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Exercício auto-avaliativo Mulher, 35 anos, deu entrada no posto de saúde com sintomas de fraqueza, tontura, dificuldade de raciocínio, dispnéia ao esforço físico, taquicardia e amenorréia. Apresentava extrema palidez e relatou episódios de geofagia Pressão arterial : 120 x 80 mmHg Hemograma Exames bioquímicos Hemácias milhões/mm3 VR Paciente VR Paciente homem 4,5 a 5,5 Bilirrubina total 0,1 - 1,3 0,5 mg/dl mulher 4,0 a 5,0 3,7 Bilirrubina conjugada 0,1 - 0,3 0,12 mg/dl Glicemia de jejum 70-99 75 mg/dl Hemoglobina g/dl Dosagem de colesterol 200 160 mg/dl homem 14 a 18 Dosagem de Triglicerídeo 150 90 mg/dl mulher 12 a 16 5,9 Dosagem de creatinina 0,60 – 1,30 0,7 mg/dl Dosagem de uréia 10 – 40 23 mg/dl Hematócrito % Ferritina Homens 36 a 262 microg/l homem 50 a 40 Mulheres 10 a 64 8 microg/l mulher 35 a 45 20 VCM fL 82 a 92 ___ Transferrina 250-400 480 ug/dl HCM pg 27 a 32 ___ Ferro sérico 50 - 150 26 microg/dL CHCM % 32 a 36 ___ Presença de microcitose e hipocromia Qual o possível diagnóstico? Explique Quais as medidas sócio-econômicas e culturais necessárias para a solução do problema? Exercício auto-avaliativo Mulher, 28 anos, procurou posto de saúde queixando-se de fraqueza e cansaço extremo após gestação gemelar. O médico solicitou os seguintes exames Hemograma H M Exames bioquímicos VR GV 1,6 milhões/mm3 4,5 a 5,5/ 4,0 a 5,0 Ácido fólico < 1,0µg/L 3,5 - 15 Hb 5,0 g/dL 14 a 18 /12 a 16 Folato intra-adipocitário 80 µg/L 160-600 Ht 19,3 % 40 a 50 / 35 a 45 Vitamina B12 71 ng/L 250-900 VCM ____ 82 a 92 fL Ferro sérico 60 microg/dL 50 - 150 CHCM ____ 32 a 36% LDH-1 30% 17 a 27% HCM ____ 27 a 32pg LDH-2 39% 27 a 37% RDW 18,1 11-14,5 % Presença de neutrófilos hipersegmentados Presença de Corpúsculos de Howell-Jolly Qual o possível diagnóstico? Por que a dosagem de LDH está alterada? Exercício auto-avaliativo B.F.S. 54 anos, masculino, pardo, natural de Minas Gerais Há 2 nos começou a apresentar astenia e hiporexia que se iniciou de maneira lenta após diagnóstico de gastrite atrófica A gastrite atrófica é um distúrbio que ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento mucoso do estômago, provocando o seu adelgaçamento e perda de muitas ou de todas as células produtoras de ácido e de enzimas. Há 2 meses notou emagrecimento com palidez marcante EXAME FÍSICO : emagrecido, ictérico , mucosas descoradas. Fígado a 3 cm do RCD (rebordo costal direito) na LHC (linha hemiclavicular direita), liso, consistente e pouco doloroso. Baço não palpável. Diminuição da sensibilidade profunda e reflexos osteotendinosos diminuídos. EXAMES COMPLEMENTARES: Hemograma: H M Hemácias: 1.900.000/mm³ 4,5 a 5,5/ 4,0 a 5,0 Htc=20%, 40 a 50 / 35 a 45 Hb=5,8g/dl, 14 a 18 /12 a 16 HCM ____ 27 a 32pg CHCM ____ 32 a 36% VCM ____ 82 a 92 fL Macrocitose +++, poiquilocitose +++, 2 eritroblastos/100 leucócitos Reticulócitos: diminuídos Leucócitos 3800/mm³, B=4%, S=66%, E=4%, Ba=0, L=20%, M=6%. Neutrófilos hipersegmentados Bilirrubinas: BT: 2,3 mg/dL VR: 0,1 a 1,3 mg/dL BI: 1,7mg/dL VR: 0,1 a 0,8mg/dL Mielograma: medula hipercelular com aumento de formas jovens na série eritroblástica e importantes alterações megaloblásticas em todas as séries Hematopoese Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone www.profbio.com.br http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=N99ZoFs6tc-BiM&tbnid=kyRHmtv4ESEfZM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.biomedicinapadrao.com.br/2013_07_01_archive.html&ei=NZO0U9LdMIujsQTE8IGIBA&bvm=bv.70138588,d.cWc&psig=AFQjCNHbe0U22uV4wsF2Jw6nlQ_q7CjYzA&ust=1404428820743101 Eritropoese Produção de glóbulos vermelhos Eritron Conjunto de eritrócitos e seus precursores medulares, dividido em: Departamento de reprodução: ploriferação de mitoses celulares. Departamento de maturação: maturação das células e hemoglobinização com perda do núcleo. Eritropoese • Departamento de reprodução: – Próeritroblasto(PE) – Eritroblasto Basófilo (EB) – Eritroblasto Policromático(EPC) • Departamento de maturação: – Eritroblasto ortocromático (EPC) – Reticulócito (Re) – Eritrócito (E) Próeritroblasto • Primeira célula morfologicamente distinguível da série vermelha • Tamanho entre 18 e 25 µm • Citoplasma intensamente basófilo com halo claro ao redor do núcleo • Núcleo grande e arredondado. • Cromatina frouxa • Dois ou mais nucléolos • Constitui aprox.1% da medula óssea Próeritroblasto(1) Eritroblasto Basófilo • Aprox. 16µm • Menores que o próeritroblasto • Núcleo com condensação de cromatina • Não existem nucléolos visíveis • Citoplasma menos basófilo pelo início da hemoglobinização. • Constitui aprox. 1 a 4% da m.óssea. Eritroblasto Basófilo (2) Eritroblasto Policromático • Aproximadamente 13µm • O citoplasma apresenta cor acinzentada resultante da acidofilia (vermelho) da hemoglobina e basofilia (azul) do RNA. • Núcleo com cromatina condensada com aspecto refringente • Constitui aprox. 10 a 20% da medula óssea Eritroblasto Policromático(3) PE: próeritroblasto EB: eritroblasto basófilo EP: eritroblasto policromático Eritroblasto Ortocromático • Tamanho entre 8 a12 µm • Presença de um núcleo picnótico e normalmente excêntrico. • Incapaz de sintetizar DNA. • Citoplasma alaranjado devido a acentuada síntese de hemoglobina. • Constitui aprox.5 a 10% das células da medula óssea. Eritroblasto Ortocromático(4) Eritroblasto Ortocromático http://www.telmeds.org/wp-content/uploads/2009/05/eritroblasto_orto_policromatico2.jpg Hemoglobinização e perda do núcleo Reticulócitos • Ausência do núcleo. • Vestígios de RNA, responsável pela policromasia. • RNA é revelado com azul de cresil brilhante na forma de um fino retículo. • Os reticulócitos são lançados no sangue periférico e encaminhados ao baço. • Ainda sintetizam hemoglobina. • Após 24 a 48 horas maturam a eritrócitos Reticulócitos Eritrócitos normais LEUCOPOESE SÍNTESE DE LEUCÓCITOS Granulopoese • Granulócitos: – neutrófilos – eosinófilos – basófilos • Processo que ocorre em aproximadamente 11 dias Produção dos Neutrófilos na medula óssea: MB (mieloblasto), PM (pró-mielócito), M (mielócito), MM (metamielócito), BT (bastonete), SG (segmentado). mieloblasto pró-mielócito metamielócito http://www.flickr.com/photos/hematologia/3668526589/in/photostream http://www.flickr.com/photos/hematologia/3668526559/in/photostream http://www.flickr.com/photos/hematologia/3668526403/in/photostream Mieloblasto: 15 a 20 µm Núcleo redondo ou ovalado 1 a 4 nucléolos Citoplasma azul pálido – basófilo Presença de granulações azurófilas, mas invisíveis a MO Pró-mielócito: 15 a 25 µm Maior que o mieloblasto Cromatina mais densa com ligeira condensação Presença de nucléolos Granulações azurófilas primárias (grosseiras) e início das granulações secundárias Mielócito: 17 µm Citoplasma menos basófilo Aumento da qtde de granulações secundárias específicas para o tipo celular Núcleo oval e excêntrico com ausência de nucléolos Cromatina condensada Discreta reentrância nuclear Metamielócito: 15 µm Núcleo de aspecto riniforme com cromatina grosseira Incapacidade de divisão Bastonete: 12 µm Núcleo com aspecto de bastão encurvado Granulações específicas dependendo do tipo celular Segmentado: Lobulação nuclear por constrição do núcleo dos bastonetes Lobos ligados porfilamentos de cromatina Granulopoese • Processos de maturação: – diminuição celular (exceto mieloblasto para promielócito) – perda de nucléolos, – diminuição das granulações primárias, – perda da basofilia citoplasmática – surgimento das granulações secundárias específicas – segmentação nuclear. Neutrófilo Corpúsculos de Barr ou cromossomo X Neutrófilo Eosinófilo Mieloblasto – promielócito – mielócito – metamielócito - eosinófilo Eosinófilo Hipereosinofilia Basófilo LINFOPOESE SÍNTESE DE LINFÓCITOS Linfopoese • SC --- CFU-L --- Linfoblasto --- Pró-linfócito --- Linfócito Citoplasma com intensa basofilia. Cromatina fina Linfoblasto: Citoplasma basófilo Ausência de grânulos Núcleo redondo com cromatina frouxa e presença de nucléolos Pró-linfócito Citoplasma basófilo Padrão nuclear intermediário entre linfoblasto e linfócito Linfócito Citoplasma escasso e basofílico Núcleo com cromatina condensada Linfoblasto Pro-linfócito Linfócito Linfopoese 7 a 10µm 12 a 15µm Linfócitos MONOCITOPOESE SÍNTESE DE MONÓCITOS Monocitopoese • CFU-GEMM - CFU-GM – monoblasto – pró- monócito - monócito. • Os monócitos permanecem pouco tempo no sangue periférico, migrando para os tecidos e transformando-se em macrófagos. Cromatina frouxa, citoplasma agranular e basófilo. Núcleo excêntrico Monoblasto http://www.flickr.com/photos/hematologia/3668527033/in/photostream Monócitos 15 a 18 µm. Aproximadamente 8 horas na circulação Células Sanguíneas TROMBOCITOPOESE SÍNTESE DE PLAQUETAS Plaqueta • Fragmentos celulares anucleados formados na medula óssea a partir da fragmentação citoplasmática do megacariócito. • Estímulo: trombopoetina (produzida pelo fígado e córtex renal) – 3 a 5 um de diâmetro – Vida média de 7-10 dias – Stem cell • CFU-GEMM – Megacariócitos – Cada megacariócito pode formar 2-3 mil plt Trombocitopoese • Megacarioblasto – 20 a 60 µm – Forte basofilia, núcleo volumoso e presença de nucléolos – Citoplasma rico em organelas e polirribossomos Megacarioblasto http://www.flickr.com/photos/ignacio_diez/3595551513/ Trombocitopoese • Pró-megacariócito: – Lobulação nuclear a partir da endomitose – Aumento de tamanho celular: 80 a 90 µm – Abundância citoplasmática – Caracterizada pela: • Zona justanuclear rica em organelas e localizada próxima a carioteca • Zona intermediária com complexo sistema membranoso • Zona marginal junto a membrana plasmática Pró-megacariócito http://www.flickr.com/photos/ignacio_diez/3799644999/ Trombocitopoese • Megacariócito – Aproximadamente 100 µm – Citoplasma granuloso e acidófilo – Núcleo polilobulado ( 4 a 8 lobos) – Ausência de endomitose – Invaginações da membrana demarcam o citoplasma pra produção das plaquetas – Presença de plaquetas agrupadas na zona marginal Megacariócito na medula óssea. O megacariócito é a fase medular do desenvolvimento do megacarioblasto. O citoplasma está carregado de plaquetas, cerca de 40.000/mm3 em cada megacarócito. Liberação das plaquetas. Início da expulsão das plaquetas do citoplasma do megacariócito. Liberação plaquetária • A membrana do megacariócito se funde a membrana dos sinusóides venosos atingindo a circulação periférica, onde ficam armazenadas no baço. Plaquetas Hemograma automatizado www.profbio.com.br Prof. Archangelo Padreca Fernandes Profa. Alessandra Barone http://www.profbio.com.br/ Hemograma automatizado • Técnica mais utilizada em todos os laboratórios clínicos do mundo. • Mais rápida, reprodutível e confiável do que a técnica manual. • Amostra de sangue é aspirada pelo equipamento. • Após tratamento com soluções específicas, ela passa por eletrodos que medem o tamanho da célula e sua complexidade. • Desta maneira é possível distinguir entre os diversos tipos celulares do sangue. Hemograma automatizado • Criado no início na década de 50 por Walace Coulter. • Utilização da impedância elétrica para contagem de células. • Os reagentes (diluidores) ficavam localizados na parte externa do aparelho. • Década de 60: os aparelhos já contavam com canais diferentes para contagem de eritrócitos e plaquetas, contagem de leucócitos e dosagem de hemoglobina por fotometria. – Os diluidores na parte interna dos aparelhos. Modelo primitivo da Coulter Hemograma automatizado • Década de 70: a tecnologia de impedância foi acrescida de citometria de fluxo. • Década de 80: equipamentos apresentavam agulha aspiradora pra perfuração sequencial. • Década de 90: robotização para realização de extensão sanguínea. Extensões sanguíneas automatizadas Hemograma automatizado • Os fabricantes de aparelhos automatizados contam com diferentes tecnologias para produção de aparelhos de grande e pequeno porte – Pequeno porte: impedância elétrica, radiofrequência e fotometria – Grande porte: impedância elétrica, radiofrequência, fotometria e citometria de fluxo Sistema automático de preparação de amostras para esfregaços sanguíneos Processo estandardizado para a preparação do esfregaço de alta qualidade Preparação simultânea de 2 esfregaços com ajuste da espessura e tamanho Exploração automática Identificação e pre-classificação celular Verificação rápida dos resultados (validação exigida por profissional) Modalidade ausente da caminhada - série da exploração das corrediças Modalidade de carregamento contínua Distribuidor automático do óleo Carregador automático da corrediça https://www.youtube.com/watch?v=TH2dixy-1y4 Sysmex- XE-2100 Sysmex- XE -2100 • Análise individual em tubo fechado • Princípios de medição: – Impedância elétrica (corrente direta): RBC, PLT, HCT (medido) e diferencial de células imaturas – Citometria de fluxo fluorescente: WBC, contagem de reticulócitos, eritroblastos, plaquetas imaturas e contagem óptica de plaqueta – Radiofrequência: diferencial de céls imaturas – Fotometria: HGB. Reação livre de cianeto Sysmex- XE -2100 • Parâmetros analisados: • 34 parâmetros: – WBC, RBC, HGB, HCT, MCV, MCH, MCHC, RDW-SD, RDW-CV, PLT, MPV, NEUT%, NEUT#, LYMPH%, LYMPH#, MONO%, MONO#, EOS%, EOS#, BASO%, BASO#, IG%, IG#, RET%, RET#, LFR%, MFR%, HFR%, IRF, RETHe, PLT-O, IPF%, NRBC%, NRBC# Sysmex- XE -2100 – WBC: leucócitos RBC: eritrócitos HGB: hemoglobina – HCT : hematócrito MCV: VCM MCH: HCM – MCHC: CHCM RDW-SD RDW-CV – PLT: plaquetas MPV: volume médio plaquetáro – NEUT : neutrófilos LYMPH: linfocitos MONO:monócitos – EOS: eosinófilos BASO: basófilos IG : granulócitos imaturos RET:reticulóticos – LFR , MFR e HFR: análise da maturação de reticulócitos pela intensidade de fluorescência em baixa, alta e média fluorescência – IRF: porcentagem de reticulócitos imaturos – RETHe: conteúdo de hemoglobina dos reticulócitos – PLT-O: contagem óptica de plaquetas – IPF: plaquetas imaturas NRBC: eritroblastos Sysmex- XE-2100 • Presença de canais diferenciados para análise celular: – Canal de hemoglobina – Canal de eritrócitos/plaquetas, que mede e conta por impedância em um fluxo com foco hidrodinâmico – Canal de diferencial para neutrófilos, eosinófilos, linfócitos e monócitos após interação com corante fluorescente Sysmex- XE-2100 – Canal de leucócitos/basófilos, que lisa todas as células menos os basófilos, sendo diferenciados por dispersão de luz frontal e lateral – Canal de eritroblastos, sendo identificados por intensidade de fluorescência e dispersão frontal da luz. Os eritroblastos apresentam uma quantidade menor de material genético e consequentemente menor fluorescência que os leucócitos. – Canal de granulócitos imaturos distintos por impedância e corrente de radiofrequência.Sysmex- XE-2100 • Capacidade de processamento – Módulo manual: 60 amostras por hora – Módulo automático: 150 amostras por hora Impedância elétrica • Origem da automação • Princípio baseado na característica de má condução elétrica das células, ou seja, são consideradas como partículas não condutoras de eletricidade • São capazes de diminuir a condução elétrica do meio quando imersas em solução condutora Impedância elétrica • As diferentes células sanguíneas são contadas e medidas a partir dos impulsos elétricos que geram quando imersas em um meio condutor (solução eletrolítica). • As células também são orientadas em um fluxo laminar e interceptadas uma a uma por uma corrente elétrica. • Importantes para classificação do volume das células, mas incapazes de analisar aspectos internos • Analisa RBC, PLT e HCT – Alguns aparelhos medem o htc a partir do VCM x GV • Resultados lançados através de histogramas Pulsos elétricos grandes correspondem a células grandes e pulsos elétricos pequenos a células pequenas HT= VCM x GV Lei de Ohm : V=IR A voltagem gerada (corrente constante) é proporcional ao tamanho da partícula (obstrução) Impedância A somatória dos impulsos elétricos produzem os histogramas, importantes para analise da variabilidade das populações celulares Radiofrequência • Princípio que utiliza corrente eletromagnética de alta voltagem • Útil para determinação do volume e a complexidade do núcleo das células • Determina os tipos celulares – Depende da estrutura interna celular, inclusive relação núcleo citoplasma, densidade nuclear e granularidade. Método de dispersão a laser • É uma técnica de medição das propriedades de células em suspensão, orientadas em um fluxo laminar e interceptadas uma a uma por um feixe de luz (LASER). • Baseada na incidência de laser sobre a célula e na dispersão da luz quando incide na mesma – Utilizados com fluorescência ou sem fluorescência. • Dependem do fabricante • Avalia tamanho e complexidade interna Método de dispersão a laser • Componentes – Câmara de fluxo – Conjunto óptico luminoso (LASER); – Amplificador e processador dos sinais luminosos (SENSORES); – Sistema computacional integrado para processar as informações oriundas dos sensores. • O feixe de laser incidirá sobre cada célula (de forma individual) • A radiação incidente sofrerá desvios que serão reconhecidos pelos fotossensores SSC- avalia a granulosidade intracelular através da luz dispersada FSC – avalia o tamanho da célula pela difração e refração da luz FL: Sensores especializados em medir intensidade da fluorescência: avalia características e tamanho do núcleo Contagem total e diferencial de leucócitos Dispersão a laser Método de dispersão a laser As informações provenientes dos diferentes sensores, são agrupadas, formando as características de cada célula que são expressas em um citograma. A intensidade da dispersão de luz frontal é convertida em pulso de voltagem Quanto maior o pulso de voltagem, maior é a complexidade interna da célula Utilização de corantes fluorescentes que se ligam ao RNA dos ribossomos nas organelas e ao DNA O laser incide na substância fluorecente e a fluorescência emitida é captada por sensores O aparelho converte esses sinais em pulsos identificando o tipo celular SFL Canal de reticulócitos e contagem óptica de plaquetas – XE 5000 A contagem dos reticulócitos conta com a coloração dos RNA citoplasmático com fluorescente polimetina Canal de reticulócitos e contagem óptica de plaquetas – XE 5000 • Relacionados a contagem: – Contagem de reticulócitos (%) – Correção de reticulócitos – Maturação de reticulócitos: • RETL % • RETM% • RETH % • IRF (imaturidade de reticulócitos) Dados clínicos de paciente portador de anemia Reticulocitograma Canal de eritroblastos Flags • Flags comuns em aparelhos que utilizam dispersão a laser – Blastos – Granulócitos imaturos – Linfócitos atípicos – Células progenitoras hematopoéticas – Eritroblastos Confirmação através da leitura da lâmina!!! • https://www.youtube.com/watch?v=EQXPJ7e eesQ https://www.youtube.com/watch?v=EQXPJ7eeesQ https://www.youtube.com/watch?v=EQXPJ7eeesQ Tudo isso é matéria de prova? Sim!!!!!! http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=uflOwELxSwL_yM&tbnid=2cg9nwamSAmr-M&ved=0CAgQjRw&url=http://www.pessegadoro.com/2013/09/os-viloes-que-nos-amamos.html&ei=OeO7U8ngJZSksQSAj4G4Aw&psig=AFQjCNFNrgV8tWzc6LuxZRbOwog5TqFjIQ&ust=1404908729799009 O cálculo se dá da seguinte forma: 1) Soma-se o total de eritroblastos encontrados aos 100 leucócitos contados diferencialmente. 