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Livro- Texto - Unidade I

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Autores: Profa. Ana Elena Salvi
 Prof. Ricardo Granata
 Profa. Denise D. O. Morelli
Colaboradores: Prof. Ricardo Calasans
 Prof. José Carlos Morilla
 Profa. Patricia Scarabelli
 Prof. Mario H. C. Caldeira
Desenho Técnico e Projetos 
em Segurança do Trabalho
Professores conteudistas: Ana Elena Salvi / Ricardo Granata / Denise D. O. Morelli
Ana Elena Salvi
Graduada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1976). Pela mesma instituição, 
fez o mestrado (2001) e o doutorado (2006). Exerceu cargo de arquiteta e urbanista na Secretaria de Obras e Meio 
Ambiente do Estado de São Paulo, na Prefeitura do Município de São Paulo e em escritório próprio. Iniciou a carreira 
docente em 1987 na Universidade Católica de Santos. Em 1994, começou a atuar na Universidade Paulista, na qual 
exerce o cargo de coordenadora-geral dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores, colaborando com 
a elaboração de material didático nessas áreas.
Ricardo Granata
Arquiteto e urbanista formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Fundação Álvares Penteado (1996). 
Tem mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2004). Docente, com ênfase em tecnologia, 
em diversas instituições de ensino superior de Arquitetura e Urbanismo no estado de São Paulo, bem como em cursos 
superiores tecnológicos de Design de Interiores. Atua como arquiteto e é sócio-diretor de empresa de arquitetura com 
ênfase em projetos de arquitetura e urbanismo, design de interiores e em gerenciamento de obras.
Denise D. O. Morelli
Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, especialista em Design 
de Interiores pelo Istituto Europeo di Design de Milão, mestre e doutora em Arquitetura, Tecnologia e Cidade pela 
Universidade Estadual de Campinas. Tem vinte anos de experiência na área de projetos arquitetônicos e de interiores e 
sete anos de experiência na área acadêmica. É professora da Universidade Paulista, unidade Campinas – Swift, do curso 
de Design de Interiores, Arquitetura e Urbanismo.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
S184d Salvi, Ana Elena.
Desenho Técnico e Projetos em Segurança do Trabalho / Ana 
Elena Salvi, Ricardo Granata, Denise D. O. Morelli. – São Paulo: Editora 
Sol, 2020.
140 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Desenho. 2. Construção. 3. Segurança do trabalho. I. Salvi, 
Ana Elena. II. Granata, Ricardo. III. Morelli, Denise D. O. IV. Título.
CDU 744
U509.20 – 20
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Deise Alcantara Carreiro – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Ricardo Duarte
 Ana Fazzio
Sumário
Desenho Técnico e Projetos em Segurança do Trabalho
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 RAZÃO E IMPORTÂNCIA DO DESENHO TÉCNICO PARA O CURSO SUPERIOR 
TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHO ................................................................................................ 11
2 ELEMENTOS BÁSICOS DE UMA CONSTRUÇÃO .................................................................................... 15
2.1 Subsistemas da edificação ................................................................................................................ 15
2.1.1 Subsistemas das estruturas ................................................................................................................ 17
2.1.2 Subsistemas dos fechamentos externos ....................................................................................... 26
2.1.3 Subsistemas das subdivisões internas ............................................................................................ 27
2.1.4 Subsistemas das instalações .............................................................................................................. 28
2.1.5 Subsistemas especiais ou complementares ................................................................................. 29
Unidade II
3 ELEMENTOS BÁSICOS DE DESENHO TÉCNICO ..................................................................................... 34
3.1 Material de desenho ........................................................................................................................... 34
3.1.1 Instrumentos de desenho .................................................................................................................... 34
3.1.2 Papel ............................................................................................................................................................. 38
3.2 Legenda .................................................................................................................................................... 41
3.3 Dobramento de folha de desenho ................................................................................................. 42
3.4 Escrita ........................................................................................................................................................ 44
3.5 Linhas de representação .................................................................................................................... 45
3.6 Escalas ....................................................................................................................................................... 47
3.6.1 Escala gráfica .......................................................................................................................................... 48
3.7 Cotas .......................................................................................................................................................... 49
3.8 Indicação gráfica .................................................................................................................................. 51
4 DESENHO TÉCNICO: PLANTAS, CORTES, ELEVAÇÕES E DETALHES .............................................. 53
4.1 Planta de edificação ............................................................................................................................ 53
4.2 Planta de cobertura ............................................................................................................................. 54
4.3 Cortes ........................................................................................................................................................ 55
4.4 Fachadas................................................................................................................................................... 56
4.5 Elementos construtivos e sua representação ...........................................................................57
4.5.1 Paredes ........................................................................................................................................................ 57
4.5.2 Pisos.............................................................................................................................................................. 59
4.5.3 Portas e janelas ........................................................................................................................................ 60
4.5.4 Escadas ........................................................................................................................................................ 62
4.5.5 Equipamentos fixos ................................................................................................................................ 62
4.6 Processo de desenho técnico .......................................................................................................... 63
4.7 Detalhes: escala e cotagem .............................................................................................................. 65
Unidade III
5 DESENHO TÉCNICO E SEGURANÇA NO TRABALHO........................................................................... 72
5.1 Simbologia e convenções .................................................................................................................. 72
5.1.1 Simbologia para instalações elétricas ............................................................................................ 72
5.1.2 Simbologia para instalações hidrossanitárias ............................................................................. 76
5.1.3 Simbologia para instalações de combate a incêndio e para sinalização 
de ambientes ....................................................................................................................................................... 78
5.2 Leiaute dos ambientes de trabalho ............................................................................................... 99
5.3 Exemplos de aplicação de desenho técnico ............................................................................104
6 PROJETOS COMPLEMENTARES I ..............................................................................................................105
6.1 Projeto estrutural ...............................................................................................................................105
6.2 Projeto de instalações hidrossanitárias, de águas pluviais e de gás..............................109
Unidade IV
7 PROJETOS COMPLEMENTARES II .............................................................................................................118
7.1 Projeto de instalações elétricas, de telefonia, de dados/voz ...........................................118
7.2 Projeto de luminotécnica ................................................................................................................119
7.3 Projeto de climatização ...................................................................................................................121
7.4 Projeto de instalações de segurança (CFTV, alarmes etc.) .................................................121
7.5 Projeto de automação .....................................................................................................................122
7.6 Projeto de proteção contra incêndio ........................................................................................122
8 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA E COMPLEMENTARES 
SOB A ÓTICA DAS NORMAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO ........................................................123
8.1 NR-5 E NR-12 ......................................................................................................................................123
8.1.1 NR-5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) .............................................. 123
8.1.2 NR-12: segurança no trabalho em máquinas e equipamentos ........................................ 125
8.2 NR-17 E NR-24 ...................................................................................................................................126
8.2.1 NR-17: ergonomia............................................................................................................................... 126
8.2.2 NR-24: condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho ................................ 127
7
APRESENTAÇÃO
Este livro-texto foi desenvolvido com o objetivo de transmitir ao aluno conhecimentos que permitam 
a leitura e a interpretação de projetos de arquitetura (plantas, cortes, elevações) e de instalações 
(hidráulicas, elétricas, de gás, de ar comprimido, de ar condicionado, contra incêndio) com visão 
prevencionista. Para isso, é necessário reconhecer ou saber ler as principais simbologias aplicadas ao 
desenho técnico e as demais informações que constam nos documentos gráficos.
