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Atividade BNCC 2

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Atividade BNCC 2 – Aplicação das competências aos componentes curriculares da educação básica – 40h 
Elabore um texto expositivo-argumentativo com no mínimo 30 linhas em que deve constar: 
Escolha uma das competências gerais da educação básica da BNCC (2018) para analisar e comentar, com suas próprias palavras, como essa competência se articula com o(s) componente(s) escolar(es) previsto(s) na BNCC (2018) a que seu curso de licenciatura lhe habilita atuar na Educação Básica. Por exemplo: o Curso de Letras Português e Inglês (Licenciatura) habilita o egresso do curso a atuar nos seguintes componentes curriculares da Educação Básica, que estão reunidos na área de Linguagens, na BNCC (2018): Língua Portuguesa e Língua Inglesa.
Inclua, na sua argumentação, pelo menos uma competência específica (Ensino Médio) ou objeto de conhecimento (Fundamental), de acordo com a área e nível do seu estágio.
Sugestão de como elaborar um texto expositivo-argumentativo
Para fazer o seu texto, primeiramente pesquise a respeito das competências gerais da educação básica da BNCC. Feito isso, escolha uma delas.
Agora, análise e comente como ela articula-se com os componentes escolares previstos na BNCC (2018).
Para a elaboração de um texto argumentativo-dissertativo, você pode seguir as dicas abaixo:
· Divida o texto em introdução, desenvolvimento e conclusão.
No desenvolvimento as ideias são desenvolvidas com a intenção de convencer o leitor sobre o ponto de vista apresentado na introdução.
Como esse tipo de dissertação ter caráter argumentativo, no desenvolvimento o autor faz a exposição das ideias visando argumentar para convencer o leitor sobre o que foi dito na introdução.
· Faça uso de sujeito indeterminado e de verbos na 3ª pessoa.
Nos textos dissertativos argumentativos recomenda-se o uso de verbos na terceira pessoa, assim como o sujeito indeterminado. A intenção é garantir ao texto uma linguagem impessoal.
→ Então, após fazer o levantamento das informações solicitadas no enunciado da questão você irá reunir as informações relevantes e elaborar o texto utilizando-as e seguindo as orientações acima.
As 10 competências da BNCC
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza”.
A BNCC definiu um conjunto de dez competências gerais que vão atuar em três aspectos de formação do estudante: construção do conhecimento, desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes e valores.
Conheça as dez competências gerais da BNCC
1. Conhecimento - Usar conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital, os alunos para entender e explicar a realidade. E, assim, contribuir para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
 
2. Pensamento científico, crítico e criativo - Recorrer à abordagem científica — incluindo a investigação, reflexão, análise crítica, imaginação e criatividade —, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções.
3. Repertório cultural - Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
 
4. Comunicação - Usar diferentes linguagens – verbal, corporal, visual, sonora e digital – para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos.
 
5. Cultura digital - Compreender, usar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas.
 
6. Trabalho e projeto de vida - Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que possibilitem entender as relações do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania.
 
7. Argumentação - Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global.
 
8. Autoconhecimento e Autocuidado - Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo- se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
 
9. Empatia e Cooperação - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
 
10. Responsabilidade e Cidadania - Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Qual é a vantagem da orientação por competências?
Por meio da orientação por competências, o aluno é convidado a deixar sua posição inerte na rotina da sala de aula para – muito além de apenas compreender conceitos – propor e testar soluções em situações verdadeiras, conectadas à sua realidade local. O estudante também é motivado a interagir, assumindo um papel mais participativo na sociedade, de forma que ele seja capaz de construir e expor argumentos, expressando seus princípios e valores.
Dos itens acima, achei interessante o item 2, para elaboração do texto expositivo-argumentativo de no mínimo 30 linhas.
2. Pensamento científico, crítico e criativo
Descrição
Do que se trata, segundo a BNCC: exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Objetivo: fazer com que o aluno raciocine, questione, analise criticamente e busque por soluções inovadoras.,
Que baseado na sua formação em licenciatura de Ciência Biológicas tem muito a ver.