2) cálculo: Contagem global x 100 / Soma de eritroblatos e leucócitos contados diferencialmente. Exemplo: 12.000 leucócitos (contagem global) 14 eritroblastos encontrados no diferencial 100 células contadas no diferencial Conta: 12.000 x 100 / 114 Resultado: 10526 (contagem global corrigida - leucócitos /mm3) Correção de leucócitos Histogramas www.profbio.com.br Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone Fernandes http://www.profbio.com.br/ Histograma • Curva de frequência de distribuição e tamanho das células com volume na abscissa e frequência na ordenada • A curva pode ser desviada para esquerda ou para direita evidenciando alterações no tamanho das células • Em condições de dupla população celular, o histograma apresenta duas curvas que podem se sobrepor e formar uma curva com aspecto de “corcova de camelo”. Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma Histograma – Talassemia menor Histograma – anisocitose Histograma de plaquetas VPM: volume plaquetário médio 8 fL a 13 fL Plaquetócrito 0,13 a 0,43% PDW: RDW das plaquetas 9 a 16% Histograma de plaquetas • VPM alto: – plaquetas reativas, plaquetas mais agregáveis, maior poder trombótico • VPM baixo: – deficiência de ferro Histograma de leucócitos Flag- áreas de alarme R0 R1 R2 R3 R4 Flag R0: esquerda 30 fL • Agregado plaquetário • Macroplaqueta • Eritroblasto Flag R1: direita do 30 fL • Linfocitose • linfopenia Flag R2: esquerda de 98 fL • Linfócito atípico • Basofilia • Blastos • Linfocitose • Linfopenia Flag R2: direita de 98 fL • Basofilia • Blastos • eosinofilia Flag R3: esquerda dos 135 fL • Bastonete • Blastos • Basofilia • Eosinofilia Flag R3: direita dos 135 fL • Eosinofilia • Granulócitos imaturos • Granulocitose • Neutropenia Flag R4: esquerda dos 300 fL • granulocitose L1 M2 G1 G2 G3 A nomenclatura dos Flags depende dos fabricantes, mas apresentam o mesmo significado ?????? IPF Anemias carenciais Profa. Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes www.profbio.com.br http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=BTTvjoJ2E2F6rM&tbnid=Rug0TzJh_YK8RM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.ativismodesofa.net/2010/09/comeco-ficar-seriamente-cansado-de.html&ei=xri1U4bFO8a58gGRhoCIDQ&bvm=bv.70138588,d.cWc&psig=AFQjCNGaTe-WiUcdV86plgNLEecdhVXMgw&ust=1404504626647545 Definição • Deficiência de oxigênio para os tecidos por : – Hematócrito – GV – Hemoglobina • O hematócrito e níveis de hemoglobina variam: – Sexo – Idade – Tensão de O₂ no ambiente – Estado de hidratação. – Altitude Diagnóstico • O diagnóstico anêmico baseia-se na:: – História do paciente– Exame físico – Avaliação laboratorial • valores de referência de acordo com a região ou tipo de população estudada. Sinais e sintomas: • Sinais clínicos e sintomas resultam da diminuição da oxigenação para os tecidos causando fadiga, palidez, dispnéia sob esforço, diminuição da PA e aumento da FC, palpitação, vertigem e dor de cabeça. Classificação Geral • Perda sanguínea • Eritropoese ineficaz – Deficiência nutricional – Requerimentos aumentados (gestação) – Insuficiência medular • Destruição aumentada – Anemias hemolíticas • Genética • Imunológica • Mecânica • Infecções Classificação Mecanismo de base •Diminuição da produção •Destruição •Regenerativas •Arregenerativas Fisiologia Regenerativas • Causa: periférica • Hemorragias – Traumas – Cirurgias – Hemorragias no trato gastrintestinal • Hiperhemólise • Crônicas: - Menstruações abundantes - Úlceras -Tumores intestinais -Parasitas intestinais e intracelulares Regenerativas • Mecanismos de compensação: – Hiperatividade medular • Parâmetros laboratoriais: – Ht – Hb – Reticulocitose com hiperplasia medular Regenerativas Azul de Cresil Brilhante Regenerativas • Contagem de reticulócitos: VR: 0,5 a 2,0%, em nº absolutos 25.000 a 75.000/ µl. <0,5% = insuficiente produção medular. >2,0% = hiperprodução medular. Arregenetarivas • Causa: central • Medula óssea • Eritropoese ineficaz • Insuficiência da medula (aplasia ou neoplasia) • Anemias carenciais devidas a: – Deficiência de Vitamina B12 e B6 – Deficiência de Ácido fólico – Deficiência de Ferro Classificação VCM •Diminuição da produção •Destruição •Normocítica •Microcítica •Macrocítica Fisiologia Hemograma - V.R Homem Mulher He 4,5 – 5,5 4,0 – 5,0 Hb (g/dl) 14– 18 12 – 16 Ht (%) 40 – 50 35 – 45 VCM (HTx10/Hc) 82 - 92 82 - 92 HCM (Hbx10/Hc) 27 – 32 27– 32 CHCM (Hbx 100/Ht) 32 - 36 32 - 36 Anemias carenciais • Causadas pela deficiência de um ou mais nutrientes essenciais para a produção de glóbulos vermelhos, como o ácido fólico, vitamina B12, B6 e o ferro. • Comp. de Reprodução -> ácido fólico e vit.B12 Comp. de Maturação -> ferro e vit. B6 Anemias carenciais SC CFU-E PE EB EPC EO RET ERITRÓCITO Comp. reprodução Comp.maturação (acido fólico e B12) (ferro e B6) Metabolismo do Ferro • Quantidade no organismo é de 3,5 a 4,0 g – Hb: 2,5 g – Depósito: 500 a 1000 mg – Mioglobina e mieloperoxidase: 300 mg – Plasma: 4 mg • Ingestão diária entre 10 a 20 mg. • 10% são absorvidos pelo organismo – Crianças -> 1 mg – Mulheres -> 2 mg – Gestantes -> 3 mg – Homens -> 1 mg Metabolismo do Ferro • Participa das seguintes funções orgânicas: – Produção de hemoglobina e mioglobina – Cofator enzimático para reações químicas (CK) – Constituição de enzimas como catalase e peroxidase – Síntese de proteínas como colágeno – Síntese de dopamina – conversão de ribose a desoxirribose Principais Fontes de ferro • Encontrado em vários alimentos de origem vegetal e animal. • Fígado e rins são fontes ricas em ferro. • Absorção inibida por fitatos (cereais), compostos fenólicos (chá preto, café, refrigerantes) e outros minerais como cálcio, zinco e cobre • Verduras como espinafre contém grande quantidade de ferro porém apresentam fosfatos e fitatos que interferem na sua absorção. Principais Fontes de ferro • O ferro encontrado na carne é prontamente disponível • A vitamina C facilita sua absorção pela conversão de Fe3+ em Fe2+ • A vitamina A pode aumentar a absorção de ferro, por inibir a ação de fitatos e polifenóis que se ligam ao ferro durante o processo digestivo Absorção, transporte e estoque do ferro • A quantidade de ferro absorvida é proporcional ao consumo e estoque. • Após ser ingerido como ferro férrico ou ferro não heme (Fe3+), é convertido a ferro ferroso (Fe2+)ou ferro heme pelo HCl no estômago. Absorção, transporte e estoque do ferro • Controle da absorção é realizado pelo intestino • Parte do ferro é armazenado no enterócito na forma de ferritina • Ferritina: apoferritina + micelas de hidroxifosfato férrico • 4.300 átomos de Fe3+ podem ser estocados desta forma por uma partícula de ferritina. • Circulante somente o necessário para repor perdas diárias. • O controle na absorção evita a sobrecarga de ferro no organismo (hemossiderose) Absorção, transporte e estoque do ferro • No plasma o ferro é transportado por uma proteína (transferrina), sendo levado aos órgãos de reserva (fígado, baço e medula óssea ). • Transferrina possui receptores na medula óssea • Quando o estoque de ferro é saturado forma-se um composto insolúvel chamado hemossiderina. Absorção, transporte e estoque do ferro • As micelas de hidroxifosfato férrico agregam- se, resultando em uma partícula maior que a ferritina normal : grânulos de hemossiderina. • A porcentagem de ferro em relação à proteína é maior na hemossiderina que na ferritina, e a mobilização do ferro é mais difícil. Ferritina O ferro é eliminado do organismo pelas secreções corpóreas, descamação das células intestinais e da pele ou sangramento menstrual Anemia Ferropriva • Mais freqüente (atingindo 40 a 50% das crianças < 5 anos). • Crianças entre 6 meses e dois anos, mulheres em idade fértil e gestantes são mais susceptíveis. • Em homens adultos é rara (grande reserva) mas pode acontecer em caso de sangramento crônico Anemia Ferropriva • Fases: – Depleção dos estoques: sem sintomas. Níveis de ferritina <. – Eritropoese ineficaz: ferritina e Hb < – Anemia: sintomatologia e alterações laboratoriais