar a saúde mental, que foi afetada pela pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: e. 
I, II e III. 
 
 
 Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir, publicado em 5 de agosto de 2021. 
Baixo nível de empatia aumenta estresse do brasileiro durante 
a pandemia 
A incapacidade de se colocar no lugar do outro associada ao desgaste 
emocional e à falta de infraestrutura durante a pandemia elevou os níveis 
de sofrimento entre os brasileiros neste período — e nos colocou entre 
os povos mais estressados do mundo. A constatação veio com o resultado 
da primeira fase da pesquisa "Adaptação social em estresse na pandemia 
de covid-19: um estudo transcultural", coordenada pela UERJ 
(Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em parceria com mais 24 
países. 
 
O estudo revelou que houve uma percepção de aumento do 
individualismo por causa das medidas de isolamento e distanciamento 
social. Em contrapartida, governos que oferecem uma infraestrutura 
coletiva melhor reduzem o impacto emocional nos indivíduos. 
A ideia é que o trabalho contribua para o desenvolvimento de 
intervenções no campo da saúde mental e ajude a sociedade a lidar com 
esse tipo de problema em crises futuras. 
Brasileiro e o mito da alegria contagiante 
À primeira vista, o resultado do estudo pode parecer contraditório. Afinal, 
o brasileiro não é aquele povo alegre, sempre disposto a sorrir e ajudar 
o próximo na adversidade? Pois a realidade parece não ser bem essa. 
"Nós estamos habituados a estarmos juntos na festa, no futebol, é uma 
cultura baseada na celebração, na sensação de prazer", afirma a 
professora Edna Ponciano, do Instituto de Psicologia da UERJ e 
coordenadora da pesquisa. 
Segundo ela, não somos acostumados a dividir a dor, o sofrimento com 
os outros, e isso pode ser um problema. "Nossa maneira de lidar é se 
distrair para esquecer, mas, com isso, deixamos de lidar com os 
problemas e transformamos esses sentimentos em ansiedade, depressão 
e estresse", acredita a especialista. 
Cultura coletivista é mais resiliente 
Ponciano lembra ainda que o Brasil pontuou muito alto no individualismo 
— o que também parece ser um contrassenso, já que o brasileiro tem 
fama de ser solidário e prestativo. "De fato, o brasileiro é solidário, mas 
muito mais direcionado às pessoas que ele conhece, ao seu círculo social 
e familiar", avalia. "O outro desconhecido não nos toca tanto", acredita. 
Por outro lado, a pesquisadora lembra que as sociedades que estão 
passando pela crise sanitária de forma coletiva estão conseguindo lidar 
melhor com o sofrimento. Em outras palavras, a coletividade permite a 
construção de pessoas mais resilientes e satisfeitas. 
Para Gustavo Arns, especialista em felicidade e bem-estar, o aumento do 
estresse tem relação direta com o individualismo. "Essa falta de empatia 
nos deixa fechados para o outro, fechados em nós mesmos e isolados", 
afirma ele, que é idealizador do primeiro Congresso Brasileiro de 
Felicidade e professor da pós-graduação em psicologia positiva da PUCRS 
(Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul). 
Para ele, a pandemia não vai solucionar todas as nossas relações e 
problemas sociais, mas é uma boa oportunidade para começarmos a 
solucionar essas questões. "Nunca se falou tanto em saúde mental e 
qualidade de vida", afirma. "Acredito que é o momento ideal para 
começarmos a refletir sobre como podemos começar a construir a nossa 
felicidade." 
Disponível em <https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/05/baixo-nivel-de-empatia-aumenta-
estresse-do-brasileiro-durante-a-pandemia.htm>. Acesso em 9 ago. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O Brasil é o país da festa e do futebol, e o brasileiro, por 
ser naturalmente cordial e alegre, tem se estressado de maneira 
moderada com o isolamento social. 
II. Os resultados da pesquisa apontam que o brasileiro é 
individualista, apesar da fama de solidário. 
III. A capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, a 
empatia, pode auxiliar as pessoas a lidar melhor com o sofrimento. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
II e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge. 
 
 
 
O objetivo da charge é 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
criticar os discursos propagados em redes sociais que 
se opõem à ciência. 
 
 
 Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto. 
O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao 
celular, mas odiamos falar por telefone? 
Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa e confusa série 
de mensagens de WhatsApp 
Sílvia Lopez – 01/06/2019 
Para iniciar um texto, Hemingway dizia a si mesmo: “Escreva a frase mais 
verdadeira que você conhece”. Neste caso, seria: a psicóloga Cristina Pérez, 
do Siquia, respondeu por meio de mensagens de áudio às perguntas que lhe 
enviamos por e-mail. Essa curiosidade metajornalística não tem importância 
nem altera a qualidade de suas respostas, só ilustra a variedade e a fluidez 
de opções com as quais podemos nos comunicar hoje. Recebemos um e-
mail? Respondemos com um áudio. Chegou um áudio de WhatsApp? 
Respondemos com um texto. Recebemos um telefonema? Não 
respondemos. Esperamos. Esperamos. E escrevemos: “Você me ligou? Não 
posso falar, é melhor me escrever”. O paradoxo do grande vício do século 
XXI é que estamos presosao celular, mas temos fobia das ligações 
telefônicas. 
VOTO DE SILÊNCIO 
 
