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ANÁLISES CLÍNICAS III

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Exercício auto-avaliativo 
 
 Mulher, 35 anos, deu entrada no posto de saúde com sintomas de fraqueza, tontura, dificuldade de raciocínio, dispnéia ao esforço físico, 
taquicardia e amenorréia. 
 Apresentava extrema palidez e relatou episódios de geofagia 
 Pressão arterial : 120 x 80 mmHg 
 
Hemograma Exames bioquímicos 
 
Hemácias milhões/mm3 VR Paciente VR Paciente 
 homem 4,5 a 5,5 Bilirrubina total 0,1 - 1,3 0,5 mg/dl 
 mulher 4,0 a 5,0 3,7 Bilirrubina conjugada 0,1 - 0,3 0,12 mg/dl 
 Glicemia de jejum 70-99 75 mg/dl 
Hemoglobina g/dl Dosagem de colesterol 200 160 mg/dl 
 homem 14 a 18 Dosagem de Triglicerídeo 150 90 mg/dl 
 mulher 12 a 16 5,9 Dosagem de creatinina 0,60 – 1,30 0,7 mg/dl 
Dosagem de uréia 10 – 40 23 mg/dl 
Hematócrito % Ferritina 
Homens 36 a 262 microg/l 
 homem 50 a 40 Mulheres 10 a 64 8 microg/l 
 mulher 35 a 45 20 
VCM fL 82 a 92 ___ Transferrina 250-400 480 ug/dl 
HCM pg 27 a 32 ___ Ferro sérico 50 - 150 26 microg/dL 
CHCM % 32 a 36 ___ 
 
Presença de microcitose e hipocromia 
 
 
 
 Qual o possível diagnóstico? Explique 
 Quais as medidas sócio-econômicas e culturais necessárias para a solução do problema? 
 
 
 
Exercício auto-avaliativo 
 
Mulher, 28 anos, procurou posto de saúde queixando-se de fraqueza e cansaço extremo após gestação gemelar. 
O médico solicitou os seguintes exames 
Hemograma H M Exames bioquímicos VR 
GV 1,6 milhões/mm3 4,5 a 5,5/ 4,0 a 5,0 Ácido fólico < 1,0µg/L 3,5 - 15 
Hb 5,0 g/dL 14 a 18 /12 a 16 Folato intra-adipocitário 80 µg/L 160-600 
Ht 19,3 % 40 a 50 / 35 a 45 Vitamina B12 71 ng/L 250-900 
VCM ____ 82 a 92 fL Ferro sérico 60 microg/dL 50 - 150 
CHCM ____ 32 a 36% LDH-1 30% 17 a 27% 
HCM ____ 27 a 32pg LDH-2 39% 27 a 37% 
RDW 18,1 11-14,5 % 
 
 
Presença de neutrófilos hipersegmentados 
Presença de Corpúsculos de Howell-Jolly 
 
Qual o possível diagnóstico? 
Por que a dosagem de LDH está alterada? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício auto-avaliativo 
 
 
 
 
B.F.S. 54 anos, masculino, pardo, natural de Minas Gerais 
Há 2 nos começou a apresentar astenia e hiporexia que se iniciou de maneira lenta após diagnóstico de gastrite atrófica 
 
A gastrite atrófica é um distúrbio que ocorre quando os anticorpos atacam o revestimento mucoso do estômago, provocando o seu adelgaçamento e perda 
de muitas ou de todas as células produtoras de ácido e de enzimas. 
 
Há 2 meses notou emagrecimento com palidez marcante 
EXAME FÍSICO : emagrecido, ictérico , mucosas descoradas. 
Fígado a 3 cm do RCD (rebordo costal direito) na LHC (linha hemiclavicular direita), liso, consistente e pouco doloroso. Baço não palpável. 
Diminuição da sensibilidade profunda e reflexos osteotendinosos diminuídos. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Hemograma: H M 
Hemácias: 1.900.000/mm³ 4,5 a 5,5/ 4,0 a 5,0 
Htc=20%, 40 a 50 / 35 a 45 
Hb=5,8g/dl, 14 a 18 /12 a 16 
HCM ____ 27 a 32pg 
CHCM ____ 32 a 36% 
VCM ____ 82 a 92 fL 
 
Macrocitose +++, poiquilocitose +++, 2 eritroblastos/100 leucócitos 
Reticulócitos: diminuídos 
Leucócitos 3800/mm³, 
B=4%, S=66%, E=4%, Ba=0, L=20%, M=6%. 
Neutrófilos hipersegmentados 
 
Bilirrubinas: BT: 2,3 mg/dL VR: 0,1 a 1,3 mg/dL 
BI: 1,7mg/dL VR: 0,1 a 0,8mg/dL 
 Mielograma: medula hipercelular com aumento de formas jovens na série eritroblástica e importantes alterações megaloblásticas em todas as séries 
Hematopoese 
Prof. Archangelo P. Fernandes 
Profa. Alessandra Barone 
www.profbio.com.br 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=N99ZoFs6tc-BiM&tbnid=kyRHmtv4ESEfZM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.biomedicinapadrao.com.br/2013_07_01_archive.html&ei=NZO0U9LdMIujsQTE8IGIBA&bvm=bv.70138588,d.cWc&psig=AFQjCNHbe0U22uV4wsF2Jw6nlQ_q7CjYzA&ust=1404428820743101
Eritropoese 
Produção de glóbulos vermelhos 
 
Eritron 
Conjunto de eritrócitos e seus precursores 
medulares, dividido em: 
 Departamento de reprodução: 
 ploriferação de mitoses celulares. 
 Departamento de maturação: 
 maturação das células e hemoglobinização 
com perda do núcleo. 
 
Eritropoese 
• Departamento de reprodução: 
– Próeritroblasto(PE) 
– Eritroblasto Basófilo (EB) 
– Eritroblasto Policromático(EPC) 
• Departamento de maturação: 
– Eritroblasto ortocromático (EPC) 
– Reticulócito (Re) 
– Eritrócito (E) 
 
Próeritroblasto 
• Primeira célula morfologicamente distinguível da 
série vermelha 
• Tamanho entre 18 e 25 µm 
• Citoplasma intensamente basófilo com halo claro ao 
redor do núcleo 
• Núcleo grande e arredondado. 
• Cromatina frouxa 
• Dois ou mais nucléolos 
• Constitui aprox.1% da medula óssea 
Próeritroblasto(1) 
Eritroblasto Basófilo 
• Aprox. 16µm 
• Menores que o próeritroblasto 
• Núcleo com condensação de cromatina 
• Não existem nucléolos visíveis 
• Citoplasma menos basófilo pelo início da 
hemoglobinização. 
• Constitui aprox. 1 a 4% da m.óssea. 
Eritroblasto Basófilo (2) 
Eritroblasto Policromático 
• Aproximadamente 13µm 
• O citoplasma apresenta cor acinzentada resultante 
da acidofilia (vermelho) da hemoglobina e 
basofilia (azul) do RNA. 
• Núcleo com cromatina condensada com aspecto 
refringente 
• Constitui aprox. 10 a 20% da medula óssea 
Eritroblasto Policromático(3) 
PE: próeritroblasto 
EB: eritroblasto basófilo 
EP: eritroblasto policromático 
Eritroblasto Ortocromático 
• Tamanho entre 8 a12 µm 
• Presença de um núcleo picnótico e normalmente 
excêntrico. 
• Incapaz de sintetizar DNA. 
• Citoplasma alaranjado devido a acentuada síntese de 
hemoglobina. 
• Constitui aprox.5 a 10% das células da medula óssea. 
Eritroblasto Ortocromático(4) 
Eritroblasto Ortocromático 
http://www.telmeds.org/wp-content/uploads/2009/05/eritroblasto_orto_policromatico2.jpg
Hemoglobinização e perda do núcleo 
Reticulócitos 
• Ausência do núcleo. 
• Vestígios de RNA, responsável pela policromasia. 
• RNA é revelado com azul de cresil brilhante na 
forma de um fino retículo. 
• Os reticulócitos são lançados no sangue periférico 
e encaminhados ao baço. 
• Ainda sintetizam hemoglobina. 
• Após 24 a 48 horas maturam a eritrócitos 
Reticulócitos 
Eritrócitos normais 
LEUCOPOESE 
SÍNTESE DE LEUCÓCITOS 
Granulopoese 
• Granulócitos: 
– neutrófilos 
– eosinófilos 
– basófilos 
 
• Processo que ocorre em 
aproximadamente 11 dias 
Produção dos Neutrófilos na medula óssea: MB 
(mieloblasto), PM (pró-mielócito), M (mielócito), MM 
(metamielócito), BT (bastonete), SG (segmentado). 
mieloblasto pró-mielócito metamielócito 
http://www.flickr.com/photos/hematologia/3668526589/in/photostream
http://www.flickr.com/photos/hematologia/3668526559/in/photostream
http://www.flickr.com/photos/hematologia/3668526403/in/photostream
Mieloblasto: 15 a 20 µm 
Núcleo redondo ou ovalado 
1 a 4 nucléolos 
Citoplasma azul pálido – basófilo 
Presença de granulações azurófilas, mas invisíveis a 
MO 
 
Pró-mielócito: 15 a 25 µm 
Maior que o mieloblasto 
Cromatina mais densa com ligeira condensação 
Presença de nucléolos 
Granulações azurófilas primárias (grosseiras) e início 
das granulações secundárias 
Mielócito: 17 µm 
Citoplasma menos basófilo 
Aumento da qtde de granulações secundárias 
específicas para o tipo celular 
Núcleo oval e excêntrico com ausência de nucléolos 
Cromatina condensada 
Discreta reentrância nuclear 
 
 
Metamielócito: 15 µm 
Núcleo de aspecto riniforme com cromatina grosseira 
Incapacidade de divisão 
 
Bastonete: 12 µm 
Núcleo com aspecto de bastão encurvado 
Granulações específicas dependendo do tipo celular 
 
 
Segmentado: 
Lobulação nuclear por constrição do núcleo dos 
bastonetes 
Lobos ligados porfilamentos de cromatina 
 
Granulopoese 
• Processos de maturação: 
– diminuição celular (exceto mieloblasto para promielócito) 
– perda de nucléolos, 
– diminuição das granulações primárias, 
– perda da basofilia citoplasmática 
– surgimento das granulações secundárias 
específicas 
– segmentação nuclear. 
 
Neutrófilo 
Corpúsculos de Barr ou cromossomo X 
Neutrófilo 
Eosinófilo 
Mieloblasto – promielócito – mielócito – metamielócito - 
eosinófilo 
Eosinófilo 
Hipereosinofilia 
Basófilo 
LINFOPOESE 
SÍNTESE DE LINFÓCITOS 
Linfopoese 
• SC --- CFU-L --- Linfoblasto --- Pró-linfócito --- 
Linfócito 
Citoplasma com intensa basofilia. Cromatina fina 
Linfoblasto: 
Citoplasma basófilo 
Ausência de grânulos 
Núcleo redondo com cromatina frouxa e presença de 
nucléolos 
 
Pró-linfócito 
Citoplasma basófilo 
Padrão nuclear intermediário entre linfoblasto e 
linfócito 
 
Linfócito 
Citoplasma escasso e basofílico 
Núcleo com cromatina condensada 
Linfoblasto Pro-linfócito Linfócito 
Linfopoese 
7 a 10µm 
12 a 15µm 
Linfócitos 
MONOCITOPOESE 
SÍNTESE DE MONÓCITOS 
Monocitopoese 
• CFU-GEMM - CFU-GM – monoblasto – pró-
monócito - monócito. 
 
