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EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA........VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE......... 
 
 
 
 
 
 
 
Mévio, (nacionalidade), (estado civil), (Profissão), (Profissão), portador do RG...., 
inscrito no CPF/MF sob o nº........., residente e domiciliado na Rua........., na cidade 
de ......, por seu advogado que esta subscreve(conforme procuração especifica 
anexa), vem respeitosamente, À presença de Vossa Excelencia, oferecer Queixa-
crime contra Cacá, (nacionalidade), (estado civil), (Profissão), (Profissão), portador 
do RG...., inscrito no CPF/MF sob o nº........., residente e domiciliado na Rua........., 
com fulcro no art. 41 do cpp c/c art.100, § 2º do CPP, pelas razões de fato e direito a 
seguir expostas: 
 
I - DOS FATOS 
Em 25 de abril de 2017, Cacá, sabendo que os fatos eram falsos e se utilizando de 
redes sociais, disse a Tício que Mévio havia praticado crime de furto contra a lotérica 
estrela, no dia 20 de abril de 2017. 
Posteriormente, Cacá com intenção de ofender Mévio proferiu o seguinte: “Você é 
um sujeito desonesto e trapaceiro”. Este fato foi presenciado por Mário. 
 
II – DO DIREITO 
Da calúnia – ART. 138 DO CP 
Em 25 de abril de 2017, o QUERELADO se utilizando de redes sociais, imputou ao 
QUERELANTE, sabendo que o fato era falso, o crime de furto contra a loteria 
fortuna. Tal imputação chegou ao conhecimento de terceiro, qual seja Tício e 
também ao conhecimento do QUERELANTE. 
Assim, diante desta conduta, resta-se comprovado que o QUERELADO praticou 
delito de calúnia, até a presença do dolo especifico, qual seja, animus calunandi, 
que se caracteriza com a vontade de atingir a honra objetiva da vitima, atribuindo 
falsamente e publicamente fato definido como crime. Dessa forma o QUERELADO 
praticou o crime previsto no Art. 138 do CP. 
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
Ressalta-se que para a caracterização da calunia a lei a lei não exige minúcias e 
pormenores, bastando que a atribuição feita tenha como objeto fato determinado e a 
imputação falsa de um crime, no caso em tela, furto (art. 155 do CP), contra a 
Lotérica Fortuna. O que se caracterizou realmente com os fatos descritos acima, que 
chegou a conhecimento da testemunha Tício. 
Outrossim, quando a imputação falsa do crime é propagado em ambiente virtual, 
qual seja, redes sociais que facilitam a divulgação do crime conforme art.. 141, III do 
CP: 
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se 
qualquer dos crimes é cometido: III - na presença de várias pessoas, ou por meio 
que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. 
 
. DA INJURIA – ART 140 DO CP 
 
Não satisfeito com prática do crime de calúnia no dia 26 de setembro de 2015, com 
animus injuriandi, ou seja, vontade de afrontar a honra subjetiva do Querelante, o 
Querelado disse pessoalmente àquele, o seguinte: você é um sujeito desonesto e 
trapaceiro. 
Diante de tal conduta, o Querelado praticou o crime de injúria conforme o art. 140 do 
CP. 
Art. 140 Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, 
de um a seis meses, ou multa. 
Assim, quando o Querelado proferiu estas palavras, agiu com dolo e atingiu a honra 
subjetiva do Querelante, consumando-se o crime de injúria, quando a vítima toma 
conhecimento de tal imputação. Fato este que poderá ser comprovada pela 
testemunha Mário. 
 
 
 
 
. DO CONCURSO DE CRIME 
 
No caso em tela, o querelado mediante pluralidade de conduta, praticou uma 
pluralidade de crimes: a) em 25 de abril de 2017, atingindo a honra objetiva do 
Querelante, praticou crime de calúnia (art. 138 do CP); b) em 26 de setembro de 
2015, o Querelado praticou o crime de injúria, quando dolosamente atingiu a honra 
subjetiva da vítima (art 140 do CP). 
É cediço que dos crimes, ora analisados, não são da mesma espécie. Assim, 
ocorrera a incidência do concurso material prevista no art. 69 do CP, que estabelece 
que os delitos praticados deve, ser somados: 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de 
liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de 
reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. 
 
III – DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer. 
a) o recebimento da Queixa-crime; 
b) A citação do Querelado para que seja processado e ao final condenado nas 
penas dos crimes previstos no art. 138 e 140, art. 141 III c/c art. 69, todos previstos 
no código penal; 
c) Manifestação do Ministério Público; 
d) A fixação do valor mínimo da indenização pelos danos morais sofridos, bem como 
a condenação do Querelado para pagamento das custas e demais despesas 
processual. Com base no art. 387, inciso IV do CP; 
e) A intimação das testemunhas para prestar depoimento durante a instrução 
criminal a seguir arroladas. 
 
ROL de Testemunhas: 
 Mário, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na 
rua ..... 
 Tício, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado na 
rua .... 
 
 
Termo em que, 
 
Pede deferimento 
 
Manaus, 23 de julho de 2017. 
 
Advogado 
_______________ 
OAB xxxx