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Família e Sucessões - Michel

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AULA 1 - 02/08/2022
Filiação sócio afetiva - quando uma pessoa reconhece como seu um filho que biologicamente é de outra pessoa. Para isso é preciso comprovar para o juiz a relação de pai e filho existente, mostrar a reputação que existe perante a sociedade, na qual as pessoas reconhecem essa relação e feito isso ocorre a mudança na certidão de nascimento, na qual vai passar a constar o nome dos dois pais não sendo necessário especificar qual deles é o biológico.
Afetividade voluntária - reconhecer como seu filho que é biologicamente de outra pessoa pode sobressair mais do quê a relação biológica e a presunção. Uma vez feito isso o filho terá o nome do novo pai no registro e vai passar a ter todos os direitos e obrigações que um filho biológico teria.
OBS: se o filho for menor de idade basta apresentar os elementos de tratamento entre eles e a reputação perante a sociedade mas se for maior de idade é necessário a concordância do filho.
Conceito de casamento - união entre duas pessoas na forma da lei com o intuito de formar família.
O código civil é antigo e não houve as devidas alterações em relação ao gênero de quem pode se casar, de tal forma que de acordo com a lei apenas homens e mulheres podem se casar, mas sabemos que é legalmente permitido e o supremo já autoriza o casamento homo-afetivo.
Como exemplo temos os artigos:
Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil.
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, companheiros e responsáveis pelos encargos da família.
A constituição lista alguns tipos de família que temos atualmente no seu art 226
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração. 
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.         (Regulamento)
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
Casamento civil; casamento religioso; união estável; família nonoparental e além dessas temos as família homo-afetiva que não ta listada explicitamente na constituição.
Atualmente está sendo aplicado valor jurídico ao afeto e por isso é levado em consideração quando o pai reconhece a criança como sua.
Concubinato
Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato.
Como exemplo temos as relações incestuosa na qual é proibido o casamento
As relações de concubinato tem uma nominação própria pós são impedidos de casar e não podem ter uma união estável porque está precisa apresentar características que permita ser transformada em casamento com facilidade.
União estável: relação continua, duradoura, pública com o objetivo de formar família e que possa ser convertido facilmente em casamento 
#pesquisar (poliandria, poligamia, monogamia)
Divórcio 
No momento em que é iniciado o divórcio é importante analisar alguns pontos essenciais como a guarda dos filhos. A lei não determina com quem deve ficar a guarda, sendo assim cabe ao juiz analisar a situação e determinar, geralmente fica com a mãe e é feita a guarda compartilhada.
Pensão para o filho - o juiz vai analisar elementos importantes (proporcionalidade, possibilidade e necessidade). A responsabilidade é de ambos sendo assim o encargo não pode cair apenas para um, além disso o pai irá contribuir com uma quantia necessária para manter seu filho e que ao mesmo tempo não te prejudique financeiramente. Se a guarda ficou com a mãe e está goza de uma condição financeira alta e o pai se encontra sem emprego fixo, o juiz pode desconsiderar o pagamento de pensão, ainda que temporariamente
Pensão para a mulher - o juiz vai analisar a possibilidade da mesma trabalhar, a condição financeira do homem, a questão histórica social do casal (possibilidade do marido nunca ter deixado a mulher trabalhar garantindo manter seu sustento por exemplo). Se julgar procedente o pagamento de pensão o juiz vai estipular o valor e a quantidade de parcelas que deve ser paga
Mudança de nome - é opcional de cada cônjuge após o divórcio 
Regime de bens - é determinado no momento do casamento e ocorrendo o divórcio a separação dos bens vai ocorrer de acordo com o que determina o regime escolhido
· Comunhão parcial de bens;
· Comunhão universal de bens;
· Separação de bens;
· Participação final nos aquestos.
AULA 2 - 09/08/2022
Para realizar o casamento é preciso respeitar sua formalidade:
1. Habilitação
2. Celebração
3. Registro 
Na época do código de 1916 existia dois tipos de filhos, os legítimos que eram os concebidos no casamento e os ilegítimos que eram concebidos fora do casamento e esses se dividia em:
A) Naturais - quando não existia nenhum impedimentos entre o casal porém eles não eram casados
B) Incestuosos - aqueles concebidos dentro de um relacionamento incestuoso (com pai, mãe, filhos, primos, etc)
C) Adulterino - aqueles que foram concebidos através de uma traição do casamento. E como só era permitido se casar uma vez, não era possível ter filhos de mais de um casamento.
D) Adotivos - 
E) Aqueles que eram concebidos pelos padres e freiras 
1988 - a partir deste anos foi extinta a distinção dos filhos, todos eles são iguais perante a lei 
Princípio da isonomia - homem e mulher são iguais perante a lei
A mudança de nome no momento do casamento e do divórcio é de livre escolha de cada cônjuge, vão decidir se deseja adicionar ou retirar respectivamente o nome do seu cônjuge.
