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Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 1 Definição → Estuda o conjunto dos mecanismos de defesa do organismo contra antígenos. Divide-se em Inata e Adaptativa: Imunologia Inata Adaptativa Barreiras Inflamação Linfócitos Pele; acidez estomacal; lisozima; suor; epitélio ciliado do trato respiratório. Resposta não específica; mecanismo efetor da imunidade inata; sufixo “ite”; caracterizado pelos cinco sinais cardinais (dor, calor, rubor (vermelhidão), tumor (edema) e perda de função). B T Surge na medula óssea; sofre maturação (adição de receptor na membrana celular) na medula óssea; direcionado para os órgãos linfoides. Surge na medula óssea; sofre maturação (adição de receptor na membrana celular) no timo; direcionado para os órgãos linfoides. Divide-se em células de memória e plasmócito (efetor) – capaz de produzir anticorpo; tem como receptor o próprio anticorpo; não precisa de APC (células apresentadoras de antígenos) e produz citocinas. αβ→ CD4 (helper); precisa de APC MH2; divide-se em TH1 (imunidade celular contendo CD8 e macrófagos; ILS) e TH2 (imunidade humoral contendi células B, eosinófilos, mastócitos; combate parasitas; suprime o TH1; ILS). CD8 (citotóxico); combate células infectadas ou células neoplásicas MHC1; uso de perforinas γΔ→ Não agem por reconhecimento MHC: Regulador→ destrói linfócitos que reconhecem antígenos próprios TNK→ híbrido entre células T e células NK Linfócitos de memória Reação entre AG/AC (a célula deixa de ser virgem *naive*) Ativação Clones (Seleção clonal) Células efetoras Células de memória As células NK têm origem linfoide e atuam mais na resposta imune inata; reagem também a baixos níveis de MHC1; reação de resposta rápida; em reações de encontro com o mesmo antígeno apresenta propriedade adaptativa de memória. O linfócito B é denominado dessa forma por ter sido descoberto na Bursa de Fabricius (nas aves). O MHC é uma proteína de superfície membrana; está ausente nas hemácias; divide-se em MHC1 (identidade) e MHC2 (fabricado pelas APCs). Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 2 Reconhecimento na imunidade inata (próprio e não próprio) ❖ Receptores toll-like ➢ PAMPS (padrões moleculares associados à patógenos) ➢ LPS (substância estrutural de bactérias gram-negativas) ➢ Manose ➢ RNA dupla-hélice ❖ Fagocitose ➢ Ativação dos receptores toll-like ➢ Emissão de pseudópodes ➢ Englobamento do patógeno aprisionando-o dentro de uma vesícula formada pela própria membrana celular ➢ Lisossomos se acoplam a vesícula ➢ Lise do patógenos com reaproveitamento de partes do invasor para reconhecimento (memória celular) e a outra parte para descarte --------------------------------------------- -------------------------------------------- Inflamação ❖ Estímulo → infecção; trauma mecânico; temperatura (queimadura/geladura); agentes químicos; radiação (UV retarda o processo inflamatório); isquemia; necrose (máximo de lesão celular) ❖ Resposta vascular → vasoconstrição reflexa; liberação de histamina causando vasodilatação (promoção de mais oxigênio, maior diluição das toxinas; produção do fibrinogênio para a compartimentalização da inflamação; maior afastamento das células endoteliais ajudando no processo de diapedese); calor; rubor; tumor ❖ Resposta celular → inicialmente envolvendo os neutrófilos e posteriormente havendo a presença dos monócitos (sangue) que ao atravessarem para o tecido passam a ser macrófagos (dividindo-se em M1 com ação fagocitária e M2 com o debridamento/limpeza fisiológico); presença, em destaque, de proteínas como integrinas e selectinas na membrana celular; processo de marginalização; rolamento celular; diapedese; o neutrófilo no tecido não retorna para a circulação, morrendo e formando o pus. ❖ Substâncias envolvidas na inflamação (quimiotaxia+vasodilatação) ➢ Derivadas do plasma → bradicinas (dor) e derivadas do sistema complemento (opsonização) ➢ Derivadas de células → histamina, óxido nítrico (produzido pelas células endoteliais cuja ação é vasodilatadora); citocinas (quimiotáticas e que são produzidas pelas células imunológicas); quimiocinas (tipos de citocinas); eicosanoides (cox e lox) Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 3 https://www.slideserve.com/sharona/farmacologia-antiinflamat-rios-n-o-ester-ides https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjN46Sf7tbdAhXECpAK HeyHCl8Qjxx6BAgBEAI&url=http%3A%2F%2Fsoftwaremac.info%2Fde-%25C3%25A1cido- gammalinoleico.htm&psig=AOvVaw3eCd5Orpvi-QbMEfhcJE6Y&ust=1537989144345996 https://www.slideserve.com/sharona/farmacologia-antiinflamat-rios-n-o-ester-ides https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjN46Sf7tbdAhXECpAKHeyHCl8Qjxx6BAgBEAI&url=http%3A%2F%2Fsoftwaremac.info%2Fde-%25C3%25A1cido-gammalinoleico.htm&psig=AOvVaw3eCd5Orpvi-QbMEfhcJE6Y&ust=1537989144345996 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjN46Sf7tbdAhXECpAKHeyHCl8Qjxx6BAgBEAI&url=http%3A%2F%2Fsoftwaremac.info%2Fde-%25C3%25A1cido-gammalinoleico.htm&psig=AOvVaw3eCd5Orpvi-QbMEfhcJE6Y&ust=1537989144345996 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjN46Sf7tbdAhXECpAKHeyHCl8Qjxx6BAgBEAI&url=http%3A%2F%2Fsoftwaremac.info%2Fde-%25C3%25A1cido-gammalinoleico.htm&psig=AOvVaw3eCd5Orpvi-QbMEfhcJE6Y&ust=1537989144345996 Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 4 http://ibuprofeno20152016.wixsite.com/toxiffup/blank-2 ❖ Inflamação crônica → células multinucleadas; presença de células imaturas; infiltração por linfócitos; necrose tecidual; síndrome de resposta inflamatória sistêmica ou SIRS (bacteremia; lesão tecidual; redução da PA podendo causar choque). ❖ Prostraglandina → dor e febre. Glóbulos brancos (leucócitos): ❖ Granulócitos → neutrófilo; eosinófilo; basófilo ❖ Agranulócitos → linfócito e monócito (células de Kupfer; Dust cell (macrófago alveolar); célula de Hofbawer (macrófago da placenta); micróglia; histiócito; osteoclasto) ❖ Circulantes → granulócitos ❖ Não circulantes (residentes) → células dendríticas; mastócitos 4 http://ibuprofeno20152016.wixsite.com/toxiffup/blank-2 Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 5 Imunidade adaptativa: ❖ Terceira linha de defesa. ❖ Possui especificidade e memória. ❖ A grande célula envolvida é o linfócito. Hemocistoblasto (pluripotente) Progenitor mieloide Eritrócito Megacariócito Células da imunidade inata Progenitor linfoide Célula NK Linfócito B e T Li n fó ci to M o n ó ci to Eo si n ó fi lo B as ó fi lo N eu tr ó fi lo Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 6 Linfócito Surgimento Maturação Destino B Medula óssea Medula óssea Órgãos linfoides T Medula Óssea Timo Órgãos linfoides Órgãos linfoides: Primários (centrais) Secundários Medula óssea e timo (e no fígado fetal|) Linfonodos; vasos linfáticos; baço; MALT ❖ Medula óssea ➢ Hematopoiese → ao nascer (todos) e a vida adulta (ossos do quadril; vertebras; esterno; costelas) ➢ Fígado e baço → órgão hemocateréticos e hematopoiéticos (ação reduzida quando comparada a MO) ➢ Residência para os linfócitos T e B virgens ❖ Timo ➢ Local de maturação dos linfócitos T ➢ Mediastino superior anterior ➢ Inicia e atrofia após a puberdade ➢ Peso→ 35 a 40g criança (4-6cm) e 6g idoso ➢ Na radiografia infantil observa-se imagem em vela de barco ➢ Na fase adulta atrofia e é substituído por tecido fibro adiposo ➢ Presença de células reticulares epiteliais (barreira hemato-tímica; MHC1 E MHC2;corpúsculo de Hassall) e timócitos (linfócitos T imaturo) ➢ Divide-se em córtex e medula ➢ Os timócitos descartados são fagocitados pelos macrófagos do córtex do timo ➢ Produz quatro hormônios parácrinos (usado pelas células vizinhas) → timosina; timopoetina; timulina; fator tímico ➢ Efeito hormonal → corticosteroides (reduz as células T); tiroxina (manutenção das células timulares e produção da timulina); somatotrofina (desenvolvimento das células