• Os monócitos permanecem pouco tempo no 
sangue periférico, migrando para os tecidos e 
transformando-se em macrófagos. 
Cromatina frouxa, 
citoplasma agranular e 
basófilo. 
Núcleo excêntrico 
Monoblasto 
http://www.flickr.com/photos/hematologia/3668527033/in/photostream
Monócitos 
15 a 18 µm. 
Aproximadamente 8 
horas na circulação 
Células Sanguíneas 
TROMBOCITOPOESE 
SÍNTESE DE PLAQUETAS 
Plaqueta 
• Fragmentos celulares anucleados formados na 
medula óssea a partir da fragmentação 
citoplasmática do megacariócito. 
• Estímulo: trombopoetina (produzida pelo fígado e 
córtex renal) 
– 3 a 5 um de diâmetro 
– Vida média de 7-10 dias 
– Stem cell 
• CFU-GEMM 
– Megacariócitos 
– Cada megacariócito pode formar 2-3 mil plt 
 
Trombocitopoese 
• Megacarioblasto 
– 20 a 60 µm 
– Forte basofilia, núcleo volumoso e presença de 
nucléolos 
– Citoplasma rico em organelas e polirribossomos 
Megacarioblasto 
http://www.flickr.com/photos/ignacio_diez/3595551513/
Trombocitopoese 
• Pró-megacariócito: 
– Lobulação nuclear a partir da endomitose 
– Aumento de tamanho celular: 80 a 90 µm 
– Abundância citoplasmática 
– Caracterizada pela: 
• Zona justanuclear rica em organelas e localizada 
próxima a carioteca 
• Zona intermediária com complexo sistema 
membranoso 
• Zona marginal junto a membrana plasmática 
Pró-megacariócito 
http://www.flickr.com/photos/ignacio_diez/3799644999/
Trombocitopoese 
• Megacariócito 
– Aproximadamente 100 µm 
– Citoplasma granuloso e acidófilo 
– Núcleo polilobulado ( 4 a 8 lobos) 
– Ausência de endomitose 
– Invaginações da membrana demarcam o 
citoplasma pra produção das plaquetas 
– Presença de plaquetas agrupadas na zona 
marginal 
Megacariócito na medula óssea. O megacariócito é a 
fase medular do desenvolvimento do megacarioblasto. 
O citoplasma está carregado de plaquetas, cerca de 
40.000/mm3 em cada megacarócito. 
Liberação das plaquetas. Início da expulsão das 
plaquetas do citoplasma do megacariócito. 
Liberação plaquetária 
• A membrana do megacariócito se funde a 
membrana dos sinusóides venosos atingindo a 
circulação periférica, onde ficam armazenadas 
no baço. 
Plaquetas 
Hemograma automatizado 
www.profbio.com.br 
Prof. Archangelo Padreca Fernandes 
Profa. Alessandra Barone 
http://www.profbio.com.br/
Hemograma automatizado 
• Técnica mais utilizada em todos os laboratórios clínicos do 
mundo. 
• Mais rápida, reprodutível e confiável do que a técnica manual. 
• Amostra de sangue é aspirada pelo equipamento. 
• Após tratamento com soluções específicas, ela passa por 
eletrodos que medem o tamanho da célula e sua complexidade. 
• Desta maneira é possível distinguir entre os diversos tipos 
celulares do sangue. 
Hemograma automatizado 
• Criado no início na década de 50 por Walace Coulter. 
• Utilização da impedância elétrica para contagem de 
células. 
• Os reagentes (diluidores) ficavam localizados na parte 
externa do aparelho. 
• Década de 60: os aparelhos já contavam com canais 
diferentes para contagem de eritrócitos e plaquetas, 
contagem de leucócitos e dosagem de hemoglobina por 
fotometria. 
– Os diluidores na parte interna dos aparelhos. 
 
Modelo primitivo da Coulter 
Hemograma automatizado 
• Década de 70: a tecnologia de impedância foi 
acrescida de citometria de fluxo. 
 
• Década de 80: equipamentos apresentavam agulha 
aspiradora pra perfuração sequencial. 
 
• Década de 90: robotização para realização de 
extensão sanguínea. 
Extensões sanguíneas automatizadas 
Hemograma automatizado 
• Os fabricantes de aparelhos automatizados contam 
com diferentes tecnologias para produção de 
aparelhos de grande e pequeno porte 
– Pequeno porte: impedância elétrica, 
radiofrequência e fotometria 
– Grande porte: impedância elétrica, 
radiofrequência, fotometria e citometria de fluxo 
Sistema automático de preparação de 
amostras para esfregaços sanguíneos 
Processo estandardizado para a preparação do esfregaço de alta qualidade 
Preparação simultânea de 2 esfregaços com ajuste da espessura e tamanho 
Exploração automática 
Identificação e pre-classificação celular 
Verificação rápida dos resultados (validação exigida por profissional) 
Modalidade ausente da caminhada - série da exploração das corrediças 
Modalidade de carregamento contínua 
Distribuidor automático do óleo 
Carregador automático da corrediça 
https://www.youtube.com/watch?v=TH2dixy-1y4 
Sysmex- XE-2100 
Sysmex- XE -2100 
• Análise individual em tubo fechado 
 
• Princípios de medição: 
– Impedância elétrica (corrente direta): RBC, PLT, HCT 
(medido) e diferencial de células imaturas 
– Citometria de fluxo fluorescente: WBC, contagem de 
reticulócitos, eritroblastos, plaquetas imaturas e 
contagem óptica de plaqueta 
– Radiofrequência: diferencial de céls imaturas 
– Fotometria: HGB. Reação livre de cianeto 
 
Sysmex- XE -2100 
• Parâmetros analisados: 
• 34 parâmetros: 
– WBC, RBC, HGB, HCT, MCV, MCH, MCHC, RDW-SD, 
RDW-CV, PLT, MPV, NEUT%, NEUT#, LYMPH%, 
LYMPH#, MONO%, MONO#, EOS%, EOS#, BASO%, 
BASO#, IG%, IG#, RET%, RET#, LFR%, MFR%, 
HFR%, IRF, RETHe, PLT-O, IPF%, NRBC%, NRBC# 
 
Sysmex- XE -2100 
– WBC: leucócitos RBC: eritrócitos HGB: hemoglobina 
– HCT : hematócrito MCV: VCM MCH: HCM 
– MCHC: CHCM RDW-SD RDW-CV 
– PLT: plaquetas MPV: volume médio plaquetáro 
– NEUT : neutrófilos LYMPH: linfocitos MONO:monócitos 
– EOS: eosinófilos BASO: basófilos IG : granulócitos 
imaturos RET:reticulóticos 
– LFR , MFR e HFR: análise da maturação de reticulócitos pela intensidade de 
fluorescência em baixa, alta e média fluorescência 
– IRF: porcentagem de reticulócitos imaturos 
– RETHe: conteúdo de hemoglobina dos reticulócitos 
– PLT-O: contagem óptica de plaquetas 
– IPF: plaquetas imaturas NRBC: eritroblastos 
 
Sysmex- XE-2100 
• Presença de canais diferenciados para análise 
celular: 
– Canal de hemoglobina 
– Canal de eritrócitos/plaquetas, que mede e conta 
por impedância em um fluxo com foco 
hidrodinâmico 
– Canal de diferencial para neutrófilos, eosinófilos, 
linfócitos e monócitos após interação com 
corante fluorescente 
Sysmex- XE-2100 
 
– Canal de leucócitos/basófilos, que lisa todas as células 
menos os basófilos, sendo diferenciados por dispersão 
de luz frontal e lateral 
– Canal de eritroblastos, sendo identificados por 
intensidade de fluorescência e dispersão frontal da 
luz. Os eritroblastos apresentam uma quantidade 
menor de material genético e consequentemente 
menor fluorescência que os leucócitos. 
– Canal de granulócitos imaturos distintos por 
impedância e corrente de radiofrequência.Sysmex- XE-2100 
• Capacidade de processamento 
 
– Módulo manual: 60 amostras por hora 
– Módulo automático: 150 amostras por hora 
 
Impedância elétrica 
• Origem da automação 
• Princípio baseado na característica de má condução 
elétrica das células, ou seja, são consideradas como 
partículas não condutoras de eletricidade 
• São capazes de diminuir a condução elétrica do meio 
quando imersas em solução condutora 
Impedância elétrica 
• As diferentes células sanguíneas são contadas e medidas 
a partir dos impulsos elétricos que geram quando 
imersas em um meio condutor (solução eletrolítica). 
• As células também são orientadas em um fluxo laminar e 
interceptadas uma a uma por uma corrente elétrica. 
• Importantes para classificação do volume das células, 
mas incapazes de analisar aspectos internos 
• Analisa RBC, PLT e HCT 
– Alguns aparelhos medem o htc a partir do VCM x GV 
• Resultados lançados através de histogramas 
Pulsos elétricos grandes correspondem a células grandes e pulsos elétricos 
pequenos a células pequenas 
HT= VCM x GV 
Lei de Ohm : V=IR 
A voltagem gerada (corrente constante) é proporcional ao tamanho da 
partícula (obstrução) 
Impedância 
A somatória dos impulsos elétricos produzem os histogramas, 
importantes para analise da variabilidade das populações 
celulares 
Radiofrequência 
• Princípio que utiliza corrente eletromagnética de alta 
voltagem 
• Útil para determinação do volume e a complexidade 
do núcleo das células 
• Determina os tipos celulares 
– Depende da estrutura interna celular, inclusive relação 
núcleo citoplasma, densidade nuclear e 
granularidade. 
 
Método de dispersão a laser 
• É uma técnica de medição das propriedades de 
células em suspensão, orientadas em um fluxo 
laminar e interceptadas uma a uma por um feixe de 
luz (LASER). 
• Baseada na incidência de laser sobre a célula e na 
dispersão da luz quando incide na mesma 
– Utilizados com fluorescência ou sem fluorescência. 
• Dependem do fabricante 
• Avalia tamanho e complexidade interna 
 
Método de dispersão a laser 
• Componentes 
– Câmara de fluxo 
– Conjunto óptico luminoso (LASER); 
– Amplificador e processador dos sinais luminosos 
(SENSORES); 
– Sistema computacional integrado para processar as 
informações oriundas dos sensores. 
• O feixe de laser incidirá sobre cada célula (de forma 
individual) 
• A radiação incidente sofrerá desvios que serão reconhecidos 
pelos fotossensores 
 
SSC- avalia a granulosidade intracelular 
através da luz dispersada 
 
FSC – avalia o tamanho da célula pela 
difração e refração da luz 
 
FL: Sensores especializados em medir 
intensidade da fluorescência: avalia 
características e tamanho do núcleo 
Contagem total e diferencial de leucócitos 
Dispersão a laser 
Método de dispersão a laser 
As informações provenientes dos diferentes sensores, 
são agrupadas, formando as características de cada 
célula que são expressas em um citograma. 
A intensidade da dispersão de luz frontal é convertida em pulso de voltagem 
Quanto maior o pulso de voltagem, maior é a 
complexidade interna da célula 
Utilização de corantes fluorescentes 
que se ligam ao RNA dos ribossomos 
nas organelas e ao DNA 
O laser incide na substância 
fluorecente e a fluorescência 
emitida é captada por 
sensores 
O aparelho converte 
esses sinais em pulsos 
identificando o tipo 
celular 
SFL 
Canal de reticulócitos e contagem óptica 
de plaquetas – XE 5000 
A contagem dos reticulócitos conta com a coloração dos RNA 
citoplasmático com fluorescente polimetina 
Canal de reticulócitos e contagem 
óptica de plaquetas – XE 5000 
• Relacionados a contagem: 
– Contagem de reticulócitos (%) 
– Correção de reticulócitos 
– Maturação de reticulócitos: 
• RETL % 
• RETM% 
• RETH % 
• IRF (imaturidade de reticulócitos) 
 
Dados clínicos de paciente portador de anemia 
Reticulocitograma 
Canal de eritroblastos 
Flags 
• Flags comuns em aparelhos que utilizam 
dispersão a laser 
– Blastos 
– Granulócitos imaturos 
– Linfócitos atípicos 
– Células progenitoras hematopoéticas 
– Eritroblastos 
 
 
Confirmação através da leitura da 
lâmina!!! 
• https://www.youtube.com/watch?v=EQXPJ7e
eesQ 
 
https://www.youtube.com/watch?v=EQXPJ7eeesQ
https://www.youtube.com/watch?v=EQXPJ7eeesQ
Tudo isso é matéria de prova? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sim!!!!!! 
http://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=uflOwELxSwL_yM&tbnid=2cg9nwamSAmr-M&ved=0CAgQjRw&url=http://www.pessegadoro.com/2013/09/os-viloes-que-nos-amamos.html&ei=OeO7U8ngJZSksQSAj4G4Aw&psig=AFQjCNFNrgV8tWzc6LuxZRbOwog5TqFjIQ&ust=1404908729799009
O cálculo se dá da seguinte forma: 
1) Soma-se o total de eritroblastos encontrados aos 100 
leucócitos contados diferencialmente. 
2) cálculo: Contagem global x 100 / Soma de eritroblatos e 
leucócitos contados diferencialmente. 
 
