Buscar

Hipotireoidismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Fonte: Aula 
1 HIPOTIREOIDISMO 
Gizelle Felinto 
INTRODUÇÃO 
➢ Como os hormônios tireoidianos agem em praticamente todo o 
nosso organismo, no hipotireoidismo pode-se ter repercussões 
em diversos órgãos do corpo 
➢ PODE-SE TER UM HIPOTIREOIDISMO: 
• Primário (90 – 95% dos casos) → deficiência na própria 
glândula tireoide 
• Central: 
▪ Secundário → quando a causa está na hipófise 
▪ Terciário → quando a causa está no hipotálamo 
▪ Na maioria dos casos, não se consegue diferenciar 
entre secundário e terciário. Assim, chama-se essas 
formas de hipotireoidismo central 
ETIOLOGIA 
➢ FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DO 
HIPOTIREOIDISMO: 
• Dietéticos → são menos comuns, pois o hipotireoidismo 
carencial praticamente não existe mais 
• Geográficos: 
▪ Tem relação com os fatores dietéticos, pois ainda 
existem locais de extrema pobreza no mundo, nos 
quais, devido a isso, pessoas podem apresentar 
hipotireoidismo carencial, mas é pouco comum hoje em 
dia 
▪ Tem relação também com os fatores genéticos, pois 
existem locais onde há casamento consanguíneo e 
pouca migração, onde há poucas mudanças no perfil 
genético da população, existindo um marcante 
hipotireoidismo genético 
• Genéticos 
• Etários → são os fatores mais relacionados 
➢ EPIDEMIOLOGIA DO HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO: 
• Alta prevalência → corresponde a 95% dos casos de 
hipotireoidismo 
• Incidência no Brasil → 2 milhões de casos de 
hipotireoidismo 
• A incidência tende a aumentar de acordo com o 
envelhecimento → quando mais velha a pessoa, maior a 
chance de ela desenvolver hipotireoidismo 
➢ FATORES DE RISCO QUE AUMENTAM A CHANCE DE TER 
HIPOTIREOIDISMO: 
• Idade > 60 anos 
• Sexo feminino 
• Bócio 
• Doença Nodular da tireoide 
• História familiar de doença tireoidiana 
• Doença autoimune tireoidiana e extratireoidiana → pois 
quando o indivíduo tem uma doença autoimune, ela pode 
desenvolver outras, como: 
▪ Hipotireoidismo 
▪ Hipertireoidismo 
▪ Vitiligo 
▪ Doença celíaca 
▪ Diabetes tipo 1 
• Fármacos → como: 
▪ Amiodarona → influencia no funcionamento da 
tireoide, fazendo com que ela funcione mais ou menos 
▪ Lítio → muito usado como estabilizador do humor 
✓ Pode ser usado como alternativa no tratamento 
do hipertireoidismo, pois ele impede que os 
hormônios tireoidianos saiam da glândula 
▪ Tioniamidas (Agentes anti-tireoidianos) → 
medicamentos que visam promover o hipotireoidismo 
para tratar o hipertireoidismo 
• Baixa ingestão de iodo 
• Doenças Genéticas: 
▪ Síndrome de Down 
▪ Síndrome de Turner 
➢ ETIOLOGIA DO HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO: 
• Por diminuição do tecido tireoidiano funcionante: 
▪ Tireoidite de Hashimoto → é a principal causa de 
hipotireoidismo 
▪ Tireoidites Subagudas (Granulomatosa e Linfocítica) 
→ são, normalmente, de curso autolimitado 
▪ Tireoidite Pós-parto → é uma doença autolimitada, 
cursando com uma tireoidite que curso com 
hipotireoidismo e pode ter chance maior de tireoidite 
de Hashimoto 
▪ Tireoidite de Riedel → é uma tireoidite fibrosante que 
faz com que a glândula fique rígida, deixando de 
funcionar 
▪ Doença de Graves e tratamento para hipertireoidismo: 
✓ A história natural da doença de Graves pode 
causar hipotireoidismo 
✓ O tratamento da doença de graves: 
 
Hipotireoidismo Carencial 
- Bócio → pode fator de risco para o desenvolvimento de 
hipotireoidismo 
- Pessoas de uma vila com pouco acesso à alimento → dieta pobre em 
proteínas e em iodo, constituindo fatores de risco para hipotireoidismo 
- Na tentativa de compensar a produção insuficiente de hormônios 
tireoidianos, a tireoide aumenta de tamanho 
- No Brasil, todo Sal deve ter iodo em sua composição. Assim, no Brasil, 
encontrar um hipotireoidismo provocado por carência de iodo é muito 
raro 
 
