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Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período Hemograma Diagnóstico em Hematologia: • Hematopoese: formação células sanguíneas • Origem: medula óssea Ossos esponjosos: esterno, ossos ilíacos e costelas. • Célula mãe (célula pluripotente, stem cell) • Linhagem mieloide ou CFU-GEMM: hemácias, plaquetas e leucócitos • Linhagem linfoide: Linfócitos B e T Hemograma – mais requerido • Avaliações - células do sangue + dados clínicos - conclusões diagnósticas e prognósticas. Anemias, Leucemias, Inflamações, Infecções, e distúrbios de coagulação • Estuda 3 linhagens de células circulantes: A) células vermelhas- Eritrograma– série eritrocitária B) células brancas - Leucograma – série leucocitária C) plaquetas - Plaquetograma – série plaquetária Coleta do Hemograma: • Identificação correta: nome, sexo, idade, registro • Evitar garrote por muito tempo - hemólise • Obedecer relação volume de sangue e anticoagulante Anticoagulante: EDTA – Ácido etilenodiaminotetracético • Homogeneização correta: 5 vezes • Esfregaço sanguíneo – contagem diferencial • Análise em 3 horas em média • Pancitopenia: diminuição global de elementos celulares do sangue, série vermelha, série branca e série plaquetária. Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período Série Vermelha - Eritrograma: análise por quantificação e morfologia: anemias. a) Hemácias/Eritrócitos: Valores de referencias: HOMEM: 4,4 – 6,0 milhões/mm3 MULHER: 4,2 – 5,5 milhões/mm3 Eritropoiese: processo de produção e maturação das hemácias, que ocorre na medula óssea em adultos normais, e no baco ou fígado em fetos ou em pacientes com anemias graves • Reticulócitos: hemácias imaturas, pequena quantidade. A) Alto: o Sangramento o Anemia hemolítica o Eritroblastose fetal o Doença renal - eritropoetina B) Baixo o Problema MO o Quimioterapia o Cirrose hepática Hemácias baixa: Eritropenia - Oligocitemia Anemia ou perda excessiva de sangue. Anemias por deficiência de ferro, cirrose, IRA Anemia falciforme, Talassemia - GENÉTICO Sangramento: menstruação, distúrbio de coagulação. Hemácias alta: Eritrocitose - Poliglobulia Policitemia - Sangue viscoso – circula com dificuldade. - Hemoconcentração Policetemia vera: alteração genética Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período Policetemia relativa: eritropoetina, desidratação Policetemia secundária: doenças cardiopulmonar Lugares altos: acima dos 2.500m nível do mar. Risco AVC, Infarto, Embolia Pulmonar Esfregaço sanguíneo: hemácias normais B) Hemoglobina (Hb): Valores de Referências: H: 13,5 – 18,0 g/dl M: 12,0 - 15,5 g/dl Função: absorção e transporte de oxigênio A) grupamento heme: Ferro B) cadeias globinas: alfa, beta, gama ou delta HbA1: 2 alfa e 2 beta: maior concentração HbA2: 2 alfa e 2 delta; HbF: 2 alfa e 2 gama: recém-nascidos. Hemoglobina baixa: Principalmente: Anemia. Cirrose, insuficiência renal, talassemia, e hemorragia. Deficiência de ferro e vitaminas Uso de medicamentos para tratar câncer e AIDS. Sintomas: palidez, cansaço, fraqueza e falta de ar. Hemoglobina alta: Uso de tabaco – Enfisema pulmonar – CO2; Desidratação – sangue denso – libera menos O2; Policitemia - hormônio eritropoietina. Lugares altos: acima dos 2.500m nível do mar. Sintomas: tontura, pele de cor azulada nos lábios e nas pontas dos dedos. C) Hematócrito (Ht): Valores de Referências: H: 41 – 51% M: 37 - 47% Volume ocupado pelos eritrócitos contidos numa certa quantidade de sangue total. Útil para acompanhar