Exemplo: 12.000 leucócitos (contagem global) 
14 eritroblastos encontrados no diferencial 
100 células contadas no diferencial 
Conta: 12.000 x 100 / 114 
Resultado: 10526 (contagem global corrigida - leucócitos 
/mm3) 
 
Correção de leucócitos 
Histogramas 
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Prof. Archangelo P. Fernandes 
Profa. Alessandra Barone Fernandes 
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Histograma 
• Curva de frequência de distribuição e tamanho 
das células com volume na abscissa e frequência 
na ordenada 
• A curva pode ser desviada para esquerda ou para 
direita evidenciando alterações no tamanho das 
células 
• Em condições de dupla população celular, o 
histograma apresenta duas curvas que podem se 
sobrepor e formar uma curva com aspecto de 
“corcova de camelo”. 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma 
Histograma – Talassemia menor 
Histograma – anisocitose 
Histograma de plaquetas 
VPM: volume plaquetário médio 
8 fL a 13 fL 
 
Plaquetócrito 
0,13 a 0,43% 
 
PDW: RDW das plaquetas 
9 a 16% 
Histograma de plaquetas 
• VPM alto: 
– plaquetas reativas, 
plaquetas mais 
agregáveis, maior 
poder trombótico 
• VPM baixo: 
– deficiência de 
ferro 
Histograma de leucócitos 
Flag- áreas de alarme 
R0 R1 R2 R3 R4 
Flag R0: esquerda 
30 fL 
• Agregado 
plaquetário 
• Macroplaqueta 
• Eritroblasto 
 
Flag R1: direita do 30 fL 
• Linfocitose 
• linfopenia 
Flag R2: esquerda 
de 98 fL 
• Linfócito 
atípico 
• Basofilia 
• Blastos 
• Linfocitose 
• Linfopenia 
 
Flag R2: direita de 
98 fL 
• Basofilia 
• Blastos 
• eosinofilia 
Flag R3: esquerda dos 
135 fL 
• Bastonete 
• Blastos 
• Basofilia 
• Eosinofilia 
 
Flag R3: direita dos 135 fL 
• Eosinofilia 
• Granulócitos imaturos 
• Granulocitose 
• Neutropenia 
 
Flag R4: esquerda dos 300 fL 
• granulocitose 
L1 M2 G1 G2 G3 
A nomenclatura dos Flags depende dos fabricantes, mas apresentam 
o mesmo significado 
?????? 
IPF 
Anemias carenciais 
Profa. Alessandra Barone 
Prof. Archangelo Fernandes 
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Definição 
• Deficiência de oxigênio para os tecidos por : 
– Hematócrito 
– GV 
– Hemoglobina 
 
• O hematócrito e níveis de hemoglobina variam: 
– Sexo 
– Idade 
– Tensão de O₂ no ambiente 
– Estado de hidratação. 
– Altitude 
 
Diagnóstico 
 
• O diagnóstico anêmico baseia-se na:: 
– História do paciente– Exame físico 
– Avaliação laboratorial 
• valores de referência de acordo com a região ou tipo de 
população estudada. 
Sinais e sintomas: 
• Sinais clínicos e sintomas resultam da 
diminuição da oxigenação para os tecidos 
causando fadiga, palidez, dispnéia sob esforço, 
diminuição da PA e aumento da FC, 
palpitação, vertigem e dor de cabeça. 
Classificação Geral 
• Perda sanguínea 
 
• Eritropoese ineficaz 
– Deficiência nutricional 
– Requerimentos aumentados (gestação) 
– Insuficiência medular 
 
• Destruição aumentada 
– Anemias hemolíticas 
• Genética 
• Imunológica 
• Mecânica 
• Infecções 
Classificação 
Mecanismo 
de base 
 
•Diminuição da produção 
•Destruição  
 
•Regenerativas 
•Arregenerativas 
 
Fisiologia 
Regenerativas 
• Causa: periférica 
 
• Hemorragias 
– Traumas 
– Cirurgias 
– Hemorragias no trato gastrintestinal 
 
• Hiperhemólise 
 
• Crônicas: 
 - Menstruações abundantes 
 - Úlceras 
 -Tumores intestinais 
 -Parasitas intestinais e intracelulares 
 
 
Regenerativas 
• Mecanismos de compensação: 
– Hiperatividade medular 
 
• Parâmetros laboratoriais: 
– Ht 
– Hb 
– Reticulocitose com hiperplasia medular 
 
 
Regenerativas 
Azul de Cresil Brilhante 
 
Regenerativas 
• Contagem de reticulócitos: 
 
VR: 0,5 a 2,0%, em nº absolutos 25.000 a 75.000/ µl. 
 <0,5% = insuficiente produção medular. 
 >2,0% = hiperprodução medular. 
 
 
Arregenetarivas 
• Causa: central 
• Medula óssea 
• Eritropoese ineficaz 
• Insuficiência da medula (aplasia ou 
neoplasia) 
• Anemias carenciais devidas a: 
– Deficiência de Vitamina B12 e B6 
– Deficiência de Ácido fólico 
– Deficiência de Ferro 
 
 
 
 
Classificação 
 VCM 
•Diminuição da produção 
•Destruição  
 
•Normocítica 
•Microcítica 
•Macrocítica 
 
Fisiologia 
Hemograma - V.R 
Homem Mulher 
He 4,5 – 5,5 4,0 – 5,0 
Hb (g/dl) 
 
14– 18 12 – 16 
Ht (%) 40 – 50 35 – 45 
VCM 
(HTx10/Hc) 
 
 
82 - 92 
 
82 - 92 
HCM 
(Hbx10/Hc) 
 
 
27 – 32 
 
27– 32 
CHCM 
(Hbx 100/Ht) 
 
 
32 - 36 
 
32 - 36 
Anemias carenciais 
• Causadas pela deficiência de um ou mais nutrientes 
essenciais para a produção de glóbulos vermelhos, 
como o ácido fólico, vitamina B12, B6 e o ferro. 
 
• Comp. de Reprodução -> ácido fólico e vit.B12 
 Comp. de Maturação -> ferro e vit. B6 
 
Anemias carenciais 
 
SC CFU-E PE EB EPC EO RET ERITRÓCITO 
 
 
 Comp. reprodução Comp.maturação 
 (acido fólico e B12) (ferro e B6) 
Metabolismo do Ferro 
• Quantidade no organismo é de 3,5 a 4,0 g 
– Hb: 2,5 g 
– Depósito: 500 a 1000 mg 
– Mioglobina e mieloperoxidase: 300 mg 
– Plasma: 4 mg 
 
• Ingestão diária entre 10 a 20 mg. 
• 10% são absorvidos pelo organismo 
– Crianças -> 1 mg 
– Mulheres -> 2 mg 
– Gestantes -> 3 mg 
– Homens -> 1 mg 
Metabolismo do Ferro 
• Participa das seguintes funções orgânicas: 
– Produção de hemoglobina e mioglobina 
– Cofator enzimático para reações químicas (CK) 
– Constituição de enzimas como catalase e 
peroxidase 
– Síntese de proteínas como colágeno 
– Síntese de dopamina 
– conversão de ribose a desoxirribose 
 
Principais Fontes de ferro 
• Encontrado em vários alimentos de origem 
vegetal e animal. 
• Fígado e rins são fontes ricas em ferro. 
• Absorção inibida por fitatos (cereais), compostos 
fenólicos (chá preto, café, refrigerantes) e outros 
minerais como cálcio, zinco e cobre 
• Verduras como espinafre contém grande 
quantidade de ferro porém apresentam fosfatos 
e fitatos que interferem na sua absorção. 
 
Principais Fontes de ferro 
 
• O ferro encontrado na carne é prontamente 
disponível 
• A vitamina C facilita sua absorção pela 
conversão de Fe3+ em Fe2+ 
• A vitamina A pode aumentar a absorção de 
ferro, por inibir a ação de fitatos e polifenóis 
que se ligam ao ferro durante o processo 
digestivo 
 
Absorção, transporte e estoque do 
ferro 
 
• A quantidade de ferro absorvida é 
proporcional ao consumo e estoque. 
 
• Após ser ingerido como ferro férrico ou ferro 
não heme (Fe3+), é convertido a ferro ferroso 
(Fe2+)ou ferro heme pelo HCl no estômago. 
Absorção, transporte e estoque do 
ferro 
• Controle da absorção é realizado pelo intestino 
• Parte do ferro é armazenado no enterócito na forma de 
ferritina 
• Ferritina: apoferritina + micelas de hidroxifosfato 
férrico 
• 4.300 átomos de Fe3+ podem ser estocados desta 
forma por uma partícula de ferritina. 
• Circulante somente o necessário para repor perdas 
diárias. 
• O controle na absorção evita a sobrecarga de ferro no 
organismo (hemossiderose) 
Absorção, transporte e estoque do 
ferro 
 
• No plasma o ferro é transportado por uma 
proteína (transferrina), sendo levado aos órgãos 
de reserva (fígado, baço e medula óssea ). 
• Transferrina possui receptores na medula óssea 
• Quando o estoque de ferro é saturado forma-se 
um composto insolúvel chamado hemossiderina. 
 
Absorção, transporte e estoque do 
ferro 
 
• As micelas de hidroxifosfato férrico agregam-
se, resultando em uma partícula maior que a 
ferritina normal : grânulos de hemossiderina. 
 
• A porcentagem de ferro em relação à proteína 
é maior na hemossiderina que na ferritina, e a 
mobilização do ferro é mais difícil. 
 
Ferritina 
O ferro é eliminado do organismo pelas secreções corpóreas, descamação das 
células intestinais e da pele ou sangramento menstrual 
Anemia Ferropriva 
• Mais freqüente (atingindo 40 a 50% das crianças 
< 5 anos). 
 
• Crianças entre 6 meses e dois anos, mulheres em 
idade fértil e gestantes são mais susceptíveis. 
 
