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Projeto final (projeto de intervenção) _PISC!!!

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
 
 
Composição do grupo: RA: Curso: 
Emanuela Souza Santos 3953900 Enfermagem 
Francine Boeira 5669857 Odontologia 
Josilene de Assis Costa 3949326 Enfermagem 
Michele Gomes dos Santos 3895120 Enfermagem 
Paulo Pereira Fernandes 7455955 Nutrição 
Sthefany Ramos Coelho 3112550 Enfermagem 
Tamiris Muniz Pinheiro dos Passos 1585139 Enfermagem 
Thainá Martines de Oliveira 6789750 Enfermagem 
Viviane Santos Machado 5801420 Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROBLEMAS ENFRENTADOS PELOS MORADORES DE RUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
 
 Emanuela Souza Santos RA: 3953900 
 Francine Boeira RA: 5669857 
 Josilene de Assis Costa RA: 3949326 
 Michele Gomes dos Santos RA: 3895120 
 Paulo Pereira Fernandes RA: 7455955 
 Sthefany Ramos Coelho RA: 3112550 
 Tamiris Muniz Pinheiro dos Passos RA: 1585139 
 Thainá Martines de Oliveira RA: 6789750 
 Viviane Santos Machado RA: 5801420 
 
 
 
 
PROBLEMAS ENFRENTADOS PELOS MORADORES DE RUA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
Relatório final (Projeto de Intervenção) 
apresentado para avaliação de rendimento 
escolar da disciplina Programa de Integração 
Saúde Comunidade do curso de Enfermagem 
do Centro Universitário das faculdades 
Metropolitanas Unidas – FMU. 
Orientador (a): Prof. Nathalia Rude 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução...............................................................................................................4 
2. Identificação institucional......................................................................................5 
2.1 Objetivos da instituição...........................................................................................5 
3. Justificativa..............................................................................................................7 
3.1 Considerações sobre a observação da realidade.....................................................8 
3.2 Descrever o(s) problema(s) escolhido(s)..............................................................10 
3.3 Objetivo do projeto de intervenção.......................................................................11 
3.4 Teorização.............................................................................................................13 
3.5 Hipótese de solução..............................................................................................14 
4. Desenvolvimento...................................................................................................18 
5. Resultados e considerações finais........................................................................20 
6. Referências bibliográficas....................................................................................21
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Em face do cenário atual, é notório que o número de pessoas que moram nas ruas é 
cada vez mais crescente e que os mesmos enfrentam muitas dificuldades no seu dia-a-dia, essa 
situação é reflexo do intenso processo de exclusão social. O presente projeto visa uma 
aproximação com a população moradora de ruas, a fim de entender como essas conduzem 
suas vidas, diante das dificuldades pela sobrevivência. Levando-se em consideração a teia de 
relações sociais em que estão envoltos, procura-se entender o cotidiano desses indivíduos, 
assim como seus sonhos, frustrações, medos e expectativas de vida. Dentro desse contexto, 
procuramos analisar qual o impacto da assistência recebida e o que os levam a buscar 
instituição de modo sistemático e contínuo. Fazendo uma análise da situação, concluímos 
algumas evidências negativas, desde a insegurança, a dúvida de não saber se vai ter com que 
se alimentar, ou a falta de agasalhos, tendo em vista que estão suscetíveis as mudanças 
climáticas, o que pode como conseqüência desencadear várias doenças. Pesquisas apontam 
que esse número de pessoas que passaram a fazer das ruas suas moradias, cresceu 
significativamente na pandemia e a falta de políticas públicas voltadas para elas é um fator 
crítico, o intuito do projeto de intervenção é de relevância social no quesito de chamar atenção 
para problemática, a fim de proporcionar elementos norteadores de uma ação para buscar 
melhorias nas condições de vidas básicas dessas pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. IDENTIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 
 
A população em situação de rua é resultado do contexto de desigualdades sociais que 
caracterizam um sistema de violação de direitos. É um grupo populacional heterogêneo, 
composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de 
pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e inexistência de moradia 
convencional regular, sendo obrigado a utilizarem a rua como espaço de moradia e sustento, 
por contingência temporária ou de forma permanente. As pessoas que vivem nas ruas fazem de 
logradouros públicos (ruas, praças, jardins, canteiros, marquises e baixos de viadutos) e das 
áreas degradadas (prédios abandonados, ruínas, cemitérios e carcaças de veículos) espaço de 
moradia e sustento, por contingência temporária ou de forma permanente, podendo utilizar 
eventualmente albergues para pernoitar e abrigos, casas de acolhida temporária ou moradias 
provisórias. 
Analisando os dados conseguimos encontrar diversos grupos com as mais variadas 
características população idosos, mulheres, crianças e jovens, com saúde mental prejudicada ou 
uso de substâncias psicoativas, relações com o trabalho, egressos do sistema prisional e a 
relação dessas pessoas com animais de estimação. 
A idade mínima e máxima, 18 e 77 anos, respectivamente. Com relação ao sexo das 
pessoas em situação de rua, 90,7% eram do sexo masculino. A raça/cor autorreferida pela 
maioria dos entrevistados foi parda e negra. E um grande número não tinha nenhum nível de 
instrução ou cursou apenas ensino fundamental/médio. Sobre a vida familiar das pessoas em 
situação de rua encontramos em diversas situações, solteiros, casados ou viúvos, que tem filhos 
e alguns detinham a guarda dos filhos. O contato familiar acontece em alguns casos, ao menos 
uma vez semanalmente. 
 
