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1 Universidade Estadual do Ceará / Faculdade de Veterinária Bioquímica Veterinária II Prof. Dr. Genário Sobreira Santiago Via das Pentoses-Fosfato 1. INTRODUÇÃO A via das pentoses-fosfato (Rota da Hexose Monofosfato- HMP), rota que ocorre no citosol, consiste em duas reações oxidativas irreversíveis, seguidas de uma série de interconversões reversíveis açúcar-fosfato (figura1). Nenhum ATP é consumido ou produzido diretamente no ciclo. O carbono 1 da glicose-6-fosfato é liberado como CO2, e dois NADPH são produzidos para cada glicose-6-fosfato que entra na parte oxidativa da rota. Figura 1. Esquema da via das pentoses Ribulose-5-P 6-P-gliconolactona Ribose-5-P Xilulose-5-P Sedoeptulose-7-P Glicose-6-P Frutose-6-P Frutose-1,6-Difosfato Gliceraldeido-3-P Eritrose-4-P Gliceraldeido-3-P DHAP 6-P-gluconato 2 Ao contrário da glicólise ou do ciclo de Krebs, nos quais a direção das reações é bem definida, as reações de interconversão da HMP podem funcionar em várias direções diferentes. A velocidade e direção da reação, em qualquer dado momento, são determinadas pelo suprimento e demanda dos intermediários no ciclo. A rota fornece uma importante porção do NADPH da célula, o qual funciona como um redutor bioquímico e, também, produz ribose-5-fosfato, requerida para a biossíntese dos nucleotídeos, além de fornecer um mecanismo para utilização metabólica de açúcares de cinco carbonos ingeridos na dieta. 2. ESTRATÉGIA FISIOLÓGICA DA HMP Para superar a insuficiência da glicólise em prover os equivalentes redutores necessários à lipogênese, existe a HMP. Chama a atenção, em primeiro lugar, que ela é particularmente ativa no tecido adiposo, no fígado e glândula mamária. Coincidentemente, estas são as regiões mais lipogênicas do corpo animal. Em segundo lugar, tecidos pouco ou nada lipogênicos, como o eritrócito e o ovário, tem uma enérgica atividade deste caminho metabólico. O eritrócito necessita NADPH para manter a integridade de suas membranas e de outras proteínas de que está constituído, em função das propriedades eletronegativas do oxigênio que transporta. O ovário, por seu turno, usa bastante NADPH para sustentar seus processos citosólicos de síntese, como, por exemplo, de hormônios esteróides. Podemos, por isso, afirmar que a HMP é uma seqüência de reações que tem por finalidade oxidar a glicose até CO2, produzindo NADPH. Também serve para produzir pentoses, presente em quantidades razoáveis no organismo, como parte de todos os ácidos nucléicos, de algumas vitaminas (NAD+, FAD) e de diversos compostos ricos em energia (ATP, UTP etc). Sob o ponto de vista fisiológico, tudo está muito bem ajustado. A natureza se preparou para usar a energia dos elétrons, contidos nos alimentos, de duas maneiras: gerar ATP para executar trabalho (consumindo oxigênio) ou sintetizar substâncias a si necessárias por outro motivo. Neste caso, os elétrons têm de ser encaminhados às rotas destas sínteses. Mas estes processos precisam estar separados, porque o oxigênio é muito ávido por elétrons. Ele facilmente oxida estruturas vizinhas, o que muito sabidamente acontece no eritrócito. Por isso, a HMP não tem nada a ver com o oxigênio. 