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Thaís Viana de Ávila Oliveira 73A PSC - Semiologia do território Semiologia: estudo dos sinais (manifestações objetivas que podem ser verificadas, medidas e comprovadas) e sintomas (informações subjetivas que não são visualizáveis por quem recebe a informação). Semiologia médica tradicional: Anamnese: queixas, história da moléstia atual, história pregressa, história familiar, condição socioeconômica. Exame físico: inspeção, palpação e ausculta (sinais). Hipótese diagnostica Avaliação complementar Conduta terapêutica Semiologia do território: Anamnese: entrevistas com informantes-chave (pessoas relevantes da comunidade->estimativa- rápida), levantamento de dados preexistentes (estimativa-rápida), identificação dos determinantes sociais de saúde subjetivo/abstratos (condição econômica, segurança, acessibilidade). Exame físico: observação de campo (estimativa-rápida-> ruas estreitas, qualidade das moradias, transporte), identificação de determinantes sociais de saúde físicos (escola, polícia, posto de saúde). Diagnostico situacional: dificuldades, potencialidades (igreja, ação do poder público). Avaliação multisetorial: engenharia, arquitetura, vigilância sanitária, medicina veterinária. Projeto de intervenção: PSC2. Determinantes sociais, econômicos e ambientais no processo saúde-doença Saúde: Completo estado de bem estar físico, mental e social. -OMS 1948 Resultante das condições de alimentação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso a serviços de saúde... resultado de formas de organização social de produção, as quais podem gerar profundas desigualdades nos níveis de saúde. -8ª Conferência Nacional de Saúde Processo saúde-doença: Resultante de um conjunto de determinação que opera numa sociedade concreta. -Breilh e Granda 1986 Determinantes sociais da saúde: Características sociais dentro das quais a vida transcorre. -Tarlov 1998 Problemas de saúde e fatores de risco na população são resultantes de fatores econômicos, culturais, psicológicos, sociais, culturais, comportamentais, étnicos/raciais. -Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde Condições sociais que as pessoas vivem e trabalham. -OMS Fatores e mecanismos através dos quais as condições socais afetam a saúde e que potencialmente podem ser alterados através de ações baseadas em informação- Nancy Krieger 2001 -> Intervenção (PSC2) A análise dos determinantes sociais de saúde nos permite intervenções no sentido de ampliar políticas púbicas que possam reduzir as iniquidades, desigualdades consideradas injustas, e avançar para políticas de saúde com mais equidade. Classificados em grupo Macroestruturais: culturais/sociedade/ambientais Vida/trabalho Livre arbítrio Melhor nível de saúde quando: intersetorialidade, processos multidisciplinares = investimento para toda a sociedade. Abrandando as iniquidades (sofrimentos evitáveis, com compromisso ético com a ação). Tripé para mudanças: intersetorialidade, evidencia cientifica, participação social. PSC - Estimativa rápida Território: espaço de construção social que produz saúde e doença. Estimativa rápida Identificação das condições de vida da população, seu ambiente de vivência, como ela se distribui pelo território, suas necessidades de saúde e os problemas que afetam a população. Permite a identificação de intervenções em potencial para melhorar a situação. É apenas o primeiro passo do processo que resulta num plano de ação, é uma fotografia da realidade. procura e identifica problemas no território que sejam incômodos aos atores sociais para a criação de um plano de ação futuro 1º princípio: coletar somente os dados pertinentes e necessários, pois é o único meio pelo qual se pode fazer uma avaliação rápida. 2º princípio: obter as informações identificadas e necessárias por meio de investigações que deverão ser adaptadas para que reflitam as condições locais e as situações especificas. 3º princípio: necessidade de se envolver a comunidade com definição dos seus próprios problemas. Desenvolvimento da ER 1. Registros escritos existentes ou fontes secundarias. 2. Entrevistas com informantes-chave (peça principal da ER), utilizando roteiros ou questionários curtos. 3. Observação ativa da área, guiada por um roteiro de observação. LER - OUVIR - OBSERVAR OBS: Conhecimento = compreensão da informação > Informação = dados analisados, valor agregado > Dados = públicos de diferentes fontes Diretrizes para coleta e análise dos dados Decidir que informação deseja obter; Definir as fontes que serão utilizadas (entrevistas, análises em bancos de dados governamentais, observação ativa); Definir como/onde/quando/por quanto tempo essas fontes serão consultadas. • Informações sobre a população: composição da população (sexo/faixa etária), organização e estruturas comunitárias (grupo e suas relações), capacidade da comunidade em mobilizar, organizar e apoiar um conjunto comum de atividades. • Informações sobre o ambiente físico: ambiente físico (habitação, saneamento, ocupação do solo, poluição, pavimentação, conforto urbano), socioeconômico (nível geral de educação, meios de renda e inserção no mercado de trabalho, condições de vida), perfil de