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1 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Gizelle Felinto DEFINIÇÃO “Síndrome clinica caracterizada pela incapacidade do coração em atender as demandas metabólicas teciduais ou quando os faz através de altas pressões de enchimento” ➢ Ou seja, é quando o coração não consegue atender a vitalidade dos tecidos ou para atender essa vitalidade precisa de pressão de enchimento alta. Para ter IC pode-se ter uma fração de ejeção reduzida ou ter uma fração de ejeção preservada ➢ ICC é a via final comum de todas as cardiopatias FISIOPATOLOGIA ➢ Alteração neuro-hormonal ➢ Hiperativação do sistema nervoso simpático ➢ Hiperativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona ➢ Hiperativação do sistema dos peptídeos natriuréticos ➢ Mecanismos envolvidos na gênese e progressão da IC: • ATIVAÇÃO DO SNS ▪ O corpo deixa de ser preponderantemente parassimpático e passa a ser simpático. Quanto mais tempo o simpático age, maior será a perda dos seus neurotransmissores ao longo do tempo, causando certa perda da eficácia do sistema nervoso simpático ▪ Vasos → vasoconstrição e hipertrofia ▪ Rins → aumento da liberação de renina, aumento da reabsorção de sódio ▪ Coração → necrose, apoptose, arritmias, altas pressões de enchimento • ATIVAÇÃO DO SRAA ▪ Vasoconstrição e aumento da aldosterona → aumento da PA ▪ IECA é superior a BRA • ESTRESSE OXIDATIVO (NO/ERO) ▪ Em excesso trazem resposta vasoplégica que traz malefícios à contração do coração • ALTERAÇÕES NEURO-HORMONAIS DA FUNÇÃO RENAL ▪ Aumento de SÓDIO e ÁGUA → edema (não só em MMII, mas também sistêmico) ▪ Liberação de ADH → reabsorção de água • PEPTÍDEOS NATRIURÉTICOS • ALTERAÇÕES NEURO-HORMONAIS DA VASCULATURA MEDIADORES INFLAMATÓRIOS E REMODELAMENTO VENTRICULAR ➢ Padrões de Hipertrofia: • Sobrecarga de pressão → HVE concêntrica (aumento da espessura da parede) • Sobrecarga de volume → HVE excêntrica (aumento do diâmetro das câmaras) FATORES DE RISCO PARA IC ➢ Isquêmica → principal causa de IC ➢ Cardiotoxicidade ➢ Doença de chagas 2 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Gizelle Felinto ➢ Miocardite ➢ Infiltrativa ➢ Metabólica ➢ Genética ➢ Hipertensão ➢ Valvopatia ➢ Congênita ➢ As causas mais frequentes no Brasil são: ISQUÊMICA e HIPERTENSIVA CLASSIFICAÇÕES ESTADIAMENTO DA IC (Não existe reversão de estágio) • A → pacientes com fatores de risco para ter IC, mas sem alteração estrutural (HAS, DM, obsesos, dislipdêmicos) ▪ Controlar fatores de risco • B → fatores de risco + alteração estrutural, porém assintomático (HVE, IAM, doenças orovalvares) ▪ IECA + BB + Espironolactona • C → fatores de risco + alteração estrutural + sintomas ▪ Tratamento clínico + medidas adicionais (cirurgia, CDI...) • D → IC refratária ao tratamento clínico ▪ quando todas as medidas acima já foram feitas e não houve resultado ▪ considerar transplante e dispositivos de assistência ventricular CLASSIFICAÇÃO DE NYHA • NYHA I → ausência de sintomas durante as atividades cotidianas • NYHA II → sintomas leves durante as atividades cotidianas • NYHA III → dispneia aos pequenos esforços ou sintomas desencadeados a atividades menores que as cotidianas • NYHA IV → sintomas em repouso ou aos mínimos esforços ➢ Útil do ponto de vista Prognóstico → avaliação funcional do paciente de acordo com os sintomas ➢ Dispneia → sempre classifica de acordo com as atividades habituais ➢ Quanto maior o NYHA, pior o prognóstico ➢ Sempre correlacionar com a idade, gênero, grau de atividade física → tem que saber como a pessoa era antes de ter ICC para poder classificar ela FRAÇÃO DE EJEÇÃO (pelo Ecocardiograma) ➢ FE < 40% → IC