Os procedimentos de segurança no trabalho exigem a identificação de riscos, a partir da leitura 
de um espaço ou preferencialmente de uma planta, que é a representação gráfica dele, ou mesmo da 
análise de determinados equipamentos ou dispositivos que existem no processo produtivo de certa 
linha de produção ou de outro tipo de trabalho que não a fábrica, como os espaços empresariais.
Como as atividades humanas são desenvolvidas nos espaços, e tecnicamente a forma de representação 
do espaço se faz mediante o desenho técnico, é preciso transmitir as normas técnicas que o abrangem, 
os elementos que constituem o espaço arquitetônico e suas respectivas representações.
A fim de atender às normas específicas de segurança no trabalho – como a NR-5, que trata do mapa de 
risco –, será necessário determinar rotas de fuga, planos de emergência, mapeamento de espaços confinados, 
estudo e análise de leiaute de linha de produção etc. Esses itens para análise são representados por meio 
de desenhos técnicos cuja linguagem o estudante deverá conhecer, inclusive a partir das normas técnicas.
Para o domínio da representação dos elementos constitutivos do espaço arquitetônico e dos 
equipamentos e dispositivos que nele estão instalados, será necessário também dominar os principais 
elementos constitutivos dessa arquitetura e de suas instalações.
Assim, este livro-texto apresenta os conhecimentos fundamentais para a comunicação gráfica com 
outros profissionais e usuários dos espaços, como prática profissional do tecnólogo em segurança no 
trabalho que participa em equipes multidisciplinares, que contrata profissionais específicos ou que 
realiza vistorias, perícias e laudos.
Neste material, o aluno encontrará informações indispensáveis para ser capaz de ler e interpretar o 
espaço em geral, os projetos de arquitetura e as instalações.
INTRODUÇÃO
O desenho técnico é uma ferramenta essencial para o tecnólogo em segurança no trabalho, pois ele 
terá que ler e interpretar essa forma de representação para comunicar suas ideias e suas intenções, as 
quais darão origem a um projeto de segurança no trabalho. Na maioria das vezes, torna-se necessário 
o uso de leiautes e plantas para fazer análise de riscos, localizar agentes de risco, determinar áreas 
classificadas, perímetros de segurança, movimentação de cargas etc. Na figura a seguir, apresenta-se 
a planta da linha de produção do setor de embalagens de uma distribuidora de ovos para a qual o 
tecnólogo em segurança no trabalho deverá analisar os espaçamentos existentes na circulação a fim de 
identificar problemas ou conflitos que coloquem em risco os empregados que ali atuam.
8
A)
Receiving cooler
Grading & packing area
Grading & packing machines
Conveyor
Shipping cooler
Shipping cooler
Overhead Overhead 
doordoor
Overhead 
door
Trench 
drain
Trench 
drain
Transfer 
conveyors
Packaging materal 
storage
Egg washer
Egg washer Overhead Overhead 
doorsdoors
Overhead Overhead 
doorsdoors
Receiving Receiving 
platformplatformShipping Shipping 
platformplatform
Utility & storage
General 
office
Private 
office
Employee 
lounge
Men’s 
restroom
Women’s 
restroom
Lockers U.S.D.A.
office
B)
Figura 1 – Análise da largura de corredores para verificar o espaçamento na linha de produção
9
Todos os profissionais envolvidos no processo projetual e de execução do projeto se comunicam 
através do desenho técnico. Assim, todos os profissionais envolvidos, inclusive os prevencionistas 
(tecnólogo em segurança no trabalho), devem dominar essa linguagem, que segue determinadas regras. 
A próxima figura mostra a área de uma fábrica já analisada pela equipe de que participa o tecnólogo 
em segurança no trabalho e traduzida no chamado mapa de risco, que veremos nas unidades a seguir. 
É atribuição do tecnólogo em segurança no trabalho analisar como proteger a área para evitar o pior.
Vestiário masculino
Vestiário feminino
PSN
WC WC
WC
Copa
Área externa
Risco pequeno
Legenda
Risco médio
Risco grande
Risco físico
Risco químico
Risco biológico
Risco ergonômico
Acidentes
Figura 2 – Exemplo de mapa de risco
O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica e deve transmitir mensagens claras, objetivas, 
inequívocas e que dispensem explicações verbais. O desenho deve falar por si só. Se o projetista precisa 
explicar verbalmente seu desenho, provavelmente é porque o desenho não está exercendo sua função.
O desenho técnico deve seguir normas nacionais elaboradas pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT). Essas normas são responsáveis pela padronização dos desenhos. Existem várias normas a 
respeito desse tema. Contudo, a de representação gráfica em arquitetura apresenta uma compilação 
de todas elas. Por isso, será utilizada ao longo deste livro-texto a NBR 6492:1994. Assim, qualquer 
profissional da área que precise utilizar esses desenhos poderá entendê-los.