É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas 
as faixas etárias: só na Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens 
instantâneas como WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger é quase o 
dobro do uso de ligações por telefone fixo e celular, segundo o Relatório da 
Sociedade Digital na Espanha de 2018, da Fundação Telefónica. Não só 
preferimos as mensagens instantâneas aos telefonemas, como também 
preferimos essas mensagens a interagir com outras pessoas. Ou pelo menos 
foi o que 95,1% da população espanhola disse preferir (o cara a cara só tem 
86,6% de popularidade). A ligação telefônica − que, até não muito tempo 
atrás, esperávamos com alegria ou tolerávamos com resignação, mas nunca 
evitávamos com uma rejeição universal – tornou-se uma presença intrusiva 
e incômoda, perturbadora e tirânica, mas por quê? “Uma das razões é que 
quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos 
fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, 
explica a psicóloga Cristina Pérez. “Por outro lado, também exige de nós uma 
resposta imediata, ao contrário do que ocorre na comunicação escrita, que 
nos permite pensar bem no que queremos dizer. E a terceira razão seria o 
fato de não poder saber de antemão qual será a duração do telefonema”, 
acrescenta. 
INTROVERTIDOS E ENTREGUES ÀS TELAS 
Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No 
entanto, segundo um relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas 
mais de 40 vezes ao dia, e uma de cada quatro pessoas faz isso entre 100 e 
mais de 200 vezes. 
Talvez a coisa mais valiosa que nosso interlocutor exija em uma ligação não 
seja o tempo, e sim a concentração. Será que o ódio de falar por telefone 
poderia ser sintoma de um problema mais profundo, como um distúrbio de 
déficit de atenção? “Em princípio não”, responde a psicóloga. Mas “sim, é 
possível que uma pessoa com déficit de atenção tenha dificuldade para 
manter uma longa conversa telefônica e até mesmo que às vezes perca o fio 
da meada e volte sua atenção para outra coisa, assim como lhe ocorreria em 
uma conversa frente a frente, mas isso não quer dizer que desenvolva um 
ódio de falar por telefone”. 
Cristina Pérez alerta: “Sim, pode ser sinal de uma personalidade introvertida. 
O imediatismo de um telefonema faz com que as pessoas introvertidas não 
se sintam confortáveis neles. São pessoas que dependem muito da 
observação e, por telefone, não podem examinar a expressão do 
interlocutor. Se uma interação social já é incômoda para elas, é muito pior 
quando não têm essa ajuda visual que utilizam tanto. De fato, esse tipo de 
personalidade prefere a comunicação escrita à falada”. 
COMO CORTAR A LIGAÇÃO 
Infelizmente, para esses introvertidos, não há uma fórmula que os libere de 
todos os telefonemas, embora o identificador do número que está ligando 
lhes dê certa autoridade. “Quando você recebe uma ligação, é você que 
decide se é o momento de atendê-la ou de deixá-la para mais tarde”, assinala 
a psicóloga. “Se você decidir atendê-la e precisar cortá-la, a melhor maneira 
de fazer isso é de forma assertiva (estabelecendo limites, embora 
inicialmente isso nos custe um pouco, já que podemos pensar que a outra 
pessoa ficará chateada, mas é questão de treinamento e paciência), só que 
você também deve detectar qual é o momento certo para cortar”. 
O problema não é apenas que nosso interlocutor queira falar ad infinitum. 
Ele muitas vezes quer de nós uma resposta rápida, se for, por exemplo, um 
telefonema de trabalho. O terror de não ter tempo para pensar o que 
devemos responder também nos impede de atender o telefone. A psicóloga 
também tem um truque para esses casos: “Se pedem uma resposta imediata 
que nesse momento você não pode dar, uma frase muito útil é ‘vou pensar 
com calma e amanhã conversamos’, já que se não temos certeza quanto a 
uma resposta, o melhor é adiá-la, porque o imediatismo nos faz agir 
impulsivamente e é possível que depois nos arrependamos da resposta 
dada”. 
ADEUS À DIALÉTICA? 
A aversão à conversa da chamada “geração muda” poderia ter mais 
consequências do que apenas evitar as reuniões sociais. “O preço a pagar 
por nascer nesta geração é, muitas vezes, a falta de habilidade na hora de 
iniciar ou manter uma conversa, embora essas pessoas possam passar horas 
e horas no celular, porque estão mais concentradas naquilo que seu 
dispositivo lhes pode oferecer (o que às vezes será uma conversa com outra 
pessoa, mas não frente a frente). São gerações nas quais o vício por novas 
tecnologias está na ordem do dia, e o problema não é apenas que não 
valorizem o quanto uma boa conversa pode ser enriquecedora. Os efeitos do 
uso excessivo do celular afetam também sua personalidade, já que são 
pessoas com baixa tolerância à frustração e com necessidade de um reforço 
social contínuo, que ocorre através das curtidas. Em suma, a tecnologia é 
boa desde que seja usada de forma compatível com a vida cotidiana da 
pessoa, ou seja, quando não interferir em sua vida social, trabalhista ou 
pessoal”, destaca a psicóloga. 
Disponível 
em <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/01/tecnologia/1559392400_168692.html?utm_source=Facebook&ssm=FB_BR
_CM&fbclid=IwAR0tUqfDyfynJW1aheWqEnGYU1GxGvsGbJmdxD63FnvmY-
jCT7CAkjKswWs#Echobox=1625268988>. Acesso em 06 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a pesquisa, falar ao telefone ou encontrar alguém 
pessoalmente são ações indesejadas pela maioria da população. 
II. O paradoxo apontado no texto refere-se ao fato de as pessoas alternarem 
diversos formatos de respostas às mensagens do dia a dia. 
III. De acordo com a psicóloga, o telefonema apresenta, para muitas pessoas, a 
desvantagem de exigir uma resposta imediata e de interromper o que se 
está fazendo no momento. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
III, apenas. 
 
