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Desenvolvimento Puberal Normal e Anormal Puberdade normal • Trata-se da transição entre infância e fase adulta, resultando da ativação do eixo hipo- tálamo-hipófise-ovário (H-H-O), por meio de feedbacks positivo ou negativo; • Tem-se o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (mama e pelos), com aceleração da velocidade de crescimento, em decorrência do início da produção de es- trogênio pelos ovários, e início da capaci- dade reprodutiva (menarca e ciclos ovulató- rios); • O hipotálamo produz LHRH, agindo na hipófise, que passa a produzir as gonado- trofinas hipofisárias, LH (hormônio lutei- nizante) e FSH (hormônio folículo estimu- lante), que apresentam como função estimu- lar a produção de progesterona e estrogê- nio pelos ovários. Na mulher que menstrua, as quantidades mais elevadas de progeste- rona e estrogênio produzem um feedback negativo na hipófise; • Fatores desencadeantes: - Genéticos; - Situação geográfica; - Exposição à luz; - Estado nutricional e emocional; - Peso corporal; - Leptina. → Vida embrionária: • O eixo H-H-O é estabelecido cedo, fi- cando quiescente: - GnRh presente hipotálamo com 8 sema- nas; - Sistema porta-hipofisário funcionante 11-12 semanas; - LH/FSH presente hipófise a partir das 12 semanas, atuando na estimulação ovariana a produção de folículos, ainda que em baixas quantidades; • O ovário apresenta cerca de 7 milhões cé- lulas germinativas a 20ª semana, estas que sofrem uma atresia contínua e, ao nasci- mento, equivalem a cerca de 2 milhões (de- pois da menarca continua a diminuir pelo processo de ovulação mensal); • Nesta fase, todos os hormônios da gravi- dez passam para o feto feminino, pela circu- lação placentária. Recém-nascida: • Ação estrogênica placentária e materna: - Mamas túrgidas/secreção papilar (2/3 ca- sos); - Vulva edemaciada/hímen espessado; - Mucosa vaginal espessada; - Descarga vaginal fisiológica (epitélio es- tratificado pela ação do estrogênio materno); - Corpo uterino pouco aumentado - Endométrio podendo descamar, podendo ter um sangramento em 10% casos; • Essas alterações podem estar presentes até o quarto mês de vida; • A queda hormonal não ocorre de forma ab- rupta. Infância: • Atividade do eixo H-H-O diminuída, com queda, também, da ação dos hormônios pla- centários, sendo o período pré-púbere; • Ocorrem flutuações hormonais, com ní- veis mínimos de hormônios hipotalâmicos e hipofisários que podem levar a: - Crescimento folículos; - Produção estrogênios níveis basais: feedback negativo “exacerbado”, chamado de mecanismo gonadostato. Ocorre a sinali- zação para que, mesmo com as quantidades mínimas de hormônio periférico, seja esti- mulada a quiescência da hipófise e mante- nha esse eixo não funcionante; • O feedback negativo exacerbado gonados- tato, juntamente do mecanismo inibitório intrínseco do SNC (GABA), atuam nos Marianne Barone (15A) Ginecologia Geral e Mastologia – Prof. Fernanda de Araújo Cardoso neurônios do núcleo arqueado, no hipotá- lamo, que apresenta modificações na sensi- bilidade de seus receptores, impedem a li- beração do eixo e produção de GnRH pelo hipotálamo, não deixando que a puberdade seja iniciada; • Queda mecanismos inibitórios sobre o hipotálamo: - Liberação eixo H-H-O; - Pulsos GnRh: estimulam a produção de FSH e LH, inicialmente noturno; - Ocorre um aumento gradual do estradiol. • Há o aparecimento dos caracteres sexuais secundários, indicando a queda dos meca- nismos inibitórios. → • É caracterizada pelos eventos relacionados com a presença do estrogênio, sendo eles: - Crescimento esquelético linear; - Alteração da forma