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Rua Leonardo Mota, 1515 - Aldeota – Fone 55 85. 3878 7300 – Fax 55 85. 3261 5766 – Site: www.cmgb.com.br – CEP 60170-040 – Fortaleza/CE RRHH EESSTTRRAATTÉÉGGIICCOO Nos diversos trabalhos que realizo nas organizações, percebo a necessidade de se desenvolver um RH Estratégico, onde as decisões devem ser compartilhadas e os resultados efetivos. Sabemos que atualmente, o termo “RH Estratégico” vem sendo utilizado pelos profissionais de Recursos Humanos das grandes empresas, mas, para alguns, RH Estratégico ainda está longe de acontecer. Vivemos uma época de mudanças constantes em toda a estrutura da organização, e Recursos Humanos não podia deixar de repensar seu papel. Deixa de ser um RH de produção e passa a ser um RH de estratégias. As empresas que estão com a área de RH no nível estratégico, segundo Sebastião Guimarães, valorizam o capital humano e obtém resultados expressivos. Mas, o caminho para um RH verdadeiramente estratégico, com assento na diretoria e participação nas decisões, é árduo e está apenas no seu início. O processo de um RH Estratégico visa à inovação e a introdução de melhorias, sejam elas no desenvolvimento de um novo produto ou processo, na elaboração de uma nova estrutura, na formação ou desenvolvimento de uma equipe, na implementação de um plano, ou mesmo, na adequação dos comportamentos existentes na organização. É dentro desse conceito de um RH como órgão de Assessoria e não como um Departamento, que se constrói uma equipe coesa e preparada para atender a demanda da organização na concepção de seu Negócio. O RH precisa participar das decisões da empresa, desde o planejamento estratégico, para obter, juntamente com as outras áreas da empresa, vantagem competitiva. Hoje o RH precisa ter concentração no core business; ter ênfase nos objetivos e resultados da empresa; além de gerenciar vários processos relacionados à gestão das pessoas. Rua Leonardo Mota, 1515 - Aldeota – Fone 55 85. 3878 7300 – Fax 55 85. 3261 5766 – Site: www.cmgb.com.br – CEP 60170-040 – Fortaleza/CE Guimarães lembra que sem foco na estratégia, não há como alinhar a gestão de pessoas com os objetivos organizacionais. Enquanto RH tradicional, o foco está na execução das muitas atividades, principalmente operacionais, que podem ser delegadas, terceirizadas ou simplesmente eliminadas. Tomar essa decisão significa liberar tempo para que os profissionais de Recursos Humanos invistam no seu foco principal. O grande desafio do empresário moderno é a busca contínua de mudanças com a finalidade de aumentar a competitividade da empresa neste mercado globalizado. E as organizações que querem se diferenciar no mercado buscam por qualidade, produtividade, redução de custos, de tempo, profissionais com foco em resultados e, para isso, procuram se valer de um RH Estratégico, na figura de um profissional que, supõe-se, tenha um maior conhecimento do “negócio”, o que é de fundamental importância para a intervenção ou implantação de mudanças organizacionais. Surge, então, a figura do Consultor Interno de Recursos Humanos que, inteirado das necessidades da organização e acompanhando o planejamento estratégico de RH, leva aos clientes internos ferramentas operacionais, técnicas e também educacionais para que a organização trabalhe de forma a buscar sempre, e mais, sua posição de destaque no mercado global. A Consultoria Interna de Recursos Humanos vem ao encontro das diversas mudanças que tem ocorrido nas organizações, que buscam modelos que visam sistematizar e implantar ações que permitam mudança de paradigmas, de posturas, priorizando o bom desempenho e o resultado da organização, sendo o consultor interno um meio para alcançá-lo. Observando a situação atual, algumas empresas ainda apresentam comportamentos que justificam um desempenho operacional pouco efetivo, com resultados parcos e um corpo funcional pouco profissional. A eliminação destes limitadores, a partir do trabalho do consultor interno, pode reverter o resultado, onde o comportamento do corpo funcional passa a ser mais assertivo e Rua Leonardo Mota, 1515 - Aldeota – Fone 55 85. 3878 7300 – Fax 55 85. 