10
Entre as atividades dos tecnólogos em segurança no trabalho, temos algumas atribuições previstas 
nas Normas Regulamentadoras (NRs), como:
•	 elaborar, participar da elaboração e implementar política de saúde e segurança no trabalho (SST);
•	 realizar auditoria, acompanhamento e avaliação na área;
•	 identificar variáveis de controle de doenças, acidentes, qualidade de vida e meio ambiente;
•	 desenvolver ações educativas na área de saúde e segurança no trabalho;
•	 participar de perícias e fiscalizações e integrar processos de negociação;
•	 participar da adoção de tecnologias e processos de trabalho;
•	 gerenciar documentação de SST;
•	 investigar, analisar acidentes e recomendar medidas de prevenção e controle.
Para tanto é importante que o tecnólogo que atua na área de segurança no trabalho esteja apto a 
entender, analisar e interpretar toda e qualquer informação transmitida através do desenho.
11
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Unidade I
1 RAZÃO E IMPORTÂNCIA DO DESENHO TÉCNICO PARA O CURSO SUPERIOR 
TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHO
Em sua maioria, as atividades laborais ocorrem em espaços abrigados (pressupõe-se um teto) e 
confinados, constituídos por limites construtivos, com aplicação de diversos materiais. Quem trabalha 
com visão preservacionista em uma fábrica, por exemplo, ao fazer uma vistoria in loco, precisa 
desenvolver a capacidade de antever possíveis riscos, percorrendo os ambientes e vendo pessoalmente 
como é feita a circulação, como é o acesso aos equipamentos de combate a incêndio, e em que local 
estão instalados dispositivos e máquinas necessários à produção.
Para essa vistoria in loco, além da capacidade de antever riscos nos ambientes em função da 
organização das atividades e da distribuição de máquinas e equipamentos, o profissional em segurança 
no trabalho terá de desenvolver um raciocínio abstrato tridimensional para intuir dimensões, reconhecer 
materiais e suas características, lidar com legislação e normas técnicas, e refletir sobre componentes 
arquitetônicos, ou da edificação, que interferem no reconhecimento dos riscos ambientais.
Nem sempre, em sua rotina, o tecnólogo em segurança no trabalho fará apenas uma visita in loco. 
Muitas vezes, deverá fazer a leitura e o reconhecimento do espaço a partir da sua representação, isto é, 
do desenho técnico.
O espaço, que tem três dimensões (comprimento, largura e altura), no desenho técnico é representado 
em duas dimensões. A figura a seguir mostra plantas que correspondem a um corte horizontal no volume.
12
Unidade I
1.50
Sala
4.00 x 2.70
Terraço
4.30 x 3.10
Depósito
3.10 x 1.20
4.50
7.
00
Figura 3 – Corte horizontal compondo uma planta
13
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
O que se chama corte corresponde a um corte vertical no volume, como apresentado na figura a seguir.
Corte transversal
Figura 4 – Corte vertical no volume
Elevações são vistas específicas considerando o observador no interior do espaço, olhando para 
determinada parede, que é um elemento vertical (próxima figura). As vistas externas, da mesma maneira 
que as elevações das paredes internas, são denominadas fachadas (paredes externas).
Figura 5 – Elevações de área de café de um escritório
A fim de que a comunicação entre profissionais ocorra de forma clara e técnica, foi criada uma 
normativa de representação gráfica que utiliza técnicas de desenho para sua melhor compreensão, a 
NBR 6492:1994. O espaço que está sendo representado tem dimensões que não cabem na maior parte 
14
Unidade I
das vezes no suporte (folha de papel ou tela do computador) utilizado para a representação. Por isso, 
é necessário simular o tamanho dos ambientes no suporte. A esse procedimento chamamos de escala 
de representação.
Quanto maior a escala, menor o desenho. Por exemplo, uma representação na escala 1:1 significa 
que o objeto está sendo representado nas mesmas dimensões de seu tamanho original; uma escala 1:2 
significa que, se o objeto tem uma dimensão, sua representação será dimensionada pela metade. 
Geralmente essas escalas servem para objetos pequenos, como pormenores dos elementos construtivos 
– por exemplo, a dobradiça de uma porta ou o suporte de um equipamento. Para os ambientes e 
espaços, utilizam-se escalas como 1:50 ou 1:100. Para as áreas molhadas (sanitários, banheiros e lavabos), 
geralmente utiliza-se a escala 1:20.
 Lembrete
Para representar as dimensões no desenho técnico, utiliza-se o 
instrumento que se chama escalímetro. Existem cinco tipos de escalímetro. 
No entanto, quando o desenho é feito em algum software, a escala é 
inserida automaticamente.
Portanto, o desenho técnico, constituído de um conjunto de peças gráficas, como planta, corte 
e elevação, representa determinado espaço. Na planta é representado tudo o que está apoiado no 
piso, a espessura de paredes e vedos (vedações) e parte da estrutura (pilares e colunas); no corte são 
representadas a espessura dos elementos construtivos estruturais (sistema estrutural, vigas, pilares 
e colunas) e a altura dos vedos; nas elevações é possível reconhecer os equipamentos e instalações 
implantados nas paredes que estabelecem o confinamento do espaço.
O tecnólogo em segurança no trabalho deve conhecer os materiais utilizados na construção para 
tomar determinadas decisões. Por exemplo, se ele precisar indicar a alteração do posicionamento de 
um equipamento em determinada parede, deverá saber reconhecer de que sistema construtivo e 
de que material de construção se trata. Se esse elemento for estrutural, será necessário o parecer de 
outro profissional, um arquiteto ou um engenheiro civil, pois essa não é uma atribuição do tecnólogo 
em segurança no trabalho.
Uma vez analisado o espaço ou sua representação pelo desenho técnico e suas peças gráficas 
constituintes, o tecnólogo em segurança no trabalho deverá raciocinar sobre os riscos que podem 
interferir na segurança das atividades desenvolvidas no interior desse espaço e, mediante esboços, 
estudos e anotações gráficas, muitas vezes feitos à mão livre, propor alterações no posicionamento de 
equipamentose dispositivos, na circulação, nas rotas de fuga etc.
