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1 Beatriz Machado de Almeida Emergências cirúrgicas – Aula 9 OBSTRUÇÃO URINÁRIA ANATOMIA É importante fazer a divisão do trato urinário. O fluxo da urina começa nos rins, nos cálices menores, passando para os maiores, encontrando a pelve renal onde vai descer pelo ureter, bexiga e uretra, até o paciente eliminar essa urina. Qualquer região desse trato urinário que seja obstruída pode gerar sintomas, nem todos precisam de algum tipo de intervenção. A gente costuma ouvir às vezes que cálculo renal, ureteral só dói quando ele é obstrutivo no ureter ou na pelve renal, mas existem pacientes que tem cálculos pequenos renais que obstruem alguns infundíbulos desses cálices menores, e o paciente pode apresentar sintomas. Mas não necessariamente são pacientes que precisam ser abordados em regime de urgência. Então, qualquer obstrução a partir do ureter, da pelve renal para ureter, pode acabar se tornando urgência, que gera algum tipo de impacto do ponto de vista infeccioso, de comprometimento da função renal ou gere muito sintoma para esse paciente. Aula - obstruções infravesicais. EPIDEMIOLOGIA • Mais frequente em homens e com idade superior a 60 anos: Destacar hiperplasia benigna da próstata. • Outras causas: CA de próstata avançado, estenose de uretra, processos infecciosos. • A obstrução infravesical é a mais frequente. • Pode levar IRA: simplesmente pelo fato de ter uma hiperplasia prostática com obstrução do fluxo urinário. • Invariavelmente demanda um procedimento invasivo: principalmente quando estão completamente obstruídos, seja uma sondagem de alívio, uma cateterização de demora vesical ou suprapúbica. ETIOLOGIA • Mulheres: ❖ Nefrolitíase, uretorolitíase; ❖ Útero gravídico: hidronefrose fisiológica nas mulheres no 2-3º trimestre gestacional; ❖ Miomas uterinos; ❖ DIPA; ❖ Endometriose: leva a estenoses ureterais. ❖ Ligadura do ureter traumáticas: principalmente em cirurgias pélvicas e oncológicas; ❖ Tumor uterino: principalmente do colo e útero → compressão extrínseca levando a IRA → precisam ser desobstruídas com implante de cateter duplo J ou nefrostomia nos casos mais avançados que não se consegue usar o cateter; ❖ Tumor de ovário. Mulheres: Observa-se um fator obstrutivo principalmente nas porções distais do ureter, podendo até acometer porções mais proximais e bexiga. • Homens: ❖ Nefrolitíase, uretorolitíase; ❖ Infecção: infecção urinária leva a obstrução. Existem exceções, mas a estase urinária promove a predisposição ao desenvolvimento de infecções. Pacientes com HPB que muitas vezes urinam bem, quando passa um processo infeccioso acabam com edema e processo infeccioso local, entrando em retenção urinária. ❖ Traumatismo: principalmente perineais, fraturas pélvicas, lesão de uretra. ❖ Coágulos: de qualquer causa que gere algum tipo de hematúria nesses pacientes. ❖ HBP: ❖ Câncer de próstata: quando mais avançado. ❖ Câncer de bexiga: quando cresce mais e atinge o colo vesical. Urgências Urológicas 2 Beatriz Machado de Almeida Emergências cirúrgicas – Aula 9 ❖ Outros tumores: reto. Podem crescer de forma intensa na região pélvica e por compressão extrínseca nessas estruturas. Pacientes que também sofre radioterapia na pelve podem cursar com estenoses ureterais. A ligadura do ureter, observada na imagem à esquerda, principalmente em histerectomias, o ureter passa adjacente a artéria uterina, então muitas vezes por ele ser de fino calibre, e em vigência de algum sangramento quando há ligadura dessa artéria uterina, acaba tendo uma lesão inadvertida do ureter. A ligadura também pode acontecer decorrente de processos inflamatórios e sangramentos. Lembrar que o ureter não é uma estrutura facilmente identificável se você não for especialista. Existem três pontos principais de impactação de cálculos no segmento ureteral, que são: • JUP -junção ureteropiélica: junção que o ureter cruza sobre