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RAFAELLA BONFIM TXXIX DISTÚRBIOS DE COAGULAÇÃO As classes de fármacos empregadas em distúrbios de coagulação são: ✓ Antiagregantes plaquetários – AAS, clopidogrel, ticagrelor ✓ Anticoagulantes – varfarina, heparina, rivaroxabana, dabigatrana ✓ Trombolíticos – Estreptoquinase, altepase, tenecteplase Sistema fibrinolítico Antiagregantes plaquetários • Aas baixas doses o Usos clínicos Tromboprofilaxia (50-300mg) Indicações agudas – AVC trombótico em evolução, IAM o Contraindicações Hipersensibilidade Crianças com varicela ou outras viroses (Risco de Síndrome de Reye) Distúrbios hemorrágicos • Clopidogrel o Mecanismo de ação Pró-fármaco Modifica o receptor de ADP das plaquetas, impedindo sua sinalização e inibindo irreversivelmente a via de ativação de plaquetas dependentes de ADP o Usos clínicos Prevenção secundária de eventos ateroscleróticos em IAM AVE ou doença vascular periférica recentes Prevenção da trombose do stent (associado a AAS) o Efeitos colaterais Infecção do trato respiratório superior Dor no peito, cefaleia, artralgia, diarreira, depressão o Contraindicações Distúrbio hemorrágico ativo Anticoagulantes o Usos clínicos Tratamento imediato: heparina (injetável) Tratamento prolongado: utilização de varfarina ou um inibidor direto da trombina ou do Xa (v.o) Prevenção de TVP Embolia pulmonar Trombose em próteses valvares, e embolização em pacientes com fibrilação atrial Coagulação em circulação extracorpórea (hemodiálise) • Varfarina Protótipo dos anticoagulantes Afeta o metabolismo da vitamina K, tendo em vista a sua ação antagonista sobre essa vitamina, reduzindo a produção dos fatores de coagulação (II, VII, IX e X) É necessário monitor o tempo de protrombina (INR) Várias interações medicamentosas no nível de albumina e CYP Existe uma grande interação entre o clopidogrel e o omeprazol (que é metabolizado pelo CYP2C19) Geralmente ocorre uma perda dos efeitos benéficos do clopidogrel e um risco aumentado de outros casos de infarto RAFAELLA BONFIM TXXIX O efeito anticoagulante da varfarina pode ser reduzido por fatores como ganho de peso, diarreia, vômito, idade menor que 40 anos e consumo excessivo de vitamina K na dieta alimentar NOACs: Novos anticoagulantes orais • Rivaroxabana o Usos clínicos Coadministrado com AAS isoladamente ou com AAS + clopidogrel ou ticlopidina, é indicado para prevenção de eventos aterotrombóticos em adultos Após uma síndrome coronária aguda (SCA) com biomarcadores cardíacos elevados o Contraindicações Hipersensibilidade à substância ativa ou excipientes Hemorragia ativa ou risco de hemorragia Tratamento concomitante com outros anticoagulantes Doença hepática associada a coagulopatia e risco de hemorragia clinicamente relevante Gravidez e amamentação o Efeitos colaterais Hematológicos e do sistema linfático (anemia, trombocitopenia) Imunológicos – reação alérgica, dermatite alérgica Do sistema nervoso – tonturas, cefaleias, síncope, hemorragia cerebral e intracraniana Cardiopatias, taquicardia, vasculopatias, hipotensão, hematoma • O rivaroxabana, apixabana e edoxabana inibem a ativação da protrombina (II) pelo faotr Xa ligado ao fator Va na superfície de plaquetas ativadas • Andexanet sequestra estes NOACs, os quais deixam de inibir Xa Anticoagulantes parenterais: heparina e seus derivados Não são absorvidas por via oral A incidência de trombocitopenia é maior com heparina não- fracionada Diferentemente dos anticoagulantes orais, a heparina, a HBPM e o fondaparinux não atravessam a placenta e não foram associados a malformações fetais, razão pela qual são os fármacos de escolha para anticoagulação durante a gravidez. O paciente que faz uso de varfarina não precisa evitar a ingestão de alimentos com vitamina K, basta ter sempre a preocupação de não modificar drasticamente o consumo RAFAELLA BONFIM TXXIX Trombolíticos (fibrinolíticos) Estreptoquinase, alteplase, tenecteplase, reteplase São fármacos que ativam o plasminogênio em sua transformação para plasmina, a qual tem a capacidade para degradar a fibrina, o maior componente do trombo. Assim, na verdade, estes agentes devem ser chamados de agentes fibrinolíticos. • Estreptoquinase o Mecanismo de ação Forma complexo com plasminogênio endógeno, o qual ativado induz a formação de plasmina. A plasmina formada é uma potente enzima fibrinolítica que dissolve a matriz da fibrina contida no trombo, e consequentemente resultando em trombólise (fibrinólise). o Usos clínicos Principal: infarto agudo do miocárdio com elevação ST (o quanto antes melhor) Outros usos: trombose arterial e venosa, embolia pulmonar, oclusão de cateter o Considerações Por ser uma proteína extraída de culturas de estreptococos, pode desencadear resposta antigênica após doses repetidas; risco de anafilaxia diante de administração prévia. Como as ações trombolíticas são inespecíficas, pode haver fibrinólise sistêmica • Alteplase o Mecanismo de ação É um ativador de plasminogênio tecidual recombinante. Mais ativo sobre o plasminogênio ligado a fibrina do que sobre o plasmático, é considerado “seletivo para o coágulo”. Sua ação resulta na conversão de plasminogênio em plasmina, que promove a dissolução da fibrina do coágulo. o Vantagens Pouco antigênico; produz fibrinólise local (liga-se a trombos recém-formados) o Usos Clínicos Após IAM com elevação ST: diminui taxa de mortalidade Embolia pulmonar potencialmente fatal AVC isquêmico agudo Recanalização de artéria coronárias ocluídas; o Contraindicações: AVC hemorrágico recente Hipertensão grave não-controlada Sangramentos internos a8vos Cirurgias, trauma8smos há menos de 2 meses o Efeitos Colaterais Quando em doses farmacológicas pode produzir estado lítico sistêmico (hemorragia), sepse, arritmias, síndrome de embolia por colesterol Resumo da prescrição de alta pós-síndrome coronariana aguda sem supra de ST
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