3 Tanto o NAD+ como o NADP+ não podem atravessar a membrana mitocondrial. Do contrário, iria misturar-se a redução de O2 com a redução que acetil-CoA precisa sofrer para chegar a ácido graxo, por exemplo. Se as enzimas lipogênicas e seus cofatores estivessem compartimentados na mitocôndria, certamente não teriam condições de se contrapor a uma tão favorável corrida de e- em busca do maior potencial redox do oxigênio. Ainda mais quando isto fosse bem favorecido por uma alta concentração de agentes redutores no citosol. Do jeito que as coisas estão na mitocôndria os elétrons fluem na direção do O2, e, no citosol, na direção da substância a ser sintetizada. Finalmente, para favorecer a ordem morfofisiológica, foram dispostas, no citosol, enzimas para biossíntese de substâncias orgânicas e, na mitocôndria, para oxidação destas. Quando necessário, os ácidos graxos são oxidados na mitocôndria; quando muda a necessidade, são sintetizados no citoplasma. E como os passos biossíntéticos gastam NADPH, o ciclo das pentoses também ocorre no citoplasma. 3. REAÇÕES DA HMP 3.1. REAÇÕES OXIDATIVAS A porção oxidativa da HMP consiste de três reações que conduzem à formação de ribulose-5-fosfato, CO2 e duas moléculas de NADPH para cada molécula de glicose-6- fosfato oxidada. 3.1.1 Desidrogenação da glicose-6-fosfato A glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) catalisa uma oxidação irreversível da glicose-6-fosfato em 6-fosfogliconatolactona em uma reação cuja coenzima específica é o NADP+. A HMP é regulada primariamente na etapa da glicose-6-fosfato desidrogenase. O NADPH é um potente inibidor competitivo da enzima, sob a maioria das condições metabólicas, a relação NADPH / NADP+ está suficientemente elevada para inibir substancialmente a atividade enzimática. Porém com a demanda aumentada para o NADPH, a relação NADPH / NADP+ diminui e o fluxo através do ciclo aumenta em resposta à atividade aumentada da glicose-6-fosfato desidrogenase. 4 3.1.2. Hidrólise de 6-fosfogliconolactona e formação de Ribulose-5-fosfato A 6-fosfogliconolactona é hidrolisada pela 6-fosfogliconolactona hidrolase. A reação é irreversível e não é limitante da velocidade. A subsequente descarboxilação oxidativa do 6-fosfogliconato é catalisada pela 6-fosfogliconato desidrogenase. Esta reação irreversível produz uma pentose açúcar-fosfato (ribulose-fosfato), CO2 (do C1 da glicose) e uma segunda molécula de NADPH. (Figura 2) 3.2. REAÇÕES NÃO-OXIDATIVAS As reações não-oxidativas da HMP catalisam a interconversão de açúcares com três, quatro, cinco, seis e sete carbonos. Essas reações permitem que a ribulose-5-fosfato (produzida pela porção oxidativa da rota) seja convertida em ribose-5-fosfato (necessária para a síntese de nucleotídeos) ou em intermediários da glicólise, com a frutose-6-fosfato e o gliceraldeido-3-fosfato. Assim, a HMP não é um ciclo repetitivo isolado, mas está integrado com a glicólise. A porção não-oxidativa da HMP é controlada primariamente pela disponibilidade de intermediários. A única coenzima requerida na rota não-oxidativa é o pirofosfato de tiamina, na reação da transcetolase. 3.2.1. Conversão de pentoses-fosfato em intermediários da glicólise Muitas células que realizam reações biossintéticas redutoras têm maior necessidade de NADPH que de ribose-5-fosfato. Neste caso, a transcetolase e transaldolase convertem a ribose-5-fosfato produzida como um produto final da reação oxidativa até gliceraldeido e frutose-6-fosfato, os quais são intermediários da glicólise. 3.2.2. Formação de ribose-5-fosfato a partir de intermediários da glicólise Sob condições nas quais a demanda de pentoses para incorporação em nucleotídeos e ácidos nucléicos é maior que a necessidade de NADPH, as reações não- 5 oxidativas podem prover a biossíntese de ribose-5-fosfato a partir de frutose-6-fosfato, na ausência da fase oxidativa (figura 1). 