os vasos ilíacos; • JUV - junção ureterovesical: na prática é onde mais se vê impactação de cálculos. Às vezes o paciente tem um cálculo pequeno, mas quando chega nessa porção, quase que intramural da bexiga e ureter, esses pacientes ficam muito sintomáticos e às vezes precisam passar por procedimento cirúrgico para poder se livrar desse processo. Só entender que esses pacientes podem ser acometidos de forma iatrogênica, com foi visto, em qualquer tipo de cirurgia pélvica. Lembrar que o ureter é uma estrutura extremamente nobre!! Essa figura mostra a apresentação da hiperplasia prostática, gerando uma obstrução ao fluxo urinário na imagem da direita. No da esquerda observamos um processo normal de uma próstata normal com calibre da uretra prostática adequado, bexiga com baixa depressão. Quando se observa o da direita é visto uma estase urinária, obstrução ao fluxo urinário. Lembrar que quando faz hiperplasia não associa diretamente a sintomatologia e obstrução ao volume da próstata. Existem pacientes que têm altos volumes prostáticos e não têm graus importantes de obstrução, podem ser observados de forma clínica/conservadora. Existem pacientes que têm anatomia prostática desfavorável, com crescimento de lobo mediano, projeção para uretra muito exuberante, onde acabam que esses pacientes precisam posteriormente de desobstrução cirúrgica. Tamanho não é documento quando a gente faz hiperplasia prostática. MANEJO NO CONTEXTO DE URGÊNCIA • Anúria (12 horas sem urinar): ❖ Dor suprapúbica/sintomas irritativos → provavelmente está obstruído - infravesical → cateterismo vesical (se insucesso → chamar o urologista para avaliar; esse paciente provavelmente vai precisar de uma cistostomia). É importante o domínio da prática de punção suprapúbica para tirar o paciente da urgência e evitar uma IRA. ❖ Dor lombar/cólica renal/nefrética → obstrução provavelmente supravesical (acima das bexigas, ureter ou pelve renal) → avaliação de um especialista – urologista. 3 Beatriz Machado de Almeida Emergências cirúrgicas – Aula 9 APRESENTAÇÃO Se for um paciente com primeira vez de obstrução urinária e você acha que seja uma retenção associada a um fator reversível, pode até ser uma obstrução prostática, mas sendo a primeira, você pode fazer um cateterismo vesical de alívio e observar se ele vai fazer diurese espontânea depois e encaminha ele para avaliação ambulatorial. Se é um paciente com retenções recorrentes ou algum fator associado, como uma hematúria muito importante por exemplo, algum fator que você considere que esse paciente vá manter essa retenção, você passa logo o cateter de demora. Se trata causas reversíveis como ITU, coágulos que estejam obstruindo... Depois tira o cateter e analisa se há diurese espontânea: se não tiver, infelizmente ele vai acabar tendo que passar por uma desobstrução cirúrgica. Mas, existem fatores reversíveis, por exemplo pacientes que fazer anestesias com bloqueio, principalmente raqui, muito comum fazerem retenção urinária no pós operatório, assim como ITU, sangramentos... Então os pacientes podem fazer outros mecanismos reversíveis que gerem obstrução urinária e não precisa usar o de demora, mas se esse paciente tiver recorrendo esses quadros ou tiver algum fator que você considere que esse paciente não consegue urinar de forma espontânea, precise passar uma sonda de 3 vias para irrigar, o ideal seria passar uma sonda de demora, e também se o paciente estiver com disfunção renal associada. Individualizar! Essa imagem da esquerda é a representação do exame físico de um paciente com obstrução urinária. Você vai observar um globo vesical palpável, que não precisa de nenhum exame de imagem para diagnosticar, paciente com parada de eliminação da urina. Paciente refere que o abdome dele está aumentandode volume nas últimas 6-12 horas, está com bexigoma, precisa passar uma sonda. Se não conseguir e não tiver acesso ao urologista