 
 Pergunta 7 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
Impacto das fake news nas coberturas vacinais 
André de Castro - Ministério da Saúde – 10.11.2020 
A circulação de notícias falsas, o medo de eventos adversos e a sensação 
de segurança decorrente da eliminação de doenças são fatores que vêm 
contribuindo para a queda das coberturas vacinais no Brasil. Dados do 
Ministério da Saúde mostram que, até o dia 22 de outubro de 2020, 
nenhuma das vacinas do calendário nacional atingiu os indicadores 
preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Para a 
coordenadora do PNI, Francieli Fontana, o movimento antivacina também 
pode contribuir para os indicadores. 
Nesse cenário, o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações 
(SBIM), Juarez Cunha, também avalia que o movimento antivacina é um 
dos protagonistas na propagação das fake news. “As inverdades que têm 
circulado podem impactar no número de pessoas não vacinadas no país. 
Coloca nossa população, especialmente as nossas crianças, em risco, 
colaborando para o retorno de doenças que já estavam controladas ou 
eliminadas. É o caso do sarampo”, afirma. 
Em 2019, o Brasil perdeu a certificação de país livre da doença. Isso 
aconteceu porque o país conviveu, por 12 meses e de forma endêmica, 
com casos confirmados da doença. Países dos continentes europeu e 
africano também registraram um maior número de casos na última 
década. 
O presidente da SBIm lembra que o movimento ganhou força por causa 
de um artigo falso, publicado em 1998 pelo médico inglês Andrew 
Wakefield, no qual ele incitava que a vacina do sarampo causava autismo. 
O artigo foi desmentido e retirado dos meios científicos, mas as 
consequências repercutem ainda hoje. 
Problema mundial 
A hesitação em vacinar foi apontada como um problema mundial pela 
Organização Mundial da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas. De 
acordo com estudos, a probabilidade de uma criança nascida ser 
totalmente vacinada com todas as vacinas recomendadasmundialmente 
até os 5 anos de idade é inferior a 20%. Em 2019, quase 14 milhões de 
crianças perderam a oportunidade de receber as vacinas oferecidas para 
a faixa etária. 
“Depois da água potável, a vacinação trouxe melhora na qualidade de 
vida das pessoas e redução da mortalidade”, conta a médica especialista 
em vigilância em saúde, Melissa Palmieri. Ainda de acordo com ela, 
vacinar é um pacto social. Prova disso são os casos de poliomelite no 
Brasil, sem registros desde 1990. 
(...) 
Por que confiar? 
Todas as vacinas disponibilizadas no Programa Nacional de Imunizações 
(PNI) passam pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa), que obedece aos parâmetros internacionais para avaliar 
segurança, imunogenicidade e eficácia. 
 
Uma vez incorporada no Calendário Nacional de Vacinação, antes de ir 
para o posto de saúde, a vacina passa por uma avaliação criteriosa do 
Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), que 
realiza ensaios laboratoriais para o controle de qualidade de produtos 
com interesse para a saúde. 
Os componentes utilizados para a fabricação de vacinas servem para a 
sua conservação e auxiliam no aumento da proteção imunológica da 
pessoa vacinada. Segundo os especialistas, os eventos adversos são 
raros e na maioria das vezes estão relacionados ao indivíduo que recebeu 
a dose, como alguma alergia ou alguma imunodeficiência preexistente 
(transplantados ou com HIV). Para esses casos, foram criados os Centros 
de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), a fim de facilitar o 
acesso da população às vacinas especiais. 
Nesse sentido, o Ministério da Saúde garante que a vacinação é segura 
e eficaz. “Não há nenhuma dúvida com relação a isso, por mais que 
grupos antivacinas queiram aparecer e tomar espaço na mídia”, reforça 
Francieli. O Programa Nacional de Imunizações existe há 47 anos e, 
atualmente, oferece 18 vacinas no Calendário Nacional de Vacinação de 
Crianças e Adolescentes, sete vacinas para adultos e cinco para idosos, 
disponibilizadas gratuitamente nas salas de vacinação do Sistema Único 
de Saúde. 
Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/2052-impacto-das-fake-news-nas-coberturas-
vacinais>. Acesso em 06 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, a queda das coberturas vacinais é um 
problema na saúde pública brasileira, impulsionado pela circulação de 
notícias falsas, pelo medo de eventos adversos e pelo sentimento de 
segurança gerado pela eliminação de doenças. 
II. A pandemia de Covid-19, de acordo com o texto, fez surgir 
o movimento antivacina, responsável pela proliferação de fake news. 
III. O PNI, conforme o texto, disponibiliza gratuitamente 
vacinas que seguem parâmetros internacionais de segurança, 
imunogenicidade e eficácia. 
É correto apenas o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I e III. 
 
 
 Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando 
eletrônicos pode prejudicar o desenvolvimento 
Michelle Roberts (BBC News) 
 
Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, 
celulares e outros eletrônicos com telas pode atrasar o desenvolvimento 
de habilidades de linguagem e sociabilidade, de acordo com o estudo 
canadense. 
A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de 
idade, é a mais recente evidência no debate sobre quanto tempo de uso 
de telas é seguro para crianças. (...) Mães foram consultadas, entre 2011 
e 2016, sobre o tempo de uso de telas e preencheram questionários sobre 
as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos quando tinham 2, 3 e 
5 anos. 
Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar 
videogames e usar computador, tablet, celular ou qualquer aparelho com 
uma tela. 
Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em 
frente a telas por semana. Isso aumentou para cerca de 25 horas aos 3 
anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos 5 anos, quando as crianças 
começam a escola primária. 
As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que 
há aumento do tempo de uso de telas antes que qualquer atraso no 
desenvolvimento seja notado (...). 
Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente 
responsável. O maior tempo da tela pode ser um aspecto simultâneo a 
outros ligados ao atraso no desenvolvimento, como a forma com que a 
criança é educada e o que a criança faz no restante do seu tempo de 
lazer. 
Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando 
para telas, elas podem estar perdendo oportunidades de praticar e 
dominar outras habilidades importantes. 
Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo 
com que as crianças passam correndo e praticando outras habilidades 
físicas. 
Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus 
colegas, autores do estudo, dizem que, ainda assim, faz sentido limitar o 
tempo de uso de telas das crianças e garantir que isso não atrapalhe as 
"interações interpessoais ou o tempo em família". 
(...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais 
vulneráveis aos danos causados pelo uso de telas e qual impacto que isso 
pode ter na sua saúde mental", disse Bernadka Dubicka, do Royal College 
of Psychiatrists. 
"Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, 
porque há também formas positivas de usar telas". 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386>. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da 
influência do uso das tecnologias nas relações interpessoais entre as 
crianças. 
II. O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares pode 
ser uma brincadeira produtiva e interativa. 
III. O texto indica que o uso excessivo e inadequado das telas 
pode influenciar negativamente no desenvolvimento infantil. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
Capoeira 
Gustavo Pereira Côrtes 
Dança, luta ou jogo de origem negra, a capoeira foi introduzida no Brasil 
pelos escravos bantos de Angola, tendo se difundido com grande 
intensidade no Nordeste do Brasil, especialmente nas capitanias da Bahia 
e de Pernambuco, durante o período colonial. Marcada por movimentos 
que imitavam animais, era utilizada como instrumento de defesa pessoal. 
Seu nome refere-se às antigas roças, conhecidas por capoeiras, onde os 
negros realizavam seus treinos. Após a abolição, a capoeira foi 
marginalizada, sendo reprimida pela polícia da época. 
Em Recife e, também, no Rio de Janeiro, não há um estilo sincronizado, 
sendo considerada um jogo de rua, uma malandragem. Na Bahia, assume 
um caráter especial, uma vez que é marcada pala presença de cantigas 
de roda e pelo uso de berimbaus e pandeiros, o que lhe confere um 
aspecto amigável e menos ofensivo. 
Atualmente, vulgarizou-se e pode ser encontrada em todo o país, 
relacionada a atividades ligadas ao esporte e à educação. A indumentária 
é simples, com calças largas e cordões amarrados na cintura, que indicam 
o estágio no qual o participante se insere. 
CORTES, Gustavo. Dança, Brasil: festas e danças populares. Belo Horizonte: Leitura, 2000. 
 
