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Thaysa Brandão X 1- O que é seria? n A cura das feridas é uma cascata celular e bioquímica complexa que leva à restituição da integridade e função do tecido. X 2- Fale um pouco sobre o processo de cicatrização. n Sabe-se que embora tecidos individuais possam ter características única de cura, todos os tecidos passam por mecanismos semelhantes. Uma vez que a hemostasia precede e inicia a inflamação, onde os grânulos plaquetários liberam fator de crescimento derivados das plaquetas/de transformação B, fator ativador de plaquetas, fibronectina, migração de polimorfonucleares, neutrófilos e monócitos. X 3- O que seria a fase inflamatória? n É a migração das células de defesa, uma vez que as plaquetas migram para o endotélio lesado, onde sofrem degranulação. Juntamente há migração de fibrina para tentar fazer uma vedação provisória da área associada a macrófagos e neutrófilos. Haja vista que à medida que há vedação, deixa de haver comunicação com o meio externo e as bactérias deixam de penetrar. Nessa fase, macrófagos e neutrófilos retornam a corrente sanguínea. Thaysa Brandão X 4- E a fase proliferativa? n É um desaparecimento das células de defesa e vedação. Uma vez que a ferida é vedada e começa a ser preenchida com novo estroma de ácido hialurônico e mais fibroblastos, que serão convertidos para colágeno, e brotos vasculares não lesados. Na presença de oxigenação e pH ideais, esses brotos vasculares começam a se proliferar, levando uma ANGIOGÊNESE (neoformação vascular). O nome desse tecido de granulação. X 5- Agora fale um pouco da maturação. n Sabe-se que existe o colágeno tipo I que é encontrado na derme intacta. 80-90% do colágeno da ferida cicatricial; colágeno tipo II é encontrado no tecido cartilaginoso e sintetizado durante os estágios iniciais da cicatrização e o colágeno tipo III representa 10-20% no tecido de granulação 30%. Uma vez que o neutrófilo tem seu pico na fase inflamatória e deixa de existir ao fim dessa fase. A presença de linfócitos por mais de 2 semanas indica a cronificação da ferida. Thaysa Brandão O macrófago é a única célula presente em todos os momentos. Quando não existem mais macrófagos, o fim da cicatrização aconteceu. X 6- Entendendo que existe cura especifica de alguns tecidos, dado os mesmo explique brevemente: a) a cura necessita de um fluxo sanguíneo adequado, nutrientes e livre de tensão. Haja vista que o organismo libera de forma endógena catecolaminas, que faz vasoconstrição periférica e esplâncnica para mandar sangue para o cérebro e o coração. Se houver hipofluxo na alça, não há macrófagos, neutrófilos, fibroblastos e todo o resto, sendo necessário manter o fluxo sempre. O excesso de hidratação também pode ser um problema pela possível formação de edemas como consequências. Falha na cura resulta em deiscência (abertura espontânea dos pontos cirúrgicos ou da cicatriz). Onde a sutura serve apenas para aproximar as bordas e permitir então a cicatrização. Quando frouxa, dificulta esse processo, assim como em casos em que é feito muito justa, pode causar isquemia tecidual. Além do mais a submucosa é a parte mais resistente à tensão, ajuda a aumentar a força tênsil permitindo uma cicatrização adequada e a s serosa responsável pela vedação. Importante lembrar que é uma das primeiras partes a cicatrizar devido a sua alta vascularização. b) fase inicial formação do hematoma, onde posteriormente liquefação e degradação dos produtos não viáveis no local da Thaysa Brandão fratura. Possui tecido de granulação, sua fase de calo mole 3-4 dias da lesão e dura 2-3 meses: mineralização da fratura. c) mal vascularizada, podendo predispor a infecção. Possui defeitos permanentes devido a alterações na cicatrização. d) é semelhante a todos os tecidos. A vascularização do tendão está relacionado com sua cura. A restauração da integridade mecânica pode nunca ser igual ao do tendão não lesionado. e) as terminações nervosas progridem na tentativa de se unir ao coto distal. Uma vez que a recuperação de alguns movimentos dificilmente são iguais ao que eram antes de lesionar, mas com fisioterapia as vezes torna-se viável. f) a principal característica é a aparente ausência de formação cicatricial. X 7- Como são classificadas as feridas quanto ao fechamento? n São classificadas como cicatrização de primeira intenção, segunda intenção e terceira intenção/primeira retardada. X 8- Ainda sobre as as classificações das feridas quanto ao fechamento, diferencie os processos: a) aproximação para agilizar o processo cicatricial. b) catrização menos estética. Thaysa Brandão