3261 5766 – Site: www.cmgb.com.br – CEP 60170-040 – Fortaleza/CE profissional, reafirmando que as pessoas que ali trabalham têm capacidade e competência para bem exercer suas funções. Os resultados para a empresa só acontecerão em um médio e longo prazo, pois lidar com mudança de comportamento, valores, hábitos adquiridos, que, muitas vezes, são estimulados pelos próprios empresários, exigem um tempo de maturação para a geração de novos conceitos e valores profissionais, e até pessoais. Pedro Paulo Iannini, autor do livro “Cliente & Consultor: uma parceria para o desenvolvimento Organizacional” diz que o motivo básico da utilização dos serviços de consultoria é a procura de um melhor desempenho, seja na empresa como um todo, seja em áreas específicas. Estudos realizados nos Estados Unidos no século passado apontavam para uma utilização maciça da consultoria interna. Segundo a revista Fortune, cerca de 80% das 500 maiores empresas, possuem de alguma forma, consultores internos. A figura do consultor interno só tem razão de ser quando existe um RH Estratégico que vislumbra, analisa, propõe e executa ações focadas no desenvolvimento do negócio da empresa. Para tanto, o RH, enquanto órgão de Assessoria precisa participar do Planejamento Estratégico da Organização como complementar da visão sistêmica e conhecimento profundo das reais necessidades e potencialidades da empresa, auxiliando, assim, no direcionamento mais seguro para a busca de resultados efetivos a partir das pessoas que ali trabalham. Diversos autores enfocam a consultoria como sendo, fundamentalmente, “um método de melhoria das práticas de gerenciamento das organizações”. Alguns especialistas vêem a consultoria como um serviço independente, imparcial, de esforços conjuntos e de aconselhamento. Alegam que ela deve prover o cliente de instrumentos para dinamização de seus negócios. O consultor interno de RH pode ser alguém da empresa, de diversas áreas, com grande potencial e competências desenvolvidas que recebe treinamento Rua Leonardo Mota, 1515 - Aldeota – Fone 55 85. 3878 7300 – Fax 55 85. 3261 5766 – Site: www.cmgb.com.br – CEP 60170-040 – Fortaleza/CE especializado para atuar como consultor, e está melhor preparado para assumir funções mais sofisticadas de consultoria interna. Este é um modelo que reúne especialistas altamente identificados com o negócio da empresa, prestando ajuda a um ou vários clientes, situados em qualquer ponto da organização. O consultor está em posição de ter alguma influência sobre um indivíduo, um grupo ou uma organização, mas não tem o poder direto para produzir mudanças ou programas de implementação, sendo o cliente a pessoa que o consultor quer auxiliar, ajudando-o a descobrir suas respostas para as dificuldades encontradas. O fato é que as mudanças e transições, quando mal conduzidas, acabam levando muito mais tempo e envolvendo mais gastos do que qualquer um poderia prever, além de desgastes desnecessários nas pessoas envolvidas. Alguns autores falam sobre as vantagens e desvantagens da Consultoria Interna de RH, alegando que, pelo fato de fazer parte integrante da empresa, de ter conhecimento dos aspectos informais da empresa, tendo maior acesso às pessoas, participar efetivamente na avaliação e no controle do processo do trabalho e, talvez, algum poder informal sobre eles, isto viria a facilitar seu trabalho de consultor. Mas, ao mesmo tempo, os mesmos autores alertam para as desvantagens nesta forma de atuação: “menor aceitação dos escalões superiores da empresa; geralmente tem menos experiência e menor liberdade de dizer e fazer as coisas”. O que podemos perceber é que o consultor internofaz parte do sistema e, encontra-se em algum “lugar” na hierarquia de poder e é influenciado pelas políticas e cultura da empresa. Lembremos que ele tem um superior imediato a quem deve satisfação, e que seu departamento tem um cronograma de ações que precisa acontecer impreterivelmente. Um dos pontos que mais tenho trabalhado nas organizações diz respeito ao lado emocional das pessoas que impregnam a organização de vínculos afetivos e reações passionais. As pessoas, com o passar do tempo tornam-se naturalmente Rua Leonardo Mota, 1515 - Aldeota – Fone 55 85. 3878 7300 – Fax 55 85. 