características Anemia Ferropriva Quadro Clínico • Instalação gradual (estágio ↓ Fe corporal) • Sintomatologia característica: – Sintomas gerais da anemia – Perversão alimentar – Disfagia intensa – Amenorréia – Diminuição da libido – Queda do rendimento intelectual Alterações metabólicas 1) Balanço negativo de ferro 2) Ferro é mobilizado das reservas 3) Reservas de ferro diminuem (diminui a ferritina sérica) 4) Absorção de ferro aumenta 5) Capacidade de ligação do ferro no sangue aumenta (aumenta transferrina) 6) Cai a concentração de Ferro no sangue 7) Cai a saturação de transferrina para menos de 15% PORTANTO : Desenvolvimento de anemia Anemia Ferropriva - Diagnóstico Laboratorial • Hemograma: – ↓ Hb, Ht, VCM, HCM, CHCM • Esfregaço : microcitose e hipocromia, com possibilidade de poiquilocitose e hemácias em alvo. Anemia Ferropriva - Diagnóstico Laboratorial • Análises bioquímicas no plasma – Ferro Sérico – Transferrina – Saturação da transferrina – Ferritina sérica – Zinco Protoporfirina – Receptor solúvel de transferrina Anemia Ferropriva Diagnóstico Laboratorial Hemácias normais Hemácias microcíticas e hipocrômicas Hipocromia Microcitose Microcitose / Hipocromia Medula Óssea Ferro corado em azul da prússia Ausência de coloração Reticulócitos Metabolismo do ácido fólico • Ácido fólico : – Vitamina hidrossolúvel pertencente ao complexo B - B9 – Presente na forma de poliglutamato principalmente nos vegetais de folhas verdes, cereais, fígado e rim. – Absorvida no duodeno e jejuno. – Sofre hidrólise, redução, metilação para atingir a forma ativa – 5M-THF (5 metil-tetrahidrofolato). – Requerimento diário de 50 µg. Ácido fólico • Transportado pela α-2-macroglobulina e albumina para os tecidos e principalmente para o fígado. • No fígado é armazenado em pequenas quantidades na forma de poliglutamato. •Reservas limitadas facilmente esgotáveis (2 a 3 meses). • Síntese de DNA – Participa de reações metabólicas como coenzimas fazendo transferência de Carbono – Biossíntese das purinas e pirimidinas – Metilação da homocisteína em metionina Vitamina B12 • Chamada de cianocobalamina, sintetizada por bactérias e fungos encontrados na água e no solo. • Participa como co-fator enzimático na síntese de DNA • Sua principal fonte são os alimentos de origem animal (carne, ovo,leite...) • Requerimento diário pequeno, porém é necessário de 3 a 4 anos para que a incapacidade de absorção ou ingestão inadequada leve à deficiência de vitamina B12. Absorção e transporte da Vit. B12 • A absorção da vitamina B12 depende de sua ligação no estômago com o “fator intrínseco” (FI) produzida pelas células parietais da mucosa gástrica na presença de suco gástrico. • FI + B12 ->absorvido pelo íleo na presença de cálcio - > na circulação é transportada pela transcobalamina II sintetizada pelo fígado. Absorção de Vitamina B12 Anemia megaloblástica • Anemias causadas pela deficiência dos fatores de reprodução da eritropoese (folato e vitamina B12). • Causas da def. de ácido fólico (folato): – Dieta pobre – Alcoolismo – Aumento da demanda (gestações repetidas, anemia hemolítica) – Alguns medicamentos antagonistas - metotrexato Anemia megaloblástica • Causas da def. de B12 (cianocobalamina): – Deficiência de fator intrínseco (gastrectomia e anemia perniciosa) – Vegetarianos exclusivos – Deficiência de proteína de transporte – Difilobotriose Folato B12 Solúvel Sim Sim Fonte Todos os alimentos Somente proteína animal Absorção Duodeno e jejuno Íleo Mecanismo de ab. Desconjugação Fator intrínseco Reservas 5 meses 3 a 4 anos Dieta deficiente Comum Rara Doença neurológica Não Sim Patogenia • Deficiência de síntese de DNA acarreta retardamento na maturação do núcleo • Menor número de divisões mitóticas : < n. de células Mitose < mitose Diminuição tamanho celular Aumento do número celular Células macrocíticas Globulos vermelhos Diagnóstico laboratorial • Esfregaço. – Anisocitose – Policromasia – Presença de neutrófilos hipersegmentados – Corpúsculos de Howell-Jolly e/ou anéis de Cabot – Leucopenia – Plaquetopenia Diagnóstico laboratorial • VCM e RDW • Policromasia • Anisocitose • LDH1 e LDH 2 • Bilirrubina • Dosagens de Vitamina B12 e ácido fólico (folato) no soro • Dosagem ácido fólico eritrocitário • Teste de Schilling Macrócitose Macrócitos Pontilhado basófilo Howell-Jolly . Hipersegmentação dos neutrófilos Normal Hipersegmentado Microcitose x Macrocitose Anemia perniciosa • Alterações autoimunes com perda de função da células parietais do estômago pela atrofia gástrica responsáveis pela produção do FI de Castle • Fator hereditário: doença autossômica recessiva não associada a atrofia gástrica • Podem causar: – Alterações hematológicas como gênese megaloblástica – Perturbações neurológicas (raras) – Perturbações gastrointestinais Anemia perniciosa • Anemia do tipo macrocítica e normocrômica • HCM – Anemia leve: varia de 33 a 38 pg VR (27 a 32 pg) – Anemia grave : varia de 33 a 56 pg • Aumento do VCM tende a ser proporcional ao grau de anemia – Anemia leve ou moderada: VCM = 100 a 110 fL – Anemia mais grave: VCM = 110 a 160 fL • Teste de Schilling Anemia perniciosa • Leucócitos: – Hipersegmentação neutrofílica – Neutrófilos com 6 a 8 lobos – Mieloperoxidase dos neutrófilos está aumentada Outras Anemias • Anemia Aplástica – Transtorno quantitativo de células precursoras caracterizada por comprometimento de todas as linhagens celulares: anemia, leucopenia e trombocitopenia. – Aplasia ou hipoplasia da medula óssea. Medula normal Medula na anemia aplástica grave Outras Anemias • Anemia de doença crônica – Deficiência de produção ou resistência a EPO. – Associada a inflamações e neoplasias. – Normocítica e normocrômica. Anemia Fisiopatologia Etiopatogenia Morfologia Ferropriva Eritropoiese insuficiente Carência de Fe Microcítica e hipocrômica Aplástica Transtorno quantitativo de células precursoras Congênita ou adquirida: Idiopática e Secundária Normocítica e normocrômica Megaloblástica Eritropoiese ineficaz Carência de Vit. B12 ou folato Macrocítica Hemolíticas Destruição acelerada de eritrócitos Congênita ou adquirida Microcítica *Algumas normocíticas Doenças crônicas Deficiência ou resistência à EPO Sintomática de Inflamações e Tumores Normocítica e normocrômica Fim Tratando da anemia pra ficar fortinho... http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=PwRTFTw6S88a5M&tbnid=hV32TWzc1-fJKM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.theguardian.com/football/blog/2013/jan/01/robin-van-persie-manchester-united&ei=ocC1U5D2FcGR8gHz6YHACw&bvm=bv.70138588,d.cWc&psig=AFQjCNGPRAFrTPI7H9QHeDxr-4daKwgJdA&ust=1404506360983802 Anemias Microcíticas e Hipocrômicas ADC e Talassemias Profa. Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes www.profbio.com.br Anemia de Doença Crônica Alessandra Barone Archangelo Fernandes Marco A. Federige Anemia de Doença Crônica Anemia presente em: - Distúrbios infecciosos crônicos, - Doenças auto-imunes e inflamatórias - Câncer/Neoplasias 2ª causa mais frequente de anemia Causa mais frequente de anemia em internados Falha da MO em aumentar a eritropoese para compensar a menor sobrevida dos G.V Condições patológicas associadas à ADC Infecções crônicas (fúngicas, bacterianas, virais) Tuberculose, abcesso pulmonar, pneumonia Endocardite, miocardite, osteomielite, meningite Doença inflamatória pélvica Infecção pelo HIV Doenças inflamatórias crônicas Artrite reumatóide, febre reumática, lupus eritematoso sistêmico, vasculites, Doença de Crohn, sarcoidose Doenças neoplásicas Linfoma, mieloma múltiplo, carcinoma Mecanismos patológicos associados 1) Diminuição da sobrevida da hemácia 2) Resposta medular inadequada 3) Distúrbio da metabolismo do ferro Mecanismos patológicos associados • A hepcidina é uma proteína produzida pelo fígado que faz parte do sistema imune inato. • Desempenha um papel fundamental na regulação da homeostase do ferro • Inibe a absorção do Fe pelos enterócitos e interrompe sua liberação pelos macrófagos através da degradação da ferroportina, o único exportador de Fe. Mecanismos patológicos associados • A hepcidina interage diretamente com a ferroportina, a qual é expressa em enterócitos, macrófagos e hepatócitos. • O complexo hepcidina-ferroportina é internalizado nos domínios da membrana basolateral das células e a ferroportina é degradada, bloqueando a liberação do ferro dessas células Mecanismos patológicos associados • Citocinas pró-inflamatórias estimulam a expressão da hepcidina, e esta leva às manifestações típicas da anemia da doença crônica. Sequência de eventos Ativação do Sistema Imune Liberação de Citocinas Retenção de Ferro nos Macrófagos Diminuição da Hb circulante Produção inadequada de EPO Diminuição da sobrevida das hemácias Hiperatividade do SMF ( mØ) Remoção precoce dos G.V.circulantes - 80 a 90 dias Outros fatores: Febre Hemolisinas Toxinas bacterianas Resposta medular inadequada Secreção de EPO (citocinas) resposta da medula óssea à EPO Eritropoese devido à menor oferta de ferro à medula óssea “Caracteriza-se por hipoferremia na presença de estoques adequados de ferro e