Com base no texto e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa 
correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
No passado, a prática da capoeira era reprimida, por ser associada a 
populações que viviam à margem da sociedade. 
 
 
 Pergunta 10 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia os quadrinhos e a notícia. 
 
 
IBGE aponta desigualdade de acesso à internet entre 
estudantes 
 
Alunos de escolas públicas têm mais dificuldade de conexão; o 
celular é meio utilizado pelos alunos de todas as redes 
Karla Dunder, do R7 – 14.04.2021 
OIBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta 
quarta-feira (14) os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de 
Amostra de Domicílios Contínua) que analisa o uso da televisão e da 
internet pelas famílias brasileiras. Os números são referentes a 2019 e 
indicam que estudantes de escolas particulares têm mais acesso à 
internet que aqueles da rede pública. 
A pesquisa aponta diferenças sociais de acesso à internet em 2019 e que 
ficaram mais evidentes após a pandemia de covid-19, que impôs 
isolamento social e ensino remoto. De acordo com os dados da Pnad de 
2019, 88,1% dos estudantes brasileiros acessaram a internet. No 
entanto, a pesquisa mostra uma diferença social: 98,4% dos estudantes 
da rede privada tiveram acesso à rede e esse percentual entre os 
estudantes da rede pública de ensino foi de 83,7%. 
A Pnad também aponta diferenças de acesso por região do país. Nas 
regiões Norte e Nordeste, o percentual de estudantes da rede pública 
que utilizaram a internet foi de 68,4% e 77,0%, respectivamente; nas 
demais regiões, esse percentual variou de 88,6% a 91,3%. A distância 
fica ainda maior quando apenas os estudantes da rede privada são 
analisados; o percentual de uso ficou acima de 95,0% em todas as 
regiões, "alcançando praticamente a totalidade dos estudantes nas 
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste". 
O acesso à internet pelo celular é o meio mais comum a todos os 
estudantes tanto na rede pública (96,8%) quanto na rede privada 
(98,5%). A diferença volta quando o foco está na posse do aparelho. Nas 
escolas particulares, 92,6% dos alunos tinham telefone celular para uso 
pessoal; esse percentual era de apenas 64,8% entre aqueles da rede 
pública. A maior diferença ocorreu na região Norte: apenas 47,5% de 
estudantes da rede pública tinham o próprio aparelho celular. 
Do total de estudantes que tinham aparelho celular para uso pessoal no 
país, um contingente de 26,3 milhões de pessoas, a parcela que tinha 
acesso à Internet nesse aparelho era de 97,8%, acima da parcela 
estimada para o total da população de 10 anos ou mais de idade (91,0%). 
A diferença social volta a ganhar força quando o meio de acesso à web é 
o computador — 81,8% dos estudantes da rede privada acessavam a 
internet pelo computador; esse percentual era apenas 43,0% entre os 
estudantes da rede pública. 
O uso da televisão para acessar a Internet ocorria para 51,1% dos 
estudantes da rede privada, sendo esse percentual o dobro do 
apresentado entre estudantes da rede pública (26,8%). No uso do tablet, 
a diferença chega a quase três vezes. 
Entre os estudantes da rede pública, a principal finalidade do uso da 
Internet foi assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes 
(93,4%), ao passo que, entre os estudantes da rede privada, o maior 
percentual ocorreu na finalidade enviar ou receber mensagens de 
texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (97,2%). 
https://noticias.r7.com/educacao/pesquisa-internet-foi-o-maior-problema-das-escolas-em-2020-10032021
https://noticias.r7.com/educacao/36-dos-estudantes-tiveram-dificuldade-com-a-internet-06112020
https://noticias.r7.com/educacao/whatsapp-se-tornou-ferramenta-para-estudantes-sem-conexao-22032021
https://noticias.r7.com/educacao/whatsapp-se-tornou-ferramenta-para-estudantes-sem-conexao-22032021
Disponível em <https://noticias.r7.com/educacao/ibge-aponta-desigualdade-de-acesso-a-internet-entre-estudantes-
14042021>. Acesso em 25 set. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os quadrinhos mostram, com humor, a importância que a internet tem 
atualmente como fonte de pesquisa para os mais variados assuntos. 
II. O uso da internet pelos estudantes brasileiros revela desigualdades entre 
as regiões brasileiras e entre alunos de escolas particulares e de escolas 
públicas. 
III. De acordo com a pesquisa, mais de 90% dos estudantes da rede pública 
não utilizam a internet para o estudo: usam essa rede apenas para 
assistirem a vídeos e a programas de entretenimento. 
IV. A intenção dos quadrinhos é mostrar que, em qualquer situação, as 
informações encontradas no Google são verdadeiras. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: e. 
I e II. 
 
 
 Pergunta 11 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o gráfico, sobre o saldo de empregos formais segundo o CAGED - 
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e a charge. 
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Entre janeiro e fevereiro de 2021, houve aumento de cerca 
de 50% das vagas formais de emprego. 
II. No primeiro semestre de 2021, a geração de empregos teve 
um saldo positivo de cerca de mais de 1,5 milhão de vagas de emprego. 
III. O aumento da prestação do serviço de entrega, ilustrado 
na charge, é responsável pela ampliação de vagas formais em 2021. 
IV. A charge tem por objetivo responsabilizar a falta de 
iniciativa empreendedora pelo desemprego registrado em 2020 e 2021. 
É correto o que se afirma apenas em 
 
Resposta Selecionada: a. 
I e II. 
 
