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Saúde Mental da Mulher

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Resumo por Raiane Rosa. 
Acadêmica de Medicina. 
 
Saúde mental da mulher 
 
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 Consideradas problemas de saúde pública em decorrência das 
altas prevalências que alcançam 
 A depressão é 2 vezes mais presentes em mulheres 
 Pelo menos um sintoma pré-menstrual de intensidade leve a 
moderada por 75 a 80% das mulheres 
 Síndrome pré-mentrual (SPM) afeta 8-32% das mulheres 
 Transtorno disfórico pré-menstrual atinge entre 2 a 8% das 
mulheres 
 Desejo sexual hipoativo (falta de interesse sexual) e dificuldade 
de atingir o orgasmo e dor são as queixas sexuais femininas mais 
frequentes 
 Nos homens, disfunção erétil e ejaculação precoce são as mais 
comuns, atingindo parcela da população 
 As disfunções também são relacionadas a idade – mulheres mais 
velhas são relacionadas ao desejo hipoativo; homens mais velhos 
à disfunção sexual; homens mais jovens à ejaculação precoce. 
 Há altas prevalências de disfunções sexuais em todas as faixas 
etárias: 43% para as mulheres e 31% para os homens 
 
 
 
 
 
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 Brasil tem a frequência média de sexo 3 vezes por semana. 
 Essa média tende a continuar igual para os homens, mas cai para as 
mulheres conforme ficam mais velhas. Assim, deve-se sempre pedir 
exames de IST’s para pacientes mais velhos por conta da alta taxa de 
infidelidade. 
 Por trás de uma disfunção sexual, pode haver doença mental grave ou 
sintomas sistêmicos clínicos. 
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 Composto por quatro fases: 
 Desejo: inclui as fantasias sexuais e o interesse em 
praticar atividade 
 Excitação: caracterizada pelo prazer e pelas mudanças 
fisiológicas 
 Orgasmo: o clímax do prazer 
 Resolução: distinguida pela sensação de bem-estar geral, 
relaxamento e retorno às condições fisiológicas 
anteriores ao início da atividade sexual. 
 2001: novo modelo para a resposta sexual feminina foi proposto 
 Mudança de conceito ao considerar que a motivação sexual da 
mulher pode ser desencadeada por elementos não sexuais. 
 A motivação advém de uma situação físico-emocional: estímulos 
do ambiente e do organismo que induzem à necessidade de 
engajamento sexual 
 Qual o contexto de vida da paciente? Como está seu 
relacionamento? É tratada bem ou sofre violência? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Desejo sexual: 
 
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 Capacidade de excitação: controle central para resposta ao estímulo 
externo (ereção no homem e vasocongestão vulvovaginal e 
lubrificação na mulher) 
 Ativação autonômica prepara para a atividade sexual, ampliando o 
fluxo sanguíneo parassimpático nos tecidos genitais, e fluxo 
sanguíneo simpático na musculatura lisa e estriada corporal. 
 Excitabilidade periférica e central se expressam por percepção 
subjetiva de excitação sexual e conduzem às alterações dos tecidos 
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genitais, assim como definem aspectos da resposta sexual 
(orgasmo/ejaculação) 
 Aspectos cognitivos e motivacionais oferecem continuamente 
estímulos ao longo do ato sexual + informações sensoriais internas 
e externas = avaliação de quão excitante está sendo o estímulo. 
 Essas alterações psicofisiológicas somam-se outras, advindas de 
todo organismo, consequentes à excitação e necessárias à eclosão 
do orgasmo. 
 Na mulher: estímulo sensório aferente originado no clitóris, nos 
grandes e pequenos lábios, na vagina, nas glândulas periuretrais – 
atinge as estruturas supraespinhais, resultando em descarga de 
neurotransmissores centrais, fase contrátil do orgasmo e posterior 
relaxamento maciço da tensão muscular. 
 O orgasmo altera a função autonômica: contrações musculares, 
aumenta níveis de vasopressina, ocitocina, adrenalina, polipeptídeo 
vasointestinal, acelera FC e FR e PA. 
 Segue-se ao orgasmo um período refratário (fase de resolução): 
todo o organismo volta ao funcionamento físico e psíquico habitual. 
 
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 Atividade sexual não se desenvolve a contento: perturbação em 
uma ou mais das fases do ciclo de resposta sexual. 
 As disfunções sexuais são os transtornos da sexualidade mais 
frequentes 
 A denominação das disfunções sexuais é feita de acordo com a 
fase do ciclo de resposta sexual comprometida. 
 
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 Três áreas realizam controle neurológico da excitação 
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 Percursos neurológicos locais 
 Percursos centrais da medula espinhal 
 Centros cerebrais superiores 
 
 
 
 Desejo sexual e a excitação sexual resultam na vasodilatação e 
aumento do fluxo sanguíneo na genitália por provocarem 
alterações no SNC 
 Papel fundamental: os hormônios estrógeno e testosterona 
 O estrógeno aumenta o fluxo sanguíneo no cérebro e na vagina 
pela síntese do óxido nítrico 
 Testosterona é o hormônio de motivação sexual de homens e 
mulheres 
 