Desde que o pensamento científico entrou no ensino básico, na segunda metade do século XIX, ele vem promovendo o desenvolvimento de uma série de competências. Atualmente com a BNCC, um dos objetivos é estimular a curiosidade intelectual e ajudar a estrutura do pensamento em hipóteses e objetivos, assim como ocorre na produção científica
Seria um equívoco afirmar que a inserção do pensamento científico nas escolas é uma estratégia deste século, uma vez que o ensino básico se apropria de aspectos do pensamento e do fazer científico desde o século XIX. Para tornar possível entender qual foi o caminho percorrido para que esses aspectos se convertessem em um dos pilares da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) de um país tão grande e plural como Brasil, farei um breve histórico.
A ideia de introduzir aspectos do pensamento científico e das práticas da ciência no ensino básico tem início na segunda metade do século XIX, em conjunto com a defesa da adoção de atividades experimentais na educação. A vivência da ciência experimental em laboratórios escolares permitia aos alunos experienciar características próprias da ciência como a autonomia de pensamento, a elaboração de generalizações, a criatividade e o tratamento de dados reais, atribuindo aos estudantes um papel mais ativo na construção de seu conhecimento escolar. 
Já no início do século XX houve uma forte mudançade perspectiva das práticas científicas na escola em razão dos avanços tecnológicos e científicos alcançados e que alteraram significativamente os meios de produção, as novas tecnologias nos meios de comunicação, a medicina e diversas outras áreas. Assim, este período caracteriza-se por uma mudança no âmbito das práticas científicas escolares, que passaram a enfocar mais os valores sociais e coletivos e menos os valores individuais e intelectuais. Sob a influência dessas mudanças, o filósofo John Dewey e diversos outros pesquisadores defendiam um ensino básico pautado na investigação e focado no desenvolvimento de habilidades para a resolução de problemas específicos com significado social.
Já no Brasil, para a educação, a década de 1980 ficou marcada pela adaptação do ensino básico às exigências do mercado, com o objetivo de formar mão de obra qualificada em razão do forte processo de industrialização sofrido no país.
Esta breve revisão dos séculos passados evidencia como os diferentes contextos sociais e históricos, além das necessidades geradas por eles, relacionam-se com o ensino e as práticas de sala de aula. 
Neste contexto surgem diversos documentos oficiais com o objetivo de inovar as diretrizes da educação básica brasileira na direção de uma educação que seja preparadora básica para o trabalho e o exercício da cidadania, de maneira a desenvolver no indivíduo a formação ética, a autonomia intelectual e o pensamento crítico. Os novos documentos oficiais propõem o desenvolvimento de competências gerais indicando uma extrapolação do ensino tradicional, pela possibilidade de formação de uma cultura científica escolar, com o estabelecimento de relações mais sólidas com o contexto social, histórico e tecnológico e com a compreensão da dinâmica entre desenvolvimento científico e o homem. 
Ao passo que as relações entre ciência e sociedade mudaram, os objetivos acerca do ensino também o fizeram. Sendo assim, o pensamento científico traz à luz práticas próprias da ciência que se valem como abordagens didáticas para o desenvolvimento de diversos componentes curriculares. Do grande conjunto de práticas próprias da ciência, a investigação é a prática que traz diversos elementos passíveis de extrapolar as ciências da natureza para todas as outras áreas do conhecimento. Dentre esses elementos, destacamos: situações-problema a serem analisadas, a elaboração de hipóteses, possíveis coletas e/ou interpretações de dados, além da análise e da comunicação de resultados. 
Os elementos destacados acima fazem parte das práticas da ciência que podem ser alocadas em diversas disciplinas escolares por meio de uma abordagem investigativa, já que a investigação em sala de aula deixou de ser exclusivamente a operacionalização e reprodução de experimentos em laboratório, ganhando um significado mais amplo e possibilitando a relação entre sujeito, ambiente, contexto social, polícia, entre outros elementos. 