com Fração de ejeção reduzida • Tratamento medicamentoso muda mortalidade ➢ FE > 50% → IC com Fração de ejeção preservada • Medicamentos não mudam sobrevida, deve- se apenas tratar comorbidades ➢ FE = 40 – 50% → IC com Fração de ejeção intermediária ou limítrofe • Ainda não se sabe como conduzir esses casos TEMPO DE APARECIMENTO ➢ Aguda (< 6 meses)→ ex: paciente com o coração normal e de repente infarta • Muitas vezes se manifesta com Hipervolemia pulmonar antes de ter hipervolemia sistêmica • Por isso, usa-se muito VASODILATADOR (nitrato) ➢ Crônica (> 6 meses) → paciente que já tem ICC, não fez tratamento correto e internou descompensado • Paciente que quando apresenta hipervolemia pulmonar ele já tem hipervolemia sistêmica • Prioriza-se DIURÉTICOS LADO DO CORAÇÃO ACOMETIDO (o sangue volta pra onde ele veio!) ➢ Esquerda → é a principal causa de Insuficiência Cardíaca ▪ Sangue acumula à nível de pulmão, se não tratar, esse sangue vai acumulando e acaba indo para o lado direito do coração ▪ Congestão Pulmonar: VE ruim → acúmulo de sangue no AE → veias pulmonares → pulmões ➢ Direita → a sua principal causa é a insuficiência cardíaca esquerda ▪ Congestão Sistêmica VD ruim → VD → AD → Veia Cava 3 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Gizelle Felinto DÉBITO CARDÍACO ➢ Baixo Débito Cardíaco: ▪ Exemplo: Infartou, perdeu Fração de Ejeção e perde débito cardíaco ➢ Alto Débito Cardíaco: ▪ Situação em que o DC está normal, mas a periferia está mais exigente ▪ Paciente com ICC e: hipertireoidismo, anemia, cirrose, fistulas, Beriberi AVALIAÇÃO INICIAL ➢ Confirmar o diagnóstico ➢ Identificar etiologia e fatores precipitantes ➢ Disfunção → Sistólico x Diastólico ➢ Estimar prognóstico DIAGNÓSTICO → É CLÍNICO! ➢ Baixo débito (hipoperfusão) + congestão • Hipoperfusão ✓ Fadiga ✓ Intolerâncias ao exercício ✓ Taquicardia ✓ Hipotensão ✓ Extremidades fria ✓ Astenia ✓ Anorexia ✓ Dispneia aos esforços ✓ Alteração do nível de consciência ✓ Cianose • Congestão: ▪ Pulmonar (IC Esquerda) → sintomas respiratórios ✓ Dispneia aos esforços ✓ Ortopneia ✓ Dispneia paroxística noturna ✓ Taquipneia ✓ Ausculta: estertores creptantes ✓ Derrame pleural ▪ Sistêmica (IC Direita) ✓ Turgência jugular ✓ Estase jugular ✓ Refluxo hepatojugular ✓ Hepatomegalia ✓ Edema de membros inferiores ✓ Dor em hipocôndrio direito pela distensão da capsula de glissom ✓ Ascite ✓ Edema periférico ✓ Inapetência ✓ Plenitude gástrica CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS CRITÉRIOS DE FRAMINGHAM ➢ Critérios Maiores: aqueles que fazem pensar mais em ICC • Dispneia paroxística noturna • Estertores crepitantes pulmonares • B3 • Refluxo hepatojugular • Estase jugular • Cardiomegalia à radiografia de tórax • Perda de mais de 4,5 kg após 5 dias fazendo uso de diurético (FUROSEMIDA) ➢ Critérios Menores: aqueles que fico em dúvida se é ICC ou outra doença • Edema de Membros inferiores • Dispneia aos esforços • Taquicardia • Tosse noturna • Derrame pleural • Hepatomegalia INVESTIGAÇÃO ETIOLÓGICA ➢ Avaliar antecedentes mórbidos ➢ Antecedente de febre reumática ➢ Doenças congênitas ➢ Distúrbios ventilatórios do sono ➢ Antecedentes pessoais ou familiares de miopatia ➢ Uso de álcool, drogas ilícitas ou terapias alternativas ➢ Uso de agentes cardiotóxicos ➢ Avaliar epidemiologia para chagas ➢ Investigação de causas: • Isquêmica: ▪ Fatores de risco para DAC DIAGNÓSTICO 2 critérios maiores 2 menores + 1 maior 4 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Gizelle Felinto ▪ História de IAM ▪ ECO com alteração segmentar (alterações na contração do VE, por exemplo) • Chagástica: também pode causar uma alteração segmentar ▪ Antecedente epidemiológico ▪ ECO: aneurisma apical → Aneurisma em “dedo de luva” (a ponta do ventrículo esquerdo fica parada) ▪ Sorologia para chagas ▪ ECG: BRD + BDASE • Hipertensiva → diagnóstico de exclusão • Alcoólica → diagnostico de exclusão ▪ > 90g ao dia por > 5 anos • Miocardite → diagnósticode exclusão ▪ Infecção viral recente ▪ IC recente < 2 EXAMES COMPLEMENTARES PARA O DIAGNÓSTICO ECG ajuda a saber qual a etiologia e prognóstico • Área elétrica inativa em alguma parede → Isquemia • BRD + BDASE → Chagas • Baixa voltagem com pseudoinfarto anterior → Amiloidose (doença infiltrativa) • Prognóstico: BRE → quanto mais largo o QRS (dessincronia ventricular), pior o prognóstico RADIOGRAFIA DE TÓRAX • Cardiomegalia • Sinais de congestão → linhas B de Kerley ECOCARDIOGRAMA é o principal exame • Mostra a Fração de Ejeção • Sugere etiologia • ICFEP x ICFER BIOMARCADORES BNP e NT pró BNP • BNP → biomarcador produzido no ventrículo em resposta ao estiramento ventricular • Indicação: dúvidas diagnósticas • Quando maior o BNP, pior o prognóstico • O BNP é bem maior na ICFER • BNP > 35 → Insuficiência cardíaca • NT pró BNP > 125 → insuficiência Cardiaca • Muito úteis na IC descompensada na sala de emergência: ▪ BNP > 400 → indicativo de IC ▪ BNP < 100 → não é IC ▪ NT pró BNP > 450 (maior acurácia!) → IC ✓ Cuidado! Tem situações que podem aumentar o BNP sem ser IC → sepse, idade avançada ✓ Tem algumas situações que podem diminuir o BNP→ obeso que tem IC pode ter o BNP mais baixo HOLTER • Mais usados nas taquicardiomiopatias • Paciente que refere: palpitações, síncope • Detecção de arritmias ESTUDO ELETROFISIOLÓGICO • Se detectada alguma arritmia complexa no Holter BIOPSIA DA IC CRÔNICA • Piora inesperada do quadro clínico • Avaliação na possibilidade de doenças infiltrativas ou restritivas de causas desconhecidas (sarcoidose e amiloidose) PROGNÓSTICO ➢ MAGGIC Score: • Idade → avançada = piora do prognóstico • Sexo → homem 5 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Gizelle Felinto • IMC • TBG • PA sistólica • Creatinina • Fração de ejeção • Classe funcional (NYHA) • IC há mais de 18 meses • DM • DPOC • Uso de betabloqueadores e IECA TRATAMENTO TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO ➢ Dieta saudável e balanceada • Sal → 2 – 6g por dia ➢ Restrição hídrica deve ser individualizada • Geralmente, essa restrição é maior nos pacientes que tem hiponatremia funcional ➢ Exercícios supervisionados → melhora da qualidade funcional ➢ Orientar vacinação → anual de influenza e de pneumococo ➢ Abandonar tabagismo, desencorajar etilismo, evitar AINES TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ➢ MEDICAMENTOS: • IECA → inibe enzima conversora de angiotensina • BRA → bloqueador do receptor de angiotensina • Antagonista da Aldosterona (ESPIRONOLACTONA) • BB → inibe atividade simpática • SACUBITRIL/VALSARTANA • IVABRADINA → controle da FC • HIDRALAZINA E NITRATO IC COM FRAÇÃ0 DE EJEÇÃO REDUZIDA MEDICAÇÕES QUE REDUZEM MORTALIDADE ➢ Betabloqueador ▪ Ação: Bloqueio da atividade simpática o Redução da FC (aumento do tempo diastólico) o Redução do consumo de oxigênio o Melhora a sensibilidade dos receptores adrenérgicos ▪ Contraindicações: relativas o Hipotensão o Bradicardia o DPOC ativa ▪ Indicações: o Pacientes com disfunção sistólica (Fração de ejeção reduzida) o Doença isquêmica o Pneumopatas (usar os mais cardioseletivos) → BISOPROLOL, CARVEDILOL e METOPROLOL ✓ BISOPROLOL (é o mais seletivo) → até 10 mg/dia o DPOC o É o mais Bradicardizante (baixa mais a FC) ✓ CARVEDILOL → até 50 mg 2x/dia (se o paciente tiver mais de 80 kg) o É o que mais baixa a pressão, pois tem efeito