4. USOS DO NADPH Nossa discussão da HMP introduziu uma nova coenzima, o NADP+, o qual difere do NAD+ somente pela presença de um grupo fosforil (-PO3) sobre uma das unidades ribose. Esta alteração aparentemente pequena na estrutura permite ao NADP+ interagir com enzimas específicas para o NADP+, que desempenham papéis exclusivos na célula. Por Ribulose 5-fosfato Eritrose 4-fosfato Xilulose 5-fosfato Gliceraldeido 3-fosfato Frutose 6-fosfato Gliceraldeido 3-fosfato BIOSSÍNTESE DOS ÁCIDOS NUCLÉICOS Ribose 5-fosfato Sedoeptolse 7-fosfatoXilulose 5-fosfato ROTAS ANABÓLICAS REDUTORAS 6-fosfo gluconato NADPH + H+ NADP+ NADPH + H+ Glicose 6-fosfato NADP+ H2O veis)(irreversí Oxidativas Reações is)(Reversíve oxidativas Não Reações − Rota glicolítica 1 2 3 4 5 6 7 Figura 2 Reações da rota da hexose monofosfato. As enzimas numeradas acima são (1) glicose- 6-fosfato desidrogenase e 6-fosfogliconolactona hidrolase, (2) 6-fosfogluconato, (3) fosfopentoseisomerase, (4) fosfopentose epimerase, (5) e (7) transcetolase e (6) transaldolase CO2 6 exemplo, a relação em equilíbrio do NADP+/ NADPH no citosol de hepatócitos é aproximadamente 0,1 o que favorece a utilização de NADPH em reações biossintéticas redutoras. Isto contrasta com a elevada relação NAD+ / NADH (aproximadamente 1.000 no citosol de hepatócitos), a qual favorece um papel oxidativo para o NAD+. 4.1. Biossíntese redutora O NADPH pode ser encarado como uma molécula de alta energia, da mesma forma que o NADH. Entretanto, os elétrons do NADPH são destinados para o uso na biossíntese redutora, em vez de serem transferidos ao oxigênio como no caso do NADH. Assim, nas transformações metabólicas da HMP, parte da energia da glicose-6-fosfato é conservada no NADPH ─ uma molécula que pode ser usada em reações que requerem um doador de elétrons com alto potencial. Por exemplo, o NADPH é usado como uma fonte de elétrons na biossíntese de ácidos graxos e esteróides. 4.2. Redução do peróxido de hidrogênio O peróxido de hidrogênio é um membro de uma família de intermediários de oxigênio reativos que são formados pela redução parcial do oxigênio molecular (figuras 3). É muito importante para a célula que a molécula de oxigênio, aceitando 4 elétrons seja completamente reduzida a duas moléculas de água. Se o O2 é parcialmente reduzido pela recepção de somente dois elétrons, o produto é o peróxido de hidrogênio (H2O2). Se o e- e- e- e - H2O2 Peróxido de hidrogênio Radical hidroxila H2O Água O2 Oxigênio Superóxido Figura 3. Formação de intermediários reativos do oxigênio molecular 7 O2 receber somente um elétron, o produto será o radical superóxido (:O2). O peróxido de hidrogênio e o superóxido são extremamente tóxicos para as células porque atacam os ácidos graxos insaturados componentes da parte lipídica da membrana, o que provoca uma lesão. As células aeróbicas são protegidas do superóxido e do peróxido pela ação da superóxido dismutase, que converte o radical superóxido em peróxido de hidrogênio e pela ação da catalase que converte o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio molecular. 2 O2 + 2 H+ → H2O2 + O2 2 H2O2 → 2 H2O + O2 Estes compostos são formados continuamente como subprodutos do metabolismo aeróbico e através de reações com drogas e toxinas ambientais. Eles são altamente reativos e podem causar lesão química séria ao DNA, proteínas e lipídeos insaturados. Os intermediários de oxigênio reativos têm sido implicados em uma série de processos patológicos, incluindo câncer, doença inflamatória e envelhecimento. A célula possui vários mecanismos que servem para minimizar o potencial tóxico destes compostos. Catalase Superóxido dismutase Glutationa Peroxidase Oxigênio Superóxido Peróxido de hidrogênio Radical hidroxila Água 2 G-SH G-S-S-G Figura 4. Ações das enzimas antioxidantes 8 4.3. Enzimas que catalisam reações antioxidantes A glutationa reduzida, um tripeptídeo-tiol (gama-glutamilcisteinilglicina) presente na maioria das células, pode detoxificar quimicamente o peróxido de hidrogênio. Esta reação, catalisada pela glutationa peroxidase, forma glutationa oxidada, a qual não possui mais propriedades protetoras. A célula regenera a glutationa reduzida em uma reação numa reação catalisada pela glutationa redutase, utilizando NADPH como fonte de elétrons redutores. Assim, o NADPH fornece indiretamente elétrons para a redução do peróxido de hidrogênio (figura 5). Como um grupo, estas enzimas servem como um sistema de defesa para proteger contra os efeitos tóxicos dos intermediários de oxigênio reativos. 