Uma ideia estruturada e posta à prova
A proposição de um problema ou de uma situação-problema é a porta de entrada para que a investigação ocorra em sala de aula. Isso representa um convite que incentiva os estudantes a olharem para problemas do mundo elaborando estratégias e planos de ação. O processo de resolução de um problema a partir de uma abordagem investigativa pretende levar o aluno e a aluna a ultrapassar o apenas conhecer e compreender conhecimentos e conceitos já sistematizados, também libertando-o(a) para possibilidades de uso de sua criatividade, uma vez que a criatividade é considerada, por muitos pesquisadores, um fenômeno multidimensional. 
Os aspectos que estimulam a criatividade são de natureza social, cognitivos, afetivos, ambientais de alta relevância para o indivíduo e vão ao encontro dos aspectos que permeiam as práticas investigativas para a resolução de problemas abertos ou de situações-problema. Além disso, a abordagem investigativa no ensino básico promove e instiga o trabalho em conjunto entre os alunos e entre os alunos e o professor, colocando o estudante como protagonista durante o processo investigativo. 
Outro ponto relevante desta estratégia pedagógica está no estímulo à curiosidade intelectual de estudantes e em muni-los com metodologias adequadas para a construção de um conhecimento bem estruturado. Para além do pensamento científico, crítico e criativo, essa competência também colabora com a tão necessária autonomia do indivíduo. Conhecimentos prévios começam como ideias, se transformam em hipóteses e terminam como uma certeza baseada em um estudo minucioso das características, dos conceitos e das particularidades de um saber. Em uma era de desinformação, com quantidades enormes de notícias que disputam a nossa atenção a todo segundo e o perigo das fake news nas tomadas de decisão no dia a dia, estudantes que aprendem por meio do desenvolvimento desta e das demais competências terão uma visão mais plural, holística e sólida de como o mundo ao seu redor é construído.
Ademais, e como destacado aqui, essa competência não compete única e exclusivamente às disciplinas de Ciências do Ensino Fundamental ou Física, Química, Biologia e Matemática do Ensino Médio. Estudantes têm a possibilidade de se aproximar de uma visão científica que perpassa todas as áreas do conhecimento e está na base dos saberes que fazem parte do processo de aprendizagem de toda e qualquer escola. É, portanto, uma aproximação de um processo acadêmico de construção do conhecimento, calcado em bases sólidas desenvolvidas ao longo de séculos de pesquisa, testes, elaboração de hipóteses e busca de comprovações e soluções. Sendo assim, lançar um olhar sobre uma ideia e submetê-la à investigação aqui proposta é também um processo de análise crítica de sua validade. 
Estas características da abordagem investigativa vêm, de maneira harmônica, ao encontro da segunda competência geral elencada pela BNCC. Esta competência, então, tem como premissa práticas investigativas que pretendem levar o aluno a ultrapassar o mero conhecer e compreender conhecimentos e conceitos já sistematizados e consolidados. A investigação pode servir de estratégia para que haja em sala de aula o confronto de ideias e perspectivas por meio da linguagem e da argumentação, fomentando a criticidade e a criatividade dos estudantes na resolução de problemas atuais.
* Mayara Palmieri é licenciada em Física pela Universidade de São Paulo (IFUSP) e mestre em Educação também pela Universidade de São Paulo (FEUSP), na área de Ensino de Física por Investigação, sob a orientação da Professora Doutora Lúcia Sasseron. Lecionou Física e Matemática na rede estadual de educação e atualmente é professora de Física para o Ensino Médio na rede particular de ensino. É editora de conteúdo da Geekie no time de Ciências da Natureza.
Outra abordagem
Competências BNCC – Pensamento científico, crítico e criativo na prática
A Ciência evoluiu na História da Humanidade pois conseguiu estabelecer uma metodologia de pensamento e desenvolvimento, na qual um problema é identificado, hipóteses são lançadas, algo é testado ou proposto e o modelo pode ser replicado.
Como a maneira de fazer ciência pode ajudar os alunos?
Isso define o pensamento científico e o método pelo qual se faz pesquisa no mundo, buscando soluções aos problemas existentes.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o pensamento científico, crítico e criativo compõe uma das 10 competências que devem ser estimuladas no Ensino.
A BNCC define essa competência no sentido de estimular a curiosidade e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo investigação, análise crítica, imaginação e a criatividade.