• Em homens adultos é rara (grande reserva) mas 
pode acontecer em caso de sangramento crônico 
 
Anemia Ferropriva 
• Fases: 
– Depleção dos estoques: sem sintomas. Níveis de 
ferritina <. 
– Eritropoese ineficaz: ferritina e Hb < 
– Anemia: sintomatologia e alterações laboratoriais 
características 
Anemia Ferropriva 
Quadro Clínico 
• Instalação gradual (estágio ↓ Fe corporal) 
 
• Sintomatologia característica: 
– Sintomas gerais da anemia 
– Perversão alimentar 
– Disfagia intensa 
– Amenorréia 
– Diminuição da libido 
– Queda do rendimento intelectual 
 
Alterações metabólicas 
 
1) Balanço negativo de ferro 
2) Ferro é mobilizado das reservas 
3) Reservas de ferro diminuem (diminui a ferritina sérica) 
4) Absorção de ferro aumenta 
5) Capacidade de ligação do ferro no sangue aumenta 
(aumenta transferrina) 
6) Cai a concentração de Ferro no sangue 
7) Cai a saturação de transferrina para menos de 15% 
 
 PORTANTO : Desenvolvimento de anemia 
 
Anemia Ferropriva - Diagnóstico 
Laboratorial 
• Hemograma: 
– ↓ Hb, Ht, VCM, HCM, CHCM 
 
• Esfregaço : microcitose e hipocromia, com 
possibilidade de poiquilocitose e hemácias em 
alvo. 
 
Anemia Ferropriva - Diagnóstico 
Laboratorial 
• Análises bioquímicas no plasma 
– Ferro Sérico 
– Transferrina 
– Saturação da transferrina 
– Ferritina sérica 
– Zinco Protoporfirina 
– Receptor solúvel de transferrina 
Anemia Ferropriva 
Diagnóstico Laboratorial 
Hemácias normais Hemácias microcíticas e 
hipocrômicas 
Hipocromia 
Microcitose 
Microcitose / Hipocromia 
Medula Óssea 
Ferro corado em azul da prússia Ausência de coloração 
Reticulócitos 
Metabolismo do ácido fólico 
• Ácido fólico : 
 
– Vitamina hidrossolúvel pertencente ao complexo B -
B9 
– Presente na forma de poliglutamato principalmente 
nos vegetais de folhas verdes, cereais, fígado e rim. 
– Absorvida no duodeno e jejuno. 
– Sofre hidrólise, redução, metilação para atingir a 
forma ativa – 5M-THF (5 metil-tetrahidrofolato). 
– Requerimento diário de 50 µg. 
Ácido fólico 
• Transportado pela α-2-macroglobulina e albumina 
para os tecidos e principalmente para o fígado. 
• No fígado é armazenado em pequenas quantidades na 
forma de poliglutamato. 
•Reservas limitadas facilmente esgotáveis (2 a 3 meses). 
• Síntese de DNA 
– Participa de reações metabólicas como coenzimas fazendo 
transferência de Carbono 
– Biossíntese das purinas e pirimidinas 
– Metilação da homocisteína em metionina 
 
Vitamina B12 
• Chamada de cianocobalamina, sintetizada por 
bactérias e fungos encontrados na água e no solo. 
• Participa como co-fator enzimático na síntese de DNA 
• Sua principal fonte são os alimentos de origem animal 
(carne, ovo,leite...) 
• Requerimento diário pequeno, porém é necessário de 
3 a 4 anos para que a incapacidade de absorção ou 
ingestão inadequada leve à deficiência de vitamina 
B12. 
Absorção e transporte da Vit. B12 
• A absorção da vitamina B12 depende de sua ligação 
no estômago com o “fator intrínseco” (FI) produzida 
pelas células parietais da mucosa gástrica na 
presença de suco gástrico. 
 
• FI + B12 ->absorvido pelo íleo na presença de cálcio -
> na circulação é transportada pela transcobalamina 
II sintetizada pelo fígado. 
Absorção de Vitamina B12 
Anemia megaloblástica 
• Anemias causadas pela deficiência dos fatores de 
reprodução da eritropoese (folato e vitamina B12). 
 
• Causas da def. de ácido fólico (folato): 
 
– Dieta pobre 
– Alcoolismo 
– Aumento da demanda (gestações repetidas, 
anemia hemolítica) 
– Alguns medicamentos antagonistas - metotrexato 
 
Anemia megaloblástica 
 
• Causas da def. de B12 (cianocobalamina): 
 
– Deficiência de fator intrínseco (gastrectomia e 
anemia perniciosa) 
– Vegetarianos exclusivos 
– Deficiência de proteína de transporte 
– Difilobotriose 
Folato B12 
Solúvel Sim Sim 
Fonte Todos os alimentos Somente proteína 
animal 
Absorção Duodeno e jejuno Íleo 
Mecanismo de ab. Desconjugação Fator intrínseco 
Reservas 5 meses 3 a 4 anos 
Dieta deficiente Comum Rara 
Doença neurológica Não Sim 
Patogenia 
• Deficiência de síntese de DNA acarreta retardamento 
na maturação do núcleo 
• Menor número de divisões mitóticas : < n. de células 
 Mitose 
 
 < mitose 
 
 
Diminuição 
tamanho celular 
Aumento do 
número celular 
Células macrocíticas 
Globulos vermelhos 
Diagnóstico laboratorial 
• Esfregaço. 
– Anisocitose 
– Policromasia 
– Presença de neutrófilos hipersegmentados 
– Corpúsculos de Howell-Jolly e/ou anéis de Cabot 
– Leucopenia 
– Plaquetopenia 
Diagnóstico laboratorial 
• VCM e RDW 
• Policromasia 
• Anisocitose 
• LDH1 e LDH 2 
• Bilirrubina 
• Dosagens de Vitamina B12 e ácido fólico (folato) 
no soro 
• Dosagem ácido fólico eritrocitário 
• Teste de Schilling 
 
Macrócitose 
Macrócitos 
Pontilhado basófilo 
Howell-Jolly 
. 
Hipersegmentação dos neutrófilos 
Normal Hipersegmentado 
Microcitose x Macrocitose 
Anemia perniciosa 
• Alterações autoimunes com perda de função da 
células parietais do estômago pela atrofia gástrica 
responsáveis pela produção do FI de Castle 
• Fator hereditário: doença autossômica recessiva não 
associada a atrofia gástrica 
• Podem causar: 
– Alterações hematológicas como gênese 
megaloblástica 
– Perturbações neurológicas (raras) 
– Perturbações gastrointestinais 
Anemia perniciosa 
• Anemia do tipo macrocítica e normocrômica 
• HCM 
– Anemia leve: varia de 33 a 38 pg VR (27 a 32 pg) 
– Anemia grave : varia de 33 a 56 pg 
• Aumento do VCM tende a ser proporcional ao 
grau de anemia 
– Anemia leve ou moderada: VCM = 100 a 110 fL 
– Anemia mais grave: VCM = 110 a 160 fL 
• Teste de Schilling 
 
 
 
Anemia perniciosa 
• Leucócitos: 
– Hipersegmentação neutrofílica 
– Neutrófilos com 6 a 8 lobos 
– Mieloperoxidase dos neutrófilos está aumentada 
 
Outras Anemias 
• Anemia Aplástica 
– Transtorno quantitativo de células precursoras 
caracterizada por comprometimento de todas as linhagens 
celulares: anemia, leucopenia e trombocitopenia. 
– Aplasia ou hipoplasia da medula óssea. 
Medula normal Medula na anemia aplástica grave 
Outras Anemias 
• Anemia de doença crônica 
– Deficiência de produção ou resistência a EPO. 
– Associada a inflamações e neoplasias. 
– Normocítica e normocrômica. 
 
Anemia Fisiopatologia Etiopatogenia Morfologia 
Ferropriva Eritropoiese 
insuficiente 
Carência de Fe Microcítica e 
hipocrômica 
 
Aplástica Transtorno 
quantitativo de 
células precursoras 
Congênita ou 
adquirida: 
Idiopática e 
Secundária 
 
Normocítica e 
normocrômica 
Megaloblástica Eritropoiese 
ineficaz 
Carência de Vit. B12 
ou folato 
 
Macrocítica 
Hemolíticas Destruição 
acelerada de 
eritrócitos 
Congênita ou 
adquirida 
Microcítica 
 *Algumas 
normocíticas 
 
Doenças crônicas Deficiência ou 
resistência à EPO 
Sintomática de 
Inflamações e 
Tumores 
Normocítica e 
normocrômica 
 
Fim 
Tratando da anemia pra ficar fortinho... 
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Anemias Microcíticas e Hipocrômicas 
ADC e 
Talassemias 
Profa. Alessandra Barone 
Prof. Archangelo Fernandes 
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Anemia de Doença Crônica 
Alessandra Barone 
Archangelo Fernandes 
Marco A. Federige 
Anemia de Doença Crônica 
 Anemia presente em: 
 - Distúrbios infecciosos crônicos, 
 - Doenças auto-imunes e inflamatórias 
 - Câncer/Neoplasias 
 
 2ª causa mais frequente de anemia 
 Causa mais frequente de anemia em internados 
 Falha da MO em aumentar a eritropoese para 
compensar a menor sobrevida dos G.V 
Condições patológicas 
associadas à ADC 
Infecções 
crônicas 
(fúngicas, bacterianas, 
virais) 
Tuberculose, abcesso pulmonar, pneumonia 
Endocardite, miocardite, osteomielite, 
meningite 
Doença inflamatória pélvica 
Infecção pelo HIV 
Doenças 
inflamatórias 
crônicas 
Artrite reumatóide, febre reumática, lupus 
eritematoso sistêmico, vasculites, Doença de 
Crohn, sarcoidose 
Doenças 
neoplásicas 
Linfoma, mieloma múltiplo, carcinoma 
Mecanismos patológicos 
associados 
1) Diminuição da sobrevida da hemácia 
 
2) Resposta medular inadequada 
 
3) Distúrbio da metabolismo do ferro 
Mecanismos patológicos 
associados 
 
 
• A hepcidina é uma proteína produzida pelo fígado que 
faz parte do sistema imune inato. 
 
• Desempenha um papel fundamental na regulação da 
homeostase do ferro 
 
• Inibe a absorção do Fe pelos enterócitos e interrompe 
sua liberação pelos macrófagos através da degradação 
da ferroportina, o único exportador de Fe. 
Mecanismos patológicos 
associados 
 
• A hepcidina interage diretamente com a ferroportina, a 
qual é expressa em enterócitos, macrófagos e 
hepatócitos. 
 
• O complexo hepcidina-ferroportina é internalizado nos 
domínios da membrana basolateral das células e a 
ferroportina é degradada, bloqueando a liberação do 
ferro dessas células 
 
Mecanismos patológicos 
associados 
 
• Citocinas pró-inflamatórias estimulam a 
expressão da hepcidina, e esta leva às 
manifestações típicas da anemia da 
doença crônica. 
 