2.1. Objetivos da instituição: 
 
➢ Proporcionar acompanhamento especializado; 
➢ Atividades voltadas para desenvolvimento de sociabilidades; 
➢ Resgatar e fortalecer a construção de vínculos interpessoais e ou familiares; 
➢ Construção de projetos e ações que viabilizam o processo gradativo de saída 
de rua. 
 
 
6 
 
a. Público atendido: 
A saúde é um direito de todos e um dever do Estado, isso significa que qualquer 
pessoa, brasileira ou estrangeira, rica ou pobre, tem direito de receber do Estado assistência 
integral à saúde. 
Em relação às condições de saúde muitos relataram ter problemas crônicos, no 
entanto, fazem algum tipo de tratamento/acompanhamento, utilizando unidades básicas de 
saúde. O consumo de tabaco e álcool sempre esteve presente durante a vida. 
Antigamente em hospitais e postos de saúde só prestavam atendimento ao público 
mediante apresentação de documento pessoal e comprovante de endereço, com isso uma 
parte da população não teriam direito a esses atendimentos e serviços publico, como os 
moradores de rua. 
Para solucionar o problema, foi editada a Lei nº 13.714/2018, que acrescentou um 
dispositivo na Lei nº 8.742/93 (Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS) afirmando que 
o atendimento das pessoas em situação de vulnerabilidade ou risco social e pessoas que 
procuram pelosserviços de saúde deve ser feito mesmo que elas não tenham documentos 
ou inscrição no SUS. 
b. Atividades realizadas: 
O Cadastro Único objetiva ser uma ponte para o acesso das pessoas em situação 
de rua às políticas públicas. Assim, as pessoas em situação de rua têm o direito de serem 
identificadas corretamente no Cadastro Único. Essa ação permite que os Governos federal, 
estaduais e municipais conheçam as características das pessoas em situação de rua: onde há 
maior concentração, qual seu perfil e quais suas necessidades. Isso contribui para a 
implementação de políticas e programas específicos voltados à promoção da autonomia 
dessas pessoas. Ainda, possibilita ao Estado acompanhar a própria efetividade de suas 
ações. Identificar a população em situação de rua no Cadastro Único facilita o acesso a 
diversos programas sociais que utilizam as informações do Cadastro para seleção de 
beneficiários. Além disso, possibilita que a rede de proteção social do município realize 
acompanhamento mais detido e efetivo, para promover a superação das vulnerabilidades 
sociais que atingem as pessoas nessa condição. Assim, seguindo as diretrizes da Política 
Nacional para a População em Situação de Rua, a ação de cadastramento tem como objetivo 
contribuir para a integralidade do atendimento das pessoas em situação de rua pelas políticas 
públicas. 
 
7 
 
 3. JUSTIFICATIVA 
Pesquisas apontam que é comum para pessoas em situação de rua o trabalho de 
vigias de carros, catadores de material reciclável. São quase inexistentes oportunidades de 
trabalho formal devido ao preconceito e ausência de endereço fixo, mesmo que a pessoa 
tenha competência e qualificação requeridas. Entretanto, algumas pessoas que desenvolvem 
as atividades acima mencionadas não reconhecem suas estratégias de sobrevivência 
financeira como trabalho, aponta para a necessidade de conferir o status de trabalho a 
algumas atividades informais de sobrevivência como fundamental, tanto socialmente como 
subjetivamente, sendo na maioria das vezes considerado como sinônimo de honestidade e 
pertença social, não sendo exercido com o objetivo de acúmulo de dinheiro ou bens, mas 
direcionado à sobrevivência nas ruas, afirma que as pessoas em situação de rua aceitam na 
maioria das vezes qualquer tipo de trabalho, pois se encontram em situação de 
vulnerabilidade e não conseguem exigir nenhuma garantia e/ou direito trabalhista, a 
inserção no trabalho informal e/ou ilegal é algo que acompanha a trajetória de vida dessas 
pessoas, mesmo antes de viverem nas ruas. 
As drogas de abuso ilícitas de maior prevalência de uso na vida foram 
respectivamente a maconha, o crack, a cocaína em pó e os inalantes. Essas quatro drogas de 
abuso apresentaram idades médias de experimentação situadas entre 14 e 15 anos.O 
envelhecimento desse público acontece de uma forma mais rápido devida toda a situação 
precária que se encontram. E mostram total ciência de tudo que está acontecendo, e que eles 
têm a necessidade de um cuidado maior reconhecendo que a rua é favorável para o 
envelhecimento, deixando a saúde, a autoestima e o autocuidado de lado, podendo 
desencadear as mais variáveis doenças. E ressaltam a falta de atenção da política pública 
que poderiam possibilitar a saída dessa condição. 
Quando se trata das mulheres encontramos as mais diversas faixas etárias, discorre 
de fatores predominantes que as levaram a essa situação: a violência doméstica, dificuldade 
financeira e o rompimento com vínculos sociais. Já nas ruas, essas mulheres também 
enfrentam a violência do tráfico, da repressão policial e estatal, da disputa por território e a 
violência de gênero, além das dificuldades em obter privacidade. 
Com relação a crianças e jovens as razões que ocasionam esse processo são 
múltiplas, evidenciando a fragilidade dos vínculos familiares afirmam que no primeiro 
momento a rua se configura como espaço de liberdade e independência, mas logo em 
 
8 
 
seguida, surgem as dificuldades de sobrevivência básica, configurando-se como espaço de 
privações. 
 