4.4. Substâncias químicas antioxidantes Uma série de agentes redutores intracelulares, como o ascorbato, vitamina E e β- caroteno, são capazes de reduzir e detoxificar os intermediários de oxigênio nas células. O consumo de alimentos ricos nestes compostos “antioxidantes” foi correlacionado com um risco reduzido para certos tipos de câncer, bem como uma frequência diminuída de certos problemas crônicos de saúde. Glutationa redutase Glutationa peroxidase G-S-S-G (oxidada) 2 G-SH (reduzida) NADPH + H+ NADP+ H2O2 2 H2O Figura 5 Redução do peróxido de hidrogênio pelo NADPH, mediada pela glutationa 9 5. CONTROLE DA VIA DAS PENTOSES –FOSFATO Os principais produtos da via das pentoses-fosfato são ribose 5-fosfato e NADPH. As reações da transaldolase e da transcetolase convertem o excesso de ribose 5- fosfato em intermediários glicolíticos quando a necessidade metabólica de NADPH excede a de ribose 5-fosfato na biossíntese de nucleotídeos. O gliceraldeído 3-fosfato e a frutose 6-fosfato resultantes podem ser consumidos pela glicólise e pela fosforilação oxidativa ou recicladas por gliconeogênese para formar glicose 6-fosfato. Quando a necessidade de ribose 5-fosfato supera a necessidade de NADPH, de frutose 6-fosfato e de gliceraldeído 3-fosfato essas substâncias podem ser desviadas da via glicolítica para uso na síntese de ribose 5-fosfato por meio das reações inversas da da transaldolase e da transcetolase. As inter-relações entre a glicólise e a via das pentoses-fosfato estão mostradas nas figuras 1 e 2. O fluxo pela via das pentoses-fosfato e a velocidade da produção de NADPH são controladas pela velocidade da reação da glicose-6-fosfato desidrogenase. A atividade dessa enzima, que catalisa a primeira etapa “marca passo” dessa rota é regulada pela concentração de NADP+ (ou seja, regulação pela disponibilidade de substrato). Quando a célula consome NADPH, a concentração de NADP+ aumenta, aumentando a velocidade da reação da glicose-6-fosfato desidrogenase e, consequentemente, estimulando a regeneração de NADPH. Em alguns tecidos, a quantidade de enzima sintetizada também parece estar sob controle hormonal. Uma deficiência na glicose-6-fosfato desidrogenase é o defeito enzimático da via das pentoses-fosfato de maior importância clínica. 6. LEITURA: Deficiência da glicose 6-fosfato desidrogenase O NADPH é necessário em vários processos de redução e biossínteses. Por exemplo, os eritrócitos requerem um fornecimento farto de glutationa (GSH) reduzida, um tripeptídeo que contém cisteína. 10 Uma das principais funções da GSH nos eritrócitos é a de eliminar redutivamente o H2O2 e os hidroperóxidos orgânicos, que são metabólitos reativos do oxigênio, os quais podem danificar irreversivelmente a hemoglobina e clivar algumas ligações C – C dos fosfolipídeos presentes nas membranas celulares. O acúmulo descontrolado de peróxidos resulta no rompimento prematuro da célula. Os peróxidos são eliminados por meio da reação como glutationa, catalisada pela glutationa peroxidase. GSSG representa a glutationa oxidada (duas moléculas de GHS unidas por uma ligação dissulfeto entre seus grupos sulfidrila). A GSH reduzida é subsequentemente regenerada pela redução de GSSG pelo NADPH catalisada pela glutationa redutase. Um