alfa e beta bloqueador o Diabetes o Doença Arterial Obstrutiva Periférica (pois ele é alfa e beta bloqueador) ✓ SUCCINATO DE METOPROLOL (até 200 mg/dia) ✓ NEBIVOLOL (> 70 anos e < 75 anos) ➢ IECA → todos os IECA demonstraram eficácia ▪ Ações: 6 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Gizelle Felinto ✓ Vasodilatador arterial (reduz pós carga) ✓ Vasodilatação venosa (reduz pré-carga) ✓ Aumenta bradicinina (vasodilatação) ✓ Evita efeitos nocivos da AT2 no miocárdio ▪ Efeito adverso: tosse ▪ Contraindicações: ✓ ANGIOEDEMA ✓ Estenose de Artéria renal bilateral ✓ Pessoa com apenas 1 rim e ele tem estenose de artéria renal ✓ Hipercalemia (potássio) ✓ Insuficiência renal aguda ou crônica ▪ Cr > 2,5 ▪ K > 5,5 ➢ BRA → como alternativa ao IECA ▪ Não usar IECA com BRA ▪ Indicações: ✓ Pacientes intolerantes ao IECA → tosse ➢ Espironolactona (antagonista da aldosterona) • Indicações: ▪ IC grau III ou IV, ou ▪ FE < 35%, ou ▪ Refratários à terapia com IECA e BB • Contraindicações = IECA/BRA • Efeitos colaterais: ▪ Ginecomastia ➢ Hidralazina + Nitrato ▪ Indicações: ✓ Intolerantes a IECA ou BRA ✓ Afrodescendentes em terapêutica otimizada da ICC ✓ Paciente sintomático mesmo com terapia tripla otimizada ▪ Como alternativa ao IECA: ✓ Não toleram IECA ✓ Paciente que faz Hipercalemia ✓ Insuficiência renal ✓ Negros ▪ Ou usar como um vasodilatador a mais ▪ 3x ao dia em dose máxima com intervalos de 12h entre elas ▪ Hidralazina → vasodilatador arterial ▪ Nitrato → vasodilatador venoso ➢ Valsartana com Sacubitril ▪ IECA + BB + espironolactona e mesmo assim ainda apresenta FC e BNP alto → tira o IECA e coloca o valsartana com sacubitril ➢ Ivabradina* ▪ Age no nó Sinoatrial → bradicardia ▪ Em associação à terapêutica padrão para controle da FC ▪ Sozinha → quando se tem contraindicação ao BB e mesmo assim fosse preciso fazer o controle da FC ▪ Tem que ter ritmo sinusal. Se tiver FA, não se pode usar Ivabradina ▪ Efeito colateral → efeito visual ▪ Se meu paciente faz uso de BB (CARVEDILOL) em sode máxima e não atingiu a frequência pode-se: ✓ Associar à Ivabradina → se o paciente tiver ritmo sinusal, FC > 70 e tiver na dose máxima tolerada do BB ✓ Ou apenas trocar o CARVEDILOL pelo BISOPROLOL, pois ele é mais bradicardizante MEDICAÇÕES QUE SÓ TRATAM SINTOMAS ➢ Diuréticos → Congestão • De alça → são os mais utilizados e que tem um efeito mais a nível de congestão • Tiazídicos → principalmente quando se tem uma tolerância à dose dos de alça. Ajudam a controlar pressão, tem pouco efeito volêmico • Se fizer uso de forma indevida e crônica em pacientes sem sintomas de congestão → efeitos deletérios (disfunções renais, hipotensão, síncope) • Menores doses terapêuticas até se encontrar a dose ideal ➢ Digitálicos (DIGOXINA) • Mecanismo de ação: ▪ Inibe a Na/K ATPase ▪ Aumento do conteúdo intracelular de Cálcio ▪ Reduz FC • Cuidado! → Nefrotoxicidade (IRA ou intoxicação digitálica) ▪ Intoxicação digitálica → tríade ✓ TGI → náuseas e vômitos ✓ SNC → escotomas, vertigem, confusão mental ✓ Coração → arritmias (taquicardia atrial multifocal)) • Indicações: ▪ Pacientes com terapêutica otimizada e ainda sintomáticos ▪ Pacientes com FA para controle da FC ESQUEMA TRÍPLICE IECA + BB + ESPIRONOLACTONA 7 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Gizelle Felinto ➢ A terapia é um ESQUEMA TRÍPLICE: • Não tem diferença entre começar com BB ou começar com IECA. Porém, é mais racional começar primeiro o IECA, pois é um vasodilatador e promove uma melhora no perfil hemodinâmico, e, geralmente, o paciente irá tolerar melhor o BB • Paciente com esquema tríplice em dose máxima: ▪ Assintomático (NYHA I) → não muda nada. Mantém