3.1 - Considerações sobre a observação da realidade 
 
São alguns fatores que levam as pessoas a viverem em situação de rua, como o uso de 
entorpecentes, álcool, problemas com a família, o desemprego, entre outros. A maioria sabe ler 
e escrever. Muitos tiram sua renda olhando carros na rua ou colhendo reciclagem. Muitos têm 
a capacidade de trabalhar, são alfabetizados, mas não conseguem emprego por não ter uma 
moradia, um endereço fixo ou por não possuir documentos. 
Infelizmente, muitas pessoas ainda têm preconceito com pessoas em situação de rua. 
O nome moradores de rua pode trazer um sentido desagradável, são negados aos mesmos os 
direitos básicos como segurança, moradia, alimentação e até o respeito. O número de pessoas 
em situação de rua vem crescendo, devido à crise socioeconômica do nosso país e com a 
chegada da pandemia. 
As vidas dos moradores de ruas apresentam dificuldades no que se diz respeito a sua 
alimentação para a manutenção de sua saúde e estão atreladas as importâncias da nutrição. Em 
presente estudo que foi feito com alguns moradores de rua obteve-se dados importantes sobre 
os detalhes da saúde dessa população, sobre o estado e condições nutricionais que estão 
submetidos em seu cotidiano, pois em vista aos meios que vivem os moradores de rua a questão 
nutricional vem a ser um estado de sobrevivência e pode ser entendido como um meio de 
suporte para que se alimentem através de ações filantrópicas. Contudo sendo uma população é 
possível realizar uma análise e um levantamento de dados para abordar a questão do consumo 
alimentar por esses indivíduos e avaliar a composição de cardápios que são ofertados a eles por 
meio das ações sociais, bem como as formas que eles conseguem para se alimentar no dia-a-
dia. E com isso o presente estudo conta com a participação de albergues que oferecem 
alimentação, o que proporciona uma forma avaliativa de cardápios. 
Tal estudo realizado pela Segurança Alimentar e Nutricional com 200 homens 
moradores de rua sendo alimentados por três albergues na cidade de São Paulo foram realizadas 
avaliação física e nutricional através dos seguintes dados: Peso, Altura e calculando a partir do 
Índice de Massa Corporal (IMC), juntamente com uma pesquisa relacionada a questões 
sensoriais dos alimentos no que se diz respeito a sabor apresentando satisfação de “Bom” ou 
 
9 
 
“Ótimo” por 68 a 90% e também sobre as variedades dos cardápios que são ofertados pelos 
albergues apresentando 58 a 82% de “Bom” ou “Ótimo”. 
Em avaliação nutricional obteve-se os seguintes resultados dessa população: 25% com 
sobrepeso, 11,5% obesos, 3,5% com baixo peso e 60% em estado nutricional eutrófico (dentro 
das expectativas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em avaliação e estado nutricional o trabalho do nutricionista em prática de examinar 
os pacientes e observar as características semiológicas, aborda questões mais amplas em relação 
à nutrição e saúde. Portanto levantando tais dados para uma melhor investigação, podemos 
relacionar mais pontos a cerca de informações dessa população, contudo o estudo nos entrega 
características sobre a relação de idade dessa população, em que se relacionou uma média de 
37,9 anos a 46,1 anos de idade. 
E junto ao processo avaliativo encontram-se também as condições de saúde em que no 
âmbito da nutrição prioriza checar: relação nutrição e doenças. Como parte complementar do 
estudo e levantamento de dados, encontra-se por meio dos processos avaliativos as condições 
de doenças da população estudada. Obtendo como resultado o número de 25% de casos de 
doenças nos participantes. Sendo: 8% hipertensos, 2,5% com hepatite e 2% com gastrite. Entre 
outros casos como pneumonia, epilepsia, bronquite, colesterol e casos de deficiência visual. 
 
10 
 
Junto às avaliações investigativas também dependência química de álcoole drogas que foi de 
1,5%. 
Acerca das causas dos pontos principais do estado nutricional e estado de saúde desses 
moradores de rua, houve um estudo realizado em meio à pandemia que consegue enfatizar a 
problemática central que é a condição sócio-econômica dessa população. Em que a falta de 
recursos financeiros bem como estrutura habitacional faz com que os meios para se alimentarem 
e se proporcionarem ao autocuidado em suas vidas acabam afetando diretamente para a solução 
desse problema como um todo. 
Mediante o estudo que foi levantando características de impacto comercial e financeiro em meio 
à pandemia no Brasil, tais dados revela de modo explicito que a causa vem a serem de fato as 
possibilidades financeiras dessa população. Como uma forma de auxiliar bem como tentar 
reverter o problema, seriam programas de baixa e larga escala para a solução completa. 
Enquanto não se resolve à problemática, vemos que programas de alimentação e 
amparo, como os albergues espalhados pela cidade de São Paulo conseguem atender e amenizar 
a situação. Mas em larga escala e a longo prazo, podemos visualizar a solução mais adequada 
com um programa que ampare mais de um setor da vida desses moradores de rua. 
 