Como essa competência pode ser trabalhada em sala de aula?
Em vez de simplesmente serem passados conteúdos de Ciências da Natureza, uma das formas de demonstrar claramente o pensamento científico é demonstrando experiências de Física e Química em sala de aula, bem como propondo aos alunos a realização de projetos, para obtenção de soluções criativas e inovadoras ou protótipos, para diferentes problemasencontrados.
Os alunos poderão, dessa forma, colocar os conteúdos em prática e propor soluções, bem como contornar as dificuldades encontradas quando se sai da teoria e tenta-se expor, na prática, a solução para um problema.
O pensamento científico, crítico e criativo possibilita aos alunos buscarem soluções inovadoras para problemas de suas realidades, mas usando sempre o conhecimento e a análise crítica na busca dessas soluções.
Além disso, uma vez que os alunos participam ativamente da construção de projetos e soluções, o empreendedorismo é incentivado, bem como a visualização da busca de soluções para os problemas da sociedade.
Por meio de um problema inicial, é necessária uma pesquisa, feita de forma aprofundada e guiada, depois a formulação de hipóteses e o estabelecimento de como a ação será feita e, por fim, como a ideia sairá do papel e ganhará vida com o projeto.
Inúmeras competições entre escolas, utilizando protótipos, estimulam cada vez mais essa competência.
Mais outra abordagem sobre o Pensamento Crítico
Como desenvolver o pensamento crítico dos alunos na educação?
Saiba qual a importância do pensamento crítico na educação e como trabalhar esta competência com os alunos na escola. Confira!
O pensamento crítico, científico e criativo é a segunda das 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que o Ministério da Educação (MEC) compreende como itens indispensáveis à formação integral de um cidadão.
Além de cumprir as exigências da BNCC, trabalhar o pensamento crítico nas escolas é fundamental para que os estudantes, desde a primeira infância, adquiram a capacidade de pensar de forma clara e racional sobre o que fazer ou em que acreditar, envolvendo-se em pensamentos reflexivos e independentes.
Ter o pensamento crítico bem desenvolvido é crucial às futuras escolhas pessoais, profissionais, políticas, bem como ao poder de análise do mundo que nos cerca. Nesse sentido, “pensadores críticos” podem tirar conclusões sensatas de um conjunto de informações e separar o que é útil do que não é na hora da tomada de decisões.
Mas essa habilidade é resultado de uma construção sólida, papel este que cabe à educação. Pensando nisso, este post vai discutir o desenvolvimento do pensamento crítico na escola. Vamos lá?
Qual a importância de desenvolver o pensamento crítico na escola?
De acordo com a Stanford Encyclopedia of Philosophy, a adoção do pensamento crítico como objetivo educacional foi “recomendada com base no respeito à autonomia dos estudantes e na preparação destes para o sucesso na vida e para a cidadania democrática”. Além disso, “demonstrou-se experimentalmente que a intervenção educacional aprimora as habilidades do pensamento crítico, principalmente quando inclui diálogo, instrução ancorada e orientação”.
Esses argumentos, sem dúvida, fazem da escola um bom ambiente para que a criança/adolescente desenvolva as habilidades necessárias ao pensamento crítico, uma vez que está exposta a um sem-número de informações propícias ao fomento de reflexões consistentes.
Vejamos algumas habilidades a serem exploradas por meio do pensamento crítico:
· entender as conexões lógicas entre ideias;
· identificar, construir e avaliar argumentos;
· detectar inconsistências comuns no raciocínio;
· resolver problemas sistematicamente;
· identificar a relevância das ideias;
· refletir sobre a justificativa de suas próprias crenças e valores.
Vale lembrar que o pensamento crítico não é uma questão de acumular informações. Uma pessoa com boa memória e que conhece muitos fatos não é necessariamente boa em pensamento crítico. Um pensador crítico é capaz de deduzir consequências e sabe como usar dados para resolver problemas e buscar fontes relevantes para se informar.