e composição corpo- ral; - Desenvolvimento dos órgãos e sistemas; - Desenvolvimento das gônadas e dos ca- racteres sexuais secundários (antes da pro- dução hormonal o ovário está atrófico). Telarca: • Aparecimento do broto mamário, por volta dos 8-9 anos, com liberação do eixo H-H-O; • Atividade estrogênica: crescimento con- comitante de ovários, útero, tubas, vagina e vulva; • Dimorfismo corporal: o corpo apresenta diferenças na deposição de gordura nas ná- degas e flancos; • Critérios de Marshall e Tanner: são classificações da telarca feminina. Os está- gios da telarca são classificados entre M1- M5, sendo que: - M1: é a mama pré-pubere, sem liberação de eixo; - M2: aparecimento do broto mamário, sem aumento do tecido; - M3: tem o broto mamário com apareci- mento de tecido mamário; - M4: aumento maior do tecido mamário, com diferença de profundidade entre a aré- ola e o restante da mama; - M5: mama adulta. Adrenarca/pubarca: • Ocorre a ativação da zona reticular das su- pra-renais, com produção de hormônios an- drogênicos, secretando DHEA, DHEA-S e androstenediona; • Paralelamente ao início da secreção de GnRH, mas independente da liberação do eixo H-H-O; • Trata-se do aparecimento dos pelos pubia- nos, axilares e secreção sebácea, com início o odor axilar e acne; • Pode ocorrer antes ou depois da telarca; • Critérios de Tanner: é a classificação da pubarca em P1-P5, sendo que: - P1: é a fase pré-púbere, sem pelos; - P2: ocorre o início do aparecimento dos pelos nas bordas dos grandes lábios; - P3: os pelos são presentes ao redor dos grandes lábios e se estendem para o monte púbico; - P4: além do monte púbico, os pelos se- guem em direção ao períneo; - P5: pelo adulto, atingindo períneo, gran- des lábios, monte púbico e raiz da coxa. Estirão do crescimento: • É atingida cerca de 16% da altura final • Ocorre em 3 fases: - Velocidade de crescimento mínima, ainda peripuberdade; - Fase de aceleração: equivalente a M2, com liberação do eixo H-H-O; - Pico máximo: na fase M3; - Desaceleração do crescimento (após menarca): ocorre em M4. Menarca: • É o fenômeno mais marcante da puber- dade; • Brasil: idade média 12 anos; • Após a menarca, os ciclos podem ser ano- vulatórios por até 2-3 anos, com irregulari- dade do ciclo (pela imaturidade do ciclo); • Idade óssea: é avaliada pelo raio-X de mãos e punhos, com análise do fechamento das epífises, em torno de 13 anos com alte- ração normal de 2 anos a menos da idade da adolescente. Puberdade precoce • É o desenvolvimento de caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos nas meninas (liberação do eixo = aparecimento dos ca- racteres sexuais secundários) e dos 9 anos nos meninos; • Existem controvérsias em relações à idade, de acordo com determinadas populações, devendo ser reavaliado; • Classificação: - Puberdade precoce central ou verdadeira; - Puberdade precoce periférica ou pseudo- puberdade; - Variações benignas do desenvolvi- mento puberal: telarca precoce, pubarca precoce; ou menarca precoce. → • Tem-se a mimetização do desenvolvi- mento normal, mas em idade cronológica inadequada, ou seja, há uma liberação do eixo desde o hipotálamo; • Incidência: ~ 1: 5.000 a 1: 10.000. Em meninas é 3 a 23 vezes maior que meninos • 95% causa idiopática; • Ocorre a liberação prematura de GnRH pelo hipotálamo, estimulando a produção de LH e FSH, causando a síntese de progeste- rona e estrogênio. Etiologia: • Idiopática; • Genética: mutações nos genes GPR54 e KiSS –1; • Secundária à exposição crônica a esterói- des sexuais (atua no feedback do ovário com o eixo H-H-O, ativando o hipotálamo a produzir pelo aumento periférico de