T) ➢ Involução tímica ➢ Síndrome de DiGeorge → criança nasce sem timo ➢ Miastenia gravis → adultos jovens (hiperplasia tímica) e idosos https://www.slideshare.net/labimuno/selecao-timica/6 https://www.slideshare.net/labimuno/selecao-timica/6 Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 7 https://www.slideshare.net/labimuno/selecao-timica/6 Obtida da aula de imunologia do canal Teoria da Medicina ❖ Vasos linfáticos ➢ Importância para o sistema circulatório e imunológico ➢ Drenam fluidos dos tecidos (linfa) ➢ Não possuem bombas ➢ Possuem válvulas (semelhantes as veias) ➢ Acompanham grandes vasos ➢ Não é um sistema fechado, pois a capitação de linfa vai ocorre no meio de qualquer tecido ➢ Possui dois ductos → direito (despeja na veia subclávia direita) e torácico (despeja na veia subclávia esquerda) ❖ Linfonodos ➢ Pode variar de 1mm-25mm ➢ Encontra-se no pescoço, axilas, região inguinal, região poplítea e ao longo de grandes vasos ➢ Purifica(filtra) a linfa chegando ao linfonodo pela região aferente e saindo na eferente ➢ Folículo → córtex (células B virgens); paracórtex (células T virgens); medula ➢ Folículo primário e secundário (centro germinativo com zona escura (centroblastos), zona clara (centrócito) zona marginal (células B de memória); plasmócitos (medula) https://www.slideshare.net/labimuno/selecao-timica/6 Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 8 Obtida da aula de imunologia do canal Teoria da Medicina ❖ Baço ➢ Localizado no quadrante esquerdo do abdome entre a 9-11 arco costal ➢ Maior quantidade de tecido linfoide do carpo ➢ Divide-se em popa branca e popa vermelha ➢ Órgão hemocaterético ➢ Popa branca → funciona como um linfonodo gigante (anticorpos) na proteção contra germes encapsulados ➢ Os anticorpos produzidos são usados para marcar essas bactérias, que são fagocitadas (em sua maioria no próprio baço) ❖ MALT ➢ Tecido linfoide associado a mucosa ➢ Pode ser organizada (tonsilas) ou não organizada ➢ Funcionam de forma semelhante aos linfonodos ➢ GALT → placas de Peyer ➢ BALT → brônquios ➢ CALT → conjuntiva ➢ SALT → pele ➢ Tonsilas → palatina (amigdala); farígea (adenoide); tubária; lingual (juntas formam o anel de Waldeyer) http://www.golamir2act.pt/como-funciona-a-garganta/ http://www.golamir2act.pt/como-funciona-a-garganta/ Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 9 MHC ❖ Major Histocompatibility Complex ou complexo principal de histocompatibilidade (MHC) → é uma molécula de superfície da célula para reconhecimento entre células; em humanos o MHC podem ser chamados de HLA (human leucocyte antigen) ❖ MHC → são encontrados nos genes do cromossomo 6; padrão hereditário de codominânica; genes polimórficos; se apresenta por tempo mínimo (quando ligado a Ag proteico, pois não se liga a outras estruturas); formado pelo retículo endoplasmático https://slideplayer.com/slide/8648149/ https://pt.slideshare.net/MessiasMiranda/processamento-e-apresentao-de-antgenos ❖ MHC1 ➢ Células nucleadas ➢ Interage com os linfócitos TCD8 ➢ Formado por três subunidades alfa e uma beta microglobulina; na parte apical possui uma fenda onde ocorre a interação entre os antígenos (próprio ou não próprio) https://slideplayer.com/slide/8648149/ https://pt.slideshare.net/MessiasMiranda/processamento-e-apresentao-de-antgenos Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 10 ➢ Importante para a detecção de parasitas intracelulares ➢ Destaque em transplantes e doenças autoimunes (não existe MHC igual entre indivíduos distintos) ❖ MHC2 ➢ Células APCs ➢ Interage com os linfócitos TCD4 ➢ Formado por duas subunidades alfa e duas subunidades beta; na parte apical possui uma fenda onde ocorre a interação entre os antígenos ➢ Via endocítica ➢ Agentes extracelulares ➢ Fagolisossomo interage com o MHC2 ❖ MHC3 ➢ Relaciona-se com as proteínas do sistema complemento otimizando seu funcionamento e as citocinas TNF α e TNF β ❖ MHC4 ➢ Função ainda