Sequência de eventos 
Ativação do Sistema Imune 
Liberação de Citocinas 
Retenção de Ferro nos Macrófagos 
Diminuição da Hb circulante 
Produção inadequada de EPO 
Diminuição da sobrevida das 
hemácias 
Hiperatividade do SMF ( mØ) 
Remoção precoce dos G.V.circulantes 
 - 80 a 90 dias 
Outros fatores: 
Febre 
Hemolisinas 
Toxinas bacterianas 
Resposta medular inadequada 
 Secreção  de EPO (citocinas) 
  resposta da medula óssea à EPO 
  Eritropoese devido à menor oferta 
de ferro à medula óssea 
“Caracteriza-se por hipoferremia na 
presença de estoques adequados de ferro 
e por diminuição da capacidade total 
de ligação do ferro” 
Distúrbiodo metabolismo do ferro 
Distúrbio do metabolismo do ferro 
 IL-1   síntese da lactoferrina  compete com a 
transferrina 
 Lactoferina: Produzida pelos neutrófilos 
 A lactoferrina se liga ao ferro com alta afinidade e 
assim têm um alto poder antioxidante contra radicais 
livres produzidos durante a resposta inflamatória. 
 Macrófagos e monócitos possuem receptores para 
lactoferrina 
 
 
Distúrbio do metabolismo do ferro 
 Diferenças entre lactoferrina e transferrina: 
 
- Lactoferrina tem maior afinidade pelo ferro em pH 
- Lactoferrina não transfere o ferro aos eritroblastos 
- Lactoferrina é “retida” rápida e ativamente pelos 
macrófagos 
 
Hemograma 
Hb 9 a 12g/dl 
Ht 25 a 40% 
Morfologia Eritrocitária: 
-Normocítica, normocrômica -70% dos casos 
-Hipocrômica -50% dos casos 
-Microcítica -30% dos casos 
Reticulócitos (normal ou) 
Diagnóstico laboratorial 
Ferro Sérico (diminuído) 
Saturação da Transferrina (diminuído) 
Ferritina Sérica (normal ou ) 
Receptor da Transferrina (normal ou ) 
Análise do Ferro medular ( ou normal ) 
Diagnóstico laboratorial 
Teste 
Laboratorial 
ADC Anemia Ferropriva 
Ferro 
sérico 
diminuído ou normal diminuído 
Transferrina 
sérica 
diminuída ou normal aumentada 
Índice de 
saturação da 
transferrina 
diminuída ou normal diminuído 
Ferritina 
sérica 
normal ou aumentada diminuído 
Receptor 
da transferrina 
normal aumentada 
Diagnóstico laboratorial diferencial entre Anemia de Doença 
Crônica e Anemia Ferropriva 
Tratamento 
 Tratamento da doença de base 
 
 Administração de EPO e Ferro 
 
Transfusão de concentrado de 
hemácias 
TALASSEMIA 
Alfa 
talassemia 
Diagnóstico laboratorial 
• GV, Ht, Hb, VCM, HCM 
• HbA1 
• Eletroforese de Hb em pH alcalino: 
– HbH (crianças e adultos) 
– HbBart´s (recém-natos) 
• Anisocitose : microcitose 
• Hipocromia 
• Policromasia 
• Codócitos 
 
 
 
 
Beta talassemia 
Diagnóstico laboratorial 
β talassemia maior 
• GV, Ht, Hb, VCM, HCM 
• HbA1 e HbA2 
• HBF 
• Policromasia 
• Células em alvo 
• Eritroblastos 
• Reticulocitose: 5 a 15% 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico laboratorial 
β talassemia menor 
• Eritrocitose 
• RDW normal com microcitose 
• Hipocromia 
• CHCM nos limites inferiores 
• Pontilhados basófilos 
• Bilirrubina indireta 
• Reticulocitose – 2 a 5% 
 
Anemias hemolíticas: 
Hemoglobinopatias 
Enzimopatias 
Anomalias de membrana 
 
Profa. Alessandra Barone 
Prof. Archangelo Fernandes 
www.profbio.com.br 
Anemia hemolítica 
• Anemia regenerativa ou hemolítica 
• Causa periférica 
• Hiperplasia da MO 
• Reticulocitose 
• Hemólise intravascular 
– Aumento da hemoglobina plasmática 
– Saturação da haptoglobina 
• Hemólise extravascular 
– Aumento da bilirrubina e urobilinogênio 
 
Anemia hemolítica 
• Pode ser dividida em : 
• Intraglobulares ou intrínsecas 
– Alterações no eritrócito – alterações de 
membrana ou no conteúdo celular. 
• Extraglobulares ou extrínsecas 
– Adquiridas 
– Destruição do eritrócito: substâncias tóxicas, 
parasitismo, anticorpos, trauma mecânico. 
Anemia hemolítica intraglobular 
• Hemoglobinopatias 
– Anemia falciforme 
– Talassemia 
• Anomalias de membrana 
– Esferocitose hereditária 
– Hemoglobinúria paroxística noturna 
– Acantocitose 
• Enzimopatias 
– Deficiência de G6PD 
– Deficiência de PK 
Anemia hemolítica extraglobular 
 
• Anemia hemolítica autoimune 
– Por anticorpos frios 
– Por anticorpos quentes 
Hemólise extravascular 
Hemólise intravascular 
Hemólise intravascular 
• A hemoglobina plasmática que não está ligada à 
haptoglobina, nem é eliminada pelos rins, também é 
oxidada à metemoglobina. 
• O heme oxidado (hemina) é ligado à hemopexina e 
removido pelo fígado. 
• Se houver depleção de hemopexina, os grupos de 
hemina ligam-se à albumina, formando 
metemalbumina 
 
Hemólise intravascular 
• Parte da hemoglobina é reabsorvida pelas células 
dos túbulos proximais onde o ferro da Hb é 
convertido em hemossiderina. 
• Quando essas células tubulares se desprendem e 
passam para a urina, o paciente desenvolve 
hemossiderinúria. 
Hemólise intravascular 
 
• > Hb na luz tubular < a capacidade da célula 
tubular de absorção  excreção hemoglobina 
na urina  hemoglobinúria. 
• Durante o processo, a hemoglobina pode ser 
oxidada a metemoglobina. 
 
ANEMIA FALCIFORME 
Anemia falciforme 
 
• β hemoglobinopatia hereditária – HbS 
• Mutação genética no cromossomo 11 que 
codifica cadeia beta da globina 
• Substituição de uma base nitrogenada no 
códon GAC para GTC no mRNA 
• Troca do ácido glutâmico pela valina 
• Presença de HbS (α2β2 6 glu-val) 
 
Anemia falciforme 
 
• Presença do ácido glutâmico: 
– Eletronegatividade 
– Afastamento das moléculas de Hb deoxigenadas 
 
• Presença da valina: 
– Neutralidade 
– Favorece a polimerização e formação de tactóides 
Anemia falciforme 
• Polimerização: 
– A porção hidrofóbica da cadeia beta na posição 6 da 
valina projeta-se formando uma ligação com a 
fenilalanina ou leucina de outra cadeia globínica. 
 
– Agregação de 30 tetrâmeros formam um núcleo onde 
outros tetrâmeros poderão se aderir formando um 
polímero. 
 
– Agregação de fibras aos polímeros formados e 
produção de feixes paralelos chamados tactóides 
 
Microscopia eletrônica da célula falciforme com grande número de fibras se 
dispondo no sentido longitudinal da célula. 
Célula falciforme 
Anemia falciforme 
• Alteração genética transmitida por gene semi-
dominante 
 
• Manifestação: 
– Homozigose: HbS/HbS – doença 
– Heterozigose: HbA/HbS – estigma ou traço 
falcêmico . 
Anemia falciforme 
• Traço falcêmico: 
– Sem manifestações clínicas e hematológicas 
evidentes – ausência de anemia 
– < 50% HbS eritrócito – sem cristalização 
– Crise presente em condições baixas de O2 
– Pacientes não indicados para doação de sangue 
Incidência 
 
• Região central da África 
• Países do mediterrâneo 
• Índia 
 
Anemia falciforme 
• Patogenia: 
– Polimerização e formação de tactóides sob 
• < de O2 ou < pH 
• desidratação 
• > níveis de 2,3DPG 
• Alta concentração de HbS dentro da célula 
– Formação da estrutura de foice 
– Hemólise 
– Falcização : processo reversível com a 
reoxigenação. 
Célula falcizada 
Extensão sanguínea com presença de 
drepanóctos 
Fisiopatologia 
• Desoxigenação rápidapequenos polímeros  não altera 
formato da hemácia. 
• Desoxigenação lenta e/ou parcial formação de longos 
polímeros  alinhamento de fibrascélula em foice. 
• Células falcizadas 
– Aumentam a viscosidade do sangue 
– Diminuem o fluxo sanguíneo 
– Aumentam o grau de falcização 
– Promovem alterações na membrana eritrocitária 
 
Característica fisiopatológica 
• Crise vaso-oclusiva 
 
– Obstrução vascular ocasionada pelo acúmulo de 
eritrócitos falcizados causando lesão tecidual por 
hipóxia 
• priapismo 
• síndrome torácica aguda 
• acidentes vasculares cerebrais, 
• úlceras crônicas 
Característica fisiopatológica 
• Crise hemolítica 
 
– Alterações na membrana levam ao acúmulo de 
IgG e complemento na superfície das hemácias 
– Anemia decorrente de hemólise extravascular – 
baço 
• Crise de sequestro esplênico agudo. 
• Aumento súbito do baço e redução intensa 
 da Hb, podendo evoluir para choque hipovolêmico 
 
Manifestações clínicas 
• Proteção até os seis meses de vida – presença 
da hemoglobina fetal 
• Anemia 
• Febre 
• Acidente vascular cerebral: isquêmico e 
hemorrágico 
• Alterações neurológicas 
 
Manifestações clínicas 
 
• Dor nas articulações e dactilite 
 
• Suscetibilidade à infecções bacterianas 
causadas principalmente pela disfunção 
esplênica secundária múltiplos infartos com 
ocorrência de asplenia funcional. 
Diagnóstico laboratorial 
• Eletroforese de Hb em pH alcalino para 
detectar HbSProva de falcização 
• Uma pequena gota de sangue colhido com anticoagulante é 
colocada sobre uma lâmina de vidro e misturada com uma 
gota de solução a 0,5% de metabissulfito de sódio, preparada 
no momento do uso. 
• Sobre a mistura, coloca-se uma lamínula de vidro, retira-se o 
excesso de sangue das bordas e vedam-se as bordas para 
impedir a entrada de ar. 
• A vedação pode ser feita com parafina, esmalte de unha, etc. 
• As leituras são realizadas após 1, 2, 6, 12, 24 e 48 horas (pode-
se omitir as leituras intermediárias). As hemácias falciformes 
são reconhecidas por se apresentarem recurvadas e com “ 
espículas” (ou prolongamento) nas extremidades. 
Exames laboratoriais 
• Hemograma 
– Ht: 23% 
– Hb entre 7 e 8 g/dL 
– RDW alto 
– Anemia normocítica e normocrômica com anisocitose; 
– Reticulócitos > 15%; 
– Eritroblastos 
– Fragmentos eritrocitários 
• Dosagem de bilirrubina indireta: elevada 
 
Tratamento 
• Exsanguineo transfusão parcial 
• Transfusões de hemocomponentes 
• Antinflamatórios 
• Analgésicos 
• Hidroxiuréia via oral - > HbF 
– A HBF: influencia a concentração intracelular de 
hemoglobina S e inibe a polimerização devido a um 
resíduo glutamínico Υ 87 que impede um contato 
lateral da dupla fita da fibra de hemoglobina. 
Tratamento 
• Transplante de MO 
• Antibioticoterapia profilática com 
penicilina,nos cinco primeiros anos de vida 
• Imunização contra microrganismos 
encapsulados 
• Quelantes do ferro. 
 
TALASSEMIA 
Talassemia 
• Thalassa – mar. 
• Origem doença – Mar Mediterrâneo – Sul da 
Itália e Grécia 
• Hemoglobinopatia hereditária 
• ou ausência da síntese das cadeias 
polipeptídicas da globina 
• Classificadas quanto a cadeia globínica 
envolvida – α ou β talassemia 
Talassemia 
• Defeito quantitativo: qualidade da Hb está perfeita 
• Causas: mutações 
– Intron 
– Promotora 
– Crossing over 
– Região terminal 
 
• A maior parte das mutações causam diminuição na 
produção de mRNA ou formação de mRNA não 
funcionais 
 
 
Talassemia - Fisiopatologia 
• Diminuição da síntese de uma das cadeias 
globínicas 
• Cadeias de síntese normal não encontram 
seus pares 
• Formação de tetrâmeros instáveis 
• Precipitação no interior da célula 
• Formação dos Corpúsculos de Heinz 
Talassemia - Fisiopatologia 
 
• Fixação dos Corpúsculos na membrana celular 
– Hemólise na MO 
– Hemólise extravascular 
 
• Anemia microcítica e hipocrômica 
 
• Hiperplasia medular 
– Presença de eritroblastos e deformações ósseas. 
 