por diminuição da capacidade total de ligação do ferro” Distúrbiodo metabolismo do ferro Distúrbio do metabolismo do ferro IL-1 síntese da lactoferrina compete com a transferrina Lactoferina: Produzida pelos neutrófilos A lactoferrina se liga ao ferro com alta afinidade e assim têm um alto poder antioxidante contra radicais livres produzidos durante a resposta inflamatória. Macrófagos e monócitos possuem receptores para lactoferrina Distúrbio do metabolismo do ferro Diferenças entre lactoferrina e transferrina: - Lactoferrina tem maior afinidade pelo ferro em pH - Lactoferrina não transfere o ferro aos eritroblastos - Lactoferrina é “retida” rápida e ativamente pelos macrófagos Hemograma Hb 9 a 12g/dl Ht 25 a 40% Morfologia Eritrocitária: -Normocítica, normocrômica -70% dos casos -Hipocrômica -50% dos casos -Microcítica -30% dos casos Reticulócitos (normal ou) Diagnóstico laboratorial Ferro Sérico (diminuído) Saturação da Transferrina (diminuído) Ferritina Sérica (normal ou ) Receptor da Transferrina (normal ou ) Análise do Ferro medular ( ou normal ) Diagnóstico laboratorial Teste Laboratorial ADC Anemia Ferropriva Ferro sérico diminuído ou normal diminuído Transferrina sérica diminuída ou normal aumentada Índice de saturação da transferrina diminuída ou normal diminuído Ferritina sérica normal ou aumentada diminuído Receptor da transferrina normal aumentada Diagnóstico laboratorial diferencial entre Anemia de Doença Crônica e Anemia Ferropriva Tratamento Tratamento da doença de base Administração de EPO e Ferro Transfusão de concentrado de hemácias TALASSEMIA Alfa talassemia Diagnóstico laboratorial • GV, Ht, Hb, VCM, HCM • HbA1 • Eletroforese de Hb em pH alcalino: – HbH (crianças e adultos) – HbBart´s (recém-natos) • Anisocitose : microcitose • Hipocromia • Policromasia • Codócitos Beta talassemia Diagnóstico laboratorial β talassemia maior • GV, Ht, Hb, VCM, HCM • HbA1 e HbA2 • HBF • Policromasia • Células em alvo • Eritroblastos • Reticulocitose: 5 a 15% Diagnóstico laboratorial β talassemia menor • Eritrocitose • RDW normal com microcitose • Hipocromia • CHCM nos limites inferiores • Pontilhados basófilos • Bilirrubina indireta • Reticulocitose – 2 a 5% Anemias hemolíticas: Hemoglobinopatias Enzimopatias Anomalias de membrana Profa. Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes www.profbio.com.br Anemia hemolítica • Anemia regenerativa ou hemolítica • Causa periférica • Hiperplasia da MO • Reticulocitose • Hemólise intravascular – Aumento da hemoglobina plasmática – Saturação da haptoglobina • Hemólise extravascular – Aumento da bilirrubina e urobilinogênio Anemia hemolítica • Pode ser dividida em : • Intraglobulares ou intrínsecas – Alterações no eritrócito – alterações de membrana ou no conteúdo celular. • Extraglobulares ou extrínsecas – Adquiridas – Destruição do eritrócito: substâncias tóxicas, parasitismo, anticorpos, trauma mecânico. Anemia hemolítica intraglobular • Hemoglobinopatias – Anemia falciforme – Talassemia • Anomalias de membrana – Esferocitose hereditária – Hemoglobinúria paroxística noturna – Acantocitose • Enzimopatias – Deficiência de G6PD – Deficiência de PK Anemia hemolítica extraglobular • Anemia hemolítica autoimune – Por anticorpos frios – Por anticorpos quentes Hemólise extravascular Hemólise intravascular Hemólise intravascular • A hemoglobina plasmática que não está ligada à haptoglobina, nem é eliminada pelos rins, também é oxidada à metemoglobina. • O heme oxidado (hemina) é ligado à hemopexina e removido pelo fígado. • Se houver depleção de hemopexina, os grupos de hemina ligam-se à albumina, formando metemalbumina Hemólise intravascular • Parte da hemoglobina é reabsorvida pelas células dos túbulos proximais onde o ferro da Hb é convertido em hemossiderina. • Quando essas células tubulares se desprendem e passam para a urina, o paciente desenvolve hemossiderinúria. Hemólise intravascular • > Hb na luz tubular < a capacidade da célula tubular de absorção excreção hemoglobina na urina hemoglobinúria. • Durante o processo, a hemoglobina pode ser oxidada a metemoglobina. ANEMIA FALCIFORME Anemia falciforme • β hemoglobinopatia hereditária – HbS • Mutação genética no cromossomo 11 que codifica cadeia beta da globina • Substituição de uma base nitrogenada no códon GAC para GTC no mRNA • Troca do ácido glutâmico pela valina • Presença de HbS (α2β2 6 glu-val) Anemia falciforme • Presença do ácido glutâmico: – Eletronegatividade – Afastamento das moléculas de Hb deoxigenadas • Presença da valina: – Neutralidade – Favorece a polimerização e formação de tactóides Anemia falciforme • Polimerização: – A porção hidrofóbica da cadeia beta na posição 6 da valina projeta-se formando uma ligação com a fenilalanina ou leucina de outra cadeia globínica. – Agregação de 30 tetrâmeros formam um núcleo onde outros tetrâmeros poderão se aderir formando um polímero. – Agregação de fibras aos polímeros formados e produção de feixes paralelos chamados tactóides Microscopia eletrônica da célula falciforme com grande número de fibras se dispondo no sentido longitudinal da célula. Célula falciforme Anemia falciforme • Alteração genética transmitida por gene semi- dominante • Manifestação: – Homozigose: HbS/HbS – doença – Heterozigose: HbA/HbS – estigma ou traço falcêmico . Anemia falciforme • Traço falcêmico: – Sem manifestações clínicas e hematológicas evidentes – ausência de anemia – < 50% HbS eritrócito – sem cristalização – Crise presente em condições baixas de O2 – Pacientes não indicados para doação de sangue Incidência • Região central da África • Países do mediterrâneo • Índia Anemia falciforme • Patogenia: – Polimerização e formação de tactóides sob • < de O2 ou < pH • desidratação • > níveis de 2,3DPG • Alta concentração de HbS dentro da célula – Formação da estrutura de foice – Hemólise – Falcização : processo reversível com a reoxigenação. Célula falcizada Extensão sanguínea com presença de drepanóctos Fisiopatologia • Desoxigenação rápidapequenos polímeros não altera formato da hemácia. • Desoxigenação lenta e/ou parcial formação de longos polímeros alinhamento de fibrascélula em foice. • Células falcizadas – Aumentam a viscosidade do sangue – Diminuem o fluxo sanguíneo – Aumentam o grau de falcização – Promovem alterações na membrana eritrocitária Característica fisiopatológica • Crise vaso-oclusiva – Obstrução vascular ocasionada pelo acúmulo de eritrócitos falcizados causando lesão tecidual por hipóxia • priapismo • síndrome torácica aguda • acidentes vasculares cerebrais, • úlceras crônicas Característica fisiopatológica • Crise hemolítica – Alterações na membrana levam ao acúmulo de IgG e complemento na superfície das hemácias – Anemia decorrente de hemólise extravascular – baço • Crise de sequestro esplênico agudo. • Aumento súbito do baço e redução intensa da Hb, podendo evoluir para choque hipovolêmico Manifestações clínicas • Proteção até os seis meses de vida – presença da hemoglobina fetal • Anemia • Febre • Acidente vascular cerebral: isquêmico e hemorrágico • Alterações neurológicas Manifestações clínicas • Dor nas articulações e dactilite • Suscetibilidade à infecções bacterianas causadas principalmente pela disfunção esplênica secundária múltiplos infartos com ocorrência de asplenia funcional. Diagnóstico laboratorial • Eletroforese de Hb em pH alcalino para detectar HbSProva de falcização • Uma pequena gota de sangue colhido com anticoagulante é colocada sobre uma lâmina de vidro e misturada com uma gota de solução a 0,5% de metabissulfito de sódio, preparada no momento do uso. • Sobre a mistura, coloca-se uma lamínula de vidro, retira-se o excesso de sangue das bordas e vedam-se as bordas para impedir a entrada de ar. • A vedação pode ser feita com parafina, esmalte de unha, etc. • As leituras são realizadas após 1, 2, 6, 12, 24 e 48 horas (pode- se omitir as leituras intermediárias). As hemácias falciformes são reconhecidas por se apresentarem recurvadas e com “ espículas” (ou prolongamento) nas extremidades. Exames laboratoriais • Hemograma – Ht: 23% – Hb entre 7 e 8 g/dL – RDW alto – Anemia normocítica e normocrômica com anisocitose; – Reticulócitos > 15%; – Eritroblastos – Fragmentos eritrocitários • Dosagem de bilirrubina indireta: elevada Tratamento • Exsanguineo transfusão parcial • Transfusões de hemocomponentes • Antinflamatórios • Analgésicos • Hidroxiuréia via oral - > HbF – A HBF: influencia a concentração intracelular de hemoglobina S e inibe a polimerização devido a um resíduo glutamínico Υ 87 que impede um contato lateral da dupla fita da fibra de hemoglobina. Tratamento • Transplante de MO • Antibioticoterapia profilática com penicilina,nos cinco primeiros anos de vida • Imunização contra microrganismos encapsulados • Quelantes do ferro. TALASSEMIA Talassemia • Thalassa – mar. • Origem doença – Mar Mediterrâneo – Sul da Itália e Grécia • Hemoglobinopatia hereditária • ou ausência da síntese das cadeias polipeptídicas da globina • Classificadas quanto a cadeia globínica envolvida – α ou β talassemia Talassemia • Defeito quantitativo: qualidade da