inespecífica/desconhecida. Antígenos e anticorpos ❖ Anticorpo (imunoglobulina) → proteína em forma de Y produzida pelos plasmócitos (linfócitos b amadurecidos) e utilizada em diversas funções no sistema imunológico; pode ser encontrado livre no sangue ou com receptor de superfície do linfócito B (ativação e produção de mais anticorpos – expansão clonal); o local de ligação com o Ag é na porção apical da região variável; o local de ligação com o fagócito é na porção basal da região constante ➢ Opsonização → o anticorpo cobre o patógeno e outra partículas consideradas invasoras para que sejam mais facilmente reconhecidos pelos fagócitos; eles sinalizam os patógenos tornando-o mais visível para ser fagocitado; facilitando a ação dos fagócitos ➢ Neutralização → os anticorpos preenchem os receptores de superfície em um vírus ou local de ativação de enzima microbiana para impedir o seu funcionamento patogênico do organismo invasor ➢ Aglutinação → os anticorpos se agregam e juntam várias células e um aglomerado (ex. tipagem sanguínea) ➢ Fixação do complemento → os anticorpos fazem a ativação da via clássica que resulta em ruptura de células e vírus, entre outros fatores ➢ Precipitação → agregação de antígenos em partículas https://www.pinterest.pt/pin/787567053557867137/ ✓ Cadeia leve tem a cadeia capa e a cadeia lambda. ✓ Cadeia pesada define o tipo de anticorpo. https://www.pinterest.pt/pin/787567053557867137/ Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 11 https://www.istockphoto.com/jp/%E3%83%99%E3%82%AF%E3%82%BF%E3%83%BC/%E5%85%8D%E7%96%A B%E4%BD%93%E3%81%AE%E5%88%86%E9%A1%9E-gm499405223-42424428 ➢ IgG → monômero produzido pelos plasmócitos e células de memória; mas prevalente; atravessa a placenta ➢ IgD → monômero; apenas serve como receptor em células B; não é um anticorpo circulante ➢ IgE → monômero envolvido em reações alérgicas e infecções parasitárias ➢ IgA → mono circula no sangue e o dímero encontra-se nas secreções mucosas e serosas (leite materno) ➢ IgM → pentâmero sendo a primeira classe produzida quando se encontra um novo antígeno (grande, captura vários antígenos) ❖ Antígeno → são substâncias que provocam resposta imune em linfócitos específicos; a propriedade de se comportar como antígeno é denominada antigenicidade (definida por tamanho, formato, acessibilidade daquela proteína e estranheza ao próprio); são percebidos com estranhos, que não pertencem ao corpo; geralmente células estranhas e moléculas grandes são ais antigênicas ➢ Epítopo (ou determinante) → grupo molecular pequeno que é reconhecido por linfócitos; é a “digital” do patógeno; um só antígeno pode possuir muitos epítopos diferentes ➢ Haptenos → moléculas pequenas que não causam resposta a não ser quando estão presas a outras substâncias (ex. reação alérgica por uso de bijuteria pela associação de átomos e outras moléculas do plasma; o ouro e a prata não causam isso , pois seus átomos são maiores e não conseguem ultrapassar a membrana e se associar a moléculas do plasma) ➢ Aloantígenos → marcadores de superfície celular que ocorrem em alguns membros da mesma espécie, mas não em outros (ex. transplante) ➢ Superantígenos → estimulantes potentes de células T que provocam respostaimunológica exacerbada (ex. síndrome do choque tóxico) ➢ Alérgeno → antígeno que provoca reação alérgica (e até choque anafilático) ➢ Autoantígeno → moléculas próprias que causam reação imunológica (ex. doença autoimune) ➢ Correlações clínicas → anticorpos monoclonais (preparação pura de anticorpos; usado em diagnóstico, identificação de patógenos e tratamento- medicamentos e vacinas); uso para diagnósticos de doenças infecciosas através da sorologia; imunomoduladores ✓ γ → IgG ✓ δ → IgD ✓ α → IgA ✓ μ → IgM ✓ ε → IgE Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 12 reduzindo os efeitos colaterais e ação mais específica(tratamento); exemplos de medicamentos (trastuzumabe, bevacizumabe, palivizumabe, rituximabe) ➢ Resposta