Ademais, a escola tem o papel de ensinar que o pensamento crítico não deve ser confundido com argumentar ou criticar outras pessoas. Embora as habilidades de pensamento crítico possam ser usadas para expor falácias e raciocínios ruins, também podem desempenhar um papel importante no raciocínio cooperativo e em tarefas construtivas. Inclusive, ao explorar o pensamento crítico, a escola está ajudando seus estudantes a adquirir conhecimento, aprimorar teorias e fortalecer argumentos ― algo essencial ao futuro profissional.
Por sua vez, algumas pessoas acreditam equivocadamente que o pensamento crítico dificulta a criatividade porque requer seguir as regras da lógica e da racionalidade, e a criatividade pode exigir a quebra dessas regras. No entanto, não é à toa que, nas competências gerais da BNCC, “pensamento crítico” está ao lado de “científico” e “criativo”.
Na verdade, o pensamento crítico é uma parte essencial da criatividade, porque precisamos de pensamento crítico para avaliar e melhorar nossas ideias criativas, motivo pelo qual ele deve estar enquadrado nas atividades pedagógicas.
Como fomentar o pensamento crítico no projeto pedagógico?
Por falar em criatividade, há inúmeras formas de se fomentar o pensamento crítico no projeto pedagógico. Em boa parte dos casos, de forma simples e sem a necessidade de grandes recursos nem tecnologia. Veja, a seguir, nossa lista de sugestões.
Comece com perguntas básicas
Dado o tema central, o ponto inicial é engajar os estudantes estimulando-os a refletir a partir de perguntas básicas. Especialmente as perguntas abertas, que não exigem uma resposta pronta, oferecem a eles a chance de aplicar o que aprenderam e desenvolver conhecimentos prévios.
Faça com que eles busquem, em meio ao repertório de conhecimentos que estiver sendo contextualizado, evidências que os ajudem a construir seus argumentos de forma autônoma.
Perguntas simples são importantes para mantê-los pensando. Questões como “O que você pensa sobre isso?” ou “O que levou você a pensar nisso?” são excelentes para instigá-los a mergulhar em diferentes dimensões de seu próprio pensamento. Até porque, nem sempre, os estudantes estão pensando criticamente, e é papel do professor detectar isso e despertar essa noção neles.
Reserve tempo para reflexão
Não tenha pressa em colher resultados. Dê aos estudantes um tempo para organizar as ideias ou refletir sobre seus pensamentos antes de compartilhá-los com seu grupo ou a classe toda. Estimule também que escrevam as evidências ou ideias colhidas, para que não se percam.
Isso pode ser feito com anotações nos cadernos ou mesmo por meio de recursos digitais, como tablets, smartphones ou PCs. Inclusive, os dispositivos digitais podem ser uma ótima ferramenta de apoio na hora de os estudantes apresentarem suas ideias, com lembretes, esboços e imagens que podem ser compartilhados com a classe.
Incentive a tomada de decisão
Como grande parte dos debates em sala de aula gira em torno da aplicação de conhecimento e busca por soluções, os professores devem incentivar constantemente a tomada de decisões e a avaliação de conclusões/resultados.
Isso permite que os estudantes apliquem o que aprenderam a diferentes situações, pesem os prós e os contras de uma variedade de possibilidades e decidam quais ideias funcionam melhor.
Promova atividades em grupo
Trabalhos e discussões em grupo são outra excelente maneira de os professores encorajarem habilidades de pensamento crítico. Isso porque o aprendizado cooperativo estimula o diálogo e as habilidades socioemocionais, já que expõe os estudantes aos diferentes processos de raciocínio de seus colegas de classe, ao mesmo tempo que expande seu pensamento e sua visão de mundo.
Essa tática não apenas estabelece que uma ideia deve ser avaliada sob diferentes óticas antes da formação de uma opinião, mas também dá aos estudantes a chance de compartilhar seus próprios pontos de vista enquanto ouvem e aprendem com os outros. Com isso, eles entendem que todos têm o direito de opinar e não há uma só maneira correta de abordar um problema.
Conecte ideias diferentes
Conectar ideias diferentes é a chave para o pensamento crítico. Por exemplo, um tema específico pode ser trabalhado de forma transversal para que os estudantes enxerguem diferentes óticas.