Fonte: Aula 
2 HIPOTIREOIDISMO 
Gizelle Felinto 
o Drogas anti-tireoidianas → pois suprimem a 
ação da tireoide 
o Iodo radioativo → destrói a tireoide 
o Cirurgia → tira a tireoide 
▪ Doenças Infiltrativas: 
✓ Sarcoidose 
✓ Hemocromatose 
✓ Amiloidose... 
▪ Agenesia e Ectopia Tireoidianas 
▪ Radioterapia de cabeça e pescoço ou corpo inteiro → 
é bem mais raro de ocorrer hoje em dia 
• Por defeitos funcionais da biossíntese e na liberação 
dos hormônios tireoidianos: 
▪ Disormogênese Congênita 
▪ Deficiência de Iodo grave 
▪ Fármacos: 
✓ Anti-tireoidianos de síntese 
✓ Iodo 
✓ Lítio 
✓ Amiodarona 
✓ Contrastes radiológicos 
✓ Valproato de sódio... 
SINAIS E SINTOMAS 
INTRODUÇÃO 
➢ SINAIS DE HIPOTIREOIDISMO EM ADULTOS: 
• Os sintomas mais comuns são: 
▪ Alterações de pele 
▪ Letargia 
▪ Fala lenta 
▪ Edema palpebral 
▪ Intolerância ao frio... 
➢ As manifestações clínicas são múltiplas, podendo atingir diversos 
sistemas 
➢ A maioria dos pacientes é assintomático ou 
oligossintomático → por isso que não se baseia apenas nas 
manifestações clínicas para diagnosticar o hipotireoidismo 
➢ Os sintomas de hipotireoidismo são bastante inespecíficos, 
podendo ocorrer, por exemplo, em um contexto de depressão ou 
menopausa 
➢ O diagnóstico de hipotireoidismo é LABORATORIAL 
➢ O hipotireoidismo de origem central apresenta menor 
sintomatologia que o hipotireoidismo primário → pois 10 a 
15% das funções dos hormônios tireoidianos é independente do 
TSH 
• Afeta a produção de TSH 
• Hipotireoidismo central não tem Bócio → pois é o estímulo 
do TSH quem faz com que se tenha um aumento da tireoide 
para tentar compensar o feedback positivo que está vindo 
da periferia 
ALTERAÇÕES METABÓLICAS 
➢ AUMENTO DO LDL (associado ou não ao aumento dos 
Triglicerídeos): 
• É um LDL mais heterogêneo, com partículas pequenas e 
densas que estão mais sujeitas à oxidação 
• Diminuição da expressão genética do receptor hepático de 
LDL 
➢ OUTROS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR: 
• Aumento da PCR ultrassensível 
• Aumento da lipoproteína A 
• Aumento da homocisteína 
➢ ALTERAÇÕES DE OUTRAS FUNÇÕES ORGÂNICAS: 
• Aumento de AST e ALT 
• Aumento da CPK 
• Aumento do LDH 
ALTERAÇÕES ENDÓCRINAS 
➢ Aumento da Prolactina (PRL): 
• Quando há um grande aumento dos níveis de TSH, ele caba 
estimulando a produção de prolactina na hipófise 
➢ Diminuição do IGF-1/IGFBP3 (forma ativa do hormônio do 
crescimento) → por isso que crianças com hipotireoidismo 
podem ter comprometimento do seu desenvolvimento 
➢ Hipotireoidismo primário de longa data não tratado → pode levar 
ao aumento do volume hipofisário 
ALTERAÇÕES NEUROPSIQUIÁTRICAS 
➢ MAIS GRAVE → COMA MIXEDEMATOSO: 
 
• É raro 
• Ocorre em pacientes que tem hipotireoidismo muito severo, 
que não tem T4 livre e o TSH é muito aumentado. Assim, se 
esse paciente tem alguma outra alteração grave em sua 
saúde, como um trauma severo ou uma sepse, ele pode 
entrar nessa condição de coma mixedematoso 
 