hormô- nio); • Anormalidades do SNC: - Hamartoma hipotalâmico: é uma mal- formação congênita não neoplásica, ocor- rendo em 2-28% da população, tratando-se de um tumor de neurônios GnRH +/TGF α, geralmente assintomáticos ou que causam crises convulsivas, distúrbios de comporta- mento, atraso mental e síndromes dismórfi- cas.O diagnóstico é feito com ressonância magnética e tratamento com análogos de GnRH; -Tumores; - Malformações congênitas; - Infecções e processos inflamatórios. Diagnóstico: • Clínico: - História clínica detalhada; - Idade de início e ritmo de progressão; - Exame físico: critérios de Tanner; - Peso, altura (curvas de crescimento e ga- nho ponderal); - Velocidade de crescimento; - Outros aspectos clínicos; • Hormonal: é feita a análise do LH, de- vendo ter valores <0,6U/L em meninas pré- púberes; - Um outro teste é o teste de estímulo com GnRH, em que, num eixo quiescente, os re- ceptores do hipotálamo no eixo não liberado, ainda que recebam GnRH exógeno, o hor- mônio ocupa o receptor sem transmissão de estímulo na hipófise ou no ovário. As dosa- gens de LH, após 30-60 minutos, devem manter constantes, mesmo administrando um hormônio homólogo de GnRH após 30- 120 minutos, indicando que o eixo é quies- cente. Se houver um aumento, indica que o eixo está liberado e a paciente está em pu- berdade precoce; - Outras dosagens são úteis em diagnósti- cos diferenciais, como a alta produção de hormônio androgênico, convertido em tes- tosterona e causando a ativação paralela do eixo, que permite diagnosticar o tumor de adrenal, por exemplo; • Métodos de imagem: - RX mãos e punhos: avaliação da idade óssea (diferença de 2 anos em pacientes com idade superior a 3 anos); - USG pélvica e abdominal: tumores de ovário e adrenal podem causar puberdade precoce; - TC/RM. Tratamento: • Objetivos: - Supressão do eixo; - Regressão dos caracteres secundários; - Desaceleração do avanço da idade óssea e retomada da velocidade de crescimento normal; - Resolução problemas psicossociais; - Remoção fator etiopatogênicos: tratar doença base; • Correlacionar início do aparecimento dos sintomas com a rapidez de sua progressão • Melhores resultados quando iniciado pre- cocemente (antes de 5-6 anos); • AMP e Acetato de Ciproterona: baixa eficácia na supressão de eixo, tratando-se de progesterona exógena, que antagoniza a ação do estrogênio; • Análogos-agonistas hiperativos do GnRH (GnRHa): é a forma de tratamento de escolha. Ele é administrado e realiza um estímulo inicial, ocupando os receptores do hipotálamo, causando, posteriormente, a su- pressão da secreção de gonadotrofinas re- sultando dessa redução do número de recep- tores (down-regulation), com dessensibili- zação por desacoplamento do sinal de trans- dução intracelular (não consegue mais transmitir para a hipófise); - Goserelina 3,6mg SC: a cada 28 dias ou 10,8mg/3 meses (ZOLADEX®). É utili- zado, também, para tratamento de miomas ou endometriose, por bloquear a menstrua- ção; - Leuprorrelina (Leuprolide) ou Trip- torrelina 3,75mg: IM a cada 28 dias ou 11,25mg/3 meses; • Deve-se ter uma avaliação de LH a cada 3 meses e teste de estímulo com GnRH a cada 6 meses (˂ 0,6/ 2,3 U/L = supressão ade- quada), Tanner (com regressão) e idade ós- sea, tratando até 12 a 12,5 anos de idade ós- sea; • Melhores resultados na estatura final quando iniciado precocemente • Reversão do eixo imediata após suspensão; • Efeitos adversos: sangramento vaginal (estímulo inicial ou atrofia endometrial), náuseas, sintomas locais e vasomotores; • Estudos atuais não demonstraram piora da massa óssea; • Associação com GH: - Diminuição da velocidade de cresci- mento durante o