3.2 - Descrever o(s) problema(s) escolhido(s) 
 
Como primeiro ponto de enfoque, destacamos que a população moradora de rua são 
mais suscetíveis para adquirir doenças, pois os mesmos contam com fatores de influência, tais 
como: alimentam-se mal, péssimas condições de dormida, submetidos as alterações climáticas, 
não contam com boa higiene pessoal, compartilham de locais aglomerados e vivem sob intenso 
nível de stress, com medo de serem roubados ou até mesmo agredidos. Muitas dessas pessoas 
que possui algum problema de saúde, na sua grande maioria não priorizam tratar a doença, pois 
já vivem na lógica de sobrevivência, ou seja, quando não tem idéia do que comer ou até mesmo 
onde dormir, sinais e sintomas de doenças ficam em segundo plano. 
Outro problema em evidência é a falta de acesso aos serviços públicos que são direitos 
dos mesmos, como agravante para população em situação de rua pode citar: que para conseguir 
ser atendido ele tem que chegar ao posto de saúde bem cedo, e esperar muitas vezes algumas 
horas, o que acaba não acontecendo, pois eles precisam sair para pegar o almoço nos pontos de 
distribuição, senão só irão ter a próxima refeição a noite, e como já relatada anteriormente a 
 
11 
 
comida vem em primeiro. É comum ouvirmos e presenciarmos relatos de que essas pessoas em 
situação de rua ao chegarem aos serviços de saúde, muitas vezes são mal vistas e mal recebidas, 
por causa das suas vestes sujas e rasgadas e falta de higiene, alguns casos sofrem discriminação 
e preconceito pelos próprios usuários e funcionários dos serviços. A ausência de documentos 
também dificulta para o acesso aos serviços públicos. O resultado final desse contexto repleto 
de dificuldades é a busca por ajuda só em último caso, o que muitas vezes acarreta em questões 
de saúde crônicas, tornando mais difícil de solucionar. 
 
3.3-Objetivo do projeto de intervenção: 
 
Diante das situações já apresentadas neste projeto, onde a população de rua vive em 
estado de vulnerabilidade, por não possuírem residência fixa, trabalho regulamentado, renda 
estável e geralmente possuem baixa escolaridade, fatores, estes, que causam impacto na saúde 
e qualidade de vida. Os problemas relacionados à saúde apresentam um crescimento relativo 
para este tipo de população. Isto pode estar sinalizando a necessidade de uma maior intervenção 
por parte das ações de saúde pública. 
O recurso a avaliações especulativas, com base na visualização do ambiente urbano e 
margens de rodovias, decorre do fato de que o IBGE não tem um programa de contagem e 
classificação dos popularmente chamados moradores de rua. Os levantamentos estatísticos 
desse problema são esporádicos, localizados e obedecem a metodologias distintas entre si, além 
de pouco consolidadas. 
Na ausência de averiguações confiáveis sobre quantos são e como vivem esses 
brasileiros, torna-se mais difícil elaborar e implementar medidas que os devolvam à plena 
cidadania. É o que defendem, por exemplo, os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Flávio Arns 
(Rede-PR). 
 
O objetivo deste trabalho consiste em analisar a integração teórico-prática na 
promoção de saúde, onde podemos salientar a prevenção de doenças, nutrição, melhoria da 
qualidade de vida e oportunidades de trabalho a partir de pesquisas/levantamento de dados e 
informações entre instituições, comunidades e ações do Governo. 
 
 
12 
 
 
 
A seguir um gráfico, elencando as maiores dificuldades dos moradores de rua em 
seu dia-a-dia: 
 
 
 
 
 
13 
 
3.4 – Teorização 
Dentro desse contexto, pode-se observar que o número de pessoas que vivem em 
ruas vem tornando-se cada vez mais crescente. E em meio a essa situação pontuamos vários 
problemas enfrentados pelos mesmos, desde a preocupação em saber se vai ter algo para se 
alimentar, encontrar local para dormir, pois muitos alegam que são expulsos por comerciantes 
e demais pessoas que não os querem dormindo em frente do seu estabelecimento e, ou casa. 
Além das péssimas condições de dormida, estão submetidos às alterações climáticas. 
O morador em situação de rua desfiliado, estigmatizado, sofre um processo de 
desumanização. Muitas vezes a sociedade ver essas pessoas com um olhar de desprezo, e os 
tratam com diferenças, não lhes oferecendo nenhuma oportunidade, causando nessas pessoas 
o desinteresse para buscar um novo caminho, como conseqüência preferem fazer da rua sua 
moradia e local de onde vai tirar seu sustento. 
Conforme pesquisas, a fim de entender melhor essa vivência das pessoas em situação 
de rua, o seguinte relatório ‘Encontro Nacional sobre população em Situação de Rua’, 
realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome por meio da 
secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) em 2005, caracterizam essa população 
como: 
Grupo populacional heterogêneo, caracterizado por sua condição de 
pobreza extrema, pela interrupção ou fragilidade dos vínculos familiares 
e pela falta de moradia convencional regular. São pessoas compelidas a 
habitar logradouros públicos (ruas, praças, cemitérios, etc.), áreas 
degradadas (galpões e prédios abandonados, ruínas, etc.) e, 
ocasionalmente, utilizar abrigos e albergues para pernoitar 
(BRASIL,2008b,p.08). 
A questão da população que vive na rua é um fenômeno que caracteriza uma situação 
de políticas públicas e sociais. Essa contestação afeta toda a estrutura social, principalmente a 
relação do homem com a sociedade, do homem com o homem e do homem consigo mesmo. 
Nossa sociedade sistematicamente segrega alguns indivíduos classificados como anormais, 
deixando-os à margem social em uma condição estritamente negativa, até que se desatem 
todos os laços afetivos e familiares, culminando em um ser desumanizado. Porém, existe a 
possibilidade do resgate desses indivíduos. Mas, para que isso aconteça, é necessário que haja 
uma série de fatores que incluam desde o compromisso do morador em situação de rua à 
existência de uma rede de apoio e recolocação social, no sentido de resignificar, reconstruir e 
recolocar essas pessoas de volta à sociedade que as expulsou. 
Foram enumerados alguns pontos a destacar que possuem o potencial de inovação 
para a formulação da política setorial para a população em situação de rua: 
• Reconhecimento e valorização da organização e da luta da população em situação de rua, 
 