a terapia e não adiciona nenhum outro medicamento ▪ Sintoma aos esforços (NYHA II, III ou IV) ➢ Paciente com ICFER (FE < 40%): o que fazer? • CARVEDILOL (IECA) + BB + ESPIRONOLACTONA → em doses máximas ▪ FC ≥ 70 bpm e Ritmo sinusal → + Ivabradina ▪ BNP alto → troca IECA e coloca valsartana com sacubitril • Paciente negro → IECA + BB + ALDACTONE + IVABRADINA, mas ainda tem sintomas ▪ Associar Hidralazina + dinitrato de isossorbida INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA (ICFEP)➢ 50% dos casos de IC ➢ Idosos, mulheres, HAS, DM, obesidade, Doença renal crônica e FA ➢ TRATAR CAUSA BASE/COMORBIDADES ➢ Diagnóstico: • Sinais e sintomas • Ecocardiograma → FE ≥ 50% • Sinais de disfunção diastólica TRATAMENTO ➢ Tratamento não diminui a mortalidade! Trata-se sintomas/comorbidades ➢ Estudos comprovam que reduzem internamento: • PERINDROPRIL (IECA) • CANDESARTANA (BRA) • ALDACTONE (Espironolactona) → é o que mais está associado à redução dos números de internamento TRATAMENTO CIRURGICO DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ➢ Ressincronização Cardíaca → pessoa tem que ter ritmo sinusal, dessincronia (BRE) e a resposta é melhor quando o bloqueio é maior (a partir de 150 ms), deve ter uma classe funcional ruim, fração de ejeção baixa e uma boa expectativa de vida de pelo menos 1 ano • BRE + Ritmo sinusal + QRS ≥ 150 ms + Classe Funcional II – IV + FE ≤ 35% + expectativa de vida de 1 ano + terapia otimizada ➢ CDI → pacientes que tem muita arritmia ventricular ou que já tiveram morte súbita abortada vão se beneficiar • Sobreviventes FV ou TV instável • FE ≤ 35% + CF II/III + expectativa de vida de 1 ano (isquêmico) ➢ Revascularização e Aneurismectomia → pacientes com lesão de tronco • Revascularização → controversa • Aneurismectomia → cardiopatia isquêmica + discinesia + IC refratária ou arritmia refratária ou fenômenos tromboembólicos recorrentes ➢ Transplante Cardíaco 8 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Gizelle Felinto • IC avançada + terapia otimizada + sintomas refratários • Classe funcional III/IV refrataria com tratamento medicamentoso otimizado • Contraindicações: ▪ idade > 65 anos ▪ Hipertensão Arterial Pulmonar ▪ IRC diabética com LOA ▪ Infecção ativa (HIV, CHV) ▪ Câncer incurável INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA ➢ Pode se apresentar no pronto-socorro de duas formas: • Era saudável e chega de repente com uma IC • Pessoa que já tinha IC e descompensa por algum motivo ➢ IC de novo → vai precisar mais de Vasodilatador, pois tem hipervolemia pulmonar logo de cara ➢ IC Crônica Descompensada → tem hipervolemia pulmonar e sistêmica, precisando mais de diarético ➢ A principal causa para o paciente descompensar é a má adesão ao tratamento ➢ Muito mal perfundido → DROGA VASOATIVO ➢ Muito congesto → DIERÉTICOS ➢ CLASSIFICAÇÃO DE STEVENSON: Classificação de acordo com o perfil hemodinâmico • Congesto = úmido • Não congesto = seco • Má perfusão = frio • Boa perfusão = quente A → Seco e quente (paciente está bem!) B → úmido e quente (é o mais comum) → bom nível de consciência, mas congesto C → úmido e frio → droga vasoativa (se estiver chocado) e diurético (se estiver congesto) L → seco e frio → volume TRATAMENTO DA IC DESCOMPENSADA ➢ PERFIL A → não faz nada ➢ PERFIL B → ex: Furosemida e Captopril • QUENTE → vasodilatador • ÚMIDO → Diurético ➢ PERFIL C • ÚMIDO → Diurérico • FRIO → ver a pressão sistólica ▪ PAS < 70 → vasopressor e inotrópico com cautela ▪ PAS = 70 - 90 → as vezes pode-se dar só o inotrópico ▪ PAS > 90 → pode dar só o Vasodilatador ➢ PERFIL L • Dar volume (soro)
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