quadros hemorrágicos Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período Hematócrito baixo: Principalmente: Anemia. Hemorragias, Desnutrição, leucemia Falta ou diminuição de vitamina B12, ácido fólico ou ferro. Gravidez - tratada corretamente, mais normal Hematócrito alto: Policitemia Doenças cardíacas e pulmonares – baixa O2 Desidratação. D) Índices Eritrocitários: Determinação do tamanho, [ ] de Hb das hemácias – Classificar anemias morfologicamente São calculados após definição: Hemácias, Hb e Ht. VCM: Volume Corpuscular Médio > VCM: Ht x 10/ hemácias HCM: Hemoglobina Corpuscular Média > HCM: Hb x 10/ hemácias CHCM: [ ] de Hemoglobina Corpuscular Média > CHCM: Hb x 100/ Ht VCM: tamanho das hemácias - Anisocitose Hemácias microcíticas Hemácias normocíticas Hemácias macrocíticas VR: 80 – 100 fl HCM: conteúdo médio de Hb por hemácias Hemácias hipocrômicas Hemácias normocrômicas Hemácias hipercrômicas VR: 27 – 32 pg CHCM: concentração de Hb em determinado volume CHCM se associa com HCM VR: 32 – 36 g/dL Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período Hemácias microcíticas x Hemácias macrocíticas Hemácias hipocrômicas x Hemácias hipercrômicas Anemia macrocítica e normocrômicas: • VCM estiver elevado Anemia normocítica e normocrômica: • VCM e HCM estiverem na faixa de normalidade Anemia microcítica e hipocrômica: • VCM e HCM diminuídos Anemias macrocíticas e normocrômicas: • Sem megaloblastos: alterações hepáticas • Com megaloblastos: Anemia megaloblástica Anemias normocíticas e normocrômicas: • Anemia hemorrágica aguda • Anemia por deficiência na produção de hemácias • Anemias hemolíticas Anemias microcíticas e hipocrômicas: • Anemia ferropriva • Talassemias Índice RDW (Red Cell Distribution Width) diferença de tamanho entre os eritrócitos. > ANISOCITOSE VR: 12 – 15% Elevado pode significar problema na morfologia: Anemia por deficiência de ferro; Anemia megaloblástica; Talassemia; Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período Doenças do fígado – inibe bile - transferrina Morfologia das Hemácias: Poiquilocitose 1) Codócitos (Hemácias em alvo): Hb má distribuída, centro e laterias > anemia ferropriva, talassemias 2) Esferócitos (hipercrômicas): menores, densos, esferas, perde concavo, sem ver halo > esferocitose hereditária (membrana). > Genética , altera a membra (menor e densa) e as vezes destrói, tirar baço pois se não gera anemia hemolítica 3) Ovalócitos/Eliptócitos: > Altera o citoesqueleto da hemácias e fica oval, muita doença genética > ovalocitose hereditária, anemia ferropriva, anemia megaloblástica e anemia falciforme. 4) Estomatócito: > Estomatose hereditária, Alcoolismo. > Fenda central, boca de peixe, álcool que atua com efeito na MO e gera anemia ou falta A.fólico- macrocitose 5) Drepanócitos (forma de foice -HbS): > Anemia falciforme. > formação HBS defeituosa, e essa Hb se polimeriza e gruda na membrana da hemácia (se precipita) deixa como foice, falta O2 e uni as bordas 6) Dacriócitos (forma de lágrima): > Mielofibrose, Talassemias, anemias megaloblásticas. > É uma doença na MO e Baço passa por fenestrações medulares e estira e fica como coxinha 7) Acantócitos (crenadas): > anemia hemolíticas, hepatopatias (cirrose) e dislipidemias. 8) Esquizócitos (fragmentados): > Traumas, queimaduras, problemas de coagulação, anemia hemolítica, Talassemias. 