imunológica → exposição; 10-12 dias para iniciar a produção de IgM (período “lag”, enquanto você está doente) para depois produzir a IgG; na segunda exposição a produção de IgM e IgG já é iniciada nos primeiros 3 dias (resposta anamnésica) https://www.passeidireto.com/arquivo/26229840/imunologia--aula04 Sistema complemento ❖ Define-se como um conjunto de 30 proteínas inativadas circulantes na corrente sanguínea; faz parte da imunidade inata pela sua inespecífica, mas às vezes precisa da reação antígeno- anticorpo para ser ativado; causa lise de células infectadas e patógenos além de potencializar a resposta inflamatória ❖ O sistema complemento desencadeia uma cascata de reações que leva ao MAC (complexo de ataque à membrana) causando furos na membrana celular do patógeno e que leva a lise osmótica ❖ No sistema complemento tudo é reaproveitado e o que não é usado diretamente no MAC é utilizado para opsonizar e fazer quimiotaxia Via terminal comum Via clássica Via alternativa Via das lectinas MAC https://www.passeidireto.com/arquivo/26229840/imunologia--aula04 Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 13 http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter2.htm ❖ Existem três vias: ➢ Clássica → dependente da participação de anticorpos (IgM ou IgG); C1q se liga à fração constante do anticorpo gera a ativação dos fragmentos C1r e C1s que clivam os http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter2.htm Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 14 fragmentos C2 e C4; os fragmentos C4a e Cb juntam-se e ficam na membrana plasmática (o resto dos fragmentos vão pra corrente sanguínea); essa junção denomina-se C3 convertase; C3a sai para sangue e C3b (importante opsonina) na membrana e se junta a C3 convertase fazendo a C5 convertase; C5 convertasee cliva C5 em C5a que vai para o sangue e a C5b permanece na membrana (para atrair outras proteínas para formar a MAC); C5b junta C6, C7 C8 e vários segmentos de C9 para formar o MAC; com ele pronto inicia a lise celular do patógeno; C3a (importante anafilotoxina – atrai mastócitos e basófilos que liberam histamina) e C5a (importante anafilotoxina e quimiotaxia) ➢ Alternativa → ocorre na ausência da interação antígeno-anticorpo; a C3 é clivada naturalmente na circulação resultando na hidrólise ou da ligação em superfície bacteriana com o fator B; o fator B é clivado pelo fator D em Bb e Ba; a Ba é jogada na corrente e a Bb permanece associada com a C3b, formando a C3 convertase da via alternativa; mais um C3b se associa e corma a C5 convertase da via e as reações subsequentes são iguais a via clássica ➢ Via das lectinas → ocorre na ausência da interação antígeno-anticorpo; é iniciada pela ligação da lectina ligadora de manose (é um PAMP) na própria manose, que se encontra na superfície de fungos e bactérias; as reações subsequentes são iguais a via clássica (cliva C2, C4...) Citocinas ❖ Visão geral ➢ As citocinas são proteínas mediadoras da resposta imune ➢ Antigamente eram definidas de acordo com a célula que a produz → monocinas (fagócitos mononucleares; maiores produtores) e linfocinas (linfócitos); cai por terra, pois várias outras celular podem produzir citocinas ➢ Atualmente, diz-se apenas citocina pois qualquer célula do corpo é capaz de produzi-las; não são ferramentas usadas apenas pelo sistema imune ➢ Apresentam quatro propriedades → pleiotropismo (tem a capacidade de agir em diferentes locais do corpo e produzir efeitos diversos em cada local) ; redundância (acontece quando citocinas diferentes produzem o mesmo efeito); sinergismo (quando o efeito isolado de citocinas é menor sozinhas quanta a ação conjunta); antagonismo (contrário do sinergismo, uma citocina anula a ação de outra) ➢ A secreção das citocinas ocorre em um evento breve, autolimitado e não são armazenadas; rapidamente secretadas assim que são produzidas (pois os RNAs responsáveis são instáveis) Interleucina (IL) Interferons (INF) Fator de necrose tumoral (TNF) Quimiocinas Eritropoetina Fatores estimuladores de colônia Fatores de transformação de crescimento (TGF) ➢ Classificação das citocinas: ▪ Local de ação → local (autócrina ou parácrina) ou sistêmica ▪ Quanto ao tipo de imunidade (classificação funcional) → citocinas da imunidade inata e citocinas da imunidade adaptativa Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 15 ➢ Interleucinas (IL) → produzida por leucócitos existindo a sua produção em outras células; são citocinas que agem em leucócitos http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=2315&fase=imprime ➢ Interferons (INF) → INF 1 (constituído pelo alfa e beta) e INF (constituído pelo gama) ➢ Fator de necrose tumoral (TNF) → constiuido pelo alfa e beta ➢ Quimiocinas→ causam quimiotaxia ➢ Eritropoetina→ hormônio produzindo no rim que é regulado pela concentração de oxigênio ➢ Fatores estimuladores de colônia → estimulam outras séries celulares da medula óssea crescerem http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=2315&fase=imprime Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 16 ➢ Fatores de transformação de crescimento (TGF) → envolvidos na maturação e maquinaria celular ❖ Citocinas da imunidade inata ➢ Produzidas pelos fagócitos estimulados por produtos bacterianos ➢ Agem em células endoteliais e leucócitos ➢ Reações inicias ➢ Principais citocinas envolvidas → TNF, IL-1, IL-12, INF tipo 1 (alfa e beta) ➢ Podem ser denominadas de citocinas inflamatórias https://slideplayer.com.br/slide/43783/ ➢ TNF α → principal mediador da resposta inflamatória de bactérias gram negrativas; traz complicações sistêmicas graves quando ocorre infecção exacerbada; inicialmente chamado caquexina (induz apoptose em adipócitos); imprescindível para resposta imunológica adequada; sua principal função é o recrutamento de neutrófilos e linfócitos para o local; produzidos inicialmente pelos macrófagos em baixas quantidade para ação parácrina agindo sobre as células epiteliais e a e causando quimiotaxia e diapedese dos neutrófilos locais; é quem propicia a inflamação inicial local; em uma inflamação crônica ocorre o aumento da sua produção causando efeitos sistêmicos (febre; aumento das proteínas de fase aguda – fibrinogênios, opsonina (PCR) e proteínas do complemento; liberação das células da medula óssea); se a inflamação se mantiver por muito tempo pode causar efeitos negativos até risco de choque ( diminuição do débito cardíaco e bloqueio de glicogenólise no fígado), dificuldade de perfusão rim/pulmão acontecendo caso tenha uma neoplasia maligna; risco de trombose por alterações do endotélio e distúrbios metabólicos graves ➢ IL-1 → semelhante ao TNF sendo mediador da inflamação e de fagócitos mononucleares (macrófago); secretado em baixa concentração (mediador de inflamação local); age no endotélio para promover adesão; quando cai na circulação sistêmica causa efeitos parecidos ao TNF ➢ IL-12→ principal mediador da resposta inicial contra microrganismos intracelulares; indutor da imunidade adaptativa; fagócitos mononucleares e células dendríticas são recrutadas; é a ponte entre a imunidade inata e a adaptativa; estimula a transformação do TCD4 em Th1 https://slideplayer.com.br/slide/43783/ Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 17 ➢ INF tipo 1→ pode ser produzido por qualquer célula no organismo; possui a capacidade de produção definida geneticamente; inicia a produção ao entrar em contato com vírus; primeira célula infectada é quem inicia a produção (expansão clonal); primeira ação parácrina e segunda ação autócrina (estimular a expressão do MCH1) ➢ IL-10 e IL-6 → anti-inflamatórias; inibem a produção do MHC2; IL-6 age no hepatócito para inibir macrófagos quando não há mais infecção ➢ IL-15 e IL-18 → ajudam na produção de vários tipos celulares ❖ Citocinas da imunidade adaptativa ➢ São produzidas pelos linfócitos T em resposta ao