14 
 
demonstrando o seu protagonismo, assegurando condições para que isso seja acessível; 
• Necessidade de se fazer um enfrentamento dos crimes cometidos contra esse segmento, 
que permanecem impunes; 
• Tratamento digno, ético e humanização das relações estabelecidas com o segmento;• Respeito às diferenças de raça, cor, etnia, faixa etária, gênero, religião e orientação 
sexual; 
• Caráter temporário da rede de acolhimento, assegurando um padrão mínimo de qualidade 
dos serviços prestados; 
• Importância da recuperação da autoestima dos usuários, a fim de que possam construir 
um novo projeto de vida, inclusivo, como opção/ solução para saírem da rua; 
• Preservar, nas metodologias de trabalho, os diferentes saberes e aspectos culturais dos 
sujeitos envolvidos; 
• Preocupação com o grande índice de casos de transtorno mental e uso de álcool e outras 
drogas, pela população em situação de rua; 
• Aprofundamento da discussão sobre o conceito de população em situação de rua. 
 
3.5 - Hipóteses de solução 
Estão entre as principais razões para a necessidade de viver nas ruas, 
• problemas de saúde mental que fazem com que a pessoa opte pelo isolamento; 
• problemas de dependência química e alcoolismo; 
• perda de familiares que possam dar o apoio necessário; 
• situação prolongada de desemprego; 
• violência doméstica; 
• sensação de liberdade ao se desprender da família para morar nas ruas; 
• falta de emprego somada a situação de migração em busca de novas possibilidades 
de trabalho (por exemplo, quando a pessoa se muda para uma metrópole em busca de emprego, 
mas não obtém sucesso), entre outras. 
Diante das principais motivações que levam a ida para as ruas, o Estado, em conjunto 
com governos estaduais e municipais, deve atuar em prol da diminuição do problema. Além de 
encontrar formas de diminuir as possibilidades de exposição de pessoas em situações de 
vulnerabilidade social. 
Há por exemplo, o Centro de Triagem e Encaminhamento ao Migrante (Cetremi), que 
auxilia o retorno de pessoas que são de outras regiões e não conseguiram emprego no local em 
que estão. Outras políticas públicas comuns são a criação de abrigos, centros de assistência 
social, centros de acolhimento e tratamento de dependentes químicos. 
 
 
15 
 
Os órgãos públicos são responsáveis, legalmente, pelo acolhimento e direcionamento 
da população que reside nas ruas. Toda cidade possui centros de assistência social e abrigos, 
que oferecem não apenas alimentos, teto e higienização, mas também auxiliam no 
encaminhamento delas para situações melhores. 
Se mesmo após o aviso nenhuma medida for tomada, pode e deve procurar o 
Ministério Público. Eles vão entrar em contato com o Governo Municipal e exigir que soluções 
sejam tomadas, a fim não só de acolher, mas também acionar medidas protetivas sobre a 
questão. 
Há programas que não estão ligados à órgãos governamentais e que prestam o serviço 
de acolhimento e encaminhamento, de acordo com a situação a qual a pessoa esteja exposta. 
Entre eles há os centros de tratamento para dependentes químicos e as casas de passagem (que 
encaminham pessoas nesta situação para empregos). 
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) possui 
uma rede de atendimento socioassistencial voltado à população adulta em situação de rua, 
atuando na criação de políticas públicas em concordância com o Sistema Único de Assistência 
Social (SUAS). Atualmente, os serviços oferecem encaminhamento para conferência de 
documentos pessoais, orientação em problemas judiciais, capacitação profissional, acesso à 
saúde, rede de estímulo à geração de renda, e atividades de lazer e cultura, visando a reinserção 
social da população em situação de rua. 
As principais formas de encaminhamento de vagas são pelo Centro de Referência 
Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), Centro de Referência de 
Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
(CREAS). 
 Serviço Especializado de Abordagem Social às Pessoas em Situação de Rua (SEAS): 
O SEAS tem o objetivo de desencadear o processo de saída das ruas e promover o 
retorno familiar e comunitário, além do acesso à rede de serviços socioassistenciais e às demais 
políticas públicas. Ele realiza a busca ativa e abordagem nas ruas, identificando nos territórios 
a incidência de trabalho infantil, violência, abuso e exploração sexual de crianças e 
adolescentes, pessoas em situação de rua e outras. 
São considerados todos os logradouros públicos onde se verifica a incidência de 
pessoas em situação de rua, tais como praças, locais de comércio, viadutos, terminais de ônibus, 
trens, metrô, entre outros. O serviço deverá também oferecer atendimento às solicitações de 
munícipes. 
 