3261 5766 – Site: www.cmgb.com.br – CEP 60170-040 – Fortaleza/CE “íntimas” dos demais, conhecendo cada reação do outro e sabendo como “lidar” com ele. O Consultor Interno, por mais controle que tenha, é um membro da organização e, por esta razão, está envolvido emocionalmente com ela. E isto é natural. Ele já faz parte da história da empresa, pois possui vínculos de amizade com outras pessoas, às vezes até com a própria direção da organização. Ele também tem opinião formada sobre a cultura e clima da organização, e isto pode lhe dificultar o acesso a alguém ou de alguém. O fato de fazer “parte do sistema” traz pequenos dissabores para o Consultor Interno, porque, apesar de ser competente e de ter conhecimentos e informações suficientes para conduzir um projeto dentro da empresa, ele não teria as mesmas condições de imparcialidade que são vitais para se estabelecer um clima de confiança e abertura para gerar espontaneidade nas respostas. Outro ponto a se considerar está em seu relacionamento com os demais, pois ao definir uma ação estratégica e repassá-la a um par ou mesmo um superior, talvez não tenha força suficiente para fazê-los entender que ali ele é o Consultor e que está exercendo uma função com metas a alcançar. O Consultor poderá sofrer algum tipo de pressão por parte dos demais, por não aceitarem de imediato sua atuação. Caso não seja bem trabalhado e amadurecido este papel na organização, o Consultor pode não ter abertura por parte dos colaboradores que virão nele um ”espião”. Pode se tornar muito difícil seu trabalho e prejudicar os resultados finais. Apoiar as empresas e pessoas na administração das transições é uma área de especialização que somente agora começa a ser procurada pela maioria das empresas, que percebem, a cada dia mais claramente, que o problema maior para mudar não está no objeto da mudança, mas no veículo que as faz acontecer, ou seja, as pessoas. Para serem estratégicos, os profissionais de RH precisam desenvolver as competências necessárias para atuar nesta função. Investir no treinamento dos profissionais de RH é uma necessidade essencial a ser suprida pelas organizações que desejam implementar as normas de gestão. Rua Leonardo Mota, 1515 - Aldeota – Fone 55 85. 3878 7300 – Fax 55 85. 3261 5766 – Site: www.cmgb.com.br – CEP 60170-040 – Fortaleza/CE César Souza em seu livro Talentos & Competitividade da Editora Qualitymark, faz uma importante advertência aos profissionais de RH, ao afirmar: “Torna-se necessário e urgente reinventar a área de RH. Os profissionais dessa área só conseguirão ser co-autores das estratégias corporativas quando tiverem domínio dos diferentes negócios da empresa, visão estratégica, mente empreendedora e clara percepção das competências essenciais que fazem essa empresa ter lucro ou prejuízo.” O que sabemos é que o RH Estratégico atua de forma multidisciplinar através dos consultores internos. O consultor interno oferece produtos e serviços compatíveis com a necessidade do cliente e as demandas do mercado; sabe fazer uma análise real de suas limitações e consegue agir de maneira a oferecer o que ele, cliente, realmente precisa. Cabe ao consultor interno de RH detectar os interesses e necessidades, empregando eficientemente as informações recebidas visando ao desenvolvimento de estratégias globais, definidas no Planejamento Estratégico de RH. O papel do consultor interno de RH é o de atuar dentro de padrões éticos, com isenção e independência, além de difundir informações e tecnologia. Ele deve fazer levantamentos e diagnósticos, deve propor soluções, oferecer sugestões, deve opinar e, também, criticar. Para isso ele deve estar preparado técnica, psicológica e emocionalmente, para passar segurança e conhecimento aos seus clientes. Deve buscar o autodesenvolvimento constantemente, além de participar ativamente dos negócios da empresa, dentro dos limites definidos, para que possa ter um poder de contribuição maior no crescimento e desenvolvimento da mesma. Espera-se do Consultor Interno de RH uma postura profissional, onde o equilíbrio, o controle emocional, o foco em resultados, a visão de futuro, a busca pelo aumento da eficácia e da saúde organizacional, possam assegurar o crescimento e o desenvolvimento mútuo da empresa e de seus colaboradores. Claudia Blaia claudiablaia@cmgb.com.br
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