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Princípio da prevenção – Tem previsão expressa no art. 225, caput, da CF e preconiza que o Poder Público e à coletividade possuem o dever de proteger e preservar o equilíbrio ecológico para presentes e futuras gerações. Trata-se de um princípio com caráter preventivo e que possui relevância inquestionável, pois estabelece uma restrição á atividades consideradas perigosas visando à preservação do meio ambiente. A tragédia de Brumadinho é um exemplo de desrespeito ao Princípio da Prevenção, uma vez que essa foi posterior ao rompimento da barragem de Mariana e, assim sendo, já era possível constatar a certeza de perigo iminente desse tipo de atividade. Princípio do Poluidor-Pagador: Trata-se de um das bases do Direito Ambiental e traz a ideia de que, o responsável por poluir, deve responder pelo prejuízo ambiental. Possui previsão no art. 4º, inciso VIII da Lei 6.938/81 e, conforme o teor de seu conteúdo, não há que se falar em Poder Público ou terceiros arcando com os custos da utilização dos recursos ambientais, uma vez que o utilizador desses deverá suportar todos os custos. O desastre do Césio 137, ocorrido em Goiânia, é um crime exemplo da violação desse princípio, uma vez que o causador do dano ficou livre da responsabilidade, pois o ônus da recuperação da área que ocorreu a contaminação recaiu para órgãos públicos. Princípio do Desenvolvimento Sustentável: Esse princípio é extraído do art. 255 em conjunto com o art. 170, ambos da CF/88 e estabelece que o desenvolvimento econômico deva ser sustentável. A tragédia de Brumadinho colocou em pauta a fragilidade do Brasil perante o mundo, no que diz respeito à promoção do desenvolvimento sustentável. Trata-se de um princípio extremamente relevante na atualidade, uma vez que é de conhecimento geral e de extrema importância social.