 β Talassemia maior 
• Homozigótica ou Maior (Anemia de Cooley) 
– Homozigóticas 
– Alteração no cromossomo 11 
– Deficiência acentuada da cadeia beta – presença 
HbF (α2γ2) 
– Ausência de produção da cadeia β - HbA (α2β2) 
– Ambas induzem formação de tetrâmeros instáveis 
– Precipitação 
– Indução de hemólise 
Fisiopatologia 
• Hepato e esplenomegalia 
– hiperplasia do SMF e hematopoiese extramedular. 
– Icterícia 
– Excesso de ferro nos órgãos: miocárdio e glândulas 
endócrinas 
 
• Alterações ósseas 
– Osteoporose 
– Protuberâncias do crânio causada pela expansão 
medular. Eritropoese 10 vx maior do que o normal 
Diagnóstico laboratorial 
β talassemia maior 
 
• GV, Ht, Hb, VCM, HCM 
• HbA1 e HbA2 
• HBF 
 
 
 
• Policromasia 
• Células em alvo 
• Eritroblastos 
 
 
 
 
 
 
 Normal + o 
Hb A (%) 97.5 73 0 
Hb F (%) 0.8 24 97.5 
Hb A2 (%) 1.6 3 2.5 
 
β talassemia maior 
β Talassemia menor 
 
• Heterozigótica: deleção parcial 
• Pacientes geralmente assintomáticos 
• Diagnóstico confundido com anemia 
ferropriva 
• Pontilhado basófilo encontrado 
principalmente na talassemia minor e 
dosagem de ferro utilizados como diferencial 
β talassemia menor 
Diagnóstico laboratorial 
 
• RDW normal com microcitose 
• Hipocromia 
• Pontilhados basófilos 
• Bilirrubina indireta 
• HbA2 - 3 a 7% 
• Discreto aumento de HbF 
 
Tratamento 
 
• Terapias transfusionais para manutenção dos 
níveis de Hb 
• Utilização de quelantes de ferro com 
deferoxamina para evitar hemossiderose 
• Possibilidade de esplenectomia ao 
hiperesplenismo 
α - talassemia 
• Comuns no sul da África e região do 
mediterrâneo 
• Produção da cadeia alfa da globina realizada por 
4 genes localizados no cromossomo 16 
• Deleção de um ou mais genes podem produzir 
quatro variedades de alfa talassemia. 
– α talassemia 1 (__α / αα) 
– α talassemia 2 ( __ __ / αα) 
– α talassemia 3 ou H ( __ __ / __ α) 
– α talassemia 4 (__ __ /__ __ ) 
α - talassemia 
– α talassemia 1 (__α / αα) 
• Portadores assintomáticos 
• Níveis normais de HbA1 e Hb A2 
 
– α talassemia 1 (__ __ / αα) 
• HbA1 normal ou levemente 
• Manifestação de anemia leve 
 
α - talassemia 
• α talassemia 3 (__ __ / __ α) 
 
• Deleção de 3 genes da cadeia α: HbH 
• Instalação de anemia hemolítica pela precipitação de Hb 
• Baço pode ser palpado em até 75% dos casos 
• Investigação da Hb Bart no cordão umbilical do recém 
nascido. 
• Hb Bart é substituída pela Hb H (tetrâmeros de Beta) – 
precipitação da Hb – lise. 
 
α - talassemia 
• α talassemia 4 (__ __ / __ __) 
 
– Formação de tetrâmeros de γ produz Hb Bart - 
hidropsia fetal –natimorto 
 
α - talassemia 
• Homozigótica –Doença HbH 
– Deleção de 3 genes da cadeia α produz HbH – 
tetrâmeros de β 
– Formação de tetrâmeros de γ produz Hb Bart - 
hidropsia fetal –natimorto 
 
• Heterozigótica: 
– Diminução cadeia alfa 
– Discreta anemia 
– Sem necessidade de tratamento 
Hb BART Hb H 
Tetrâmetros de γ Tetrâmeros de β 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=&url=http://en.wikipedia.org/wiki/Bart_Simpson&ei=4-aZVaXoAsTCggSDv4L4Ag&bvm=bv.96952980,d.eXY&psig=AFQjCNFijqBAC_utjDnxo_fS0O5jvunv3Q&ust=1436235878908606
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRw&url=http://simpsons.wikia.com/wiki/File:Homersimpson.jpg&ei=EOeZVc3oFsikNquskqgC&bvm=bv.96952980,d.eXY&psig=AFQjCNFyVUQKTJPOG9tpOOSmM2mb4NJa0A&ust=1436235918956642
Hidropsia Fetal 
• . 
Foto extraída do site : 
http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-59072006000200013&lng=pt&nrm=iss 
Diagnóstico laboratorial 
• GV, Ht, Hb, VCM, HCM 
• HbA1 
• Eletroforese de Hb em pH alcalino: 
– HbH (crianças e adultos) 
– HbBart (recém-natos) 
• Anisocitose : microcitose 
• Hipocromia 
• Policromasia 
 
 
 
 
Eletroforese 
Diagnóstico laboratorial 
 
• RDW normal 
• Corpúsculos de Heinz 
• Bilirrubina indireta 
• Pontilhado basófilo e hemácias em alvo – 
heterozigótica 
• Curva de fragilidade osmótica desviada para 
esquerda 
• Ferro sérico e ferritina 
 
 
Talassemia delta-beta 
• Homozigoto: ausência das cadeias beta e 
delta, portanto HbA e HbA2 estão ausentes. 
• A produção de cadeias gama (HbF) embora 
aumentada, não é suficiente para balancear 
totalmente a falta da delta e beta, resultando 
um quadro clínico de talassemia intermedia. 
• Os heterozigotos têm talassemia minor com 5 
a 20% de HbF e HbA2 normal. 
 
ENZIMOPATIAS 
Deficiência de G6PD 
• Deficiência de Glicose 6 P desidrogenase 
• Sintomas podem se apresentar nas primeiras 24 
horas de vida 
• Desencadeada por infecções graves ou ingestão 
de agentes oxidantes: antimaláricos, AAS 
• Alterações no gene localizado no cromossomo X 
• Expresão completa em homem ou mulher 
homozigota 
 
Deficiência de G6PD 
 
• G6PD- via das pentoses e produção de NADPH 
a partir de NADP 
• NADPH – acúmulo de H2O2 – oxidação Hb 
e diminuição da sobrevida do eritrócito 
• Desnaturação Hb- Corpúsculo de Heinz- 
hemólise extravascular 
 
Diagnóstico 
• Dosagem de G6PD 
• Pode ser realizada pelo teste do pezinho 
• Pacientes com deficiência de G6PD apresenta 
resistência natural ao Plasmodium falciparum 
• Tratamento baseado na presençadas crises 
hemolíticas 
Deficiência de PK 
• PK: cataliza a formação do piruvato a partir do 
fosfoenol-piruvato com liberação de ATP 
• < ATP para funcionamento da bomba de Na e 
K 
• < K e H2O intracelular a alteração da 
conformação eritrocítica e formação de 
espículos 
• Perda da capacidade de deformabilidade 
Deficiência de PK 
• Produção de esferócitos com resistência 
globular osmótica diminuída 
• Hemólise extravascular 
• Indicação de esplenectomia 
• Anisocitose 
• Eritroblastos circulantes 
• Níveis de Hb entre 6,0 e 12,0 mg/dl 
 
Deficiência de PK 
• Deficiência de piruvato quinase é muito 
variável. 
• Doença geralmente identificada na infância, 
porém ocorrem casos cujas manifestações 
acontecem na fase adulta. 
• Os sinais e sintomas são associados à 
hemólise crônica: icterícia, anemia, 
esplenomegalia e coletitíase. 
 
Diagnóstico 
 
• Eritrócitos geralmente normocíticos e 
normocrômicos 
• Reticulocitose entre 2,5 a 15% 
• Pesquisa de Corpúsculos de Heinz 
• Dosagem de PK 
 
Anomalias de membrana 
Esferocitose hereditária 
• Prevalência caucasiana com maior frequência nos EUA e 
Europa, pouco comum em negros e asiáticos. 
 
• 4 tipos de defeitos: 
– deficiência de espectrina 
– deficiência combinada de espectrina e anquirina 
– deficiência isolada de banda 3 
– deficiência isolada da proteína 4.1 
 
 
Espectrina: confere flexibilidade 
Actina: responsável pela forma 
hexagonal do citoesqueleto 
Anquirina: Interage com a espectrina 
 
Esferocitose hereditária 
• Alteração autossômica dominante – 75% 
• Principal alteração na expressão do gene da 
espectrina 
• Perda de membrana e área de superfície 
• Desequilíbrio osmótico com influxo de Na+ 
• Célula perde biconcavidade pelo acúmulo de 
água – esferócitos 
• Crises hemolíticas esplênica 
Esferocitose hereditária 
 
• Pode ser assintomática 
• Esplenomegalia 
• Icterícia 
• Colelitíase pelo turnover de hemoglobina 
Diagnóstico laboratorial 
• Hb: entre 7 a 12 mg/dl 
• VCM: Normal ou 
• CHCM 
• Reticulócitos 
• Bilirrubina 
• Presença de esferócitos 
 
Diagnóstico laboratorial 
 
• Células “hipercoradas” com ausência de halo 
central 
• Curva de fragilidade osmótica aumentada em 
solução salina hipotônica 
• Ectacitometria – avalia o índice de 
deformidade eritrocitária pelo ectacitômetro 
(pesquisa) 
tubos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 
NaCl 
1% 
1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 3,0 3,3 3,6 3,9 4,2 6,0 - 
H2Od 4,5 4,2 3,9 3,6 3,3 3,0 2,7 2,4 2,1 1,8 - 6,0 
Título 
Sol 
NaCl 
0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 1,o - 
Curva de fragilidade osmótica 
Curva de fragilidade osmótica 
• Interpretação: 
• % hemólise = DO amostra X 100 
 DO tubo 11 
 
 VR: hemólise inicial: 0,50% 
 hemólise final : 0,30% 
Talassemia : Hemolise inicial: 0,4. Hemolise total: 0,2 
HPN – Hemoglobinúria Paroxística noturna 
 
• Mutação somática no gene PIG-A no 
cromossomo X 
• Déficit na produção da proteína GPI - glicosil-
fosfatidil-inositol 
• Alterações nas proteínas reguladoras de 
membrana (CD55 e CD59) ancoradas na ptn 
GPI que acarretam uma sensibilidade anormal 
ao complemento 
 
HPN – Hemoglobinúria Paroxística 
noturna 
• Alterações membranais com deficiência de 
proteínas responsáveis pela proteção contra lise 
pelo complemento 
 
• Levam a hemólise intravascular 
– Hemoglobinúria, hemossiderinúria, anemia, 
trombocitopenia e tendência a fenômenos 
trombóticos. 
– Insuficiência renal aguda pode ocorrer em associação 
às crises hemolíticas 
HPN – Hemoglobinúria Paroxística noturna 
• “Episódio noturnos: “ 
– hipoventilação fisiológica 
– acidose 
– aumento de sensibilidade à lise pelo 
complemento 
 
– Granulócitos e plaquetas compartilham da 
alteração membranal. 
 