16 
 
Esse serviço está vinculado ao CREAS e/ou Centro POP e mantém relação direta com 
a equipe técnica deste Centro, que deverá operar a referência e a contra referência com a rede 
de serviços socioassistenciais da proteção social básica e especial e com o Poder Judiciário, 
Ministério Público, Defensoria Pública, Conselhos Tutelares, outras Organizações de Defesa 
de Direitos e demais políticas públicas, no intuito de estruturar uma rede efetiva de proteção 
social. 
 Bagageiro 
O Serviço do Bagageiro é um serviço de Proteção Social Especial de Média 
Complexidade, atuante na comunidade há quase 17 anos, destinado a pessoas em situação de 
vulnerabilidade social que não possuem domicílio próprio ou familiar, que utilizam a rua como 
espaço de moradia e sobrevivência, não dispondo de lugar seguro para guarda provisória de 
seus pertences. Tem como objetivo propiciar local seguro para a guarda provisória de pertences 
e oferecer atendimento social para a inserção na rede de atenção à pessoa em situação de rua e 
acompanhamento social na perspectiva da construção do processo de saída das ruas. A 
permanência da bagagem no serviço será de 3 meses, podendo ser prorrogada por mais um mês, 
ou mais um período, dependendo da situação e a critério da avaliação técnica feita pela equipe 
que acompanha o caso. 
• Usuários: homens e mulheres, acima de 18 anos, acompanhados ou não de filhos, 
em situação de rua. 
• Funcionamento: atendimento contínuo, de segunda a segunda feira, das 7:00 às 
19:00 horas. 
 
 Núcleo de Convivência para Adultos em Situação de Rua: 
O Núcleo de convivência é um serviço para pessoas em situação de rua, acompanhadas 
ou não de seus filhos e oferece atendimento com atividades direcionadas e programadas para o 
desenvolvimento de sociabilidades, com foco na construção de vínculos interpessoais, 
familiares e comunitários. Oferece também alimentação e espaço para lavar as roupas. 
Tem o objetivo de acolher a pessoa em situação de rua, visando fortalecer o processo 
de sociabilidade, com vistas à inserção social, contribuindo para o protagonismo e possível 
superação da situação de rua. 
• Funcionamento: atendimento contínuo, de segunda a segunda das 8h às 18h. 
• Formas de acesso: demanda encaminhada pelo CRAS, CREAS, Centro POP, 
CPAS, rede socioassistencial e procura espontânea. 
 
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 Centros de Acolhida às Pessoas em Situação de Rua 
É um serviço que oferta acolhimento provisório para pessoas adultas, em situação de 
rua, a partir dos 18 anos, respeitando suas condições sociais e diferenças de origem. 
Tem o objetivo de acolher a pessoa em situação de rua, oferecendo proteção integral, 
escuta e condições para o fortalecimento de sua autonomia, contribuindo para o seu 
protagonismo e possível superação da situação de rua. 
➢ Modalidades: 
1. Centro de Acolhida para Adultos 
2. Centro de Acolhida Especial para Idosos 
3. Centro de Acolhida Especial para Famílias 
4. Centro de Acolhida Especial para Mulheres 
5. Centro de Acolhida Especial para Mulheres Trans 
6. Centro de Acolhida Especial para Pessoas em Período de Convalescença 
7. Centro de Acolhida Especial para Catadores 
• Funcionamento: Ininterrupto, 24 horas. 
• Formas de acesso por encaminhamentos dos CRAS, CREAS, Centro POP, CPAS 
e outros serviços socioassistenciais, demais políticas públicas e órgãos do Sistema de Garantia 
de Direitos. 
 República 
A RepúblicaAdultos é um serviço de acolhimento provisório que oferece atendimento 
durante o processo de construção de autonomia pessoal e saída da rede de serviços 
socioassistencial para moradia autônoma. 
Uma característica deste serviço é o sistema de congestão. O usuário necessita possuir 
alguma fonte de renda para arcar com os custos da sua alimentação, do enxoval e dos produtos 
de higiene pessoal, além de se organizar financeiramente buscando a saída para moradia 
autônoma. O usuário necessita ter autonomia para desenvolver as atividades diárias (banho, 
alimentação, medicação, dentre outras), realizar atividades de limpeza e arrumação dos espaços 
físicos coletivos do serviço, preparar suas refeições e a lavagem das roupas. 
A vaga para o serviço República para adultos pode ser solicitada junto aos CRAS, 
CREAS, Centros POP e pela rede de serviços socioassistenciais. 
 
 
 
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4. DESENVOLVIMENTO 
Quanto mais instável for à economia do país, mais crescente será o número de pessoas 
em situação de rua. 
❖ Ações voltadas para amenizar os problemas por eles enfrentados 
➢ Sempre que possível doe agasalhos; 
➢ Jamais normalize a situação; 
➢ Organizar uma doação no bairro, onde cada vizinho poderá doar o que não usa mais; 
➢ Seria interessante se o governo fizesse empregos destinados a pessoas nessa situação. 
Muitos querem trabalhar, mas falta oportunidade e temos também a questão do 
preconceito; 
➢ Ligue 192 (samu) se ver que a pessoa está precisando de socorro médico. O número 
156 (prefeitura) também está disponível e muitas vezes eles podem dar informações 
de algum abrigo onde tem vaga para essas pessoas; 
➢ Também podemos ser voluntários em alguma ONG, ajudar da forma que podemos; 
➢ Utilizar os meios de comunicação como forma de alcançar voluntários para contribuir 
para com essas pessoas. 
➢ Compartilhar com outras pessoas sobre o quão importante é colaborar para buscar 
melhorias para essa população; 
➢ Doação de alimentos para os abrigos da região; 
➢ Doação de brinquedos, muitas das pessoas em situação de rua são crianças. 
A intervenção foi pensada incluindo atividades que englobam a reconstituição da 
identidade dos moradores de rua, como atendimento exclusivo da terapia ocupacional, atuando 
em todos os níveis de atenção á saúde de todas faixas etárias de pessoas em situações de rua. 
Atuando em conformidade com os princípios e diretrizes do Sistema único de Saúde 
(SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), compreendendo as políticas sociais 
como direito de cidadania, de forma de garantir a integralidade da assistência em todos seus 
níveis de complexidade. 
A Política Nacional para a População em Situação de Rua apresenta estratégias para o 
acolhimento e a intervenção adequada para com essa população, porém a promoção e a garantia 
de direitos sociais devem ser mais amplas que a oferta de serviços e benefícios. Além disso, a 
garantia da assistência social, em todos os níveis, ainda enfrenta um histórico pautado pela 
caridade, benemerência e controle (BRASIL, 2008b). 
Contudo, as políticas sociais e a institucionalidade legal, coordenadas pela assistência 
social para a população em situação de rua, ainda passam por inúmeros desafios, inclusive o de 
 