 
 Pergunta 12 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge e o trecho a seguir e avalie as afirmativas. 
 
 
 
Algo muito estranho está acontecendo no mundo atual. Vivemos melhor 
do que qualquer outra geração anterior. Pessoas são saudáveis graças às 
ciências da saúde. Moram em residências robustas, produto da 
engenharia. Usam eletricidade, domada pelo homem devido ao seu 
conhecimento de química e física. Paradoxalmente, essas mesmas 
pessoas ligam seus computadores, tablets e celulares para adquirir e 
disseminar informações que rejeitam a mesma ciência que é tão presente 
em suas vidas. Vivemos num mundo em que pessoas usam a ciência para 
negar a ciência. 
KOWALTOWSKI, Alicia. Usando a ciência para negar a ciência. 2019. Disponível 
em https://www.nexojornal.com.br/ (com adaptações). Acesso em 02 ago. 2021. 
 
I. A charge ilustra o paradoxo que se afirma no texto: novas tecnologias, 
frutos do desenvolvimento científico, são usadas para negar a ciência. 
II. A charge tem por objetivo contrapor um professor arcaico com as novas 
tecnologias, que permitem assimilar o conhecimento de forma mais 
rápida. 
III. De acordo com o texto, é paradoxal que as pessoas atualmente, com o 
desenvolvimento científico contemporâneo, ainda fiquem doentes e não 
tenham moradias robustas. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: a. 
I. 
 
 
 Pergunta 13 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a tabela a seguir. 
 
 
 
Com base nas informações apresentadas na tabela, avalie as afirmativas. 
I. Observando-se a tabela, é possível concluir que, em termos 
de desempenho das exportações brasileiras de proteína animal, 
considerados os períodos 2019 e 2020, a carne de suíno é a que obteve 
a maior variação positiva, seguida pela carne de bovino e pela carne de 
frango. 
II. Em termos de valor, em 2019, o Oriente Médio foi 
responsável pela compra de exatamente metade das compras de carne 
de frango realizadas pela China, pela Ásia exceto China e pela União 
Europeia somadas. 
 
III. A maior variação percentual negativa nas compras de carne 
de frango observada na tabela refere-se ao Oriente Médio, apresentando, 
entre 2019 e 2020, uma redução de 1.753 para 1.372 milhões de dólares. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: a. 
I, apenas. 
 
 
 Pergunta 14 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia a charge do cartunista Adão Iturrusgarai e a notícia publicada no 
portal Bahia Notícias. 
 
 
 
Brasil chega a 152 mi de pessoas com acesso à internet; país 
tem aumento de 7% em relação a 2019 
No Brasil, tem crescido, ano a ano, o número de pessoas com acesso à 
internet, e a pandemia acelerou esse processo. Pesquisa promovida pelo 
Comitê Gestor da Internet do Brasil revelou que, em 2020, o país chegou 
a 152 milhões de usuários - aumento de 7% em relação a 2019. Com 
isso, 81% da população com mais de 10 anos têm internet em casa. 
Segundo a Agência Brasil, o coordenadorda pesquisa, Fábio Storino, 
destaca que a pandemia fez com que os indicadores de acesso à internet 
apresentassem os maiores crescimentos dos 16 anos da série histórica. 
O crescimento do total de domicílios com acesso à internet ocorreu em 
todos os segmentos analisados. As residências da classe C com acesso à 
internet passaram de 80% para 91% em um ano. Já os usuários das 
classes D e E com internet em casa saltaram de 50% para 64% na 
pandemia. 
Porém Fábio Storino explica que esse acesso à internet é desigual, uma 
vez que cerca de 90% das casas das Classes D e E se conectam à rede 
exclusivamente pelo celular. 
A desigualdade de acesso à internet no Brasil reflete-se também no 
ensino básico. O censo escolar de 2020 revelou que apenas 32% das 
escolas públicas do ensino fundamental têm acesso à internet para os 
alunos, porcentagem que chega a 65% no caso das escolas públicas do 
ensino médio. 
Além de aumentar os investimentos em infraestrutura para internet nas 
escolas, o diretor executivo da ONG D3e, Antonio Bara Bresolin, que atua 
na produção de pesquisas para orientar políticas de educação, afirma que 
é necessário também capacitar os profissionais da área. 
O governo federal espera aumentar a infraestrutura da internet nas 
escolas a partir do leilão do 5G (...). Segundo o ministro das 
Comunicações, Fabio Faria, 6,9 mil escolas públicas urbanas que hoje não 
têm acesso à internet receberão a infraestrutura nos primeiros anos da 
instalação do 5G no Brasil. O edital do 5G prevê investimentos para levar 
 
internet de alta velocidade para todas as escolas em locais com mais de 
600 habitantes até 2029. 
Disponível em <https://www.bahianoticias.com.br/noticia/261360-brasil-chega-a-152-mi-de-pessoas-com-acesso-a-
internet-pais-tem-aumento-7-em-relacao-a-2019.html>. Acesso em 23 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e nos dados apresentados, avalie as afirmativas. 
I. O número de residências da classe C com acesso à internet 
aumentou 11% entre 2020 e 2021. 
II. A charge ilustra o problema de falta de acesso à internet 
enfrentado por muitas pessoas. 
III. Um pouco menos de 107 milhões de pessoas tinham acesso 
à internet em 2019. 
IV. O percentual de usuários das classes D e E com internet em 
casa cresceu 28% durante o período da pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: c. 
II e IV. 
 