Manifestações clínicas 
• Cansaço excessivo 
• Icterícia 
• Trombose 
• Aplasia medular 
• Propensão a infecções 
Quadro laboratorial 
• Sangue periférico 
– Anemia 
– Leucopenia, granulocitopenia 
– Deficiência de ferro 
– Hb: perto de 6 mg/dL 
– Dosagem de LDH alta 
 
• Urina 
– Hemoglobinúria 
– Hemossiderinúria 
 
Diagnóstico laboratorial 
• Citometria de fluxo com ac monoclonais contra 
ag CD55 e CD59- granulócitos e eritrócitos. 
• Teste de hemólise em sacarose: 
– avalia a sensibilidade das hemácias ao complemento 
em meio de baixa força iônica, que favorece a fixação 
de complemento na superfície das hemácias. 
• Teste de HAM 
– Verifica a sensibilidade das hemácias ao complemento 
em soro acidificado 
 
Teste de HAM 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
• Estratégias terapêuticas com utilização de 
anticorpos monoclonais humanizados 
(eculizumab) contra frações protéicas do 
complemento 
 
• Transfusão 
 
• Transplante de células tronco hematopoéticas 
Acantocitose 
• Autossômico recessivo 
• Deficiência de β lipoproteína 
• Hipolipidemia e distúrbio de síntese da 
membrana dos eritrócitos dando origem à 
acantocitos 
• Quadro neurológico 
• A hemólise pode ser controlada com a 
ingestão de vitamina E, que atua como 
antioxidante 
 
 
Acantocitose 
Leucemias 
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Prof. Archangelo Fernandes 
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Leucemia 
• Proliferação neoplásica generalizada de células 
hematopoéticas oriundas de um mesmo clone. 
• Células passam a ocupar toda MO impedindo a 
proliferação de seus elementos normais. 
• Saem da MO e invadem o sangue periférico 
atingindo outros órgãos. 
– Baço 
– Fígado 
– SNC 
 
Leucemia 
– Ativação de genes que estimulam a proliferação 
celular e bloqueiam a apoptose. 
– Inibição de genes que levam a diferenciação de células 
hematopoéticas. 
– Dominância clonal. 
– Insuficiência da medula óssea na produção de células 
normais. 
– Infiltração das células neoplásicas em órgãos e 
tecidos. 
– Imunodeficiência e efeito dos produtos das células 
tumorais. 
 
Etiologia das Leucemias 
• Mutação genética, causada por um ou mais fatores 
em indivíduos suscetíveis. 
• Radiação ionizante 
• Agentes químicos( cloranfenicol, fenilbutazona) 
• Vírus (Epstein-Baar, HTLV...) 
• Doenças hematológicas prévias: anemia aplástica, HPN, 
anemia de Fanconi 
• Imunodeficiência 
• Genética (Síndrome de Down) 
• Translocações e deleções cromossômicas 
CLONE ANORMAL SE EXPANDE RAPIDAMENTE NOS TECIDOS 
MIELOIDE E LINFOIDE 
 Medula Normal Medula na L.L.C. 
Leucemias 
• Leucemias agudas: 
 
– Leucemia mieloblástica aguda – LMA blastos na M.O. 
– Leucemia linfoblástica aguda – LLA e sg periférico 
 
 
• Leucemias crônicas: 
 
– Leucemia mieloide crônica - LMC Aumento do número 
– Leucemia linfoide crônica - LLC de céls maduras no sg 
Classificação 
• Critério de classificação 
 
– Grupo Franco – Americano- Britânico (FAB) 
– MIC 
– OMS 
– Grupo European Group for the Immunological 
Classification of Leukemias (EGIL) 
Leucemias 
Mieloide 
Aguda 
M0, M1,M2,M3,M4,M5,M6 e M7 
Crônicas 
Linfoide 
Agudas - L1,L2 e L3 
Crônicas 
Leucemias agudas 
• Curso rápido 
• Predomínio de células blásticas da série mieloide, 
linfoide e monocítica pela deficiência na maturação 
celular. 
• Medula hiperplásica com aumento do número de blastos 
• Manifestações clínicas: 
– Anemia normocítica e normocrômica; 
– Granulocitopenia com febre e infecção; 
– Plaquetopenia com púrpuras e hemorragias; 
– Esplenomegalia e linfadenopatia ; 
– Dores ósseas; 
– Leucostase. 
Leucemias agudas 
Diagnóstico clínico geral 
• Fraqueza 
• Palidez progressiva 
• Hemorragias 
• Infecções 
• Adenomegalia, esplenomegalia e hepatomegalia 
• Estados compressivos do mediastino pela 
proliferação e crescimento do tecido linfoide 
• Possibilidade de infiltração testicular e SNC 
Leucemias agudas 
Diagnóstico clínico geral 
• Infiltração das células leucêmicas no SNC 
(neuroleucemia) podem causar sintomas 
semelhantes aos da meningite: 
– Cefaléia– Tontura 
– Náusea 
– Perturbação visual 
– Paralisia dos nervos cranianos 
Diagnóstico laboratorial geral 
• Hemograma 
– Anemia, neutropenia e trombocitopenia 
– Presença de mais de 20% de blastos dentre os 
leucócitos 
• Mielograma 
– Infiltração de blastos superior a 30% - FAB 
– Infiltração de blastos superior a 20% - OMS 
• Tipo citológico 
– Identificação através de coloração citoquímica para 
diferenciação de mieloblastos e linfoblastos 
Diagnóstico geral 
• Imunofenotipagem: 
– Demonstra que a origem das células leucêmicas 
podem estar direcionadas para células mais 
indiferenciadas, explicando desta forma o 
comprometimento de eritroblastos e 
megacarioblastos. 
– Podemos encontrar marcadores como CD7 (Linf.) e CD 
13 (mieloide). 
– Complementa o mielograma. 
– Identifica a linhagem celular. 
– Identifica o estágio de maturação. 
CD33, CD13 
e anti-MPO 
Diagnóstico geral 
TdT TdT 
Leucemia Linfoide Aguda 
• Doença primariamente da infância. 
• Pico de incidência entre 3 a 7 anos. 
• Caracterizada por crescimento de tecido linfoide, 
infiltração no SNC e testículos. 
• Podem ser geradas por translocações entre o 
cromossomo 8 e 14, por infecções virais (HTLV-1) e 
alterações como Anemia de Fanconi, Síndrome de 
Down e Bloom. 
 
 
Subtipos de LLA - FAB 
 
• L1: Linfoblastos pequenos e de forma regular. 
Dificuldade de visualização de nucléolos e citoplasma 
escasso. 
• L2: Linfoblastos maiores e de forma irregular. 
Presença de nucléolos bem visíveis. 
• L3: Linfoblastos grandes, ovais ou redondas, com 
citoplasma abundante, basófilo e com presença de 
vacúolos. Possui 1 a 3 nucléolos. 
 
Leucemia Linfoide Aguda 
• Classificação da OMS 
 
– LLA de células B precursoras (antigas L1 e L2 da 
FAB) 
– LLA de células T precursoras (antigas L1 e L2 da 
FAB) 
– LLA de células B maduras (antiga L3 da FAB) 
 
LLA – L1 
LLA – L1 
LLA – L2 
LLA – L2 
LLA – L2 
LLA - L3 
Aspecto citológico 
 
• Presença de blastos tipo T ou B 
• Maior frequência do tipo B 
• Cromatina fina e uniforme 
• Citoplasma escasso, azul pálido sem grânulos 
• Ausência de Bastões de Auer 
Diagnóstico laboratorial 
• Mielograma : substituição das células normais 
pelas células leucêmicas – superior a 30% 
 
• Provas citoquímicas 
– Negativos para peroxidase e Sudan Black 
– Apresentam PAS e marcador nuclear TdT positivo 
– Fosfatase alcalina dos Neutrófilos (NAP)é normal 
 
Provas citoquímicas 
• PAS: ácido periódico de Schiff 
– Reação positiva para presença de polissacarídeos e 
mucopolissacarídeos. 
– Identificação do glicogênio 
• Ácido periódico oxida os resíduos de glicose . 
• Aldeído produzido reage com reagente de shiff produzindo 
coloração púrpura – magenta 
– Linfócitos e seus precursores são ricos em glicogênio 
citoplasmático positivando a reação com produção 
de coloração vermelha 
 
 
 
PAS positivo 
Diagnóstico laboratorial 
• Marcador nuclear TdT: 
– Terminal deoxinucleotidil transferase 
– Enzima nuclear caracterísitca de precursores 
linfóides. 
– Observada em células pré-B e linfoblastos T. 
Ausente em LB maduros 
– Utilização de anticorpo monoclonal marcado com 
fluoresceína 
– Realizada em esfregaço e examinada à 
fluorescência 
 
Leucemia Linfoide Aguda 
• Leucemias de bom prognóstico 
– Hiperploidia (maior 50 cromossomos) 
– Idade entre 2 a 10 anos 
 
• Leucemias de mal prognóstico 
– Translocações: t(8;14), t(2;8), t(8;22) e t(4;11) 
– T(8;14) estão associadas a LLA do tipo L3 
– Idade inferior a 12 meses e adultos 
– Sexo masculino 
Tratamento 
• Quimioterapia: 
– Prednisona 
– Vincristina 
– L-asparaginase 
 
• TMO 
Leucemia Mieloide aguda 
• Presença de mieloblasto 
• Cromatina frouxa e nucléolos bem evidentes 
• Ausência ou presença de poucas granulações 
citoplasmáticas 
• Presença de Bastões de Auer que dão reações 
positivas com peroxidase e Sudan Black 
LMA - OMS 
• LMA com anormalidades genéticas recorrentes 
• LMA com alterações relacionadas com mielodisplasia 
• Neoplasias mieloides relacionadas com terapia 
• Leucemia mieloide aguda 
• Sarcoma mieloide (SM) 
• Proliferações mieloides relacionadas com Síndrome 
de Down 
• Neoplasia da célula dendrítica plasmocitoide blástica 
Leucemia Mieloide Aguda 
• Classificação FAB: 
 Leucemias Mieloblásticas Agudas 
M0 LMA sem maturação nem diferenciação 
M1 LMA sem maturação, com diferenciação limitada 
M2 LMA com maturação parcial - GR 
M3 Leucemia promielocítica aguda – GR 
M4 Leucemia mielomonocítica aguda – MO 
M5 Leucemia monocítica aguda - MO 
M6 Eritroleucemia - ER 
M7 Leucemia megacariocítica aguda - PL 
Provas citoquímicas 
• Peroxidase e Sudan Black positivos 
• PAS negativo exceto para precursores 
eritroides – M6 
• TdT negativa 
• Fosfatase alcalina dos neutrófilos é baixa 
 (diferencia a reação leucêmica e reação 
leucemoide) 
Provas citoquímicas 
• Peroxidase: 
– Enzima presente nas granulações primárias 
(azurófilas) das células da série mieloide 
– Em presença de H2O2 ,a peroxidase oxida a 
benzidina presente no reagente (que é incolor) 
tonando-a azul ou castanha . 
– Realizada em esfregaço e analisada em objetiva de 
imersão. 
Peroxidase 
Provas citoquímicas 
• Sudan Black: 
– Cora lipídeos e fosfolipídeos. 
– Positivo para granulações azurófilas e específicas. 
– Diferencia LLA e LMA 
– Prova mais sensível do que a peroxidase 
– Grânulos coram-se fracamente nos blastos e 
fortemente nos NE maduros 
 
 
Coloração por Sudan Black 
(a) Bastões de Auer 
(b) grânulos citoplasmáticos 
Blastos (setas) na LMA 
Nucléolo 
LMA 
Leucemia Mieloide Aguda 
LMA 
Presença de grânulos e vacúolos citoplasmáticos 
LMA-M2 
mieloblasto 
promielócito 
LEUCEMIAS AGUDAS 
coloração LMA LLA 
Ácido periódico de Schiff (PAS) - (exceto M6) + 
Enzima nuclear (TdT) - + 
Mieloperoxidase/peroxidase + 
(EXCETO M5, M7) 
- 
Sudan Black + - 
Fosfatase alcalina dos neutrófilos 
(NAP) baixa normal 
Citoquímica- 
Esterases inespecífica e específica 
 
• M5 – presença de esterase 
inespecífica em Mo - alfa-naftil-
butirato esterase 
 
• M4 presença de esterase específica 
para granulócitos - Cloro-acetato-
esterase) 
Citometria de fluxo 
• Este teste é realizado em aparelhos automatizados capazes de 
qualificarem e quantificarem as células positivas, previamente 
tratadas com anticorpos monoclonais específicos. O resultado 
é emitido por meio de gráfico que identifica áreas compostas 
por diferentes células. O resultado positivo para 
determinado CD é identificado por uma área de cor vermelha 
onde se localizam as células que reagiram com os anticorpos 
monoclonais. 
 