15
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
 Observação
O tecnólogo em segurança no trabalho não tem a atribuição de 
projetar espaços – essa tarefa cabe ao arquiteto e urbanista. No entanto, 
a representação gráfica ou desenho é uma forma de raciocinar sobre o 
espaço. E representar o pensamento espacial significa lançar mão de 
esboços e croquis realizados à mão livre.
Esse raciocínio também é representado graficamente e deverá ser sintetizado nas soluções dos 
mapas de risco, cuja meta é evitar o mau uso de espaços e equipamentos e, portanto, evitar acidentes.
A partir do desenho técnico, o tecnólogo em segurança no trabalho produz o mapa de riscos, que 
deverá ser comunicado a todos os usuários do espaço e aos profissionais envolvidos com a segurança 
no trabalho, sendo afixado em local visível e acessível.
 Saiba mais
Leia mais a respeito em:
ABNT. ABNT NBR 6492: representação de projetos de arquitetura. Rio de 
Janeiro: ABNT, 1994.
BRASIL. NR-5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Brasília, 
1978. Disponível em: https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_
SST/SST_NR/NR-05.pdf. Acesso em: 20 out. 2020.
2 ELEMENTOS BÁSICOS DE UMA CONSTRUÇÃO
2.1 Subsistemas da edificação
A edificação pode ser entendida como um conjunto constituído por diversos elementos construtivos 
integrados e em funcionamento, de forma a garantir estabilidade, eficiência e conforto. Esses elementos 
podem ser chamados de subsistemas construtivos da edificação. Pode-se seguramente elencar cinco 
subsistemas construtivos distintos da edificação e que estão relacionados, coordenados e integrados. 
Assim como o corpo humano, que reúne diversos subsistemas físicos e fisiológicos, como o circulatório, 
o digestivo, o ósseo, o respiratório e o muscular, as edificações têm subsistemas que compõem um 
todo coordenado, a saber: os subsistemas das estruturas, os subsistemas dos fechamentos externos, 
os subsistemas das subdivisões internas, os subsistemas das instalações e os subsistemas especiais 
(complementares e de proteção).
16
Unidade I
Figura 6 – Subsistemas da edificação
Os subsistemas das estruturas são os sistemas responsáveis pela estabilidade da construção e 
são subdivididos em superestrutura e infraestrutura. A superestrutura é identificada pelas estruturas 
propriamente ditas – o que está sobre o solo. A infraestrutura é composta pelas fundações, que estão 
sob o solo e formam a parte da construção responsável por transferir as cargas provenientes da 
superestrutura para o solo. O solo, por sua vez, deve ter capacidade de suporte, garantindo assim a 
estabilidade global da edificação.
17
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Os subsistemas dos fechamentos externos, conhecidos como vedações, constituem a “pele” da 
edificação, fecham a edificação, e podem ser subdivididos em horizontais e verticais. Os fechamentos 
ou vedações horizontais são compostos pelas coberturas. Já os fechamentos verticais são compostos 
pelas vedações externas (paredes, janelas, portas etc.).
Os subsistemas das subdivisões internas são formados pelas vedações internas, definidas por paredes, 
portas, janelas etc.
Os subsistemas das instalações trarão os “serviços” essenciais ao funcionamento da edificação 
e são compostos principalmente pelas instalações hidrossanitárias, elétricas, de lógica, de ar 
condicionado, entre outras.
Os subsistemas conhecidos como especiais ou complementares são sistemas com características 
específicas a dados usos da edificação. O sistema de proteção contra incêndio é um exemplo desse 
subsistema. O entendimento desse subsistema é um item específico e de relevância ao profissional em 
segurança no trabalho.
Todos os subsistemas são projetados em consonância com o projeto arquitetônico, de forma a 
atender às exigências de desempenho, estéticas, de legislação, econômicas, de impacto ambiental e das 
boas práticas da construção.
Dadas essas breves definições para o entendimento básico dos elementos que compõem uma 
edificação, a seguir serão apresentadas as principais definições e composições desses subsistemas. 
A interpretação das peças gráficas desses subsistemas será fundamental para o profissional em segurança 
no trabalho no exercício de sua profissão.
No trabalho em uma edificação, será necessário o acesso e/ou o arquivo do conjunto de peças 
gráficas dos projetos completos da edificação – o projeto arquitetônico e todos os projetos conhecidos 
como complementares, constituídos pelos projetos estrutural, de instalações elétricas, de instalações 
hidrossanitárias (incluindo gás), de ar condicionado, de combate a incêndio, entre outros.
2.1.1 Subsistemas das estruturas
Superestrutura
Como mencionado antes, os subsistemas das estruturas são subdivididos em superestrutura e 
infraestrutura. Apesar de existirem vários tipos de estrutura (superestrutura) da edificação – cascas, 
estruturas tensionadas etc. –, nesta disciplina trataremos das estruturas conhecidas como convencionais.
As estruturas convencionais podem ser entendidas como “um conjunto de elementos – lajes, vigas e 
pilares – que se inter-relacionam – laje apoiando em viga, viga apoiando em pilar – para desempenhar 
uma função: criar um espaço em que pessoas exercerão diversas atividades” (REBELLO, 2000a, p. 21).
18
Unidade I
Subsolo
Sapata
Térreo
1º PAV
2º PAV
Laje
Pilares
Cobertura
Perspectiva da 
estrutura do prédio
Vigas
P-10
P-7
P-4
P-1 P-2 P-3
P-6
P-9
P-12P-11
P-8
P-5
3º PAV
Figura 7 – Elementos associados que formam uma estrutura
Assim, as lajes que compõem os pisos ou coberturas transferem as cargas de peso próprio e as cargas 
provenientes do uso para as vigas, que transferem essas cargas somadas ao seu peso próprio para outras 
vigas ou pilares, que por sua vez as transferem, somadas também ao seu próprio peso, para as fundações.
19
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
 Saiba mais
Em termos de constituição formal, todo e qualquer sistema estrutural 
pode ser dado pela associação adequada de elementos estruturais. Para um 
conhecimento mais aprofundado sobre os diversos tipos de estrutura nas 
edificações, além da estrutura convencional, consulte:
CHING, F. D. K. Técnicas de construção ilustradas. Tradução: Alexandre 
Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2010.