doenças. • Informações sobre os serviços: serviço de saúde e ambientais e serviços sociais (creches, centros sociais, abrigos, instalações de recreação, de reabilitação e apoio) • Informações sobre a política de saúde: vontade política, informações básicas sobre a evolução da política do governo local com relação a saúde e problemas a ela relacionados, exames orçamentários. https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/22977/mod_resource/content/1/1534-9176-1- PB%20%282%29.pdf PSC - Promoção à saúde Resultado de um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e culturais, coletivos e individuais, que se combinam de forma particular em cada sociedade e em conjunturas especificas, resultando em sociedades mais ou menos saudáveis. Promover saúde é promover qualidade de vida. Carta de Ottawa - Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde: Promoção à saúde é o “processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse processo.” Recursos indispensáveis para ter saúde: equidade, paz, renda, habitação, educação, alimentação adequada, ambiente saudável, recursos sustentáveis, e justiça social. Temas transversais da PNPS Determinantes Sociais da Saúde (DSS), equidade e respeito a diversidade; Desenvolvimento sustentável; Produção de saúde e cuidado; Ambientes e territórios saudáveis; Vida no trabalho; Cultura da paz e direitos humanos; Temas prioritários da PNPS Formação e educação permanente; Alimentação adequada e saudável; Práticas corporais e atividades físicas; Enfrentamento ao uso do tabaco e seus derivados; Enfretamento do uso abusivo do álcool e de outras drogas; https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/22977/mod_resource/content/1/1534-9176-1-PB%20%282%29.pdf https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/22977/mod_resource/content/1/1534-9176-1-PB%20%282%29.pdf Promoção da mobilidade segura; Promoção da cultura da paz e dos direitos humanos; Promoção do desenvolvimento sustentável. https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/24744/mod_resource/content/1/Malta%20et%20al% 2C%202018.pdf https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/24830/mod_resource/content/1/PNPS%20em%20co nstru%C3%A7%C3%A3o%202016.pdf PSC - Promoção à saúde do Idoso % de população idosa no Brasil: 14,3. Esperança de vida ao nascer: 75,44 anos. De 2010-2035, o Brasil dobrara a taxa de idosos, alcançando 20% da população. Políticas Públicas Política Nacional do Idoso (1994/1996): prevê direitos sociais a pessoa idosa (60 anos ou mais de idade). OMS-2002:envelhecimento ativo é uma diretriz para a política de saúde baseada em: saúde, participação e segurança. Estatuto do Idoso (2003): reafirmação dos direitos das pessoas idosas, cabendo a saúde garantir atenção integral a essa população, por meio do SUS. Política Nacional de Saúde do Idoso (1999/2006): reafirma os princípios da política nacional do idoso no âmbito do SUS. Diretrizes: Promoção do envelhecimento ativo e saudável; Atenção integral, integrada a saúde da pessoa idosa; Estímulos as ações intersetoriais, visando a integralidade da atenção; Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; Estímulo a participação e fortalecimento do controle social. Coordenação da saúde da pessoa idosa - SUS (2013/2014): Proposta de modelo de atenção integral: https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/24744/mod_resource/content/1/Malta%20et%20al%2C%202018.pdf https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/24744/mod_resource/content/1/Malta%20et%20al%2C%202018.pdf https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/24830/mod_resource/content/1/PNPS%20em%20constru%C3%A7%C3%A3o%202016.pdf https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/24830/mod_resource/content/1/PNPS%20em%20constru%C3%A7%C3%A3o%202016.pdf Campanha Promoção da Saúde (SUS): da saúde se cuida todos os dias. Caderneta de saúde da pessoa idosa Instrumento estratégico de qualificação da atenção a pessoa idosa. Auxilia no bom manejo da saúde da pessoa idosa. Instrumento de cidadania. https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA- IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/26342/mod_resource/content/1/0103-1104-sdeb-39- 105-00480.pdf PSC - Promoção à Saúde em Espaços Coletivos Processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse processo. - Otawa, 1986 Múltiplos cenários podem promover saúde: Hospital, UBS, casa das famílias, shopping, praças, escolas etc. Espaços coletivos Espaço de encontros entre os sujeitos, dispositivo de transformação, local onde as pessoas constroem novas possibilidades de intervenção no contexto da promoção da saúde. -Brasil,2009 Programa Academia da Saúde (PAS) Representa estratégia de promoção e produção do cuidado com saúde em espaços coletivos - Brasil, 2014 Políticas que subsidiam: Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) – PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) – PORTARIA Nº 687, DE 30 DE MARÇO DE 2006. Diretrizes e princípios que orientam as academias da cidade: Experiência de Belo Horizonte: As “academias da cidade” começaram em 2005, sendo 78 em funcionamento em 2020. São espaços intersetoriais com infraestrutura para a