Hb está perfeita • Causas: mutações – Intron – Promotora – Crossing over – Região terminal • A maior parte das mutações causam diminuição na produção de mRNA ou formação de mRNA não funcionais Talassemia - Fisiopatologia • Diminuição da síntese de uma das cadeias globínicas • Cadeias de síntese normal não encontram seus pares • Formação de tetrâmeros instáveis • Precipitação no interior da célula • Formação dos Corpúsculos de Heinz Talassemia - Fisiopatologia • Fixação dos Corpúsculos na membrana celular – Hemólise na MO – Hemólise extravascular • Anemia microcítica e hipocrômica • Hiperplasia medular – Presença de eritroblastos e deformações ósseas. β Talassemia maior • Homozigótica ou Maior (Anemia de Cooley) – Homozigóticas – Alteração no cromossomo 11 – Deficiência acentuada da cadeia beta – presença HbF (α2γ2) – Ausência de produção da cadeia β - HbA (α2β2) – Ambas induzem formação de tetrâmeros instáveis – Precipitação – Indução de hemólise Fisiopatologia • Hepato e esplenomegalia – hiperplasia do SMF e hematopoiese extramedular. – Icterícia – Excesso de ferro nos órgãos: miocárdio e glândulas endócrinas • Alterações ósseas – Osteoporose – Protuberâncias do crânio causada pela expansão medular. Eritropoese 10 vx maior do que o normal Diagnóstico laboratorial β talassemia maior • GV, Ht, Hb, VCM, HCM • HbA1 e HbA2 • HBF • Policromasia • Células em alvo • Eritroblastos Normal + o Hb A (%) 97.5 73 0 Hb F (%) 0.8 24 97.5 Hb A2 (%) 1.6 3 2.5 β talassemia maior β Talassemia menor • Heterozigótica: deleção parcial • Pacientes geralmente assintomáticos • Diagnóstico confundido com anemia ferropriva • Pontilhado basófilo encontrado principalmente na talassemia minor e dosagem de ferro utilizados como diferencial β talassemia menor Diagnóstico laboratorial • RDW normal com microcitose • Hipocromia • Pontilhados basófilos • Bilirrubina indireta • HbA2 - 3 a 7% • Discreto aumento de HbF Tratamento • Terapias transfusionais para manutenção dos níveis de Hb • Utilização de quelantes de ferro com deferoxamina para evitar hemossiderose • Possibilidade de esplenectomia ao hiperesplenismo α - talassemia • Comuns no sul da África e região do mediterrâneo • Produção da cadeia alfa da globina realizada por 4 genes localizados no cromossomo 16 • Deleção de um ou mais genes podem produzir quatro variedades de alfa talassemia. – α talassemia 1 (__α / αα) – α talassemia 2 ( __ __ / αα) – α talassemia 3 ou H ( __ __ / __ α) – α talassemia 4 (__ __ /__ __ ) α - talassemia – α talassemia 1 (__α / αα) • Portadores assintomáticos • Níveis normais de HbA1 e Hb A2 – α talassemia 1 (__ __ / αα) • HbA1 normal ou levemente • Manifestação de anemia leve α - talassemia • α talassemia 3 (__ __ / __ α) • Deleção de 3 genes da cadeia α: HbH • Instalação de anemia hemolítica pela precipitação de Hb • Baço pode ser palpado em até 75% dos casos • Investigação da Hb Bart no cordão umbilical do recém nascido. • Hb Bart é substituída pela Hb H (tetrâmeros de Beta) – precipitação da Hb – lise. α - talassemia • α talassemia 4 (__ __ / __ __) – Formação de tetrâmeros de γ produz Hb Bart - hidropsia fetal –natimorto α - talassemia • Homozigótica –Doença HbH – Deleção de 3 genes da cadeia α produz HbH – tetrâmeros de β – Formação de tetrâmeros de γ produz Hb Bart - hidropsia fetal –natimorto • Heterozigótica: – Diminução cadeia alfa – Discreta anemia – Sem necessidade de tratamento Hb BART Hb H Tetrâmetros de γ Tetrâmeros de β http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=&url=http://en.wikipedia.org/wiki/Bart_Simpson&ei=4-aZVaXoAsTCggSDv4L4Ag&bvm=bv.96952980,d.eXY&psig=AFQjCNFijqBAC_utjDnxo_fS0O5jvunv3Q&ust=1436235878908606 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http://simpsons.wikia.com/wiki/File:Homersimpson.jpg&ei=EOeZVc3oFsikNquskqgC&bvm=bv.96952980,d.eXY&psig=AFQjCNFyVUQKTJPOG9tpOOSmM2mb4NJa0A&ust=1436235918956642 Hidropsia Fetal • . Foto extraída do site : http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-59072006000200013&lng=pt&nrm=iss Diagnóstico laboratorial • GV, Ht, Hb, VCM, HCM • HbA1 • Eletroforese de Hb em pH alcalino: – HbH (crianças e adultos) – HbBart (recém-natos) • Anisocitose : microcitose • Hipocromia • Policromasia Eletroforese Diagnóstico laboratorial • RDW normal • Corpúsculos de Heinz • Bilirrubina indireta • Pontilhado basófilo e hemácias em alvo – heterozigótica • Curva de fragilidade osmótica desviada para esquerda • Ferro sérico e ferritina Talassemia delta-beta • Homozigoto: ausência das cadeias beta e delta, portanto HbA e HbA2 estão ausentes. • A produção de cadeias gama (HbF) embora aumentada, não é suficiente para balancear totalmente a falta da delta e beta, resultando um quadro clínico de talassemia intermedia. • Os heterozigotos têm talassemia minor com 5 a 20% de HbF e HbA2 normal. ENZIMOPATIAS Deficiência de G6PD • Deficiência de Glicose 6 P desidrogenase • Sintomas podem se apresentar nas primeiras 24 horas de vida • Desencadeada por infecções graves ou ingestão de agentes oxidantes: antimaláricos, AAS • Alterações no gene localizado no cromossomo X • Expresão completa em homem ou mulher homozigota Deficiência de G6PD • G6PD- via das pentoses e produção de NADPH a partir de NADP • NADPH – acúmulo de H2O2 – oxidação Hb e diminuição da sobrevida do eritrócito • Desnaturação Hb- Corpúsculo de Heinz- hemólise extravascular Diagnóstico • Dosagem de G6PD • Pode ser realizada pelo teste do pezinho • Pacientes com deficiência de G6PD apresenta resistência natural ao Plasmodium falciparum • Tratamento baseado na presençadas crises hemolíticas Deficiência de PK • PK: cataliza a formação do piruvato a partir do fosfoenol-piruvato com liberação de ATP • < ATP para funcionamento da bomba de Na e K • < K e H2O intracelular a alteração da conformação eritrocítica e formação de espículos • Perda da capacidade de deformabilidade Deficiência de PK • Produção de esferócitos com resistência globular osmótica diminuída • Hemólise extravascular • Indicação de esplenectomia • Anisocitose • Eritroblastos circulantes • Níveis de Hb entre 6,0 e 12,0 mg/dl Deficiência de PK • Deficiência de piruvato quinase é muito variável. • Doença geralmente identificada na infância, porém ocorrem casos cujas manifestações acontecem na fase adulta. • Os sinais e sintomas são associados à hemólise crônica: icterícia, anemia, esplenomegalia e coletitíase. Diagnóstico • Eritrócitos geralmente normocíticos e normocrômicos • Reticulocitose entre 2,5 a 15% • Pesquisa de Corpúsculos de Heinz • Dosagem de PK Anomalias de membrana Esferocitose hereditária • Prevalência caucasiana com maior frequência nos EUA e Europa, pouco comum em negros e asiáticos. • 4 tipos de defeitos: – deficiência de espectrina – deficiência combinada de espectrina e anquirina – deficiência isolada de banda 3 – deficiência isolada da proteína 4.1 Espectrina: confere flexibilidade Actina: responsável pela forma hexagonal do citoesqueleto Anquirina: Interage com a espectrina Esferocitose hereditária • Alteração autossômica dominante – 75% • Principal alteração na expressão do gene da espectrina • Perda de membrana e área de superfície • Desequilíbrio osmótico com influxo de Na+ • Célula perde biconcavidade pelo acúmulo de água – esferócitos • Crises hemolíticas esplênica Esferocitose hereditária • Pode ser assintomática • Esplenomegalia • Icterícia • Colelitíase pelo turnover de hemoglobina Diagnóstico laboratorial • Hb: entre 7 a 12 mg/dl • VCM: Normal ou • CHCM • Reticulócitos • Bilirrubina • Presença de esferócitos Diagnóstico laboratorial • Células “hipercoradas” com ausência de halo central • Curva de fragilidade osmótica aumentada em solução salina hipotônica • Ectacitometria – avalia o índice de deformidade eritrocitária pelo ectacitômetro (pesquisa) tubos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 NaCl 1% 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 3,0 3,3 3,6 3,9 4,2 6,0 - H2Od 4,5 4,2 3,9 3,6 3,3 3,0 2,7 2,4 2,1 1,8 - 6,0 Título Sol NaCl 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 1,o - Curva de fragilidade osmótica Curva de fragilidade osmótica • Interpretação: • % hemólise = DO amostra X 100 DO tubo 11 VR: hemólise inicial: 0,50% hemólise final : 0,30% Talassemia : Hemolise inicial: 0,4. Hemolise total: 0,2 HPN – Hemoglobinúria Paroxística noturna • Mutação somática no gene PIG-A no cromossomo X • Déficit na produção da proteína GPI - glicosil- fosfatidil-inositol • Alterações nas proteínas reguladoras de membrana (CD55 e CD59) ancoradas na ptn GPI que acarretam uma sensibilidade anormal ao complemento HPN – Hemoglobinúria Paroxística noturna • Alterações membranais com deficiência de proteínas responsáveis pela proteção contra lise pelo complemento • Levam a hemólise intravascular – Hemoglobinúria, hemossiderinúria, anemia, trombocitopenia e tendência a fenômenos trombóticos. – Insuficiência renal aguda pode ocorrer em associação às crises hemolíticas HPN – Hemoglobinúria Paroxística noturna • “Episódio noturnos: “ – hipoventilação fisiológica – acidose – aumento de sensibilidade à lise pelo complemento – Granulócitos