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1 @fisiolavinia Fisiopatologia DORT’s PATOLOGIAS: Tendinite: inflamação dos tendões, havendo ou não degeneração de suas fibras; Tenossinovite: inflamação das bainhas sinoviais que envolvem alguns tendões. Epicondilite: inflamação nas inserções proximais dos músculos flexores (epicondilite medial) ou extensores do carpo (epicondilite lateral) no nível do cotovelo. Bursite: inflamação das pequenas bolsas periarticulares (bursas) causadas por fricção excessiva, sendo a região do ombro a local mais predisponente; Cervicobraquialgia: de causas compressivas diversas, que atingem as raízes nervosas no nível da cervical. Além desses distúrbios supracitados, existem os psicossociais ocasionados pelo estresse laboral. Exemplos de riscos psicossociais são: estresse, violência, assédio moral no trabalho, assédio sexual, insegurança contratual, medo, burnout ou desgaste profissional, conflito família-trabalho e atividade sobre pressão emocional (DELIBERATO, 2017). FISIOPATOLOGIA: A fisiopatologia das LER/ DORT é caracterizada conforme a forma clínica apresentada, isto é manifesta-se de acordo com o tecido do aparelho locomotor envolvido e da região anatômica atingida (MUSSI, 2005). Os distúrbios osteomusculares se caracterizam podem ocorrer devido às lesões causadas nos tecidos por efeitos cumulativos de movimentos e posturas inadequadas que excedem os limites fisiológicos, com maior frequência, a unidade miotendínea é afetada, sofrendo uma inflamação reativa que desencadeia dor e edema, podendo gerar distúrbios dos nervos periféricos adjacentes ao local acometido (MUSSI, 2005). Independentemente da localização anatômica da estrutura comprometida, tem-se, de forma inequívoca, a presença de sobrecargas mecânicas originadas pelas contrações musculares, quer dinâmicas ou estáticas, durante a movimentação típica das atividades laborais (DELIBERATO, 2017). Independentemente da localização anatômica da estrutura comprometida, tem-se, de forma inequívoca, a presença de sobrecargas mecânicas originadas pelas contrações musculares, quer dinâmicas ou estáticas, durante a movimentação típica das atividades laborais (DELIBERATO, 2017). POR QUE OS FUNCIONÁRIOS NÃO SENTEM OS SINTOMAS DE LER/DORT? A presença dos sintomas ocorre em uma situação de equilíbrio estrutural e funcional entre os músculos que realizam o movimento e os seus respectivos grupos musculares oponentes. Porém, quando não há condições favoráveis à manutenção desse equilíbrio, surgem as compensações e, posteriormente, quadros de inadequação de forças entre os grupos musculares agonistas e antagonistas, que por sua vez alteram o estado de equilíbrio natural das estruturas relacionadas (por exemplo, tendões e cápsulas) que, assim, respondem de maneira irregular às exigências a que são submetidas (DELIBERATO, 2017). A perda do equilíbrio fisiológico do organismo, surgem as queixas sendo as mais comuns fadiga, dor, rigidez, cãibra, tremor e hipoestesia (DELIBERATO, 2017). BIOMECÂNICA Sugere que as LER/DORT são decorrentes da interação inadequada de quatro fatores biomecânicos principais: força, posturas incorretas de membros superiores, repetitividade e compressão mecânica, associados a tempo insuficiente de recuperação dos tecidos (MARTINS E PALMA, 2014). FATORES BIOMECÂNICOS PREDISPONENTES AO SURGIMENTO DE LER/ DORT Força: como a capacidade de sustentabilidade e manejo de uma ferramenta ou de manutenção de uma posição; Repetitividade: movimentos realizados por várias vezes; posturas viciosas dos membros superiores: principalmente as de contração muscular constante; compressão mecânica dos nervos por posturas ou mobiliário (MARTINS E PALMA, 2014). Vibração: gera microtraumas; frio: pela vasoconstrição que leva déficit circulatório; Sexo: maior incidência em mulheres; Posturas estáticas do corpo durante o trabalho: durante a contração estática o suprimento sanguíneo para o músculo fica prejudicado, podendo favorecer a produção de ácido lático, o qual é capaz de estimular os receptores da dor, denominados nociceptores (MARTINS E PALMA, 2014). COMPRESSÃO MECÂNICA POR NERVOS 2 @fisiolavinia O aparecimento dos sintomas osteomusculares está relacionado com as características anatômicas de cada região. No caso da mão, há estruturas delicadas que podem sofrer em decorrência de compressão mecânica e aplicação de força (MARTINS E PALMA, 2014). Nessa região, destacam-se delicados tendões e nervos que, se comprimidos, podem apresentar distúrbios importantes. Já o ombro é uma articulação bastante complexa, e seus movimentos permitem ao indivíduo uma série de mudanças posturais e ações técnicas. No entanto, todos esses movimentos só podem ser executados poucas vezes e contra pequena resistência; caso contrário, poderá vir a sofrer por sobrecarga (MARTINS E PALMA, 2014). A vibração pode causar danos para o sistema vascular, neurológico e musculoesquelético dos membros superiores. O ruído é um fator do trabalho e do cotidiano produzido por máquinas e equipamentos, normalmente associado a som indesejado. Quando elevado, é prejudicial à saúde de qualquer pessoa. Para a diminuição dos impactos do ruído no organismo há a necessidade da realização de pausas fora do ambiente de trabalho em ambientes tranquilo (SOUZA, et al; 2015). Elevados níveis de ruídos, podem gerar sérios problemas de saúde aos operadores de máquinas, como a perda auditiva temporária e até permanente, além de perturbações do estado de alerta e do sono. A vibração pode prejudicar o funcionamento de órgãos do corpo, aumentar a fadiga física e mental dos operadores, bem como diminuir a concentração. Assim, todos esses inconvenientes causados pelo ruído e vibração, podem causar danos à saúde dos trabalhadores e favorecer a ocorrência de acidentes (ROCHA, 2016). Riscos físicos aos quais os trabalhadores estão expostos, sendo eles: calor, frio, vento, chuva, vibração, ruído, radiação solar. Todos estes derivados da exposição às adversidades do trabalho ao ar livre em conjunto com a existência de máquinas nesses ambientes (SIMÕES, 2010). De acordo com Figueiredo (2016), as posturas corporais possuem três posições básicas: a deitada, sentada e em pé. Na maioria das vezes projetos inadequados obrigam o trabalhador usar posturas inadequadas, causando fortes dores musculares. Quando o trabalhador adota uma postura forçada por períodos prolongados, existe risco eminente de uma sobrecarga mecânica, que pode desencadear quadros álgicos e desequilíbrios de força, colocando em risco, desta forma, a integridade física e psíquica do trabalhador. À medida que aumenta a fadiga, reduz-se o ritmo de trabalho, atenção e rapidez de raciocínio, tornando o trabalhador menos produtivo e mais sujeito a erros e acidentes (SCHETTINO et al., 2018). As posturas inadequadas podem trazer diversos problemas ao longo prazo aos trabalhadores, como formação de edemas, sobrecarga no sistema respiratório, problemas na articulação e na coluna vertebral. Os postos de trabalho inadequados provocam estresses musculares, dores e fadiga (sonolência, falta de disposição, dificuldade de pensar, lentidão, perdas de produtividade em atividades físicas e mentais) (FIGUEIREDO, 2016). Os fatores organizacionais estão entre os fatores causais de natureza repetitiva do trabalho; comunicação com a chefia e colaboradores; ausência de rodízios e pausas na organização do trabalho; inadequação do posto de trabalho; obrigatoriedade de manter o ritmo acelerado para atingir as metas de produtividade; jornadas prolongadas de trabalho (MARTINS; PALMA 2014). Segundo Costa (2015) as condições de trabalho constituem o fator preponderante ao desenvolvimento de LER/DORT. Uma das medidas para solucionar tal problema seria a organização do trabalho. A falta de organização do trabalho envolvendo as variáveis ergonômicas é o principal responsável pelo desenvolvimento da LER/DORT. Deve-se considerar que as más condições de trabalho, além de afetarem o desenvolvimento da tarefa devido ao estresse, cansaço e fadiga sentidos pelo trabalhador também ocasiona impacto na qualidade do produto produzido.
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