prática de exercícios físicos orientados (FERNANDES, 2017) https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/setembro/27/CADERNETA-PESSOA-IDOSA-2017-Capa-miolo.pdf https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/26342/mod_resource/content/1/0103-1104-sdeb-39-105-00480.pdf https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/26342/mod_resource/content/1/0103-1104-sdeb-39-105-00480.pdf https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/28010/mod_resource/content/1/Leitura%20aula%206.p df PSC - Saúde do Homem 2009 - Plano de Ação Nacional (Portaria Nº1944, de 27 de Agosto de 2009) 2011 - presente: inovação na política específica para homens Princípios e Diretrizes A PNAISH afirma princípios como universalidade e equidade, humanização, qualificação da atenção à saúde do homem, qualidade de vida, promoção da integralidade do cuidado na população masculina promovendo o reconhecimento e respeito a ética e aos direitos do homem obedecendo às suas peculiaridades socioculturais. Serviços de saúde que reconheçam os homens como sujeitos de cuidados; Priorizar a atenção básica com foco na Estratégia Saúde Família; Incluir na Educação Permanente temas ligados a atenção integral do homem; Nortear a prática de saúde pela humanização e a qualidade da assistência. Objetivo principal: Promover a melhoria das condições de saúde -> redução da mobilidade imortalidade -> fatores de risco -> facilitação ao acesso, as ações e os serviços de assistência integral à saúde. Eixos Norteadores Acesso e acolhimento; paternidade e cuidado; doenças prevalentes; violências e acidentes; saúde sexual e saúde reprodutiva. Por que os homens não se cuidam e não procuram os serviços de saúde? Linhas de Ação da Prefeitura de Belo Horizonte: Promover ações nos Centros de Saúde contemplados com o “Saúde na Hora”, uma vez que o programa se constitui como uma excelente oportunidade para promover o acesso da população masculina aos serviços de saúde; Realizar rodas de conversa com grupos da população masculina; Realizar busca ativa e ou ações de saúde em espaços de socialização masculina; Desenvolver ações de prevenção e tratamento de ISTs; Promover acesso para a realização de testes rápidos e exames laboratoriais; Garantir a presença do homem no acompanhamento do pré-natal da parceira quando solicitado; Solicitar os cartões de vacina nos atendimentos; Sensibilizar os ACs para um olhar diferenciado para o homem; Disponibilizar métodos contraceptivos e insumos para o sexo seguro; Garantir o acesso aos serviços especializados quando for necessário. PSC - Promoção à saúde da mulher Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher visa atender à população feminina brasileira acima de 10 anos de idade, em suas necessidades de saúde, em todas as fases de sua vida, de acordo com as características apresentadas em cada fase. Objetivos gerais: Eixos estruturantes da Promoção à Saúde da Mulher: Atenção à Saúde de segmentos específicos da população feminina; Saúde sexual e saúde reprodutiva, incluindo o planejamento reprodutivo e as ISTs/HIV/Aids; Câncer de colo de útero e mama; Atenção obstétrica; Atenção as mulheres em situação de violência; Atenção clínico ginecológica e climatério. https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/33643/mod_resource/content/1/03.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm PSC - Saúde da Criança e do Adolescente https://www.youtube.com/watch?v=QD70mYL32PY Eixos Atenção Humanizada e qualificada a gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido; Aleitamento materno e alimentação complementar saudável; Promoção e acompanhamento do crescimento do desenvolvimento integral; Atenção integral as crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas; Atenção integral da criança em situações de violência, prevenção de acidentes e promoção a cultura de paz; Atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações de vulnerabilidade; Vigilância do óbito infantil, fetal e materno. https://ead.cmmg.edu.br/pluginfile.php/33643/mod_resource/content/1/03.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm https://www.youtube.com/watch?v=S4tU2hEfkwI PSC - Humanização da Ambiência Ambiência: tratamento dado ao espaço físico entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar uma atenção acolhedora, resolutiva e humana. Eixos: confortabilidade; facilitador processo de trabalho; produção de subjetividades. Morfologia das edificações: formas, dimensões e volumes que configuram e criam espaços. Luz: iluminação natural deve ser garantida a todos os ambientes que a permitirem. Cor: a reação é profunda e até intuitiva. Cheiro: interfere ou não no bem-estar. Som: propõe-se a utilização de meio que reduzam o incomodo em relação aos ruídos que causam desconforto. Ruídos podem gerar: Arte: pode ser meio de inter-relação e expressão das sensações humanas. Implantação e entorno: condições topográficas deimplantação do edifício. Tratamento das áreas externas. Privacidade e individualidade: proteção da intimidade. Acessibilidade. Direito ao acompanhante. Respeito a cultura e as diferenças. https://www.youtube.com/watch?v=S4tU2hEfkwI
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