 
 Pergunta 15 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o poema de Conceição Evaristo e avalie as afirmativas. 
Vozes-mulheres 
A voz de minha bisavó 
ecoou criança 
nos porões do navio 
ecoou lamentos 
de uma infância perdida. 
A voz de minha avó 
ecoou obediência 
aos brancos-donos de tudo. 
A voz de minha mãe 
ecoou baixinho revolta 
no fundo das cozinhas alheias 
debaixo das trouxas 
roupagens sujas dos brancos 
pelo caminho empoeirado 
rumo à favela 
A minha voz ainda 
ecoa versos perplexos 
com rimas de sangue e fome. 
A voz de minha filha 
recolhe todas as nossas vozes 
recolhe em si 
as vozes mudas caladas 
engasgadas nas gargantas. 
A voz de minha filha 
recolhe em si 
 
a fala e o ato. 
O ontem – o hoje – o agora. 
Na voz de minha filha 
se fará ouvir a ressonância 
O eco da vida-liberdade. 
Poemas de recordação e outros movimentos, p. 10-11. 
Disponível em <http://www.letras.ufmg.br/literafro/24-textos-das-autoras/187-conceicao-evaristo-textos-
selecionados>. Acesso em 06 set. 2021. 
 
I. O poema, por meio das vozes de gerações de mulheres, revela aspectos 
históricos e sociais do Brasil, como a escravidão e as desigualdades 
econômicas. 
II. O poema afirma que a voz da atual geração expressa a liberdade, sem 
ecos do passado, pois a escravidão acabou. 
III. O poema exalta a importância da ancestralidade e da memória na 
formação da mulher negra. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 16 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia os textos 1 e 2 e avalie as afirmativas. 
 
Texto 1 
A fome é exclusão da terra, da renda, do emprego, do salário, da 
educação, da economia, da vida e da cidadania. Quando uma pessoa 
chega a não ter o que comer é porque tudo o mais já lhe foi negado. É 
uma espécie de cerceamento moderno ou de exílio. O exílio da Terra. 
Mas a alma é política. 
A história do Brasil pode ser contada de vários modos e sob vários 
ângulos, mas, para a maioria, ela é, na verdade, a história da indústria 
da fome e da miséria. Um modo perverso de dividir o mundo em dois, 
produzindo um gigantesco apartheid. 
SOUZA, Herbert. A alma da fome é política. IN MEDINA, C.; GRECO, M. (Orgs). Saber plural. São Paulo: 
ECA/USP/CNPq, 1994. 
 
Texto 2 
No Brasil, 84,9 milhões de pessoas estão com fome ou em 
insegurança alimentar. Número corresponde a 41% da 
população. Na Venezuela, são 33% no patamar da insegurança, 
segundo dados do Programa Mundial de Alimentos da ONU 
Agência O Globo|Brasil Econômico - 19/08/2021 
 
 
Cerca de 41% da população brasileira, ou 84,9 milhões de pessoas, 
convivem com fome ou com algum grau de insegurança alimentar. Os 
números são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada 
 
nesta quinta-feira pelo IBGE, e compreendem o período entre 2017 e 
2018. Para colocar em perspectiva, na Venezuela essa realidade assola 
um terço na população, segundo dados do Programa Mundial de 
Alimentos da ONU (Organização das Nações Unidas). 
Dessa parcela brasileira, 27% vivem com insegurança alimentar leve, 
quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no 
futuro, além de perda na qualidade dos alimentos, a fim de não 
comprometer a quantidade de alimentação consumida. 
Já a população residente em domicílios com insegurança alimentar 
moderada ou grave, em que a qualidade e a quantidade desejadas em 
relação aos alimentos já estavam comprometidas, o percentual é de 
13,9%. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no 
domicílio. 
Como os dados são anteriores ao período da pandemia, a tendência é 
que a dificuldade para garantir alimentação de qualidade e quantidade 
(segurança alimentar) esteja ainda maior. 
Isso porque o desemprego bateu recorde, e o país se recupera 
lentamente da sua pior recessão. Apesar da manutenção do auxílio 
emergencial às famílias, o valor menor do programa neste ano frente 
ao avanço da inflação não reduz o difícil acesso à compra de itens 
básicos, como alimentos, sobretudo pelos mais pobres. 
Disponível em <https://economia.ig.com.br/2021-08-19/fome-inseguranca-alimentar-no-brasil.html>. Acesso em 13 
set. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com o texto 1, a fome é a condição dos exilados políticos, 
daqueles que deixam sua terra. 
II. Os dois textos apontam que a fome é um problema presente na realidade 
brasileira: o texto 1 culpa a indústria pela desigualdade, e o texto 2 
aponta os efeitos da pandemia na falta de segurança alimentar. 
III. Segundo o texto 1, a fome é um estágio daqueles que já foram 
destituídos de seus direitos básicos. 
É correto o que se afirma 
Resposta Selecionada: e. 
III, apenas. 
 
 
 Pergunta 17 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
O que é desemprego 
O desemprego, de forma simplificada, refere-se às pessoas com idade 
para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão 
disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser 
considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. 
Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um 
emprego, não podem ser consideradas desempregadas: 
 um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos; 
 
 uma dona de casa que não trabalha fora; 
 uma empreendedora que possui seu próprio negócio. 
De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por 
Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, o estudante e a dona 
de casa são pessoas que estão fora da força de trabalho; já a 
empreendedora é considerada ocupada. 
A PNAD Contínua é a nossa pesquisaque mostra quantos desempregados 
há no Brasil. Nela, o que é conhecido popularmente como “desemprego” 
aparece no conceito de “desocupação”. Confira, no gráfico a seguir, os 
dados de ocupação, desocupação e outras divisões do mercado de 
trabalho no Brasil, de acordo com os últimos resultados da PNAD 
Contínua. 
 
 
 
Considerando o texto, as informações apresentadas nos gráficos e seus 
conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Aproximadamente, 7% da população brasileira é formada por 
desocupados. 
 