 
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 Disfunção sexual: incapacidade de o indivíduo realizar o ato sexual 
de forma satisfatória para si e o parceiro. 
 Elementos somáticos, psíquicos concorrem para diferentes 
causas 
 A própria disfunção sexual pode levar a depressão 
 O diagnóstico é clínico, pela anamnese do paciente e parceiros 
 Exames para etiologias orgânicas: diabetes, 
hipo/hipertireoidismo, dislipidemias, doenças cardiovasculares, 
déficits hormonais. 
 Mínimo de 6 meses e avaliação do parceiro 
 As disfunções podem ser primárias ou secundárias, 
generalizadas ou situacionais, leves a graves; além da faixa etária. 
Doenças e medicações devem ser sempre consideradas. 
 Médico deve sempre investigar a situação sexual do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 A farmacoterapia não substitui a psicoterapia, inclusive para a 
melhor compreensão do quadro, entra a psico-educação e 
diminuição da ansiedade de desempenho. 
 Prognóstico: depende da fase em que o ciclo resposta sexual é 
afetado, da idade de início, tempo de evolução, disfunção de 
ambos os parceiros além de conflitos conjugais e má qualidade 
de vida 
 
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 Estrógeno começa a ser produzido na puberdade e apresenta 
variações cíclica em sua concentração sanguínea 
 Perimenopausa antecede 5-7 anos menopausa 
 Menopausa: 12 ciclos sem menstruação 
 Períodos críticos: infertilidade, abortos e perdas perinatais e 
perimenopausa quando estrógeno declina 
 Risco de depressão na menopausa: que já teve depressão e 
transtorno disfórico pré menstrual 
 
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 Súbita ocorrência de alta concentração de estrógeno na puberdade 
altera a sensitividade dos sistemas de neurotransmissores. 
 Sintomas são graves e impactam o cotidiano (até a incapacidade) 
 Tem níveis de intensidade e devem ter ocorrido nos últimos 12 meses 
 Sintomas pioram com a proximidade do período menstrual e regridem 
após 
 Aumentam o risco de evoluir para depressão crônica, além de 
exacerbar as doenças mentais já preexistentes 
 Além de maior chance de comprometimento na função sexual 
 Difere da TPM por apresentar sintomas mais específicos e, 
geralmente, mais graves. 
 
 
 
 
 
 
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 Fator de risco: depressão prévia 
 Riscos secundários (20%): gravidez não planejada, abortos, 
malformações fetais, natimortos, histórico de doença psiquiátrica 
familiar, ausência de suporte/apoio, conflitos, violência, drogas e álcool. 
 Uso dos antidepressivos e medicações deve ser discutido e orientado a 
paciente – uma vez que grande parte não foi testado em gestante e 
não se sabe os fatores de risco. Em sintomas leves, deve-se tentar 
tratar com psicoterapia. Avaliar custo-benefício. 
 Quanto à atividade sexual, ela varia e tende a diminuir ao longo da 
gestação e pioranas deprimidadas. 
 
 Disforia puerperal (baby blues): pode atingir até 85% das mães, iniciam 
após o parto e regridem sem tratamento em média após 2 semanas. 
 Caso persista, cogita-se evolução para quadro mais grave de depressão 
pós-parto (19%). Nesses casos tem alta recorrência e a mulher deve 
ser supervisionada. 
 Psicose puerperal acomete até 0,2% das puérperas, é grave e súbito. 
Deve-se pesquisar causas como eclampsia, tromboeflebite cerebral, 
tereoideopatias, doenças mentais. Esses quadros podem colocar em 
risco mãe e bebê e não se deve deixar os dois sozinhos. 
 Quanto à disfunção sexual no ciclo gravídico-puerperal: depressão, 
fadiga, amamentação, dor – exercem impacto negativo sobre a esfera 
sexual. 
10.4: Depressão no climatério e menopausa: 
 Sintomas do climatério: fogachos, ressecamento vaginal, alterações do 
humor, ansiedade, insônia, suores, prejuízo cognitivo. Não envolve 
depressão, mas é um fator de risco. 
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 Fatores de risco para transtornos do humor: depressão prévia, TDPM, 
alterações do sono, uso de substâncias psicoativas, estresse. 
 Estudos mostram que o uso de estrógeno pode promover redução dos 
sintomas (Avaliar segurança) 
 Quanto à esfera sexual: menor produção de testosterona e alterações 
anatômicas podem gerar desejo hipoativo e dispareunia, além da 
chance de eventos psíquicos e pessoais. 
 Doenças clínicas, principalmente que acometem o sistema vascular e 
nervoso, como diabetes, dislipidemias, HAS. 
 
 
 Disfunção sexual: incapacidade de participar do ato sexual com 
satisfação em virtude de dor ou alterações em alguma das fases 
do ciclo de resposta sexual (desejo, excitação ou orgasmo) 
 A depressão é fator de risco para disfunções sexuais, tanto por 
questões de insegurança e autoimagem corporal quanto por 
problemas conjugais. 
 Por sua vez, o desempenho sexual insatisfatório pode agravar a 
depressão e causar conflitos conjugais. 
 O prejuízo do desejo afeta todo o restante do ciclo 
 As repercussões dos psicotrópicos e uso de álcool e drogas 
também impactam sobre a função sexual 
 Por fim, o profissional de saúde deve sempre investigar e adotar 
estratégias e manejos para aliviar o sofrimento e melhorar a 
qualidade de vida dos pacientes. 
 
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1. Da depressão à disfunção sexual (e vice-versa) / Carmita Abdo – 
São Paulo: segmento Farma, 2019. 
2. ABDO, C.H.N et al. Perfil sexual da população brasileira: resultados do 
Estudo de Comportamento Sexual (ECOS) do brasileiro. Revista 
Brasileira de Medicina, v.59, p.250-257, 2002. 
3. Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos 
mentais/ Paulo Dalgalarrondo. 3 ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.

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