você faz uma punção, se tiver, você pede para ele tentar sondar ou fazer uma cistostomia. A imagem da direita é uma TC desse paciente, porém, não é um exame necessário. CATETERISMO VESICAL CONTRAINDICAÇÕES: As contraindicações são situações em que se deve evitar a sondagem por via uretral. • Hematoma perineal. • Fratura pélvica: trauma perineal pélvico extenso. • Hematúria. • Sangramento uretral (uretrorragia) Em situações especiais podemos tentar fazer uma sondagem por via endoscópica para tentar realinhar essa uretra (procedimento de especialista). Paciente nessa imagem precisa ser submetido ao cateterismo suprapúbico. MANEJO: 4 Beatriz Machado de Almeida Emergências cirúrgicas – Aula 9 Se o paciente tem uma retenção urinária aguda ou é um quadro transitório, com fator reversível associado ou é o primeiro episódio, pode fazer um cateterismo de alívio. Se esse paciente tiver um quadro permanente, ou se você não sabe se é uma causa reversível ou não, o ideal seria passar uma sonda de demora, e posteriormente ele ser avaliado. Se você não consegue ou tem alguma contraindicação, esse paciente precisa fazer uma cistostomia (punção ou cirurgia). Normalmente a gente faz cistostomia cirúrgica em pacientes que tem abordagens cirúrgicas abdominais prévias, onde a gente não acredite ser seguro fazer punção as cegas nesses pacientes. A cistostomia é um procedimento feito quando o paciente não tem a região abdominal manipulada previamente segura, porque a parede anterior da bexiga em sua grande maioria não é recoberta pelo peritônio, já a parede posterior é recoberta pela cúpula em uma porção discreta. Então a região suprapúbica ali mais próxima ao púbis é uma região extraperitoneal, podendo assim fazer uma punção sem ter risco de lesão em alça intestinal. CISTOSTOMIA A imagem representa uma técnica de punção supra púbica, com material descartável. Mas existe também com materiais metálicos permanentes. Na técnica é feita uma punção com trocanter, quando é observado o retorno de urina passa a sonda e insufla o balão da sonda, retirando o trocanter posteriormente e fixando na pele. Normalmente mantém entre um período de 30 e 45 dias até a primeira troca, que é um período que se considera maturado o suficiente para passar uma sonda de forma segura. TORÇÃO TESTICULAR • É uma torção do cordão espermático. • Lembrar da existência do epidídimo, apêndices epididimários e testiculares que podem sofrer torções que são quadros bem mais brandos. • Muitas vezes existem patologias que simulam esse quadro clínico. Quando se fala de torção testicular, ela faz parte de uma entidade diagnóstica chamada de Escroto Agudo, são pacientes que sofrem de dor testicular aguda que necessitam ir à emergência. Esses quadros devem ser muito bem avaliados porque essas patologias podem ser simplesmente inocentes ou aquelas que levam a perda da unidade testicular. Além da torção, outros diagnósticos comuns são: infecções orqueoependidimites, traumatismos e tumores. É muito importante levar em consideração a possibilidade de tumor nesses pacientes, pois a etiologia é completamente diferente, mas a idade dos pacientes é muito parecida. Tanto tumores testiculares quanto torções são mais comuns em pacientes jovens. Muitas vezes se ouve relatos de pacientes que levaram uma bolada e que perceberam durante 8 dias o testículo inchando, alguns desses pacientes tiveram diagnóstico de tumor de testículo. Tumor de testículo cresce de forma muito rápida, diferentemente do tumor de próstata. A partir do momento que diagnosticou um tumor de testículo a intervenção deve ser urgente para melhor prognóstico do paciente. A abordagem cirúrgica oncológica sempre por via inguinal, nunca violar bolsa escrotal devido a alteração da drenagem linfática do testículo que pode inviabilizar um posterior tratamento. Quando essa drenagem é modificada esses pacientes que tem a drenagem retroperitonial passam a ter drenagem inguinal, inviabilizando cirurgias de resgate. 