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PROBLEMA 6 – ASMA MÓDULO II COORDENADORA: NATHALYA KAREN RELATORA: LUIZ CARLOS TUTORA: ÍVINA REFERÊNCIAS OBJETIVOS: 1- Analisar a asma considerando conceito, epidemiologia, etiologia, fatores de risco, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico, diagnóstico diferencial, tratamento, prognóstico, complicações, prevenção e fatores de exacerbação; 2. Descrever o programa Respira Bahia. CONCEITO EPIDEMIOLOGIA • 4° causa de hospitalização pelo SUS e a 3° causa entre crianças e adultos jovens; • Acomete 10-25% da população brasileira; • maior prevalência em crianças 1-4 anos; • A mortalidade chega a 1,7/1000 ao ano. FATORES DE RISCO Atopia Genética Infecções Exposição ocupacional Tabagismo Obesidade FENÓTIPOS ASMÁTICOS ASMA ALÉRGICA (EXTRÍNSECA) ASMA NÃO ALÉRGICA (INTRÍNSECA) ASMA DE INÍCIO TARDIO ASMA COM OBSTRUÇÃO AÉREA FIXA ASMA RELACIONADA À OBESIDADE FISIOPATOLOGIA QUADRO CLÍNICO CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CONTROLE DA ASMA GINA (Global Initiative for Asthma): ASMA CONTROLADA ASMA PARCIALMENTE CONTROLADA ASMA NÃO CONTROLADA Sintomas diurnos > 2x/semana NENHUM ITEM 1-2 ITENS 3-4 ITENS Despertares noturnos por asma Medicação de resgate >2x/semana Limitação das atividades por asma ASMA CONTROLADA ASMA PARCIALMENTE CONTROLADA ASMA NÃO CONTROLADA Dispneia – escore de 0-5 ESCORE > OU =20 ESCORE 15-19 ESCORE < OU = 15 Despertares noturnos por asma – escore de 0-5 Medicação de resgate – escore de 0-5 Limitação das atividades por asma – escore de0-5 TESTE DE CONTROLE DA ASMA – ACT: DIAGNÓSTICO ANAMNESE EXAME FÍSICO ESPIROMETRIA PICO DE FLUXO ESPIRATÓRIO TESTE DE BRONCOPROVOCAÇÃO TESTES CUTÂNEOS HEMOGRAMA RAIO X DE TÓRAX DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DPOC; DRGE; Rinite/ sinusite; Bronquiectasias; Corpo estrano inalado; Disfunção de prega vocal; Tuberculosa pulmonar. TRATAMENTO MEDICAMENTOS DE CONTROLE: CORTICOIDE INALATÓRIO (CI) CORTICOIDES ORAIS (CO) BETA 2-AGONISTAS DE LONGA DURAÇÃO (LABA) IMUNOBIOLOGICO ANTI IGE MEDICAMENTOS DE RESGATE OU ALIVIO: • BETA 2- AGONISTAS INALATÓRIOS DE CURTA DURAÇÃO (SABA) TRATAMENTO OUTRAS FORMAS DE TRATAMENTO: CESSAR TABAGISMO EVITAR EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS CONTROLE DAS COMORBIDADES PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA VACINAÇÃO PLANO DE AÇÃO DISPOSITIVOS INALATÓRIOS FATORES DESENCADEANTES DAS EXACERBAÇÕES 1. ALÉRGENOS: ácaros, pólens, pelos de animais, etc. 2. TABAGISMO 3. INFECÇÕES VIRAIS* 4. FÁRMACOS: betabloqueadores e o AAS. 5. EXERCÍCIOS FÍSICOS 6. POLUIÇÃO: aeropoluentes como ozônio. 7. ESTRESSE 8. MEDICAMENTOS: aspirina e AINES. PROGRAMA RESPIRA BAHIA OBJETIVO GERAL: capacitar os profissionais de saúde incluídos no projeto “RESPIRA BAHIA” para o diagnóstico e manejo das doenças respiratórias mais prevalentes e definir a infra-estrutura mínima necessária das UBS que participarão do programa. OBEJTIVOS ESPECÍFICOS: Capacitar os profissionais de saúde nível superior para: Reconhecer o diagnóstico diferencial das doenças respiratórias mais prevalentes (infecções respiratórias agudas, alergia respiratória (rinite e asma, DPOC, tuberculose e outras); Preencher questionário básico a ser utilizado em cada usuário da UBS com queixas respiratórias; Utilizar equipamentos simples de auxílio diagnóstico (espirômetro portátil e oxímetro de pulso) que serão utilizados nas UBS. CENTROS DE REFERÊNCIA: • Serviço de Pneumologia do Hospital das Clínicas/UFBA e Hospital Especializado Otávio Mangabeira/SESAB PROGRAMA RESPIRA BAHIA PROBLEMA 6 Chiado grave! P.B.M., 48 anos, sexo feminino, com história de asma, associado a dermatite e rinite desde a infância. Esporadicamente apresentava crises de dispneia que a levavam a procurar assistência médica em salas de emergência. Não era fumante, não apresentava comorbidades e desconhecia história familiar de atopia. No ano anterior à primeira consulta no ambulatório de referência do Programa Respira Bahia, relatou cinco atendimentos em salas de emergência, sem necessidade de hospitalizações ou intubação orotraqueal; recebeu três ciclos de corticosteroides orais. Na primeira consulta ambulatorial encontrava-se assintomática, sem usar broncodilatador, corticosteroide oral ou inalatório e referia dispneia desencadeada por atividades físicas de moderada intensidade. Ao exame clínico observou: PA 130/80mmHg, FR 19 irpm e FC 68bpm. Não foram identificadas alterações em vias aéreas superiores; à ausculta o murmúrio vesicular estava reduzido bilateralmente, sem sibilos ou roncos; em suas extremidades não havia cianose ou edema. A radiografia de tórax estava normal. O leucograma demonstrou 8.100 leucócitos com 14% de eosinófilos. Os testes cutâneos de leitura imediata exibiram pápulas para histamina de 6x5 mm. A espirometria demonstrou grave distúrbio ventilatório obstrutivo: CVF 1,54 L (46%); VEF1: 1,07 L (38,0%); VEF1/CVF: 69,0%; FEF 25-75%: 0,64 L (23,0%) e o VEF1pós-broncodilatador foi de 0,5 L (2%). Foi classificada como tendo asma grave com má percepção da intensidade da limitação aos fluxos aéreos. Imediatamente foi instituído tratamento combinado com formoterol 12 mcg + budesonida 400 mcg inalados, com intervalo de 12 horas, e budesonida tópica nasal. Espirometrias e medidas de pico de fluxo foram realizadas em intervalos regulares, a cada três meses. Evoluiu nos doze meses subsequentes sem queixas expressivas, com duas exacerbações leves que cederam com uso de fenoterol inalado. Na última avaliação ambulatorial, queixas e sintomas relacionados à rinite e asma estavam ausentes. O pico de fluxo expiratório foi de 50% do previsto. Trinta dias depois desta consulta, a paciente apresentou exacerbação grave; utilizou-se de fenoterol spray e prednisona 40mg, conforme plano de ação, e foi encaminhada ao pronto socorro de imediato, tendo evoluído para o óbito decorridas duas horas desde o início da exacerbação. OBRIGADO !
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