Digamos que umgrupo de estudantes do ensino fundamental esteja trabalhando a mobilidade urbana. O professor pode perguntar se a classe conhece alguém que faz um longo trajeto para chegar ao trabalho e depende de ônibus. Porém, o transporte demora e a pessoa precisa sair muito cedo de casa. Feito isso, é possível debater diferentes modais de transporte, levando em consideração os pontos positivos, os negativos e os desafios de cada meio.
Dessa forma, diferentes ideias são entrelaçadas, e os estudantes percebem que qualquer solução tem uma série de variáveis e consequências. Além disso, são estimulados a compreender que conhecimentos prévios podem ser aplicados a novos contextos.
Inspire a criatividade
Estimular o pensamento crítico não se limita apenas ao debate. Quanto mais criativa for a atividade, mais chances o professor tem de engajar seus estudantes. Um exemplo são os projetos artísticos, em que o estudante precisa trabalhar com música, pintura ou escultura, ou tarefas aliadas à tecnologia, como é o caso da robótica.
Aliás, a chamada “cultura maker”, em que o estudante aprende “colocando a mão na massa” ao construir objetos e aparelhos e até ao programar, é uma excelente estratégia para fomentar o compartilhamento de ideias e a busca por soluções a um dado desafio.
Promova o brainstorming
O brainstorming (tempestade de ideias), muito utilizado no meio corporativo, é outra ferramenta eficaz de aprendizado. A partir de um desafio, os estudantes serão estimulados a deixar a mente fluir e expor suas ideias sem medo de errar. Para incrementar o exercício, o professor pode contar com elementos visuais que dão vida a um problema-chave e às discussões em sala de aula.
Use a fluência das informações
Dominar o uso das informações é crucial para o sucesso de estudantes na escola e na vida. Nesse aspecto, uma das habilidades do pensamento crítico é saber quando considerar ou descartar informações. Para construir sua argumentação e tomar decisões, os estudantes devem aprender a acumular o conhecimento apropriado para alimentar seus pensamentos e distinguir o que é irrelevante naquele momento. Trata-se de aprender a explorar o conhecimento para encontrar os fatos mais úteis a fim de resolver um problema.
Reúna estudantes de diferentes personalidades para trabalharem juntos
Logicamente, é muito mais confortável quando os estudantes trabalham com colegas com quem eles declaradamente têm afinidade. Mas associar múltiplas personalidades é essencial para desenvolver a gestão das emoções e fomentar a harmonia no grupo-classe.
Afinal de contas, assim é o mundo real: exige tolerância, resiliência, autoconfiança, respeito, gestão de conflitos, limites. Por isso, é importante explicar aos estudantes o objetivo desse exercício e dizer que os esforços conjuntos bem-sucedidos são um alicerce para que consigam ter êxito ao trabalhar com outras pessoas em tarefas futuras, sobretudo no âmbito profissional.
Como você pôde perceber, o desenvolvimento do pensamento crítico está diretamente ligado às habilidades socioemocionais e à gestão das emoções. Pelo fato de não ser um trabalho meramente técnico, cada estudante traz uma bagagem particular de experiências, aptidões e inseguranças, as quais influenciam seu comportamento, a maneira de enxergar o mundo e as outras pessoas, a ponto de comprometer positiva ou negativamente suas habilidades de raciocínio.
Por acreditar no poder que as emoções exercem para a formação integral das pessoas, o Dr. Augusto Cury, psiquiatra e autor da Teoria da Inteligência Multifocal, idealizou a Escola da Inteligência. O objetivo é fortalecer a educação socioemocional no ambiente escolar, a fim de promover mais qualidade de vida e bem-estar psíquico a todos os envolvidos.
Como a sra. terá que incluir na sua argumentação, pelo menos uma competência específica (Ensino Médio) ou objeto de conhecimento (Fundamental), de acordo com a área e nível do seu estágio.
Base Nacional Comum Curricular
Competência da área
Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.
Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
Competências Específicas de Ciências da Natureza
1- Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico.
2 - Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
3 - Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.
4 - Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho.
5 - Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.
6 - Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
7 - Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.
8 - Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

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