5 Beatriz Machado de Almeida Emergências cirúrgicas – Aula 9 EPIDEMIOLOGIA • Principal causa de dor escrotal aguda. • 60% das causas de dor na adolescência. • Urgência cirúrgica → risco de necrose. • Torção intravaginal e extravaginal. O testículo é envolvido por várias túnicas, mas a que importa para no caso da torção é a túnica vaginal, que é onde se acumula o líquido daqueles pacientes com quadro de hidrocele. Mas nesses pacientes existe uma variação anatômica que chamamos de testículo em badalo de sino, essa variação consiste em uma túnica vaginal exuberante onde o paciente chega com o testículo um pouco mais solto. Então esses pacientes são mais vulneráveis a torção testicular (questão de prova). Torções extravaginais são mais raras, mas estão mais associadas a eventos traumáticos. Torção testicular é uma urgência cirúrgica. Se você tiver certeza que é uma torção, você pode abordar por via escrotal. Se você não tiver certeza e for um diagnóstico duvidoso e tiver qualquer suspeita de tumor, faz abordagem por via inguinal. QUADRO CLÍNICO • Inicialmente hiperemia e edema. Evolução para dor testicular súbita: acontece por conta da congestão vascular associada a obstrução ao retorno venoso. • Pode apresentar dor abdominal ou inguinal: A dor pode se irradiar pelo trajeto da inervação testicular e do cordão espermático. • Ausência de reflexo cremastérico: visto quando você faz a estimulação da face medial da coxa. • Sinal de Prehn negativo: Sinal de Prehn é uma manobra em que se faz uma elevação testicular e quando o paciente refere melhora da dor, ele é positivo. Isso acontece em pacientes que tem Orchiepididimite. • Tempo fator determinante de prognóstico: quanto menor o tempo de torção, maior a chance dele ter essa unidade testicular salva. Período ideal para esse paciente ser abordado: menos de 6h de torção. Principal diagnóstico diferencial: Orchiepididimite. ORCHIEPIDIDIMITE • Uma doença que normalmente está associada a microrganismos sexualmente transmissíveis (gonococo, clamídia, micoplasma). • Pacientes mais jovens, com vida sexual ativa, mas pode acontecer em qualquer idade. • Dor de início mais gradual: dor que oscila um pouco mais. • Pode estar associada a sintomas urinários por estar associada a infecção. • Sinal de Prehn é positivo. • Reflexo Cremastérico mantido, pois o paciente não está com o testículo torcido, então pode ter a retração do cordão. TORÇÃO TESTICULAR • Ocorre normalmente em crianças ou adultos jovens e adolescentes. • Dor mais súbita e aguda. EXAMES COMPLEMENTARES USG com Doppler: não deve ser um exame que retarde a abordagem cirúrgica do paciente. 6 Beatriz Machado de Almeida Emergências cirúrgicas – Aula 9 Se tiver facilmente disponível é interessante, pois se for um paciente que tem uma obstrução ao fluxo em comparação ao testículo contralateral isso é quase patognomônico de torção. E se for um paciente que tenha um fluxo aumentado ou um aumento da presença da vascularização, normalmente está associado a Orchiepididimite. Também é interessante para avaliar a possibilidade de tumor testicular. MANEJO DA TORÇÃO TESTICULAR Avaliação clínica + exame físico: se tem suspeita forte → chamar urologista – deve ser avaliado de forma rápida. Na dúvida, explorar o testículo. Se consegue realizar o exame <1h: confirma o diagnóstico → chama urologista. O tratamento na maioria das vezes é cirúrgico. Existe manobra na tentativa de distorcer o testículo, mas mesmo fazendo as manobras, se você distorcer o testículo você deve em um segundo momentofazer uma orquidopexia, que é uma fixação desse testículo para que não aconteça novos episódios de torção. TRAUMA RENAL • Rim: órgão mais vulnerável. • 3,25% das vítimas de politrauma. • Trauma fechado (acidente automobilístico/quedas) – 71 a 95% dos casos. • Adultos jovens (31-38 anos). • Homens (72-93%) mais acometido