REBELLO, Y. C. P. A concepção estrutural e a arquitetura. São Paulo: 
Zigurate, 2000.
Toda a estrutura é projetada pela engenharia estrutural baseada no projeto arquitetônico. Desse 
modo, os elementos lajes, vigas e pilares e qualquer outro elemento estrutural são calculados para 
suportarem esforços específicos provenientes das cargas solicitadas. O fruto do projeto e cálculo é 
apresentado através das peças gráficas e memoriais que compõem um projeto estrutural.
Para um melhor entendimento, seguem os elementos que integram o sistema estrutural convencional 
e suas principais funções.
•	 Pilares: são elementos estruturais lineares, geralmente de eixo reto e usualmente, mas nem 
sempre, dispostos na vertical. Sua função é receber os esforços verticais de uma edificação (vigas 
e lajes) e transferi-los para outros elementos, como as fundações.
•	 Vigas: distribuem o peso das lajes e conferem resistência e estabilidade à construção. Muitas 
vezes são configuradas na horizontal e se apoiam em dois apoios – vigas ou pilares –, um em cada 
extremidade, sendo dessa forma conhecidas como vigas biapoiadas. Quando apoiadas em mais de 
dois apoios contínuos, são chamadas de vigas contínuas. Em alguns casos, há ainda a extensão da 
viga após o pilar de apoio, gerando um trecho sem apoio. Esse trecho é denominado balanço.
•	 Lajes: estruturas planas e horizontais, apoiadas em vigas e pilares, que dividem os pavimentos 
da construção.
Um pavimento é definido em estruturas – de modo geral, como a formação básica de um piso 
sustentado por pilares ou paredes estruturais, conforme apresentado na figura anterior.
Os pisossão formados pelas lajes ou pela união das lajes com as vigas que têm a função de 
receber as cargas e conduzi-las aos pilares ou paredes estruturais, que por sua vez conduzem as cargas 
até as fundações.
20
Unidade I
As estruturas, principalmente as de concreto armado, são normalmente apresentadas através da planta 
de fôrmas. A planta de fôrmas é conhecida como planta de teto rebatido, ou seja, uma planta com a vista 
ortogonal do teto rebatido no piso do pavimento que está sendo considerado. É a planta da estrutura que 
sustenta aquele pavimento. O resultado gráfico é como se a laje fosse transparente, apresentando as vigas 
e os pilares que a sustentam com as nomenclaturas e dimensões básicas.
L1 L2
V6
41
0
23
5
V4 V5
L3
P3P2P1
V1
450 380 152.5
L1
V2
L4
V3
P5 P6
Medidas em centímetros
Figura 8 – Planta de fôrmas
As plantas de fôrmas são desenhos chamados executivos, que tem como função fornecer as 
dimensões e características geométricas de vigas, lajes e pilares, para que sejam produzidas as fôrmas 
que vão conter o concreto quando da construção do edifício. Portanto, a planta de fôrma não é um 
desenho da fôrma que moldará o concreto em si, mas o desenho dos limites das peças com as dimensões 
da fôrma que moldará o concreto.
Para o tecnólogo em segurança no trabalho, o entendimento e a interpretação de uma planta de fôrmas 
são importantes quando da necessidade de propor alterações espaciais ou inserções de equipamentos 
no espaço, na ocasião da solicitação do projeto dessas demandas aos arquitetos e engenheiros civis. 
Da mesma forma, é importante conhecer as cargas que são impostas na estrutura – que serão vistas a 
seguir – quando dessas solicitações. Minimamente, todo esse conhecimento faz-se necessário para criar 
o repertório adequado no diálogo e contratação dos profissionais pertinentes.
21
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
A) Tipos de carregamento: as cargas nas estruturas
Como já visto, as estruturas são projetadas e concebidas para prover estabilidade à edificação. Dessa 
maneira, devem suportar cargas provenientes do peso dos materiais que as compõem, bem como do peso 
dos usuários ou dos móveis, e cargas provenientes de ventos e forças sísmicas, dependendo da região.
Vigas iguais em 
todos os andares
Lajes iguais em 
todos os andares
Cargas iguais em 
todos os andares
Nos pilares, a 
carga é crescente, 
andar por andar
Térreo
1º pavimento
2º pavimento
3º pavimento
N.T.
Figura 9 – Carregamento e caminhos dos esforços
Segundo a engenharia de estruturas, disciplina responsável pelo cálculo estrutural, é necessário 
conhecer as cargas atuantes na estrutura e quantificá-las para o devido cálculo estrutural. Para isso, 
essas cargas são classificadas quanto à ocorrência em relação ao tempo e quanto à forma de distribuição.
Em relação ao tempo de atuação, as cargas podem ser classificadas em permanentes e acidentais.
As cargas permanentes são as que atuam de forma constante na estrutura, constituindo os 
carregamentos que perdurarão durante toda a sua vida útil e são inerentes a ela. Essas cargas têm 
posição específica e valores conhecidos, com exígua variação numérica. Assim, as cargas permanentes 
são as que não se alteram com o tempo, incluindo o peso próprio e o peso de todos os subsistemas que 
compõem a edificação. Uma alvenaria (parede) apoiada em uma viga, por exemplo, bem como a própria 
viga são consideradas cargas permanentes.
As cargas acidentais, por outro lado, são as cargas devidas ao uso e podem variar de magnitude 
durante o uso da edificação. Tanto as cargas permanentes quanto as acidentais são calculadas no 
projeto estrutural. No Brasil, o cálculo das cargas, realizado pela engenharia no projeto estrutural, é 
feito baseado na norma técnica NBR 6120:2019.
22
Unidade I
 Observação
Os pesos na norma técnica NBR 6120:2019 são dados em N (newton) 
ou KN (quilonewton).
 N = 0,1 Kgf (quilograma-força), aproximadamente
 KN = 100 Kgf, aproximadamente
São exemplos de cargas acidentais: a ação dos ventos, a ação das chuvas, o peso dos veículos, o peso 
dos usuários, o peso do mobiliário etc.
Além da classificação quanto ao tempo de atuação, as cargas são classificadas também quanto à 
forma de distribuição. Existem cargas concentradas e cargas distribuídas.