tratamento com GnRH; - Abaixo do percentil 25 ou menor que 4 cm/ano; - Dose: 0,1 a 0,15 UI/kg/dia; - Ganho estatural médio maior que GnRH análogo sozinho. → • Ocorre por ação dos esteróides sexuais, independente do estímulo GnRh; • Tem-se uma produção de hormônios pela periferia, com aparecimento de caracteres sexuais secundários, por ação da gônada. Etiologia: • Uso exógeno de esteróides; • Distúrbios da supra-renal: defeitos enzi- máticos (HAC) e neoplasias; • Neoplasias ovarianas funcionantes (be- nignas ou malignas): tumores da granulosa, luteomas; • Cistos foliculares ovarianos autônomos: - Puberdade não sequencial (ex. menstrua- ções antes M2 ou logo após); - Rápido avanço no crescimento ósseo e al- tura final reduzida. - Aumento ovariano e presença de cistos assimétricos; • Hipotiroidismo primário: TSH aumenta e estimula indiretamente a ação do ovário; • Causas genéticas: Síndrome McCune-Al- bright; - Tríade: manchas “café au lait”, displasia fibrosa poliostótica, função endócrina au- tonôma (ovários). Essa função endócrina autônoma é principalmente ovariana, po- dendo ocorrer: ▷ Tireoide: hiperplasia nodular com hi- per ou eutireoidismo; ▷ Adrenal: nódulos hiperplásicos múlti- plos com Síndrome de Cushing; ▷ Hipófise: adenomas com gigantismo ou acromegalia; ▷ Paratireóide: adenomas com hiperpa- ratireoidismo; - Mutação gênica da subunidade α da proteína G do receptor endócrino: ativa- ção do AMPc e adenilciclase; - Ocorrência esporádica, mais comum em meninas • Hepatopatias. Diagnóstico: • FSH/LH: valores baixos ou ausência de pico após teste de estímulo; • Estradiol: › 10 pg/mL; • DHEA-S, androstenediona: tumores de adrenal; • Testosterona livre e 17-OH progeste- rona: pubarca precoce e suspeita de HCA (hiperplasia congênita de adrenal_ • TSH, T4 livre: hipotireoidismo primário; • HCG: coriocarcinoma, tumor hepático; • GH: pós radioterapia e baixa estatura. • Avaliar idade óssea; • Exames de imagem: USG pélvico e ab- dome e TC/RM. Tratamento: • Cirúrgico: alguns tumores, regressão do processo puberal; • Medicamentoso: bloquear ação dos este- róides em seus receptores ou sua síntese; • Acetato de medroxiprogesterona: - Supressão da liberação de gonadotrofina e bloqueio direto da esteroidogênese; - Dose: 10 a 50mg/dia ou 50 a 100mg a cada 2 semanas; - Tratar de acordo com a resposta clínico- laboratorial, ou seja, regressão dos caracte- res secundários; - Efeitos adversos: cefaléia, edema, ga- nho de peso; • Bloqueadores do receptor androgênico: - Espironolactona 100 mg/dia ou Acetato de Ciproterona 50 a 100 mg/m2; - Efeitos adversos: gastro-intestinais; • Cetoconazol: - Derivado imidazólico; - Inibidor da síntese de androgênicos - Dose: 200 mg/dia; - Efeitos adversos: hepáticos • Tamoxifeno: bloqueador do receptor es- trogênico, na dose 10 a 20 mg/dia; • Inibidores de aromatase; • Análogos GnRH: PP GnRH-dependente secundária. Nesse caso, tem-se níveis eleva- dos de hormônio periférico, estimulando a liberação do hipotálamo por um feedback positivo; • Deve-se avaliar individualmente. → Telarca precoce: • M2 qualquer idade < 8 anos (geralmente < 3 anos) sem outros sinais puberais; • Fisiopatologia mal definida; • Autolimitada (fato isolado): 2/3 regres- são espontânea, 1/3 persiste em M2, 12 a 14% pode evoluir; • Pode ser assimétrica; • Terapia não necessária, apenas monitorar progressão. Pubarca precoce: • P2 < 8 anos; • Ocorre devido ao aumento prematuro an- drogênios adrenais; • Geralmente observada em crianças maio- res que 6 anos; • Os caracteres secundários aparecem na idade normal; • Descartar tumor supra-renal e doenças en- dócrinas (HCA); • Fatores predisponentes: prematuridade, PIG, obesidade na infância • Manter observação, sem tratamento. Menarca precoce: • Sangramento vaginal isolado antes dos 8 anos, sem outros sinais puberais ou avanço de idade óssea; • Sem caráter cíclico; • FSH/LH/estradiol: pré-puberais; • Descartar traumas e manipulação; • Observação. Puberdade tardia • Trata-se da ausência de desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários em meninas acima de 13/14 anos de idade, ou 2 desvios padrão acima do esperado para a população; • Pesquisaclínica indicada também nos ca- sos de amenorréia primária aos 16 anos e após 3 anos de telarca. → • Hipogonadismo hipogonadotrófico: de- ficiência hipotalâmico-hipofisária, dosa- gens de FSH e LH baixas; • Hipogonadismo hipergonadotrófico: disfunção gonadal, dosagens de FSH e LH altas; • Atraso constitucional do desenvolvimento puberal. → Hipogonadismo hipogonadotrófico: • Corresponde a cerca de 30% dos casos de puberdade tardia; • Tumores do sistema nervoso central: craniofaringiomas (causa mais comum), germinomas, gliomas e astrocitomas; • Lesões do SNC: infecções, defeitos con- gênitos, hidrocefalia, radioterapia; • Deficiência isolada de gonadotrofinas: Síndrome de Kallman; • Patologias genéticas: síndromes de Lau- rence-Moon-Biedl e Prader-Labhart-Willi; • Doenças crônicas e desnutrição: perda de peso severa; • Anorexia nervosa, estresse severo e ativi- dade física excessiva; • Hipotireoidismo: pode interferir na matu- ração óssea e no crescimento. Hipogonadismo hipergonadotrófico: • Corresponde a 43% dos casos de puber- dade tardia; • Disgenesia gonadal: monossomia X e seus mosaicos (Síndrome de Turner); - Etiologia: 60% cariótipo 46, XO, 20% mosaicos e 20% anomalia estrutural do cro- mossomo X ou Y; - Ovários em fita, sem células germinati- vas, sem estrogênio; - Quadro clínico: baixa estatura, atraso no desenvolvimento puberal e estigmas; - Mosaicismos: grau variável de produção estrogênica, com desenvolvimento de ca- racteres sexuais secundários variável, inclu- sive com menstruação • Após radioterapia e quimioterapia; • Ooforite auto-imune: tem-se a produção de anticorpos contra as próprias células go- nadais, causando um aumento da produção de LH e FSH pelo feedback negativo. Diagnóstico: • Anamnese; • Exame físico; • Dosagens hormonais; • Cariótipo; • Exames de imagem: idade óssea, USG, TC, RM. Tratamento: • Objetivos: - Induzir e manter o desenvolvimento pu- beral; - Estatura final adequada; - Formação de reservas de massa óssea; - Adequar a paciente física e emocional- mente ao seu grupo etário; • Para cada etiologia deve-se estabelecer o tratamento adequado; • Tratamento inicial: - 0,3 mg/dia de estrogênios conjugados, 6 a 12 meses; - Aumento gradual das dosagens, até 1,25 mg/dia monitorando-se a resposta através dos caracteres sexuais secundários; - Manter dosagens até o primeiro sinal de perda sanguínea ou de acordo com o desen- volvimento puberal; • Após primeira perda sanguínea: - Associar 5 a 10mg/dia de acetato de me- droxiprogesterona durante 10 a 14 dias do mês; • Manter o esquema da fase anterior ou op- tar pelo uso do anticoncepcional hormonal oral de 20 a 35mg de etinilestradiol; • Síndrome de Turner: - Iniciar tratamento hormonal entre 12 e 15 anos, após o pico de crescimento ou poste- riormente ao uso do hormônio do cresci- mento; - Evitar fechamento precoce de epífises; - Uso do GH: ▷ Início: paciente abaixo do percentil 5 da curva de crescimento para meninas da mesma idade; ▷ Dose: 0,15UI/kg/dia; ▷ Interrupção: estatura final alcançada, idade óssea > 14 anos ou crescimento < 2 a 2,5cm/ano.
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