19 
 
romper com a lógica da ausência, da caridade e da solidariedade e a afirmação sobre a lógica 
do direito (MUNIZ, 2011). 
Além disso, as políticas públicas são pautadas a partir da configuração do Estado que 
tem se encontrado cada vez mais submetido e perpetrado pelas práticas delineadas pelo 
capitalismo neoliberal. Como afirma Wacquant (2007), a hegemonia neoliberal dispõe de pelo 
menos três estratégias para lidar com as condições e condutos que julgam indesejáveis, 
ofensivas ou ameaçadoras que atingem a população marginalizada, como a população em 
situação de rua, sendo: I) a primeira consiste em socializá-las no nível das estruturas e 
mecanismos coletivos que as produzem e reproduzem; 
II) a segunda medicalizar, “[...] considerar que uma pessoa vive nas ruas porque sofre de 
dependência ao álcool, é viciada em drogas ou tem problemas de saúde mental” (WACQUANT, 
2007, p. 21), assim trata dos problemas como patologia individual que deve ser tratada por 
profissionais de saúde; 
III) penalizar, assim o “[...] nômade urbano é etiquetado como delinquente” (WACQUANT, 
2007, p. 21), condensando seus direitos, reduzindo-o efetivamente para um ‘não cidadão’ e 
facilitando seu processo criminal. 
✓ Buscar apoio por meio de ONGs e órgãos responsáveis que possam ofertar para essa 
população maiores quantidades de locais para distribuição de refeições, kit para 
agasalhamento, kit higiene pessoal (para mulheres a distribuição de absorventes), 
tratamento odontológico, corte de cabelo, barba, unhas, cursos gratuitos, oficinas e 
campanhas que incentivem e alerte o risco de doenças e a possibilidade de mudança de 
vida. 
✓ Projetos que recoloquem essas pessoas em situações de rua no mercado de trabalho. 
✓ Buscar encontrar e contatar a família das pessoas em situações de rua, trabalhando em 
conjunto para reestabelecer sua identidade. 
✓ Campanhas de prevenção e acompanhamento constante nos postos de saúde e albergues, 
ONGs, casas de reabilitação realizadas pela enfermagem juntamente com psicólogos, 
psiquiatras, assistentes sociais, nutricionistas, dentistas, médicos oferecidos 
gratuitamente e a todos pelo (SUS). 
✓ Distribuir pontos de arrecadação pela cidade, como por exemplo, nos metrôs, onde tem 
um fluxo maior de pessoas e assim aumenta as chances de receber doações. 
✓ Estimular doações de brinquedos, livros, tendo em vista que tem muitas crianças pelas 
ruas. 
✓ Usar as redes sociais como forma de alcançar um número maior de pessoas para se 
voluntariar e contribuir em prol de melhorias para a população de rua. 
Hoje em dia contamos com inúmeras ONGs e albergues que realizam projetos voltados 
para inclusão e restabelecimento dessas pessoas em sociedade, sem apoio ou verbas 
governamentais, contando com doações e auxilio de voluntários. 
É de suma importância trabalhar a inclusão dessas crianças e adultos na comunidade, 
fazendo a busca ativa para retornarem a escola, praticar atividades físicas de recreação, ofertar 
oportunidades de empregos, cursos técnicos gratuitos, projetos com ações culturais e sociais. 
 