que mulher. Está associado a presença de, no seu arcabouço adjacente, a arcos costais e processos vertebrais aonde a fratura dessas estruturas podem levar a contusão e laceração. Grande maioria das vezes são traumas renais leves. MECANISMO • Forças intensas. • Aceleração x desaceleração: grande impacto. • Proximidade com gradio costal ou coluna: lesão do parênquima (ou vascular): importante. • Forças de desaceleração: lesão do hilo (JUP/vasos). • Fator de risco: malformações renais (cistos, estenoses, hidronefrose...) – tornam o rim mais vulnerável. CLASSIFICAÇÃO A classificação vai ditar a conduta em relação ao trauma. • Grau I: contusão pequena, associada a hematúria microscópica, a um hematoma subcapsular não expansivo. • Grau II: hematoma perirrenal não expansivo ou uma laceração pequena (menor que 1 cm). • Grau III: laceração maior que 1 cm, mas sem invadir o sistema coletor, a medula. • Grau IV: Laceração parenquimatosa mais intensa, atingindo córtex, medula, sistema coletor. Quando se fala de alterações vasculares, esses pacientes podem ter lesões com processos hemorrágicos contidos associados a traumas de estruturas hilares. Já começa em alguns casos a avaliar a possibilidade de tratamento intervencionista. • Grau V: completa destruição do tecido renal ou com avulsões vasculares do hilo. Pacientes cirúrgicos. • Grau VI: a grande maioria das vezes hoje em dia são tratador de forma conservadora, mas se deve individualizar. 7 Beatriz Machado de Almeida Emergências cirúrgicas – Aula 9 QUADRO CLÍNICO • Hematúria: não há relação direta com severidade da lesão. • Hematoma em flancos. • Fraturas costais / processos lombares. • Lesões hepáticas/esplênicas (sinais indiretos). Podem apresentar absolutamente nada. Exemplo: paciente com trauma renal associado a uma queda, que tinha alteração na imagem, mas não tinha nenhum sintoma do ponto de vista urológico, só uma dor associada a pancada que ela tomou na região do gradil costal. AVALIAÇÃO INICIAL/COMPLEMENTAR • Instabilidade, abdome reativo ou trauma penetrante anterior: laparotomia indicada. • Trauma fechado com instabilidade/FAB posterior. Entender a cinética do trauma/forças envolvidas. Dados de anamnese e exame físico: existe outro fator que indica uma maior gravidade desse trauma (exemplo: hematúria, equimose, malformação urológica conhecida)? Avaliação laboratorial: Hb, Ht, Plq, Coagulograma, EAS, ur, cr, amilase/lipase. Atentar!! OBS: avaliação de lesões pré-existentes/ rim contralateral/ órgãos adjacentes. Além de também de considerar a possibilidade de o paciente possuir apenas um rim, tentar ao máximo preservar. TOMOGRAFIA • Contraste venoso – padrão ouro. • Avaliar as 4 fases de contraste: pré contraste, arterial, portal e tardia. OBS: apenas em pacientes com hemodinâmica estável. Instável devem ser avaliados para intervenção cirúrgica imediata. Imagem a direita tem lesão de estruturas hilares com extravasamento, hematoma perirrenal contido, provavelmente trauma renal grau IV. E a esquerda paciente com provável lesão venosa com hematoma perirrenal extenso. MANEJO Cirurgia (passado) X tendência para o tratamento não cirúrgico. • Cirurgia: ❖ Instabilidade hemodinâmica. ❖ Injúria renal grau V. ❖ Hematoma retroperitoneal expansivo ou pulsátil – sugere lesão arterial. ❖ Indicações relativas: grande laceração da pelve renal, avulsão JUP, lesão intestinal/pancreática concomitante. Abordagem tardia: ▪ Urinoma, abscesso. ▪ Necrose de parênquima renal com fístula urinária. ▪ Trombose arterial bilateral completa. ▪ Lesão vascular que não seja manejável por via endovascular. COMPLICAÇÕES • Sangramentos. • Infecção. • Abscesso peri renal. • Hipertensão >5%. • Fístula urinária posterior a lesão do sistema coletor. • Fístula arteriovenosa em pseudoaneurisma por lesões vasculares. • Hidronefrose (estenoses traumáticas). • Pseudoaneurismas.
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