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OAB-2000-02-Caderno_de_Prova_Pratico-Profissional-Direito_Civil

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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
SEÇÃO DO ESTADO DA BAHIA 
 
EXAME DE ORDEM 02/2000 
2ª FASE - D.P.J. DE 12.09.2000 
PROVA SUBJETIVA REALIZADA EM 24.09.2000 
DIREITO CIVIL 
 
I - PEÇA PROFISSIONAL 
 
Josefa da Silva, após a conclusão, ocorrida em 30.03.2000, do inventário de seu falecido 
esposo, Sr. Mévio da Silva, foi citada em 15.06.2000 pelo Juízo de Direito da 1a. Vara 
Especializada de Defesa do Consumidor, como se ainda ocupasse a posição de inventariante, para 
responder a ação de despejo cumulada com cobrança formulada por Caio Sampaio. O passamento 
ocorrera em 20.11.1998. A condição de réu atribuída ao espólio decorreu da circunstância de que 
o “de cujus” fora fiador na referida locação, iniciada em 01.01.1997. A mora do devedor 
correspondia ao período de outubro de 1998 até março de 2000, sendo, portanto, 16 (dezesseis) 
meses de atraso no valor mensal de R$200,00 (duzentos reais) já com os encargos incluídos. Vale 
observar, por fim, que o locador nos meses de outubro a dezembro de 1998 já tinha celebrado 
contrato de confissão de dívida direta e exclusivamente com o devedor permitindo-se-lhe o 
pagamento desses meses juntamente com o aluguel do mês de janeiro de 2000. Elabore a 
resposta cabível, deduzindo toda a matéria adequada à defesa dos interesses da Sra. Josefa da 
Silva. 
 
II - QUESTÕES DISSERTATIVAS 
 
1) Pedro celebrou contrato com a Imobiliária “X” pelo qual ficou estabelecida a obrigação 
por parte desta de realizar o loteamento de imóvel de propriedade daquele. A contratada ficou 
investida, mediante instrumento público de procuração, de poderes para alienar e subscrever, em 
nome do proprietário, as escrituras públicas de compra e venda dos 50 (cinqüenta) lotes, a serem 
estabelecidos no terreno. Em remuneração aos serviços prestados, a Imobiliária receberia 50% do 
valor de cada promessa de compra e venda celebrada, ficando, porém, obrigada a outorgar as 
escrituras definitivas após a liquidação dos respectivos preços. Realizada a venda definitiva de 40 
(quarenta) lotes, os demais promissários-adquirentes, embora tivessem pago integralmente o 
preço, ficaram sem suas escrituras definitivas, vez que Pedro, o outorgante, faleceu antes da 
consumação das transferências. A sustentação do cartório de registro de imóveis para negar os 
registros das escrituras, firmadas pela Imobiliária “X” com base no referido instrumento público de 
procuração, foi no sentido de que a morte é causa extintiva do mandato, cabendo aos interessados 
pleitear seus direitos no inventário do “de cujus”, juntamente com os demais credores, 
obedecendo-se, assim, ao princípio da igualdade. Indaga-se: assiste razão ao cartório de imóveis? 
Fundamente com base em DIREITO MATERIAL. 
 
2) Pedro e Maria casaram-se em 26 de novembro de 1977. Conviveram durante 20 anos, 
sendo que Maria sempre conservou a propriedade da Fazenda Ilha Bela, havida por força da 
sucessão de seu pai, no ano de 1972. Pedro, sem motivo aparente, abandonou o lar conjugal a 
partir de 1998, tendo pleiteado a separação em fevereiro de 2000, com pedido de partilha da 
totalidade dos bens, vez que o regime era o da comunhão universal. Maria, contudo, em relação à 
Fazenda Ilha Bela, sustentou que Pedro não teria qualquer direito ao referido bem, vez que havido 
anteriormente à constituição da sociedade conjugal e que a culpa pela separação, assim como a 
iniciativa da ação foi do próprio esposo. Este, inconformado, sustentou que a culpa na separação 
não altera as conseqüências patrimoniais da dissolução da sociedade conjugal no que se refere à 
partilha do patrimônio comum, vez que por força do art. 262 do CCb – Código Civil brasileiro todos 
 
 
 
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL 
SEÇÃO DO ESTADO DA BAHIA 
 
os bens presentes e futuros ao tempo da celebração do casamento se comunicam. A quem assiste 
razão ? Por que? Fundamente com base em DIREITO MATERIAL. 
 
EXAME DE ORDEM 02/2000 DIREITO CIVIL 
3) Tício celebrou contrato de mútuo com o banco “X” no valor de R$2.000,00 (dois mil 
reais), que foram depositados na conta corrente do mutuário. As parcelas seriam pagas no 
domicílio do credor em 10 (dez) meses, sempre no dia 05 de cada mês, sendo cada qual no valor 
de R$210,00 (duzentos e dez reais mensais). Nos 02 primeiros vencimentos, o devedor 
compareceu ao banco no dia aprazado promovendo o pagamento diretamente em dinheiro, 
obtendo o respectivo recibo. Contudo, no terceiro vencimento não houve liquidação espontânea da 
correspondente parcela perante a instituição financeira, a qual promoveu compensação do seu 
valor com créditos existentes na conta corrente do devedor, conforme cláusula contratual. O 
devedor, por sua vez, não se conformou com o débito promovido, sustentando a ilegalidade da 
cobrança, vez que a lei não permite a compensação de dívidas que tenham por causa o depósito. 
Caberia ao banco, na visão do devedor, promover a execução judicial da dívida, mas não 
promover, unilateral e ilegalmente, a compensação com créditos do devedor perante a referida 
instituição. A quem assiste razão? Por que? Fundamente com base em DIREITO MATERIAL.

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