Fonte: Aula 
3 HIPOTIREOIDISMO 
Gizelle Felinto 
• Condição patológica que representa um estado grave de 
hipotireoidismo com repercussões sistêmicas graves que 
põem em risco a vida do paciente 
• Etiologia: 
▪ Mulheres na terceira idade 
▪ Pós Radioterapia no pescoço / pós Quimioterapia por 
graves infecções 
▪ Hipotireoidismo não tratado 
▪ Drogas antitireoidianas 
• Fatores desencadeantes: 
▪ Traumatismo 
▪ IAM 
▪ Fármacos 
▪ Infecções... 
• Fisiopatologia → o organismo tenta baixar ainda mais o 
metabolismo basal 
• Sinais e Sintomas: 
▪ ↓ T3/T4 
▪ ↓ Metabolismo basal 
▪ Sistema nervoso central: 
✓ Letargia 
✓ Coma 
▪ Sistema cardiovascular: 
✓ Hipotensão 
✓ Bradicardia 
✓ Choque cardiogênico 
▪ Sistema respiratório: 
✓ ↑PCO2 
✓ ↓P02 
▪ Sistema metabólico → Hipoglicemia 
▪ Hiponatremia → alterações neurológicas 
• Hoje em dia, essa condição é bastante difícil de ocorrer, pois 
o acesso aos exames de tireoide é bem mais barato e fácil, 
podendo-se ter o diagnóstico mais rapidamente e não se ter 
um hipotireoidismo tão grave a ponto de causaro coma 
mixedematoso 
➢ MAIS COMUNS → um bom clínico, diante desses sintomas mais 
comuns, deve sempre fazer o diagnóstico diferencial da 
depressão (que cursa com grande parte desses sintomas) com o 
hipotireoidismo 
• Cefaleia 
• Vertigem 
• Acúfenos 
• Astenia 
• Adinamia 
• Fala Arrastada 
• Hiporreflexia Profunda 
• Alterações Vestibulares 
• Déficits Cognitivos 
• Deficiência Auditiva 
• Parestesias 
➢ MAIS RARO → LOUCURA MIXEDEMATOSA: 
ALTERAÇÕES EM PELE E FÂNEROS 
➢ São comuns de ocorrer 
➢ Pele seca, descamativa e áspera 
➢ Cabelos secos e quebradiços, propensos a queda 
➢ Fragilidade ungueal 
➢ Madarose → Rarefação do terço distal das sobrancelhas 
➢ Edema facial 
ALTERAÇÕES NO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
➢ Bradicardia 
➢ Diminuição do débito cardíaco 
➢ Hipofonese de bulhas 
➢ Baixa voltagem do QRS 
➢ Alterações inespecíficas do ST-T 
➢ Maior risco para doença coronariana aterosclerótica 
➢ Cardiomegalia por Insuficiência Cardíaca descompensada 
➢ Derrame pericárdico 
ALTERAÇÕES NO TRATO GASTROINTESTINAL 
➢ Mais comuns: 
• Anorexia 
• Constipação 
• Distensão gasosa 
➢ Acloridria 
➢ Macroglossia → aumento anormal do tamanho da língua 
➢ Ascite → é raro 
➢ Esteatose hepática não alcoólica 
ALTERAÇÕES NO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO 
➢ Fadiga muscular 
➢ Mialgia 
➢ Câimbras 
➢ Artralgia 
➢ Derrames articulares 
➢ Síndrome do túnel do carpo → pois há edema na região 
➢ Hipotireoidismo primário é fator de risco para intolerância às 
estatinas 
ALTERAÇÕES DO SISTEMA REPRODUTIVO 
➢ IRREGULARIDADES MENSTRUAIS: 
• Oligomenorreia 
• Amenorreia primária (nunca teve a menarca) ou secundária 
(para de menstruar após já ter tido a menarca) 
• Menorragia → mais comum 
• Anovulação → paciente não ovula mais 
• Infertilidade → é resultado de uma disfunção do órgão 
reprodutor ou dos gametas. Ocorre devido à anovulação 
➢ NOS HOMENS: 
• Oligoespermia → diminuição da contagem espermática 
• Disfunção erétil 
• Diminuição da libido 
➢ O hipotireoidismo não causa esterilidade (impossibilidade de 
produzir gametas), mas sim infertilidade 
ALTERAÇÕES NA INFÂNCIA 
➢ NO RECÉM-NASCIDO (Hipotireoidismo Congênito): 
 
Fonte: Aula 
4 HIPOTIREOIDISMO 
Gizelle Felinto 
• Sinais e sintomas: 
▪ Persistência da icterícia fisiológica 
▪ Choro rouco 
▪ Constipação intestinal 
▪ Problemas na alimentação 
▪ Sonolência 
▪ Hérnia umbilical 
▪ Se nada for feito → irreversível retardo mental 
• Deve ser diagnosticado pelo teste do pezinho 
➢ DESCOBERTA DO HIPOTIREOIDISMO APÓS OS 2 ANOS DE 
IDADE: 
• Não há retardo mental 
• Baixa estatura: 
▪ Retardo na idade óssea 
▪ Hiporresponsividade ao GH nos testes de estímulo 
• Desempenho escolar deficitário 
• Atraso no desenvolvimento puberal 
• Síndrome de Von Wyk Gumbach → puberdade precoce 
incompleta (é raro de ocorrer) 
➢ CRETINISMO = Hipotireoidismo Congênito: 
 