 
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5. RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A princípio a nossa intervenção não acontece de forma direta com os moradores de 
ruas, mas os benefícios alcançados com ela serão voltados em prol para essa população. 
Sabemos que a tecnologia está cada vez mais presente no nosso dia-a-dia, e usá-la como 
benefício para levar informação para a comunidade é uma excelente ferramenta, tendo em vista 
que podemos alcançar um público maior, que terá acesso gratuito e com comodidade, pois os 
mesmos adquirem conhecimento de qualquer lugar, a todo o momento. Pensando nisso, criamos 
um perfil na rede social Instagram, onde no mesmo contém informações sobre o quão 
importante é contribuir da forma que podemos para buscar e proporcionar melhorias para as 
pessoas que vivem nas ruas. Contamos com a facilidade de usufruir da ferramenta de 
comunicação, temos o direct como meio de tirar dúvidas de forma privada, também tem a opção 
de realizar lives com convidados interessados em colaborar para amenizar essa problemática, a 
divulgação de horário e local onde acontecerá encontros de distribuições, rodas de conversas, 
palestras a respeito do tema e possíveis ações a serem desenvolvidas. 
A idéia inicial está com foco em locais que há grandes fluxos de pessoas, a fim de 
alcançar maiores números de arrecadações de doações, como por exemplo, entradas/ saídas de 
metrôs. Onde seriam colocados recipientes coletores de doações com identificações que as 
mesmas seriam destinadas para pessoas que vivem em ruas. Doações essas, como roupas, 
sapatos, casacos, cobertores, brinquedos,absorventes, produtos de higiene pessoal entre outros. 
Com amadurecimento do projeto buscar alcançar voluntários dispostos a fazer a distribuição de 
itens arrecadados, e criar uma vaquinha virtual com contribuições de qualquer valor para 
comprar itens que julgamos necessários para proporcionar um melhor bem estar para essa 
população. 
Tendo em vista os aspectos observados, concluímos a necessidade de uma intervenção 
para as pessoas em situações de ruas. As inúmeras dificuldades enfrentadas pelos mesmos são 
nítidas através das pesquisas aqui relatadas. O perfil criado na rede social Instagram tem o 
intuito de alcançar e levar informações para as pessoas que tenham a intenção de contribuir com 
projeto. 
 
https://www.instagram.com/doarumatodeamorequefazbem?r=nametag 
Doação: um ato de amor 
Fazer o bem, faz bem! 
 
https://www.instagram.com/doarumatodeamorequefazbem?r=nametag
 
21 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
➢ http://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/viewFil
e/1908/991 
➢ L13714 (planalto.gov.br) 
➢ https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/cadastro_unico/_Guia_Cadastramento_d
e_Pessoas_em_Situacao_de_Rua.pdf 
➢ https://www.geplage.ufscar.br/audiotextos-e-videos-1/audiotextos-1/fundamentos-de-
politica-social.pdf 
➢ https://www.mpma.mp.br/arquivos/CAOPDH/POL%C3%8DTICA_NACIONAL_PA
RAINCLUS%C3%83O_DA_pop_EM_SITUA%C3%87%C3%83O_DE_RUA__2008.
pdf 
➢ https://www.mds.gov.br/webarquivos/pecas_publicitarias/banner/_guiadepoliticas_MD
SA_online.pdf 
➢ https://www.scielo.br/j/pcp/a/zZmF6jcYxpRqGS4b5QMX9sQ/?lang=pt 
➢ https://www.scielo.br/j/reben/a/NsHh6w97c84Sy8h9Ssybxdk/?lang=pt 
➢ https://www.scielo.br/j/pcp/a/zZmF6jcYxpRqGS4b5QMX9sQ/?lang=pt&format=pdf 
➢ https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/especial-cidadania-
populacao-em-situacao-de-rua 
➢ http://www.sbmt.org.br/medtrop2016/wp-content/uploads/2016/12/9711-
Ac%CC%A7a%CC%83o-de-promoc%CC%A7a%CC%83o-da-sau%CC%81de-para-
moradores-de-rua...pdf 
➢ file:///C:/Users/Diego%20Machado/Desktop/ODONTOLOGIA/V%20SEMESTRE/Pro
gram.%20de%20Intera%C3%A7%C3%A3o%20Sa%C3%BAde%20Comunidade%20-
%20quintas/ebook_projeto_intervencao_saude_final.pdf 
 
 
 
 
http://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/viewFile/1908/991
http://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/viewFile/1908/991
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/Lei/L13714.htm
https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/cadastro_unico/_Guia_Cadastramento_de_Pessoas_em_Situacao_de_Rua.pdf
https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/cadastro_unico/_Guia_Cadastramento_de_Pessoas_em_Situacao_de_Rua.pdf
https://www.geplage.ufscar.br/audiotextos-e-videos-1/audiotextos-1/fundamentos-de-politica-social.pdf
https://www.geplage.ufscar.br/audiotextos-e-videos-1/audiotextos-1/fundamentos-de-politica-social.pdf
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http://www.sbmt.org.br/medtrop2016/wp-content/uploads/2016/12/9711-Ac%CC%A7a%CC%83o-de-promoc%CC%A7a%CC%83o-da-sau%CC%81de-para-moradores-de-rua...pdf
http://www.sbmt.org.br/medtrop2016/wp-content/uploads/2016/12/9711-Ac%CC%A7a%CC%83o-de-promoc%CC%A7a%CC%83o-da-sau%CC%81de-para-moradores-de-rua...pdf
http://www.sbmt.org.br/medtrop2016/wp-content/uploads/2016/12/9711-Ac%CC%A7a%CC%83o-de-promoc%CC%A7a%CC%83o-da-sau%CC%81de-para-moradores-de-rua...pdf
file:///C:/Users/Diego%20Machado/Desktop/ODONTOLOGIA/V%20SEMESTRE/Program.%20de%20Interação%20Saúde%20Comunidade%20-%20quintas/ebook_projeto_intervencao_saude_final.pdf
file:///C:/Users/Diego%20Machado/Desktop/ODONTOLOGIA/V%20SEMESTRE/Program.%20de%20Interação%20Saúde%20Comunidade%20-%20quintas/ebook_projeto_intervencao_saude_final.pdf
file:///C:/Users/Diego%20Machado/Desktop/ODONTOLOGIA/V%20SEMESTRE/Program.%20de%20Interação%20Saúde%20Comunidade%20-%20quintas/ebook_projeto_intervencao_saude_final.pdf
	2. IDENTIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

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