Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Dosimetria da Pena O método trifásico de aplicação da pena tem por objetivo viabilizar o exercício do direito de defesa, explicando para o réu os parâmetros que conduzem o juiz à determinação da reprimenda. SISTEMA TRIFÁSICO 1ª FASE Fixar a pena- base atentando-se para as circunstâncias judiciais (art.59 do CP) 2ª FASE Fixar a pena intermediária, considerando os agravantes (art.61 e 62) e atenuantes (art. 65 e 66) 3ª FASE Fixar a pena definitiva, aplicando as causas de aumento (majorantes) e de diminuição (minorantes) de pena 1ª FASE: a primeira etapa da aplicação da sanção privativa de liberdade tem por finalidade fixar a pena-base, sobre o qual incidirão as circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do CP: culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade do agente, motivos, circunstâncias e consequências do crime, bem como o comportamento da vítima. a) Culpabilidade: cuida-se do maior ou menor grau de reprovabilidade da conduta do agente. b) Antecedentes do agente: esta circunstância judicial representa a vida pregressa do agente, sua vida antes do crime (fatos posteriores não são considerados nesta etapa). c) Conduta social do agente: trata-se do comportamento do réu no seu ambiente familiar, de trabalho e na convivência com os outros. d) Personalidade do agente: cuida-se aqui, do retrato psíquico do delinquente. e) Motivos do crime: correspondem ao “porquê” da prática da infração penal. Entende-se que esta circunstância judicial só deve ser analisada quando os motivos não integrem a própria tipificação da conduta, ou caracterizem circunstância qualificadora ou agravante, sob pena de bis in idem. f) Circunstâncias do crime: exige do magistrado a análise da maior ou menor gravidade do crime espelhada pelo modus operandi do agente. g) Consequências do crime: são os efeitos decorrentes da infração penal, seus resultados. 2ª FASE: a segunda fase da aplicação da pena tem por finalidade encontrar a pena intermediária. O seu ponto de partida é a pena- base na etapa anterior, fazendo incidir sobre ela as circunstâncias agravantes (art. 61 e 62) e atenuantes (art. 65 e 66). Súmula 241/STJ: a reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. • Reincidência: art. 63 – verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que no país ou estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior. 3ª FASE: a última fase do cálculo da pena tem como finalidade a fixação da reprimenda definitiva. Toma como ponto de partida a pena- intermediária da etapa anterior, fazendo incidir sobre ela as causas de aumento (majorantes) e de diminuição (minorantes) de pena. Súmula 231/STJ: a incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. Por Samara Silva
Compartilhar