• Era um termo que se usava antigamente para designar o 
hipotireoidismo congênito 
• Hoje em dia, após o diagnóstico do hipotireoidismo congênito 
pelo teste do pezinho, ele já é tratado e a criança tem um 
desenvolvimento normal 
• Cretinismo não é um termo mais utilizado 
• Características das crianças que não foram tratadas: 
▪ Retardo mental 
▪ Baixa estatura 
▪ Edema de face e das mãos 
▪ Pode vir acompanhada de surdo-mudez 
▪ Sinais neurológicos piramidais e extrapiramidais 
• Esses pacientes que tem o diagnóstico tardio já com grande 
parte dessas alterações, não tem a reversão da estatura e 
nem do desenvolvimento neurológico 
DIAGNÓSTICO DO HIPOTIREOIDISMO 
CARACTERÍSTICAS 
➢ Geralmente, o diagnóstico é dado com a dosagem dos níveis 
séricos de TSH e T4 livre 
 
• TSH e T4 normais → descartar hipotireoidismo, mesmo 
que o paciente tenha vários sintomas. Deve-se procurar 
outras causas 
• TSH aumentado e T4 diminuído → pensar em 
Hipotireoidismo primário 
▪ Conduta → tratar hipotireoidismo primário 
• TSH diminuído normal ou pouco aumentado (nunca maior 
que 10) e T4 diminuído → Hipotireoidismo Central 
▪ Conduta → Ressonancia Magnética de Sela Túrcica 
para avaliar se há: 
✓ Tumor ou lesão infiltrativa → tratar a causa, 
quando possível 
✓ Está normal (hipotireoidismo central com 
deficiência hormonal) → tratamento como o 
hipotireoidismo primário 
• TSH aumentado e T4 normal → disfunção tireoidiana 
mínima ou Hipotireoidismo Subclínico 
▪ Conduta → tratamento 
INDICAÇÕES DE QUANDO RASTREAR O HIPOTIREOIDISMO ANUALMENTE 
➢ Idade > 60 anos (sobretudo mulheres) 
➢ Presença de bócio (difuso ou nodular) 
➢ História de radioterapia para cabeça e pescoço 
➢ História de tireoidectomia ou terapia com iodo radioativo 
➢ Doença autoimune tireoideana e extratireoidiana 
➢ Gestação 
➢ Síndrome de Down 
➢ Síndrome de Turner 
 
Essa criança já se encontrava em fase de 
puberdade, com cerca de 14 anos 
 
Fonte: Aula 
5 HIPOTIREOIDISMO 
Gizelle Felinto 
➢ Hipercolesterolemia → principalmente naqueles pacientes que 
melhoraram o estilo de vida e estão fazendo uso de estatinas, mas 
não melhoram 
➢ Uso de fármacos → especialmente Lítio e Amiodarona 
TRATAMENTO 
CARACTERÍSTICAS 
➢ O tratamento é com reposição hormonal: 
 L-TIROXINA (LT4) em dose única diária → é o T4 sintético 
▪ Em adultos → 1,6 a 1,8 µg/Kg de peso ideal 
✓ Exemplo → se o indivíduo tem 120kg e deveria 
pesar 80kg, considera-se os 80kg para saber a 
dose ideal para o tratamento 
▪ Em algumas situações → iniciar com 12,5 a 25 µg e 
ajustar a cada 15 dias 
✓ Idosos 
✓ Hipotireoideos de longa data 
✓ Coronariopatas 
 
AVALIAÇÃO TERAPÊUTICA E MONITORAMENTO 
➢ Após o início do tratamento deve-se: 
• Dosar o TSH e o T4 livre após 6 semanas: 
▪ TSH continua elevado → aumentar a dose de LT4 em 
12,5 a 25 µg/dia até normalizar o TSH 
✓ Se o TSH está alto é porque a dose do 
medicamento foi pequena 
▪ TSH suprimido (muito baixo) → reduzir a dose de LT4 
em 12,5 a 25 µg/dia até normalizar o TSH 
• Após essas alterações nas dosagens → dosar novamente 
o TSH e o T4 livre em 6 semanas 
➢ Nível de TSH desejado para cada faixa etária (de acordo com 
o livro Vilar): 
• Esses níveis mudam de autor para autor 
 