As cargas concentradas ou pontuais são as cargas concentradas em um ponto. São exemplos de 
cargas permanentes concentradas: a carga do pilar sobre uma fundação, a carga de um pilar sobre uma 
viga etc. São exemplos de cargas acidentais concentradas: uma máquina ou um equipamento específico 
sobre uma laje, um cofre no meio de uma sala, uma estante de livros em uma biblioteca etc.
 Observação
É notável a importância do conhecimento dos tipos de carga pelo 
tecnólogo em segurança no trabalho. Por exemplo, quando da necessidade 
de alteração de um equipamento com carga representativa de um ponto ao 
outro numa fábrica, o profissional saberá identificar se aquele equipamento 
representa uma carga pontual e se a estrutura foi concebida para isso. 
Assim, no deslocamento para um novo local, o profissional saberá que 
precisará da consultoria de um arquiteto ou um engenheiro civil para uma 
avaliação técnica. Cabe ressaltar que isso não acontece só com referência 
a cargas, mas em qualquer alteração requerida em qualquer subsistema 
técnico da edificação.
As cargas distribuídas, como o próprio nome indica, são as cargas distribuídas em um trecho ou pela 
estrutura como um todo, podendo ser classificadas em uniformemente distribuídas ou variáveis.
As cargas uniformemente distribuídas são as cargas distribuídas em um trecho ou ao longo da 
estrutura de forma constante. São exemplos desse tipo de carga: o peso próprio de uma laje, o peso de 
uma alvenaria (parede) sobre uma viga etc.
23
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
As cargas variáveis, por sua vez, são cargas distribuídas de forma variável, ou seja, com intensidade 
diferente ao longo de sua superfície ou linha. São exemplos desse tipo de carga: carga em paredes de 
reservatório de líquido, carga de grãos a granel, empuxo de terra ou água, vento ao longo da altura 
da edificação etc.
As cargas também são classificadas pela sua geometria, podendo ser de superfície (cargas superficiais) 
ou ter geometria de linha (cargas lineares).
As cargas superficiais estão distribuídas na superfície. São exemplos desse tipo de carga: o peso 
próprio de uma laje, o peso próprio de revestimentos de piso etc.
 Lembrete
É importante notar novamente a relevância do conhecimento sobre 
cargas. A própria alteração em um revestimento de piso, por exemplo, pode 
representar uma sobrecarga indesejável. Os valores das cargas superficiais 
(dadas em KN/m2) são identificados na NBR 6120:2019.
As cargas lineares são distribuídas em linha. São exemplos desse tipo de carga: o peso de uma alvenaria 
sobre uma laje, o peso de uma alvenaria sobre uma viga, a pressão do vento exercida em uma mesma altura 
do edifício etc.
B) Principais materialidades da estrutura
•	 Concreto armado
O concreto armado é um material estrutural utilizado na construção civil obtido por meio da 
associação de concreto e aço. Os dois materiais aderidos suportam os esforços aos quais a 
estrutura é submetida.
O concreto simples, parte da composição do concreto armado, é composto basicamente por 
cimento, areia, água e aditivos – esses últimos adicionados quando da necessidade de, com o 
concreto ainda fresco, adquirir características específicas, como maior impermeabilidade após 
o endurecimento, resistência a sulfatos, entre outras.
O aço, na forma das armaduras, é essencial no concreto armado para atender à deficiência do 
concreto em suportar alguns tipos de esforço.
24
Unidade I
Figura 10 – Armadura de aço em estrutura de concreto
De forma resumida e para simples conhecimento, a associação desses dois materiais no concreto 
armado faz-se satisfatória por conta de alguns fatores básicos:
— O concreto simples e o açoatuam solidarizados na resistência aos esforços.
— Os dois têm coeficiente de dilatação parecidos.
— O concreto protege o aço contra a corrosão.
— Há boa aderência entre ambos.
 Observação
Como visto, o concreto protege o aço contra a corrosão. Uma patologia 
que ocorre em estruturas é a aparência de aço exposto e oxidado. Isso se dá 
pela ausência de cobertura de concreto. Quando dessa ocorrência, fazem-se 
necessárias a observância da patologia e a tomada de providências por parte 
de um profissional competente – um arquiteto ou um engenheiro civil.
O concreto armado pode ser tanto moldado in loco quanto pré-fabricado. Ou seja, tanto pode ser 
moldado, e por sua vez fabricado, na obra através de fôrmas de madeira ou metálicas quanto pode 
ter seus elementos (vigas, pilares e lajes) fabricados na indústria e montados na obra. Essa diferença 
na fabricação trará características físicas diversas identificadas na aparência da edificação.
•	 Aço
O aço é também utilizado como elemento estrutural independente. O uso do aço se dá pela 
sua característica de maior resistência que o concreto, sendo encontrado por diversas vezes 
25
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
em estruturas que necessitam de grandes vãos livres, como o caso de galpões, indústrias, 
supermercados e centros de distribuição. Os elementos estruturais pilares e vigas aparecem nas 
estruturas metálicas sob a forma de perfis industrializados associados às lajes de concreto ou lajes 
mistas de concreto e aço.
Infraestrutura
A parte dos subsistemas das estruturas conhecida como infraestrutura é composta pelas fundações. 
As fundações, como já mencionado, são partes das estruturas executadas com a finalidade de transferir 
ao solo as cargas exercidas pela edificação. O sistema é formado por elementos estruturais que ficam 
enterrados no solo, o qual deve ter resistência suficiente para suportar as cargas aplicadas.
As fundações, em primeira ordem, podem ser classificadas como diretas e indiretas. As fundações 
diretas são aquelas que transmitem os esforços provindos do pilar ou das paredes estruturais de 
forma direta ao solo, em sua superfície e, geralmente, em suas primeiras camadas. A fundação 
direta é conhecida também como fundação rasa. São exemplos desse tipo de fundação: sapatas, 
alicerces e radier.