Marcadores 
• Precursores hematopoéticos:CD 34, HLA-DR, Tdt e 
CD 45 
• Linhagem B: CD10, CD 19, CD 20, CD 22 e CD 79a 
• Linhagem T:CD 2, CD 3, CD4, CD 5 e CD 7 
• Linhagem mieloide: CD 13, CD33, CD 15, MPO e CD 
117 
• Linhagem monocítica: CD14, CD11c e CD64 
• Linhagem eritroide; CD71 e glicoforina A 
• Linhagem megacarioblástica: CD 41 e CD42. 
Tratamento 
• Indução da remissão 
– Remisão total (quimioterapia): ausênsia de blastos no 
sangue periférico e 5% blastos na MO 
• Tratamento pós indução 
– Manutenção da quimioterapia menos agressiva 
• Consolidação da remissão: 
– 2 a 6 ciclos de quimioterapia com intervalo mínimo de 
2 semanas 
• A maioria dos pacientes que atingem a 
remissão completa, recindivam se não 
receberem a quimioterapia de consolidação. 
 
Tratamento 
• Drogas 
– Citarabina (Ara-C) 
– Daunomicina 
– Tioguanina 
TMO 
• Recomendado para jovens com menos 30 anos. 
• TMO singênico, alogênico e autólogo (coletado na 
RC). 
• Realizado após mielossupressão total e irradiação 
corpórea total. 
• Transplante de células indiferenciadas do sangue 
periférico ou por punção medular na crista ilíaca 
de doador 
• Realização de concentrado e administração 
endovenosa para receptor.TMO 
• Falha no procedimento: 
 
– Falha na esterilização da medula óssea pela 
quimioterapia com focos de células leucêmicas 
residuais. 
– Presença de células residuais no material a ser 
transplantado (autólogo). 
– Lesão do estroma medular pela quimioterapia 
agressiva previa ou por irradiação excessiva. 
Leucemias Crônicas 
• Proliferação de células maduras. 
• Série linfoide ou mieloide. 
• Rara antes dos 40 anos. 
• Mais comum no sexo masculino. 
• Sinais comuns: 
– Esplenomegalia na mieloide 
– Adenopatia na linfóide (cervical , suclavicular e axilar) 
– Anemia em ambas. 
– Desenvolvimento de quadros infecciosos por agentes 
oportunistas 
LLC 
INVASÃO DE LINFONODOS 
Leucemia Linfoide Crônica 
• Proliferação das células linfoides maduras , 
mas imunoincompetentes. 
• Quadro clínico mais benigno 
• Pode ser assintomática 
• Evolução lenta 
• Raras formas blásticas 
• Células mais resistentes a morte celular 
 
LLC 
• 50% está relacionada a trissomia do 12 com 
produção do oncogene K-Ras 
• Translocações e inversões envolvendo 
cromossomo 11 e 14 
• Deleções do cromossomo 3 
• Tipo T relacionada com HTLV-I (Leucemia de 
célula T do adulto - flower cells) 
 
 
 
LLC 
• Podem causar alteração nas células NK que 
passam a reconhecer antígenos próprios. 
• Aumento da incidência de ac antieritocitários, 
antileucocitário e antiplaquetário. 
• 90% do tipo B. 
• Diminuição da produção de anticorpos pelo 
aumento da produção da cadeia leve com 
diminuição na produção das cadeias 
completas. 
Leucemia Linfoide Crônica 
• Estadiamento segundo Rai (1975) 
– Estádio O: Linfocitose absoluta (≥ 15.000/mm3) sangue 
periférico. MO: >40% linfócitos maduros 
– Estádio I: linfocitose e aumento linfonodos 
– Estádio II: linfocitose e aumento fígado. Linfonodos podem ou 
não estar aumentados 
– Estádio III: Linfocitose e anemia (Hb < 11 mg/dL e Ht 33%). 
Linfonodos, baço e fígado podem ou não estar aumentados 
– Estádio IV: Linfocitose e plaquetopenia.Anemia e organomegalia 
podem estar presentes. 
Leucemia Linfoide Crônica 
• Estadiamento segundo Binet e Cols – 1981 
– Baseado nos níveis de hemoglobina, contagem de 
plaquetas e número de áreas ganglionares 
aumentadas de tamanho. 
– Estádio A :Hb ≥ 10mg/dL; Plaq. ≥100.000 e 
crescimento de 0 a 2 áreas linfóides 
– Estádio B :Hb ≥ 10mg/dL; Plaq. ≥100.000 e 
crescimento de 3 a 5 áreas linfóides 
– Estádio C: Hb < 10mg/dL, Plaq. < 100.000 e 
crescimento de qualquer número de áreas linfóides 
Diagnóstico 
• Hemograma: 
– Leucócitos aumentados: 30 a 200.000/mm3 
– Raros pró-linfóctos ou linfoblastos 
– Anemia 
– Trombocitopenia e granulocitopenia 
• Mielograma: 
– Infiltração medular de linfócitos – 40% das células 
– Pode apresentar edema intersticial, necrose e 
hemorragias. 
 
 
Diagnóstico 
• Dosagem de imunoglobulinas 
– Imunoglobulinemia 
– Produção exagerada de cadeia leve pode ser 
visualizada no interior das células. 
• Marcadores imunológicos (diferenciação de T e B) 
– Pesquisa de antígenos de superfície para diferenciação 
entre as linhagens T e B 
– Marcadores da linhagem B: SIg (imunoglobulina de 
superfície), CD19, CD 24 
– Marcadores da linhagem T: CD2 e CD5 
Outras LLC 
• Diferenciam-se da LLC através de marcadores 
encontrados na imunofenotipagem ou 
histologia de biópsia linfonodal. 
– Leucemia de linfoma de células T do adulto 
– Leucemia das células cabeludas, Hairy cell ou 
leucemia de células pilosas – LB 
– Síndrome de Sézary – LT (núcleo cerebelar) 
– Leucemia de linfócitos granulares - LT 
 
Leucemia de linfoma de células T do adulto 
Flower Cell 
Relacionada a infecção por HTLV-I 
Leucemia de Células pilosas 
ou cabeludas 
 
Prova da fosfatase ácida tartarato 
resistente 
Núcleo em forma cerebelar e cromatina de coloração azul 
escuro 
Síndrome de Sézary 
 
Leucemia de linfócito granulares 
Leucemia mieloide crônica 
• 95% pacientes apresentam o cromossomo 
Philadélfia 
• Translocação t(9;22)(q34.1;q11.21) 
• Produção de gene híbrido (bcr-abl) que 
codifica proteína tirosina quinase – p190 e 
p210 
• Interferência no ciclo celular com proliferação 
e diferenciação descontrolada. 
Leucemia mieloide crônica 
 
• São responsíveis aos fatores estimulantes da 
diferenciação. 
• Possuem sobrevida mais longa. 
• As células exibem citoplasma maduro , mas 
núcleo jovem com presença de nucléolos. 
 
Cromossomo Philadelfia (Ph) 
LMC 
• Características da LMC: 
 
– Dividida em 3 fases: 
 
• Fase crônica 
• Fase de aceleração 
• Crise blástica 
Fase crônica 
• leucócitos (10-100x) de células maduras 
• Fosfatase alcalina 
• Cromossomo Philadelfia 
• Bcr-Abl – tirosina quinase 
• LDH, ácido úrico e vit B12. 
• Hiperplasia granulocítica e megacariocítica 
– 50.000 a 300.000 leucócitos / mm3 
• Responsividade a terapia 
Fase acelerada 
• Perda da capacidade de diferenciação 
• Presença de blastos na circulação 
• Hepato-esplenomegalia 
• Sintomas acentuados 
• Resistência à terapêutica 
Fase blástica 
 
• Crise blástica ou transformação em aguda 
– Refratária ao tratamento; 
– ~ 30% blastos; 
– Invasão de órgãos. 
 
LMC 
Invasão de massa tumoral leucêmica no 
Baço de paciente com Leucemia 
Mielóide Crônica (LMC) 
Diagnóstico laboratorial 
• Hemograma 
– Hiperleucocitose – 50.000 a 200.000/mm3 
– Pseudo desvio a esquerda sem ordem de 
maturação 
– Predominância de neutrófilos e mielócitos 
– Falta do metamielócito – hiato leucêmico 
– Anemia 
– Trombocitose 
 
Diagnóstico laboratorial 
• Mielograma 
– Hiperplasia granulocítica (80 a 95%) 
– Menos de 20% de pró-mielócitos e mielócitos 
 
• Fosfatase alcalina dos neutrófilos baixa ou 
ausente 
• Aumento da vitamina B12 sérica. 
Tratamento 
• Utilização de drogas antiproliferativas: 
– Hidroxiuréia para mielossupressão– inibição da síntese de DNA 
– IFNa: supressão do cromossomo Philadelfia 
– Mesilato de imatinibe / Gleevec (comercial ) 
– Nilotinib 
• remissão completa hematológica e citogenética, 
mesmo em pacientes na fase acelerada ou crise blástica 
da doença. 
• é um inibidor da tirosina quinase induzida pelo gene 
bcr/abl. 
• TMO – transplante de medula óssea 
 
LMC 
LMC 
REAÇÃO LEUCEMOIDE 
 
•GB: 30 a 60.000/ mm3 
 
•Neutrófilos: D.E. escalonado 
 Granulações tóxicas 
 Fosfatase alcalina aumentada 
 
•Eosinopenia e basopenia 
•Anemia quando presente: normocítica e normocrômica 
•Trombocitopenia ou trombocitose 
 (morfologia normal) 
REAÇÃO LEUCÊMICA 
 
•GB: 20 a 500.000/ mm3 
 
•Neutrófilos: D.E. não escalonado 
 Granulações tóxicas 
 Fosfatase alcalina reduzida ou ausente 
 
•Eosinofilia 
•Basofilia 
•Anemia normocítica e normocrômica 
•Trombocitose ou normal (morfologia gigante) 
 
Acabou? 
 
 
 
 
 
Até a próxima aula! 
 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=esqueleto pensandp&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=eTBX7Xr-vNfp9M&tbnid=2ZePZpu51BUYXM:&ved=0CAUQjRw&url=http://sopademitos.blogspot.com/2011/10/ciencias-naturales.html&ei=pcnFU5HGMoja8AHw9oDgCw&bvm=bv.71126742,d.cWc&psig=AFQjCNG1ew5fmdx_10ctMF5A-JEeJXNSYg&ust=1405557526323502
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