fornecimento constante de NADPH é, portanto, vital para a integridadedos eritrócitos. Os eritrócitos de indivíduos que possuem deficiência de glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD) são particularmente sensíveis as lesões oxidativas, ainda que os sintomas possam estar ausentes. Essa deficiência enzimática, comum em populações africanas, asiáticas e mediterrâneas, foi elucidada por meio de investigações sobre a anemia hemolítica induzida nesses indivíduos ao ingerirem drogas como o composto antimalária primaquina ou ao comerem feijão-de-fava (Vicia fava), um vegetal básico do oriente médio. A primaquina estimula a formação de peróxido, aumentando a demanda de NADPH a um nível no qual as células mutantes não são capazes de responder. Alguns glicosídeos tóxicos presentes em pequenas quantidades nas favas apresentam o mesmo efeito, produzindo uma condição conhecida como favismo. 11 A principal razão para a baixa atividade nas células afetadas parece ser uma alta velocidade de degradação da enzima mutante. Isso explica porque os pacientes com formas relativamente brandas de deficiência de G6PD reagem a primaquina, apresentando anemia hemolítica, mas recuperam-se em uma semana, mesmo com a continuação do tratamento com essa substância. Eritrócitos maduros não têm um núcleo ou mecanismos de síntese de proteínas, não sendo capazes de sintetizar novas moléculas das enzimas para substituir as degradadas (da mesma forma, eles não podem sintetizar novos componentes de membrana, principal razão pela qual são tão sensíveis a lesões na membrana). O tratamento inicial com primaquina resulta no rompimento das células vermelhas velhas, cuja G6PD defeituosa está bastante degradada. Os produtos do rompimento celular estimulam a liberação de células jovens que contém mais enzima, sendo mais capazes de resistir ao estresse de primaquina. Estima-se que aproximadamente 400 milhões de pessoas tenham a deficiência em G6PD, o que torna essa condição a deficiência enzimática humana mais comum. A alta incidência de G6PD defeituosa em áreas do mundo com alta incidência de malária sugerem que tais mutações possam conferir resistência ao parasita responsável por essa doença, o Plasmodium falciparum. De fato, eritrócitos com deficiência de G6PD parecem ser hospedeiros menos adequados para o plasmódio do que células normais. Então, do mesmo modo que uma célula com a forma de foice, uma G6PD defeituosa confere uma vantagem seletiva a indivíduos vivem em regiões onde a malária é endêmica. Curiosamente, no entanto, apenas mulheres heterozigotas para essa característica ligada ao sexo são resistentes à malária. Os plasmódios podem adaptar-se à vida em eritrócitos deficientes em G6PD (p. ex., em homens que possuem um cromossomo X e, consequentemente, uma única cópia do gene defeituoso e em fêmeas homozigotas, cujas células contêm dois cromossomos X). Aparentemente, o parasita não pode adaptar-se a condições de fêmeas heterozigotas, nas quais cerca de metade dos eritrócitos têm deficiência de G6PD. A importância do NADPH nas células foi demonstrada por meio do desenvolvimento de camundongos nos quais o gene G6PD foi eliminado (nocaute gênico). Todas as células desses animais são extremamente sensíveis ao estresse oxidativo, mesmo contendo outros mecanismos para a eliminação de espécies reativas de oxigênio. 12 7. BIBLIOGRAFIA BACILA, M. Bioquímica Veterinária. São Paulo: Varela, 1980, 534p. BERG, J.M., TYMOCZKO, J.L., STRYER, L. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008, 1114p. CHAMPE, P.C., HARVEY, R.A. Bioquímica Ilustrada. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, 446p. HARPER, H.A. 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