Vista lateral
Grelha Radier
Seção tipo bloco Seção tipo sapata
SapataBloco
Viga de fundação ou sapata corrida
Figura 11 – Fundações diretas ou rasas
26
Unidade I
As fundações indiretas, conhecidas também como fundações profundas, são aquelas que transmitem 
os esforços ao solo de forma indireta, pela lateral da peça, ou seja, por atrito. São as fundações cujo 
comprimento sobressai à largura. Brocas e estacas são exemplos desse tipo de fundação.
A) B) C)
Figura 12 – Principais tipos de fundação profunda: (A) estaca; (B) tubulão; (C) caixão
2.1.2 Subsistemas dos fechamentos externos
Os subsistemas dos fechamentos externos são compostos pelas vedações, que podem ser classificadas 
como horizontais e verticais.
Vedações horizontais
As vedações horizontais, como fechamento externo, são entendidas como as coberturas. As 
coberturas tanto podem ser a própria laje estrutural, porém protegida das intempéries através de 
impermeabilização, quanto podem ser telhados que cobrem as lajes ou simplesmente telhados sem a 
presença de laje de cobertura.
Vedações verticais
As vedações verticais são formadas pelas paredes externas bem como pelos vedos das aberturas – as 
portas e janelas.
As paredes, quando da existência de um sistema estrutural convencional (lajes-vigas-pilares), têm a 
função apenas de vedação. Existem casos em que as paredes são estruturais, o que é conhecido como 
alvenaria estrutural.
As paredes externas, sejam elas estruturais ou não, podem ser formadas por diversas materialidades, 
como bloco de concreto, bloco ou tijolo cerâmico, painéis em concreto pré-moldado, painéis metálicos e 
27
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
painéis cimentícios. As várias materialidades (ou materiais de construção) serão vistas nas plantas 
e nos cortes de um projeto arquitetônico e terão formas distintas de representação dada a sua 
espessura e constituição.
Os vedos, compostos por portas e janelas, também aparecerão em diversas materialidades e em 
composições das mais variadas. Podem ser de abrir, de correr, apenas de ventilação, mistos etc. Em 
relação à materialidade, os vedos normalmente são constituídos por aço, madeira, alumínio, PVC ou 
vidro, podendo também figurar como complementos de ventilação das paredes na forma de elementos 
vazados de concreto, cerâmica ou louça.
Figura 13 – Elementos vazados
2.1.3 Subsistemas das subdivisões internas
Os subsistemas das subdivisões internas são compostos por elementos de divisão e sistemas de 
abertura interna. Ou seja, são constituídos pelas paredes (divisórias) e pelas portas e/ou janelas internas.
28
Unidade I
As paredes internas podem ser formadas por alvenaria de blocos de concreto ou de blocos ou tijolos 
cerâmicos. Podem ser estruturais, como visto antes, e podem, quando simplesmente de vedação, ser 
constituídas de blocos de gesso, estruturas mistas de perfis metálicos com placas de gesso acartonado 
(drywall), placas cimentícias, painéis de madeira e outras formas diversas. Em ambientes de escritório, as 
divisórias também podem configurar mobiliário, sendo consideradas em termos estruturais como carga 
acidental, e não como carga permanente, como os exemplos anteriores.
O conhecimento desses subsistemas e dessas materialidades é de suma importância para o 
tecnólogo em segurança no trabalho. As maneiras como se articulam os espaços e as possibilidades 
de alteração em função da não composição estrutural dos elementos de vedação é importante – por 
exemplo, para uma alteração em leiaute.
No subsistema das divisões internas, faz-se necessário incluir também os revestimentos, sejam eles 
verticais ou horizontais. Revestimentos de paredes (argamassados ou não) e revestimentos de teto 
(argamassados ou não), como um forro mineral ou um forro de gesso, trazem conforto e/ou aprimoramento 
estético e estão intimamente ligados a ergonomia, conforto acústico e segurança, podendo configurar, 
no entanto, risco ergonômico ou até risco de incêndio, já que alguns são combustíveis.
 Observação
Revestimentos argamassados são revestimentos à base de massa – por 
exemplo, uma textura. Revestimentos não argamassados são revestimentos 
sólidos, como forros de gesso, piso cerâmico e carpete.
2.1.4 Subsistemas das instalações
As instalações provisionam os serviços fundamentais para a edificação e são divididas de forma 
básica em instalações elétricas, instalações hidráulicas e instalações de esgoto (as duas últimas podem 
ser entendidas conjugadas na forma de instalações hidrossanitárias), e ainda podem existir outras, 
entendidas como subsistemas especiais e complementares, como o sistema de ar comprimido, de 
proteção e combate a incêndio e de gás.
O sistema hidráulico abastece a edificação de água potável. De forma geral, o abastecimento é 
proveniente de instalações públicas da concessionária, chegando ao reservatório que distribui as águas 
pelos ramais. Constantemente essa instalação é conjugada, em edifícios recentes, a um sistema de 
captação e reúso da água.
O sistema de instalações de esgoto é o responsável, através de sua tubulação, por remover dejetos 
e matéria orgânica. O sistema normalmente é interligado ao sistema de esgoto público provido pelas 
concessionárias, porém em alguns casos é interligado às fossas.
29
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Dentro do complexo hidrossanitário, encontra-se também o sistema de captação de águas pluviais. 
Esse sistema é dotado de caixas, calhas e condutores e cada vez mais, tendo em vista as condições de 
impacto ambiental, está interligado a um sistema de reúso de água. Muitas edificações ainda possuem 
um sistema integrado de coleta e reciclagemde lixo.
As instalações de gás também compõem o subsistema das instalações. Podem ser providas por 
abastecimento público (gás natural), dado pelas concessionárias, ou por instalações diretas privadas, 
pelo abastecimento por cilindros (GLP).
O sistema das instalações elétricas controla, protege e mede a energia elétrica fornecida pela 
concessionária. Em muitos casos, existem geradores nas edificações para garantir o abastecimento ou a 
continuidade no abastecimento. O sistema elétrico é o responsável por transferir energia aos sistemas 
de força, iluminação, segurança e lógica.
Quando o sistema de ventilação natural não é suficientemente atendido pelo projeto arquitetônico, 
torna-se necessário dotar a edificação de um sistema de ar condicionado ou ventilação artificial, tendo 
em vista a necessidade de conforto ambiental aos usuários. Existem diversos tipos de instalação de ar 
condicionado, cada um com uma especificidade para cada tipo de uso e/ou edificação. Em alguns casos, 
são somados sistemas de calefação.