e plaquetas compartilham da alteração membranal. Manifestações clínicas • Cansaço excessivo • Icterícia • Trombose • Aplasia medular • Propensão a infecções Quadro laboratorial • Sangue periférico – Anemia – Leucopenia, granulocitopenia – Deficiência de ferro – Hb: perto de 6 mg/dL – Dosagem de LDH alta • Urina – Hemoglobinúria – Hemossiderinúria Diagnóstico laboratorial • Citometria de fluxo com ac monoclonais contra ag CD55 e CD59- granulócitos e eritrócitos. • Teste de hemólise em sacarose: – avalia a sensibilidade das hemácias ao complemento em meio de baixa força iônica, que favorece a fixação de complemento na superfície das hemácias. • Teste de HAM – Verifica a sensibilidade das hemácias ao complemento em soro acidificado Teste de HAM Tratamento • Estratégias terapêuticas com utilização de anticorpos monoclonais humanizados (eculizumab) contra frações protéicas do complemento • Transfusão • Transplante de células tronco hematopoéticas Acantocitose • Autossômico recessivo • Deficiência de β lipoproteína • Hipolipidemia e distúrbio de síntese da membrana dos eritrócitos dando origem à acantocitos • Quadro neurológico • A hemólise pode ser controlada com a ingestão de vitamina E, que atua como antioxidante Acantocitose Leucemias Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes www.profbio.com.br Leucemia • Proliferação neoplásica generalizada de células hematopoéticas oriundas de um mesmo clone. • Células passam a ocupar toda MO impedindo a proliferação de seus elementos normais. • Saem da MO e invadem o sangue periférico atingindo outros órgãos. – Baço – Fígado – SNC Leucemia – Ativação de genes que estimulam a proliferação celular e bloqueiam a apoptose. – Inibição de genes que levam a diferenciação de células hematopoéticas. – Dominância clonal. – Insuficiência da medula óssea na produção de células normais. – Infiltração das células neoplásicas em órgãos e tecidos. – Imunodeficiência e efeito dos produtos das células tumorais. Etiologia das Leucemias • Mutação genética, causada por um ou mais fatores em indivíduos suscetíveis. • Radiação ionizante • Agentes químicos( cloranfenicol, fenilbutazona) • Vírus (Epstein-Baar, HTLV...) • Doenças hematológicas prévias: anemia aplástica, HPN, anemia de Fanconi • Imunodeficiência • Genética (Síndrome de Down) • Translocações e deleções cromossômicas CLONE ANORMAL SE EXPANDE RAPIDAMENTE NOS TECIDOS MIELOIDE E LINFOIDE Medula Normal Medula na L.L.C. Leucemias • Leucemias agudas: – Leucemia mieloblástica aguda – LMA blastos na M.O. – Leucemia linfoblástica aguda – LLA e sg periférico • Leucemias crônicas: – Leucemia mieloide crônica - LMC Aumento do número – Leucemia linfoide crônica - LLC de céls maduras no sg Classificação • Critério de classificação – Grupo Franco – Americano- Britânico (FAB) – MIC – OMS – Grupo European Group for the Immunological Classification of Leukemias (EGIL) Leucemias Mieloide Aguda M0, M1,M2,M3,M4,M5,M6 e M7 Crônicas Linfoide Agudas - L1,L2 e L3 Crônicas Leucemias agudas • Curso rápido • Predomínio de células blásticas da série mieloide, linfoide e monocítica pela deficiência na maturação celular. • Medula hiperplásica com aumento do número de blastos • Manifestações clínicas: – Anemia normocítica e normocrômica; – Granulocitopenia com febre e infecção; – Plaquetopenia com púrpuras e hemorragias; – Esplenomegalia e linfadenopatia ; – Dores ósseas; – Leucostase. Leucemias agudas Diagnóstico clínico geral • Fraqueza • Palidez progressiva • Hemorragias • Infecções • Adenomegalia, esplenomegalia e hepatomegalia • Estados compressivos do mediastino pela proliferação e crescimento do tecido linfoide • Possibilidade de infiltração testicular e SNC Leucemias agudas Diagnóstico clínico geral • Infiltração das células leucêmicas no SNC (neuroleucemia) podem causar sintomas semelhantes aos da meningite: – Cefaléia– Tontura – Náusea – Perturbação visual – Paralisia dos nervos cranianos Diagnóstico laboratorial geral • Hemograma – Anemia, neutropenia e trombocitopenia – Presença de mais de 20% de blastos dentre os leucócitos • Mielograma – Infiltração de blastos superior a 30% - FAB – Infiltração de blastos superior a 20% - OMS • Tipo citológico – Identificação através de coloração citoquímica para diferenciação de mieloblastos e linfoblastos Diagnóstico geral • Imunofenotipagem: – Demonstra que a origem das células leucêmicas podem estar direcionadas para células mais indiferenciadas, explicando desta forma o comprometimento de eritroblastos e megacarioblastos. – Podemos encontrar marcadores como CD7 (Linf.) e CD 13 (mieloide). – Complementa o mielograma. – Identifica a linhagem celular. – Identifica o estágio de maturação. CD33, CD13 e anti-MPO Diagnóstico geral TdT TdT Leucemia Linfoide Aguda • Doença primariamente da infância. • Pico de incidência entre 3 a 7 anos. • Caracterizada por crescimento de tecido linfoide, infiltração no SNC e testículos. • Podem ser geradas por translocações entre o cromossomo 8 e 14, por infecções virais (HTLV-1) e alterações como Anemia de Fanconi, Síndrome de Down e Bloom. Subtipos de LLA - FAB • L1: Linfoblastos pequenos e de forma regular. Dificuldade de visualização de nucléolos e citoplasma escasso. • L2: Linfoblastos maiores e de forma irregular. Presença de nucléolos bem visíveis. • L3: Linfoblastos grandes, ovais ou redondas, com citoplasma abundante, basófilo e com presença de vacúolos. Possui 1 a 3 nucléolos. Leucemia Linfoide Aguda • Classificação da OMS – LLA de células B precursoras (antigas L1 e L2 da FAB) – LLA de células T precursoras (antigas L1 e L2 da FAB) – LLA de células B maduras (antiga L3 da FAB) LLA – L1 LLA – L1 LLA – L2 LLA – L2 LLA – L2 LLA - L3 Aspecto citológico • Presença de blastos tipo T ou B • Maior frequência do tipo B • Cromatina fina e uniforme • Citoplasma escasso, azul pálido sem grânulos • Ausência de Bastões de Auer Diagnóstico laboratorial • Mielograma : substituição das células normais pelas células leucêmicas – superior a 30% • Provas citoquímicas – Negativos para peroxidase e Sudan Black – Apresentam PAS e marcador nuclear TdT positivo – Fosfatase alcalina dos Neutrófilos (NAP)é normal Provas citoquímicas • PAS: ácido periódico de Schiff – Reação positiva para presença de polissacarídeos e mucopolissacarídeos. – Identificação do glicogênio • Ácido periódico oxida os resíduos de glicose . • Aldeído produzido reage com reagente de shiff produzindo coloração púrpura – magenta – Linfócitos e seus precursores são ricos em glicogênio citoplasmático positivando a reação com produção de coloração vermelha PAS positivo Diagnóstico laboratorial • Marcador nuclear TdT: – Terminal deoxinucleotidil transferase – Enzima nuclear caracterísitca de precursores linfóides. – Observada em células pré-B e linfoblastos T. Ausente em LB maduros – Utilização de anticorpo monoclonal marcado com fluoresceína – Realizada em esfregaço e examinada à fluorescência Leucemia Linfoide Aguda • Leucemias de bom prognóstico – Hiperploidia (maior 50 cromossomos) – Idade entre 2 a 10 anos • Leucemias de mal prognóstico – Translocações: t(8;14), t(2;8), t(8;22) e t(4;11) – T(8;14) estão associadas a LLA do tipo L3 – Idade inferior a 12 meses e adultos – Sexo masculino Tratamento • Quimioterapia: – Prednisona – Vincristina – L-asparaginase • TMO Leucemia Mieloide aguda • Presença de mieloblasto • Cromatina frouxa e nucléolos bem evidentes • Ausência ou presença de poucas granulações citoplasmáticas • Presença de Bastões de Auer que dão reações positivas com peroxidase e Sudan Black LMA - OMS • LMA com anormalidades genéticas recorrentes • LMA com alterações relacionadas com mielodisplasia • Neoplasias mieloides relacionadas com terapia • Leucemia mieloide aguda • Sarcoma mieloide (SM) • Proliferações mieloides relacionadas com Síndrome de Down • Neoplasia da célula dendrítica plasmocitoide blástica Leucemia Mieloide Aguda • Classificação FAB: Leucemias Mieloblásticas Agudas M0 LMA sem maturação nem diferenciação M1 LMA sem maturação, com diferenciação limitada M2 LMA com maturação parcial - GR M3 Leucemia promielocítica aguda – GR M4 Leucemia mielomonocítica aguda – MO M5 Leucemia monocítica aguda - MO M6 Eritroleucemia - ER M7 Leucemia megacariocítica aguda - PL Provas citoquímicas • Peroxidase e Sudan Black positivos • PAS negativo exceto para precursores eritroides – M6 • TdT negativa • Fosfatase alcalina dos neutrófilos é baixa (diferencia a reação leucêmica e reação leucemoide) Provas citoquímicas • Peroxidase: – Enzima presente nas granulações primárias (azurófilas) das células da série mieloide – Em presença de H2O2 ,a peroxidase oxida a benzidina presente no reagente (que é incolor) tonando-a azul ou castanha . – Realizada em esfregaço e analisada em objetiva de imersão. Peroxidase Provas citoquímicas • Sudan Black: – Cora lipídeos e fosfolipídeos. – Positivo para granulações azurófilas e específicas. – Diferencia LLA e LMA – Prova mais sensível do que a peroxidase – Grânulos coram-se fracamente nos blastos e fortemente nos NE maduros Coloração por Sudan Black (a) Bastões de Auer (b) grânulos