• Com o avançar da idade, vai-se aumentando essa “janela” 
para os níveis de TSH, pois, às vezes, o risco cardiovascular 
(coronariopatia, arritmia...) e até mesmo a redução da 
massa óssea, por exemplo, superam o benefício de se ter um 
TSH abaixo de 2 
GESTAÇÃO 
➢ Uma mulher em tratamento para hipotireoidismo, quando 
engravida, já após o teste positivo, precisa aumentar a dose da 
LT4 em 30% → pois nas 12 primeiras semanas o bebê ainda não 
tem tireoide, assim o bebê depende exclusivamente dos 
hormônios tireoidianos maternos 
• Quando uma mulher sem hipotireoidismo engravida, seu 
organismo consegue suprir essa demanda maior de 
hormônios tireoidianos 
➢ Gestantes com hipotireoidismo subclínico com TSH: 
• < 3um/l no primeiro trimestre → tratar hipotireoidismo 
• < 3,5 um/l no segundo trimestre → tratar hipotireoidismo 
➢ Problemas que o hipotireoidismo pode causar na gravidez: 
• Hipotireoidismo congênito 
• Abortamento 
• Parto prematura 
• Perda gestacional 
HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO (HSC) 
INTRODUÇÃO 
➢ Condição em que se tem TSH elevado e T4 livre normal 
➢ Tem alta incidência 
➢ História natural: 
• Pode ser devido a um erro laboratorial 
• Eutireoidismo → faz-se o exame e dá hipotireoidismo 
subclínico e quando repete o exame os níveis estão normais 
• Hipotireoidismo franco → o hipotireoidismo subclínico 
pode ser o inicio de um hipotireoidismo e, quando se faz 
outro exame depois, os níveis de TSH podem ter se elevado 
mais e o de T4 livre ter baixado 
• Manter o Hipotireoidismo Subclínico → o indivíduo pode 
ter HSC por tempo indeterminado 
➢ A presença de sintomatologia é controversa, praticamente não se 
tem sintomas 
➢ Diagnóstico: 
• Dosar TSH e T4 livre → T4 livre normal + TSH elevado(4,5 
um/l < TSH < 20 um/l) 
▪ Esse valor de 20um/l pode variar de autor para autor 
→ o Vilar usa até 10um/l 
▪ Se tiver um TSH > 20um/l mesmo com T4 normal, já se 
constitui um hipotireoidismo clínico 
• Depois de 6 meses → dosar novamente o TSH e o T4 livre 
▪ Se ele desenvolver hipotireoidismo clinico → tratar 
▪ Continuou com o mesmo padrão → hipotireoidismo 
subclínico persistente 
TRATAMENTO 
➢ Não há evidencias de benefício do ponto de vista cardiovascular 
➢ Quando tratar? → deve-se individualizar! 
 
 
Fonte: Aula 
6 HIPOTIREOIDISMO 
Gizelle Felinto 
 
• TSH ≥ 10um/l → tratar 
• 4,5 um/l < TSH < 10 um/l: 
▪ Tratar nos seguintes casos: 
✓ Gravidez 
✓ Desejo de engravidar 
✓ Doença cardiovascular 
▪ Considerar tratamento: 
✓ Anticorpo positivo (Anti-TPO-antimicrossomal – 
anticorpo mais presente na tireoidite de 
Hashimoto) 
✓ Alterações no ultrassom (tireoidite, alterações na 
vascularização) → pois indicam que vai ter 
evolução para a doença 
✓ Infertilidade 
▪ Considerar teste terapêutico (fazer o tratamento e 
observar se o paciente melhora dos 
sintomas/doenças. Se não houver melhora, encerra-se 
o tratamento): 
✓ Quando o paciente tem sintomas associados ao 
hipotireoidismo, como: 
o Dislipidemia que não melhora 
o Depressão com droga otimizada e 
psicoterapia e não há melhora 
▪ Demais situações → observar 
SÍNDROME DO EUTIREOIDEO DOENTE 
CARACTERÍSTICAS 
➢ Situação em que o paciente sem doença da tireoide, quando tem 
uma doença muito grave, pode apresentar características de 
hipotireoidismo. Isso ocorre como um mecanismo adaptativo, no 
qual o organismo diminui/lentifica as funções orgânicas para que 
o paciente se recupere desse agravo 
➢ É por isso que não se faz função tireoidiana em paciente doente 
ou que fez cirurgia de grande porte 
➢ Pode ser desencadeado por doenças sistêmicas graves ou 
cirurgias de grande porte 
➢ ↓ T3 sérico (↓ conversão periférica de T4 em T3) 
➢ Mecanismo de adaptação: limitar atividade metabólica 
➢ Não há evidência de que reposição de T4 impacte na 
morbimortalidade e que vá haver melhora do quadro mais 
rapidamente

Outros materiais