 Observação
Todas as instalações possuem projeto próprio, e todo projeto de 
instalação é representado através de plantas, cortes e perspectivas. 
O tecnólogo em segurança no trabalho deve ter habilidade e competência 
para a leitura e a interpretação dessas peças gráficas.
2.1.5 Subsistemas especiais ou complementares
Entre os subsistemas especiais ou complementares destaca-se, principalmente em razão da aderência 
temática desse curso, o subsistema de combate a incêndio, cujo projeto é direcionado pelas instruções 
técnicas do corpo de bombeiros, a fim de garantir a detecção, o controle e a extinção do fogo.
O projeto de combate a incêndio não somente determinará as rotas de fuga, fundamentais na 
confecção dos mapas de risco, como apresentará todos os elementos constituintes do sistema, como 
sprinklers e portas corta-fogo.
Ainda nos sistemas complementares, podemos destacar sistemas mecânicos com projetos específicos, 
como os de circulação vertical (elevadores e escadas rolantes) ou os de circulação horizontal (esteiras), 
que conduzem usuários e mercadorias nas edificações.
30
Unidade I
 Resumo
Nesta unidade, vimos a importância da relação entre o desenho técnico 
e a segurança no trabalho. O espaço ou os ambientes são representados por 
desenhos técnicos, que comunicam as dimensões, as características espaciais, 
os revestimentos e a distribuição de equipamentos e mobiliário no espaço. 
Os desenhos técnicos devem obedecer às normas da NBR 6492:1994 e são 
compostos por plantas, cortes, elevações e eventualmente perspectivas.
Para o tecnólogo em segurança no trabalho, não é imprescindível 
saber desenhar, mas é importante saber ler os desenhos ou croquis e 
esboços. Nos casos em que é necessário analisar e interpretar os riscos 
ou conflitos na ocupação dos espaços e nos diversos tipos de atividade 
laboral, é imprescindível que esse profissional saiba que qualquer alteração 
para otimizar a segurança no trabalho deverá passar pelo profissional 
responsável pelo tipo de instalação. Assim, o tecnólogo em segurança 
no trabalho deve apontar os problemas. Quem deve solucioná-los é o 
profissional que os projetou.
A despeito de hoje a maior parte do material gráfico ser feita por 
computador, com o uso de softwares próprios para isso, é importante 
conhecer quais são os instrumentos de desenho e como são utilizados, 
uma vez que a maneira de representar os elementos construtivos, os 
equipamentos e o mobiliário não se modifica, porque deve seguir a norma.
Para entender o que está representado no desenho técnico, é necessário 
conhecer do que se constitui um edifício. Portanto, foram apresentados 
nesta unidade os elementos básicos de uma construção e seus subsistemas: 
subsistemas das estruturas (infraestrutura e superestrutura), subsistemas 
dos fechamentos externos, subsistemas das subdivisões internas, 
subsistemas das instalações e subsistemas complementares.
31
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
 Exercícios
Questão 1. As representações de um projeto arquitetônico são projeções em planos horizontais 
e verticais. No que se refere aos planos horizontais, encontramos a planta de cobertura, a planta de 
locação, a planta de situação e a planta baixa. Com relação aos planos verticais, usamos os cortes e as 
fachadas. Considerando os planos de representação, analise as afirmativas a seguir.
I – O corte é o plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, tanto no sentido 
longitudinal quanto no transversal.
II – As fachadas são planos externos da edificação. Define-se a profundidade pela espessura do traço. 
Nesse caso, não se usam cotas.
III – A planta baixa representa a vista superior do plano secante horizontal, localizado a 
aproximadamente 1,50 m do piso em referência.
Com base no exposto e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
A) Apenas as afirmativas I e III são corretas.
B) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
C) As afirmativas I, II e III são corretas.
D) Apenas a afirmativa I é correta.
E) Apenas a afirmativa III é correta.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: os cortes deverão permitir a compreensão de detalhes internos. Assim como a 
planta baixa, tratam de cortar a edificação, porém em planos verticais. É permitido, para melhorar a 
representação, criar cortes com desvio.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: as fachadas correspondem às projeções do objeto (no caso, a edificação) em diferentes 
planos ou vistas ortogonais.
32
Unidade I
III – Afirmativa correta.
Justificativa: na planta baixa, um plano horizontal faz o corte na habitação. A posição do plano de 
corte deve permitir a representação de portas e janelas. A altura mais comum adotada é igual a 1,50 m.
Questão 2. Com relação às ações das cargas que atuam em uma estrutura, elas podem ser classificadas 
em cargas permanentes, cargas variáveis e cargas oriundas de ações excepcionais. Assinale a alternativa 
que apresenta apenas cargas variáveis.
A) Peso próprio, incêndios e vento.
B) Cargas móveis e vento.
C) Incêndios, terremotos e furacões.
D) Paredes, variação de temperatura e sobrecarga.
E) Sobrecarga, maremotos e revestimentos.
Resposta correta: alternativa B.
Análise da questão
As cargas permanentes diretas são aquelas que atuam na estrutura independentemente de qualquer 
variação ambiental.
As cargas variáveis são aquelas que dependem das condições ambientais. Como exemplo, temos a 
ação do vento e das cargas móveis aplicadas na estrutura.
As cargas excepcionais são aquelas que atuam na estrutura quando um evento provoca cargas fora 
daquelas previstas para a utilização da edificação. Como exemplo, temos as cargas provocadas por 
incêndios, terremotos e furacões.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a única carga variável que aparece na alternativa é a oriunda da ação do vento. O peso 
próprio é uma carga permanente. Os incêndios provocam cargas excepcionais.
33
DESENHO TÉCNICO E PROJETOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
B) Alternativa correta.
Justificativa: as cargas móveis existentes na edificação e a carga oriunda dos ventos são cargas variáveis.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: todas as cargas apresentadas na alternativa são cargas excepcionais.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: as cargas das paredes são cargas permanentes.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: as cargas dos revestimentos são cargas permanentes.