 
 Pergunta 18 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir, retirado do artigo publicado no site da Fiocruz, 
complementado pelo artigo do Instituto Butantan. 
Entenda como acontece o estudo clínico de uma vacina 
(...) 
O processo de pesquisa e desenvolvimento de uma nova vacina é 
constituído de diversas etapas, tratando-se, portanto, de um processo de 
alto investimento. A primeira etapa corresponde à pesquisa básica e é 
onde as novas propostas de vacinas são identificadas. Na segunda etapa, 
há a realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo), que têm por 
objetivo demonstrar a segurança e o potencial imunogênico da vacina. 
Por fim, há a terceira etapa, composta pelos ensaios clínicos (fases I, II, 
III e IV). 
A fase I é o primeiro estudo a ser realizado em seres humanos e tem por 
objetivo principal demonstrar a segurança da vacina. A fase II tem por 
objetivo estabelecer a sua imunogenicidade (capacidade que a vacina 
tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos). A 
imunogenicidade, frequentemente, é medida por coletas de sangue, 
utilizando metodologias de análise adequadas, para avaliar a resposta 
imunológica à vacina administrada. A fase III é a última fase de estudo 
antes da obtenção do registro sanitário e tem por objetivo demonstrar a 
sua eficácia. Somente após a finalização do estudo de fase III e obtenção 
do registro sanitário é que a nova vacina poderá ser disponibilizada para 
 
a população. A fase IV é o estudo pós comercialização, em que é 
analisado o que ocorre já com a vacina disponível às pessoas. 
Os critérios para seleção dos participantes do ensaio dependem 
fundamentalmente do objetivo do estudo. De modo geral, os 
participantes devem representar o grupo de indivíduos/população para 
os quais o produto foi desenvolvido e aqueles que mais poderiam se 
beneficiar da intervenção. Além disso, é necessário selecionar áreas de 
maior transmissão onde o número esperado de casos é suficiente para a 
realização do estudo e interpretação dos resultados. 
Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/ /index.php/br/noticias/1992-entenda-como-acontece-o-estudo-clinico-de-
uma-vacina>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). 
 
 
Ensaios clínicos 
(...) 
A Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan 
(IB) coordena todos os ensaios clínicos, desde a fase I até a fase IV, para 
os imunobiológicos produzidos pelo instituto incluindo as vacinas. Com 
isso, ela garante a internalização do conhecimento adquirido com a 
realização desses estudos e contribui para a integração de todas as 
etapas do processo de pesquisa e desenvolvimento. Cabe ressaltar ainda 
que esta Divisão também realiza atividades de farmacovigilância para 
todos os soros e vacinas produzidas pelo IB, ou seja, realiza 
monitoramento contínuo da segurança desses produtos quando eles já 
se encontram disponibilizados e em uso pela população. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/pesquisa/ensaios-clinicos>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
 . Uma nova vacina só pode ser disponibilizada à população 
após o registro sanitário, que ocorre após a fase IV dos ensaios clínicos, 
os quais compõem a terceira etapa do processo de sua pesquisa e seu 
desenvolvimento. 
I. As atividades de Farmacovigilância para vacinas são 
realizadas durante a fase IV dos ensaios clínicos. 
II. A avaliação da capacidade de o organismo produzir 
anticorpos contra um microrganismo como o coronavírus e o 
monitoramento da segurança das vacinas em uso pela população são 
efetuados durante as fases II e IV dos ensaios clínicos, respectivamente. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: d. 
II e III, apenas. 
 
 
 Pergunta 19 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia os textos 1 e 2. 
 
 
Texto 1 
Com -2,3ºC no extremo sul, cidade de São Paulo registra menor 
temperatura em uma região em 17 anos 
Bairros mais gelados, segundo o CGE, foram Marsilac e Capela 
do Socorro, no Extremo Sul. Temperatura média na cidade foi 
de 5,4ºC. Foram 224 pessoas acolhidas das ruas da cidade na 
madrugada desta terça (20) por causa do frio, segundo a 
prefeitura. 
Por G1 SP – 20.07.2021. 
A cidade de São Paulo registrou nesta terça-feira (20) a temperatura mais 
baixa em uma região da cidade desde 2004, quando o Centro de 
Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura, começou a coletar 
os dados. 
Em Engenheiro Marsilac, no extremo Sul, os termômetros chegaram a -
2,3ºC nesta madrugada. Capela do Socorro, na Zona Sul, também teve 
temperatura negativa, e a estação meteorológica do CGE marcou -1,3ºC. 
Essas temperaturas não fazem parte do recorde da cidade como um todo, 
que é feito a partir de uma média de todas as 29 estações 
meteorológicas. Em todo o município, a rede de estações meteorológicas 
do CGE da Prefeitura de São Paulo registrou a média de 5,4ºC nesta 
terça, disse o órgão. 
Disponível em <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/07/20/cge-registra-frio-intenso-e-com-temperaturas-
negativas-em-sao-paulo.ghtml>. Acesso em 02 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Texto 2 
Treze moradores de rua morreram de frio apenas neste ano na 
cidade de SP, diz movimento 
Movimento Estadual da População em Situação de Rua pede 
por políticas públicas mais eficazes para essa parcela da 
população. Prefeitura de São Paulo nega que hipotermia tenha 
sido causa das mortes registradas das pessoas em situação de 
rua 
Moniele Nogueira, SP1 e G1SP – 19.07.2021 
O Movimento Estadual da População em Situação de Rua afirma que 13 
pessoas já morreram vítimas do frio nas ruas da capital paulista somente 
neste ano. 
O último caso ocorreu nos arredores do Terminal Parque Dom Pedro II, no 
Centro da capital, nesta segunda-feira (19). O corpo de um homem, de 
aproximadamente 60 anos, foi encontrado por pessoas que passavam na 
região, em torno das 5h, e acionaram o Samu. Assim que chegaram ao 
local, os socorristas registraram o óbito da vítima. A ocorrência foi 
registrada no 1º Distrito Policial da Sé. 
Segundo a Polícia Militar, só a perícia poderá atestar o motivo da morte, 
mas a principal hipótese é que o homem tenha sofrido problemas 
relacionados ao frio, já que a cidade de São Paulo enfrentou uma 
madrugada de temperaturas muito baixas. 
A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da capital, Berenice 
Giannella, diz que o número de óbitos de moradores em situação de rua 
está incorreto e nega que hipotermia, ou seja, a queda excessiva da 
temperatura corporal, tenha sido a causa das mortes registradas. 
"O que a gente teve foi há três semanas, foram três mortes. Uma foi 
homicídio, e as outras duas ainda estão sob investigação. Nós não 
sabemos se foi em decorrência do frio ainda", disse Giannella. "Esta noite 
também tivemos essa morte, e a pessoa não foi identificada ainda, não 
sabemos se foi em decorrência do frio ou não, estamos aguardando o 
IML". 
Disponível em <https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/07/19/13-moradores-de-rua-foram-vitimas-fatais-do-
frio-apenas-neste-ano-na-cidade-de-sp-diz-movimento.ghtml>. Acesso em 22 set. 2021. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
 . Se, no dia 20 de julho de 2021, a menor temperatura 
registrada pelo CGE foi de -2,3ºC e a média foi de 5,4ºC, então, é possível 
afirmar que a máxima temperatura registrada por uma das estações do 
CGE foi de 13,1ºC. 
I. A onda de frioem São Paulo provocou mortes de dezenas 
de moradores de rua, mesmo com as políticas públicas consideradas 
suficientemente eficazes pelo Movimento Estadual da População em 
Situação de Rua. 
II. No momento da redação da notícia, a hipótese de a morte 
do homem nos arredores do Terminal Parque Dom Pedro II ter sido 
provocada por hipotermia ainda não havia sido confirmada. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: e. 
III, apenas. 
 