reconhecimento de antígenos ➢ Induzem as diversas diferenciações que ocorrem das células da imunidade adaptativa (crescimento e diferenciação) ➢ Principais citocinas → IL-2, IL-4, IL-5, INF tipo 2 ➢ IL-2 → fator de crescimento para linfócitos T; realiza a expansão clonal das células após o reconhecimento antigênico (promove a continuação do ciclo celular); diferenciação e proliferação de outras células (ex. linfpocitos B e células NK); também induz a apoptose de células T ativadas por antígenos; produz principalmente pelo linfócito TCD4; primeira ação autócrina (expansão clonal) ➢ IL-4 → citocina anti-inflamatória (faz inibição dos macrófagos); induz a transformação dos linfócitos TCD4 em Th2; estimula a produção de IgE e IgG pelo linfócito B ➢ INF tipo 2 → ativa macrófagos e potencializa a sua atividade; estimula a produção de IgG e IgM pelo linfócito B; aumenta a expressão do MHC2 pelas células APC; induz a transformação do linfócito TCD4 em Th1 ➢ Citocinas reguladoras da hematopoiese → EPO; trombopoetina; fatores de diferenciação de colônia; IL-7, IL-3, IL-6, IL-5 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwj83On4rtfdAhUDj5AKH U_xC28Qjxx6BAgBEAI&url=https%3A%2F%2Fwww.sciencedirect.com%2Fscience%2Farticle%2Fpii%2FS0022202X15 529746&psig=AOvVaw20AnIdpPYtO-D1MtbePYhG&ust=1538006503162408 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwj83On4rtfdAhUDj5AKHU_xC28Qjxx6BAgBEAI&url=https%3A%2F%2Fwww.sciencedirect.com%2Fscience%2Farticle%2Fpii%2FS0022202X15529746&psig=AOvVaw20AnIdpPYtO-D1MtbePYhG&ust=1538006503162408 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwj83On4rtfdAhUDj5AKHU_xC28Qjxx6BAgBEAI&url=https%3A%2F%2Fwww.sciencedirect.com%2Fscience%2Farticle%2Fpii%2FS0022202X15529746&psig=AOvVaw20AnIdpPYtO-D1MtbePYhG&ust=1538006503162408 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwj83On4rtfdAhUDj5AKHU_xC28Qjxx6BAgBEAI&url=https%3A%2F%2Fwww.sciencedirect.com%2Fscience%2Farticle%2Fpii%2FS0022202X15529746&psig=AOvVaw20AnIdpPYtO-D1MtbePYhG&ust=1538006503162408 Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 18 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjllsKAr9fdAhXDQZAKH U0lC4UQjxx6BAgBEAI&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Ffigure%2FEffector-T-cell-differentiation- Th1-Th2-Th17-and-TFH-the-expression-of-transcription_fig1_221812736&psig=AOvVaw20AnIdpPYtO- D1MtbePYhG&ust=1538006503162408 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjllsKAr9fdAhXDQZAKHU0lC4UQjxx6BAgBEAI&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Ffigure%2FEffector-T-cell-differentiation-Th1-Th2-Th17-and-TFH-the-expression-of-transcription_fig1_221812736&psig=AOvVaw20AnIdpPYtO-D1MtbePYhG&ust=1538006503162408 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjllsKAr9fdAhXDQZAKHU0lC4UQjxx6BAgBEAI&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Ffigure%2FEffector-T-cell-differentiation-Th1-Th2-Th17-and-TFH-the-expression-of-transcription_fig1_221812736&psig=AOvVaw20AnIdpPYtO-D1MtbePYhG&ust=1538006503162408 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjllsKAr9fdAhXDQZAKHU0lC4UQjxx6BAgBEAI&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Ffigure%2FEffector-T-cell-differentiation-Th1-Th2-Th17-and-TFH-the-expression-of-transcription_fig1_221812736&psig=AOvVaw20AnIdpPYtO-D1MtbePYhG&ust=1538006503162408 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjllsKAr9fdAhXDQZAKHU0lC4UQjxx6BAgBEAI&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Ffigure%2FEffector-T-cell-differentiation-Th1-Th2-Th17-and-TFH-the-expression-of-transcription_fig1_221812736&psig=AOvVaw20AnIdpPYtO-D1MtbePYhG&ust=1538006503162408 Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL REVISÃO DE IMUNOLOGIA 19 https://sites.google.com/site/cureankylosingspondylitis/research/th1-vs-th2-and-autoimmunity https://sites.google.com/site/cureankylosingspondylitis/research/th1-vs-th2-and-autoimmunity
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