Obs: no momento do divórcio, se optar por retirar o nome do cônjuge e existir filhos no relacionamento, é preciso mudar a documentação dos filhos também.
Grau de parentesco 
A) Em relação aos antecedentes os parentes são divididos em: 
1° grau - pais
2° grau - avós
3° grau - bisavós
B) Em relação aos descentes:
1° - filhos
2° - netos 
3 - bisnetos 
C) Em linha colateral:
1° - pais 
2° irmãos 
3° sobrinhos 
4° filhos dos sobrinhos
D) Em outro linha imaginária temos:
1° - pais
2° - irmãos
3 ° - tios 
4° primos
Ainda temos como parente de 4° grau o tio avô
Obs: em relação a sucessão só terá direito os parentes de até 4° grau e na linha dos antecedentes e descendentes só vai até o 3° grau.
Obs 2: ainda existe o parentesco por aproximidade, quando duas pessoas se casam ela se torna parentes por aproximidade dos pais e filhos do cônjuge e não perde esse parentesco mesmo se acontecer o divórcio.
Obs 3: a lei proíbe o casamento entre parentes de até 3° grau, sendo assim é permitido casar com os parentes de 4° grau (primos, tio avó)
Obs 4: é possível cobra pensão alimentícia de todos os parentes até o segundo grau de parentesco (todos descendentes e antecedentes e os irmãos que são de segundo grau)
Parentes em relação ao grau
1° - pais e filhos
2° - avós, netos e irmãos
3° - bisneto, bisavós, sobrinho, tios
4° - primos, tio avó e filho do sobrinho
Separação judicial - no código de 1916 para dissolver o casamento era obrigatório passar pela separação judicial, com a emenda constitucional n° 66 de 2010 a separação judicial só precisa ser utilizada se for discutir culpa, caso contratório é possível promover o divórcio diretamente. 
 Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
Art. 1º O § 6º do art. 226 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio."(NR)
As pessoas que deseja o divórcio só vai utilizar a separação judicial se desejar comprovar culpa do cônjuge (traição, agressão, negligências, etc) e isso vai ser importante se existe a disputa emrelação a outros fatores como pensão, guarda dos filhos, usucapião, medida protetiva
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)
O chamado usucapião familiar pode ser descaracterizado se o cônjuge que abandonou o lar provar que não abandonou por livre espontânea vontade, situações de agressão por exemplo afasta a possibilidade de usucapir. Já que precisou sair devido a uma situação causada pelo companheiro e para manter a integridade física.
Requisitos para o casamento - consentimento. Se o casamento for realizado sem o consentimento ou livre escolha do cônjuge este casamento pode ser anulado pois vai está em falta de um requisito obrigatório previsto em lei.
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos:"De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados."
Atos jurídicos nulos e anuláveis (REVISAR)
Ação anulatória é diferente de divórcio 
Na ação anulatório é preciso provar o motivo que cause a anulação, é feito através de procedimento comum, tem um prazo de 4 anos para ser pleiteado e se for aceito a pessoa volta ao status de solteiro(a).
Já no divórcio é usado o procedimento especial, não precisa apresentar motivos, pode ser pedido a qualquer momento e após ser concretizado a pessoa passar a ter o status de divorciado.
Tipos de casamento 
1. Casamento civil - regulamentado por lei, tem uma formalidade específica e precisa ser cumprida por todos aqueles que desejam casar
2. Casamento religioso com efeito civil - é aqueles realizado da forma que a religião escolhida determina porém vai ter todos os efeitos civis previsto em lei 
3. Casamento religioso - para o direito é uma união estável e sendo assim pode ser convertida em casamento facilmente desde que respeite e cumpra a formalidade exigida
4. Por conversão - é aqueles que o casal está em união estável e decide converter a relação em casamento.
5. Consular - aqueles realizados fora do Brasil mas da forma que a lei nacional determina. Nesse caso os interessados deve ir até o consulado do país que vai ser realizado o casamento e fazer a solicitação. 
6. Por procuração - se a pessoa estiver impossibilitada de comparecer no casamento ela pode designar uma pessoa para realizar o ator por ela. A procuração é um documento público específico para essas ocasiões e pode ser nulo se não for respeitada sua formalidade.
7. Nucunpativo - realizado em situações que exija a imediata realização (leito de morte por exemplo) necessário 6 testemunhas invés de 2 como de costumes em relação aos outros casamentos.
8. Putativo (imaginário) - aquele na qual a pessoa pensa que está casada mas está diante de um casamento que não pode existir (com parentes de até 3° grau, com pessoas já casadas, menores de 16 anos, etc)

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