c) depois de tratada a infecção e a ferida vedada, desbrida-se a área e reaproximam-se as bordas da ferida. Em síntese, é uma cicatrização de segunda intenção que se torna de terceira intenção. X 9- Quais os fatores influenciam na questão da cura das feridas? n Pode-se citar a idade, a hipóxia, hipoperfusão, anemia, esteroides e drogas quimioterápicas, distúrbios metabólicos, nutrição e infecção. X 10- Ainda sobre os fatores influenciáveis, dado as mesmas citadas acima defina: a) uma vez que a experiência clínica e estudos corroboram que pacientes idosos apresentam alterações fisiológicas intrínsecas que resultam em cura retardada ou prejudicada da ferida, principalmente pela queda de colágeno. Piora desses índices não levam em consideração as comorbidades. Thaysa Brandão b) ESSENCIAL: inflamação, angiogênese, epitelização e deposição de matriz; ISQUEMIA: risco maior de infecção e SÍNTESE DE COLÁGENO: aumenta coma a administração suplementar de oxigênio. c) pior fator, uma vez que o fator determinante final da oxigenação e da nutrição das feridas. Evitar fatores que provocam isquemia da ferida. d) não é deletéria em paciente normovolêmico para o reparo de feridas (hematócrito superior a 15%). Sabe-se que tem o aumento da pO2 saturação de hemoglobina > 100%, otimiza a síntese de colágeno. Esteroides e drogas quimioterápicas: Esteroides reduzem a reação inflamatória, a epitelização e a síntese de colágeno nas feridas. Aumenta as taxas de infecção independente do tempo de administração. Agentes quimioterápicos inibem a proliferação celular inicial e a síntese de DNA e proteínas. DIABETES: reduz a síntese de colágeno e a resistência da ferida. Tem comprometimento das defesas do hospedeiro contra infecção e distúrbios metabólicos. OBESIDADE: perfusão insatisfatória das feridas. f) ocorre a depleção proteica com perda recente ultrapassando 15 a 25% do peso corporal aumenta a incidência das deiscências. DÉFICIT DE ARGININA: diminui a resistência à ruptura da ferida e a síntese de colágeno. DÉFICIT DE VITAMINA C: aumenta a incidência de infecção. DÉFICIT DE VITAMINA A: aumenta a resposta inflamatória na cura das feridas. DÉFICIT DE OLIGOELEMENTOS: diminui síntese de colágeno, diminui os fibroblastos e retardaa epitelização. g) a contaminação da ferida por bactérias provoca infecção clínica e retarda a cicatrização. Tem processo inflamatório intenso piora aspecto da cicatriz, onde a antibioticoprofilaxia, quando bem indicada, diminui as taxas de infecção no sítio cirúrgico. Thaysa Brandão X 11- O que são feridas crônicas? n São feridas que deixaram de prosseguir através do processo ordenado que produz integridade anatômica e funcional satisfatória ou que prosseguiram através do processo de reparo sem produzir um resultado anatômico e funcional adequado. X 12- Quais fatores que influenciam a mesma? n Pode-se citar os fatores que comprometem a circulação, trauma repetido, má perfusão, má oxigenação e inflamação excessiva. X 13- Como se da a transformação maligna de feridas crônicas? n Através de qualquer ferida crônica que não se cure por um período prolongado de tempo é tendente à transformação maligna. Comum a presença de bordas invertidas das feridas. X 14- Dado alguns exemplos de feridas crônicas, fale sobre as mesmas: a) resultado de falta de suprimento sanguíneo. Dor: dolorosas, associadas a claudicação, dor em repouso, dor noturna e alterações da cor. Aparência: Ferida rasa com margens lisas, base e pele pálidas pulsos diminuídos ou ausentes mal formação do tecido de granulação pele seca, escamação e palidez. TRATAMENTO: reestabelecer o suprimento sanguíneo para depois fazer um tratamento local. Thaysa Brandão b) decorrentes de estase venosa e retropressão hidrostática. Dor: variável (normalmente indolor) com piora no final do dia e alívio com elevação do membro. Aparência: igmentação acastanhada combinada com perda de gordura subcutânea. Tratamento: compressão rígida ou flexível e tratamento local. c) os principais contribuintes para a formação das úlceras diabéticas incluem neuropatia, deformidade do pé e isquemia. A probabilidade de cura é pequena. Tratamento: controle glicêmico, erradicação da fonte infecciosa, desbridamento de áreas de necrose e infecção, usar calçados adequados. Thaysa Brandão d) localizada de necrose tecidual que se desenvolve quando um tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície externa. Múltiplos fatores contribuem para fisiopatologia. Tratamento: mudança de decúbito, melhora do estado nutricional, desbridamento de áreas de necrose.
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