citoplasmáticos Blastos (setas) na LMA Nucléolo LMA Leucemia Mieloide Aguda LMA Presença de grânulos e vacúolos citoplasmáticos LMA-M2 mieloblasto promielócito LEUCEMIAS AGUDAS coloração LMA LLA Ácido periódico de Schiff (PAS) - (exceto M6) + Enzima nuclear (TdT) - + Mieloperoxidase/peroxidase + (EXCETO M5, M7) - Sudan Black + - Fosfatase alcalina dos neutrófilos (NAP) baixa normal Citoquímica- Esterases inespecífica e específica • M5 – presença de esterase inespecífica em Mo - alfa-naftil- butirato esterase • M4 presença de esterase específica para granulócitos - Cloro-acetato- esterase) Citometria de fluxo • Este teste é realizado em aparelhos automatizados capazes de qualificarem e quantificarem as células positivas, previamente tratadas com anticorpos monoclonais específicos. O resultado é emitido por meio de gráfico que identifica áreas compostas por diferentes células. O resultado positivo para determinado CD é identificado por uma área de cor vermelha onde se localizam as células que reagiram com os anticorpos monoclonais. Marcadores • Precursores hematopoéticos:CD 34, HLA-DR, Tdt e CD 45 • Linhagem B: CD10, CD 19, CD 20, CD 22 e CD 79a • Linhagem T:CD 2, CD 3, CD4, CD 5 e CD 7 • Linhagem mieloide: CD 13, CD33, CD 15, MPO e CD 117 • Linhagem monocítica: CD14, CD11c e CD64 • Linhagem eritroide; CD71 e glicoforina A • Linhagem megacarioblástica: CD 41 e CD42. Tratamento • Indução da remissão – Remisão total (quimioterapia): ausênsia de blastos no sangue periférico e 5% blastos na MO • Tratamento pós indução – Manutenção da quimioterapia menos agressiva • Consolidação da remissão: – 2 a 6 ciclos de quimioterapia com intervalo mínimo de 2 semanas • A maioria dos pacientes que atingem a remissão completa, recindivam se não receberem a quimioterapia de consolidação. Tratamento • Drogas – Citarabina (Ara-C) – Daunomicina – Tioguanina TMO • Recomendado para jovens com menos 30 anos. • TMO singênico, alogênico e autólogo (coletado na RC). • Realizado após mielossupressão total e irradiação corpórea total. • Transplante de células indiferenciadas do sangue periférico ou por punção medular na crista ilíaca de doador • Realização de concentrado e administração endovenosa para receptor.TMO • Falha no procedimento: – Falha na esterilização da medula óssea pela quimioterapia com focos de células leucêmicas residuais. – Presença de células residuais no material a ser transplantado (autólogo). – Lesão do estroma medular pela quimioterapia agressiva previa ou por irradiação excessiva. Leucemias Crônicas • Proliferação de células maduras. • Série linfoide ou mieloide. • Rara antes dos 40 anos. • Mais comum no sexo masculino. • Sinais comuns: – Esplenomegalia na mieloide – Adenopatia na linfóide (cervical , suclavicular e axilar) – Anemia em ambas. – Desenvolvimento de quadros infecciosos por agentes oportunistas LLC INVASÃO DE LINFONODOS Leucemia Linfoide Crônica • Proliferação das células linfoides maduras , mas imunoincompetentes. • Quadro clínico mais benigno • Pode ser assintomática • Evolução lenta • Raras formas blásticas • Células mais resistentes a morte celular LLC • 50% está relacionada a trissomia do 12 com produção do oncogene K-Ras • Translocações e inversões envolvendo cromossomo 11 e 14 • Deleções do cromossomo 3 • Tipo T relacionada com HTLV-I (Leucemia de célula T do adulto - flower cells) LLC • Podem causar alteração nas células NK que passam a reconhecer antígenos próprios. • Aumento da incidência de ac antieritocitários, antileucocitário e antiplaquetário. • 90% do tipo B. • Diminuição da produção de anticorpos pelo aumento da produção da cadeia leve com diminuição na produção das cadeias completas. Leucemia Linfoide Crônica • Estadiamento segundo Rai (1975) – Estádio O: Linfocitose absoluta (≥ 15.000/mm3) sangue periférico. MO: >40% linfócitos maduros – Estádio I: linfocitose e aumento linfonodos – Estádio II: linfocitose e aumento fígado. Linfonodos podem ou não estar aumentados – Estádio III: Linfocitose e anemia (Hb < 11 mg/dL e Ht 33%). Linfonodos, baço e fígado podem ou não estar aumentados – Estádio IV: Linfocitose e plaquetopenia.Anemia e organomegalia podem estar presentes. Leucemia Linfoide Crônica • Estadiamento segundo Binet e Cols – 1981 – Baseado nos níveis de hemoglobina, contagem de plaquetas e número de áreas ganglionares aumentadas de tamanho. – Estádio A :Hb ≥ 10mg/dL; Plaq. ≥100.000 e crescimento de 0 a 2 áreas linfóides – Estádio B :Hb ≥ 10mg/dL; Plaq. ≥100.000 e crescimento de 3 a 5 áreas linfóides – Estádio C: Hb < 10mg/dL, Plaq. < 100.000 e crescimento de qualquer número de áreas linfóides Diagnóstico • Hemograma: – Leucócitos aumentados: 30 a 200.000/mm3 – Raros pró-linfóctos ou linfoblastos – Anemia – Trombocitopenia e granulocitopenia • Mielograma: – Infiltração medular de linfócitos – 40% das células – Pode apresentar edema intersticial, necrose e hemorragias. Diagnóstico • Dosagem de imunoglobulinas – Imunoglobulinemia – Produção exagerada de cadeia leve pode ser visualizada no interior das células. • Marcadores imunológicos (diferenciação de T e B) – Pesquisa de antígenos de superfície para diferenciação entre as linhagens T e B – Marcadores da linhagem B: SIg (imunoglobulina de superfície), CD19, CD 24 – Marcadores da linhagem T: CD2 e CD5 Outras LLC • Diferenciam-se da LLC através de marcadores encontrados na imunofenotipagem ou histologia de biópsia linfonodal. – Leucemia de linfoma de células T do adulto – Leucemia das células cabeludas, Hairy cell ou leucemia de células pilosas – LB – Síndrome de Sézary – LT (núcleo cerebelar) – Leucemia de linfócitos granulares - LT Leucemia de linfoma de células T do adulto Flower Cell Relacionada a infecção por HTLV-I Leucemia de Células pilosas ou cabeludas Prova da fosfatase ácida tartarato resistente Núcleo em forma cerebelar e cromatina de coloração azul escuro Síndrome de Sézary Leucemia de linfócito granulares Leucemia mieloide crônica • 95% pacientes apresentam o cromossomo Philadélfia • Translocação t(9;22)(q34.1;q11.21) • Produção de gene híbrido (bcr-abl) que codifica proteína tirosina quinase – p190 e p210 • Interferência no ciclo celular com proliferação e diferenciação descontrolada. Leucemia mieloide crônica • São responsíveis aos fatores estimulantes da diferenciação. • Possuem sobrevida mais longa. • As células exibem citoplasma maduro , mas núcleo jovem com presença de nucléolos. Cromossomo Philadelfia (Ph) LMC • Características da LMC: – Dividida em 3 fases: • Fase crônica • Fase de aceleração • Crise blástica Fase crônica • leucócitos (10-100x) de células maduras • Fosfatase alcalina • Cromossomo Philadelfia • Bcr-Abl – tirosina quinase • LDH, ácido úrico e vit B12. • Hiperplasia granulocítica e megacariocítica – 50.000 a 300.000 leucócitos / mm3 • Responsividade a terapia Fase acelerada • Perda da capacidade de diferenciação • Presença de blastos na circulação • Hepato-esplenomegalia • Sintomas acentuados • Resistência à terapêutica Fase blástica • Crise blástica ou transformação em aguda – Refratária ao tratamento; – ~ 30% blastos; – Invasão de órgãos. LMC Invasão de massa tumoral leucêmica no Baço de paciente com Leucemia Mielóide Crônica (LMC) Diagnóstico laboratorial • Hemograma – Hiperleucocitose – 50.000 a 200.000/mm3 – Pseudo desvio a esquerda sem ordem de maturação – Predominância de neutrófilos e mielócitos – Falta do metamielócito – hiato leucêmico – Anemia – Trombocitose Diagnóstico laboratorial • Mielograma – Hiperplasia granulocítica (80 a 95%) – Menos de 20% de pró-mielócitos e mielócitos • Fosfatase alcalina dos neutrófilos baixa ou ausente • Aumento da vitamina B12 sérica. Tratamento • Utilização de drogas antiproliferativas: – Hidroxiuréia para mielossupressão– inibição da síntese de DNA – IFNa: supressão do cromossomo Philadelfia – Mesilato de imatinibe / Gleevec (comercial ) – Nilotinib • remissão completa hematológica e citogenética, mesmo em pacientes na fase acelerada ou crise blástica da doença. • é um inibidor da tirosina quinase induzida pelo gene bcr/abl. • TMO – transplante de medula óssea LMC LMC REAÇÃO LEUCEMOIDE •GB: 30 a 60.000/ mm3 •Neutrófilos: D.E. escalonado Granulações tóxicas Fosfatase alcalina aumentada •Eosinopenia e basopenia •Anemia quando presente: normocítica e normocrômica •Trombocitopenia ou trombocitose (morfologia normal) REAÇÃO LEUCÊMICA •GB: 20 a 500.000/ mm3 •Neutrófilos: D.E. não escalonado Granulações tóxicas Fosfatase alcalina reduzida ou ausente •Eosinofilia •Basofilia •Anemia normocítica e normocrômica •Trombocitose ou normal (morfologia gigante) Acabou? Até a próxima aula! http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=esqueleto pensandp&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=eTBX7Xr-vNfp9M&tbnid=2ZePZpu51BUYXM:&ved=0CAUQjRw&url=http://sopademitos.blogspot.com/2011/10/ciencias-naturales.html&ei=pcnFU5HGMoja8AHw9oDgCw&bvm=bv.71126742,d.cWc&psig=AFQjCNG1ew5fmdx_10ctMF5A-JEeJXNSYg&ust=1405557526323502 ac2_cc01 ac3_01 ac3_02 ac3_05 hemato1_06 hemato1_08a hemato1_09 hemato1_10
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