 
 Pergunta 20 
0,5 em 0,5 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, extraído do Atlas da Violência 2020, uma 
publicação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 
Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da 
Saúde (SIM/MS), houve 57.956 homicídios no Brasil em 2018, o que 
corresponde a uma taxa de 27,8 mortes por 100 mil habitantes – o menor 
nível de homicídios em quatro anos. Essa queda no número de casos 
remete ao patamar dos anos entre 2008 e 2013, em que ocorreram entre 
50 mil e 58 mil homicídios anuais. 
O gráfico abaixo mostra que a diminuição das taxas de homicídio 
aconteceu em todas as regiões, com maior intensidade no Nordeste. 
Desde 2016, esse índice de violência vinha diminuindo nas regiões 
Sudeste, Centro-Oeste e Sul. No gráfico, chama a atenção a reversão da 
tendência de aumento das mortes no Norte e Nordeste e o aumento da 
velocidade de queda no Sul e Sudeste. 
 
 
 
Diante do quadro da redução, em 12%, das taxas de homicídio no país, 
entre 2017 e 2018, que passou de 31,6 para 27,8 por 100 mil habitantes, 
fica a pergunta: quais fatores poderiam explicar essa notável diminuição? 
Trata-se de alguma mudança institucional súbita ocorrida a partir de 
2017? Ou a redução das mortes violentas, nesse ano, pode ser explicada 
pela própria dinâmica da criminalidade que já vinha se desenrolando nos 
anos anteriores? 
De outro modo, no Atlas da Violência 2019, já havíamos chamado a 
atenção para a tendência de queda de homicídios que abrangia 
gradualmente cada vez mais Unidades da Federação (UFs), nos dez anos 
anteriores a 2017. Naquele documento, apontamos as principais razões 
que estariam influenciando a queda dos homicídios pelo país afora até 
2017, a saber: i) a mudança no regime demográfico, que fez diminuir 
substancialmente, na última década, a proporção de jovens na 
população; ii) o Estatuto do Desarmamento, que freou a escalada de 
mortes no Brasil e que serviu de mecanismo importante para a redução 
de homicídios em alguns estados, como São Paulo, que focaram 
fortemente na retirada de armas de fogo das ruas; e iii) políticas 
estaduais de segurança, que imprimiram maior efetividade à prevenção 
e ao controle da criminalidade violenta em alguns estados. 
Destacamos ainda, no Atlas da Violência 2019, que um quarto fator que 
conspirou a favor do aumento dos homicídios, entre 2016 e 2017, em 
alguns estados, sobretudo do Norte e do Nordeste, foi a guerra 
desencadeada entre as duas maiores facções penais no Brasil (Primeiro 
Comando da Capital – PCC e Comando Vermelho – CV) e seus parceiros 
locais, que eclodiu em meados de 2016, gerando número recorde de 
mortes no Acre, Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do 
Norte. 
Ocorre que uma guerra custosa, imprevisível e duradoura, sem um 
contendor com vantagens ou supremacia clara, é inviável 
economicamente. Depois de cerca de um ano e meio das escaramuças 
em alta intensidade – no eixo do tráfico internacional de drogas, nas rotas 
do alto do Juruá, Solimões e nos estados nordestinos –, em que membros 
das duas maiores facções penais se matavam mutuamente, a intensidade 
dos conflitos diminuiu. O movimento das guerras de facções em 2016 e 
2017 e o subsequente armistício, velado ou não, a partir de 2018, 
explicariam por que os supramencionados estados do Norte e Nordeste 
foram aqueles com maiores aumentos nas taxas de homicídio, em 2017, 
e maiores quedas em 2018. 
Para finalizar, acreditamos que um quinto fator que pode ter contribuído 
para a redução substancial dos homicídios, em 2018, diz respeito à piora 
substancial na qualidade dos dados de mortalidade, em que o total de 
mortes violentas com causa indeterminada (MVCI) aumentou 25,6%, em 
relação a 2017, fazendo com que tenham permanecido ocultos muitos 
homicídios. Em 2018, foram registradas 2.511 MVCI a mais, em relação 
ao ano anterior, fazendo com que o ano de 2018 figurasse como 
recordista nesse indicador, com 12.310 mortes cujas vítimas foram 
sepultadas na cova rasa das estatísticas, sem que o Estado fosse 
competente para dizer a causa do óbito, ou simplesmente responder: 
morreu por quê? 
Disponível em <https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/3519-atlasdaviolencia2020completo.pdf>. 
Acesso em 10 ago. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura e em seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
 . Em 2017, o número de homicídios na região Norte foi maior 
do que o número de homicídios da região Sudeste. 
I. Entre 2013 e 2018, todas as regiões apresentam tendência 
de queda da taxa de homicídios. 
II. O texto sugere que o súbito aumento da taxa de homicídio 
entre 2016 e 2017 nas regiões Norte e Nordeste pode ser explicado por 
conflitos entre facções criminosas, que cessaram em 2018. 
III. A população brasileira em 2018 era maior do que 208 
milhões de habitantes. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: c. 
III e IV. 
 
 
Domingo, 24 de Outubro de 2021 18h17min56s GMT-03:00 
 OK 
 
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