1) ANEMIA FERROPRIVA - carencial • Deficiência de ferro Diagnóstico: Hemograma a) anemia microcítica e hipocrômica, RDW b) Hb e Ht, nº de hemácias normais ou pouco baixo Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período c) Ferritina < 10 ng/ml d) Ferro sérico < 30mcg/dl Causas: a)Fatores fisiológicos: gravidez, menstruação b)Fatores Nutricionais: dieta pobre em ferro c)Patológicos: Doenças gastrointestinais, parasitoses ANEMIA MEGALOBLÁSTICA - carencial Deficiência de Vitamina B12 ou ácido fólico. Essa falta: surge os megaloblasto (hemácia grande) Diagnóstico:Hemograma: a) Anemia macrocítica (VCM elevado) b) Poiquilocitose e anisocitose: ovalócitos, dacriócitos Causas: Pancitopenia (diminuição global de células do sangue) ANEMIA PERNICIOSA: tipo de megaloblástica Deficiência nutricional de Vit B12. Sem fator intrínseco (proteína especial) - absorver a Vit B12 - incapacidade do TGI de absorver Diagnóstico Hemograma: a) anemia macrocítica (VCM elevado) b) Baixa de Hb c) Anel de cabot: resto de microtúbos do fuso mitótico TALASSEMIAS - genética Desordem hereditária que pode causar anemia. malformação da Hb - Hemoglobinopatia • Mutação de um ou dois cromossomos específicos Cromossomo 11: talassemia alfa Cromossomos 16: talassemia beta • Desproporcionalidade entre o número de cadeias alfa e beta produzidas hemácia terá menos Hb em seu interior. Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período • Diagnóstico Hemograma: a) Anemia com Hb baixa b) Microcitose c) Hipocromia d) Reticulócitos aumentados e) Anisocitose f) Poiquilocitose - forma - Hemácias em alvo ANEMIA APLÁSICA – aplasia medular Deficiência na formação de eritroblastos. Causas: a) Idiopática b) Medicamentos (anti-inflamatórios, antibióticos) c) Infeccioso (bactérias, vírus) d) Neoplasia Diagnóstico Hemograma: pancitopenia a) Anemia normocítica e normocrômica b) Leucopenia c) Plaquetopenia ANEMIAS HEMOLÍTICAS • Sem quantidade ideal de hemácias no sangue. • Descartados antes do tempo, sem reposição Abaixo de 80 dias (normal de 80-120 dias) Congênita: a) Defeitos da membrana : esferocitose hereditária. b) Defeitos na produção de Hb: talassemia. Adquirida: a) Auto anticorpos – Anemias auto-imunes Diagnóstico Hemograma: a) Oligocitemia b) Baixa Hb c) Anemia Normocítica e normocrômica ou hipocrômica macrocítica. Reticulocitose a) Poiquilocitose: Esferócitos, Codócitos e Drepanócitos Série Branca – Leucograma quantificação e morfologia: Leucemias Leucócitos: Diminuição: Leucopenia Aumento: Leucocitose Fisiológica/Leve: idade, sexo, gestante, RN. Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período Reativa: Inflamações bacterianas, inflamações. Patológica: doenças mieloproliferativas e linfoproliferativas – presença de BLASTOS VR: 4.000 a 11.000 mm3 Neutrofilia: infecções bacterianas e fúngicas, estresse, inflamação, neoplasias Neutropenia: quimioterapia (medicamentos), aplasia de medula. Bastonetes: desvio a esquerda Linfocitose: infecções virais (Hepatite), Leucemia Linfóide Crônica. Linfocitopenia: infecções virais (HIV), quimioterapia. Monocitose: infecções crônicas (endocardites, TB), processos inflamatórios contra bactérias, fungos. Monocitopenia: quimioterapia, aplasia de medula. Eosinofilia: doenças alérgicas e parasitárias. Eosinopenia: estresse, corticoide, queimadura Basofilia: alergias, doenças mieloproliferativas, inflamação prolongada, etc. Anomalias leucocitárias: Hemograma e Mielograma a) Linhagem mielóide ou granulocíticas mieloblastos – maiores, grânulos Leucemia Mielóide Aguda. Leucemia Mielóide Crônica Hemograma: leucocitose, desvio a esquerda (mieloblasto), anemia discreta ou acentuada (evolução doença), presença de eosinófilo e basófilo, plaquetopenia. b) Linhagem linfóide > linfoblastos – menores, sem citoplasma. Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período Leucemia Linfóide Aguda: • Crianças e adultos Leucemia Linfóide Crônica: • Pessoas com mais de 55 anos, adultos. Hemograma: Leucocitose, Linfocitose, Anemia, plaquetopenia. Mieloblasto - nucléolos e grânulos evidentes Linfoblastos - núcleo com cromatina menos condensada do que em linfócitos maduros Série Plaquetária: Plaquetograma Hemostasia processo pelo qual o organismo procura controlar a perda sanguínea (vaso lesado), evitando-se que ela se prolongue por um tempo maior. Depende: A) resistência e contratilidade normais dos vasos B) atividade plaquetária normal C) sistema coagulação e estabilidade do coágulo Sistema hemostático: A) Vasoconstrição: fluxo sanguíneo local. B) Agregação plaquetária - Tampão hemostático. C) Vias extrínseca e intrínseca - fatores plasmáticos D) Ativação de protrombina em trombina E) Fibrinogênio – Fibrina - Coágulo sólido. F) Sistema fibrinolítico - degradação de fibrina. G) Reparação do local lesado H) Fluxo sanguíneo normal. Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período Avaliação clínica de manchas roxas no corpo • Contagem de Plaquetas. Avaliação preventiva - Cirúrgias • Coagulograma completo Avaliação de estados pré-trombóticos ou trombofílicos • Testes básicos (TP, TTPa) • Testes específicos (Leiden, Proteína C, Proteína S) Testes laboratoriais : 1) Hemograma completo contagem de plaquetas - VR: 150.000 a 400.000 mm³ • Plaquetopenia: hemorragias, leucemias, etc. • Plaquetose: inflamação, artrite, anemias, etc. 2) Tempo de sangramento - VR: 1 a 5 minutos • Alto: uso de anticoagulantes, plaquetopatias, trombocitopenia 3) Tempo de coagulação (TC) - VR: 5 a 10 minutos > Alto: anticoagulante, hemofilia 4) Prova do laco ou Resistência capilar > Presença de 5 petéquias quadrado 25cm² Alto: Doenças com fragilidade capilar: púrpuras. 5) Tempo de Protrombina (TP) > Fatores extrínsecos da coagulação. > Fatores: VII, V, X, II e I VR: 12 – 15 segundos Pacientes que precisam manter níveis de anticoagulação para evitar eventos trombose monitora: TP em RNI: 4,0 pacientes com válvulas cardíacas. • Alto: uso de heparina, depleção do fibrinogênio, doenças hepáticas, deficiência de vit K, uso de alguns medicamentos, risco de hemorragias • Baixo: risco trombose, AVC. Gabriella R. Oliveira – Aspectos Laboratoriais – 4º período 6) Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada ( TTPa) > Fatores intrínsecos da coagulação > Fatores: XII, XI, IX, VIII, V, X, II e I > VR: 30 – 45 segundos • Alto: hemofilias, doenças hepáticas, uso de anticoagulantes, deficiência de vit K, alguns medicamentos • Baixo: hipercoagulabilidade, câncer, excesso de vit K 7) Tempo de Trombina (TT) > Fatores da via comum da coagulação > Fatores: X, V, II, I > VR: 12 a 16 segundos • Alto: Defeito no fibrinogênio (I), uso de heparina, doenças hepáticas, alguns medicamentos. • Baixo: hipercoagulabilidade, câncer, excesso de vit K Trombose – Trombofilia Hipercoagulabilidade primária ou hereditária Hipercoagulabilidade secundária ou adquirida Aumento de plaquetas – hiperplaquetose Aumento fibrinogênio e fatores V, VII, VIII, IX e XI Redução da antitrombina – hereditária Deficiência de proteína C – hereditária – inibe fator V Deficiência do fator V Leiden - hereditária Deficiência de proteína S - hereditária Dímero D – fragmentos de proteína da coagulação
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