¹Acadêmica do VI Bloco do Curso de Serviço Social da FAESF ²Docente da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESF-Mestranda em Ensino(UNIVATES) Título: O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NO SISTEMA PENITENCIÁRIO Title: THE ROLE OF THE SOCIAL Warden IN THE PENITENTIARY SYSTEM ¹Estefânia de Sousa Mesquita Neta ² Glauce Barros Santos RESUMO O Serviço Social desde do início da sua entrada no sistema prisional se regulou na promoção de medidas que buscassem garantir a reintegração e a ressocialização social, sendo uma das primeiras profissões a adentrar o sistema penitenciário, efetivando assim o seu fazer profissional neste território, compreendendo que o assistente social atua como um mediador dos conflitos, trabalhando para efetivação dos direitos das minorias. Este artigo tem como objetivo relatar sobre o papel do assistente social no sistema penitenciário. Tratou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, utilizando-se da técnica bibliográfica. O Assistente Social no sistema prisional assegura os direitos ao apenado tendo como posicionamento a equidade e justiça social, construindo práticas humanas ao tratamento dos presos, viabilizando a concretização da defesa dos direitos humanos, sendo que a presença deste profissional na prisão, contribui no sentido de ressocializar o preso em seu convívio social, como também busca garantir e assegurar os direitos que ora são violados ou ocultos, dificultando assim a ressocialização dos indivíduos na sociedade. Palavras-chave: Assistente Social.Atuação.Sistema Prisional ABSTRACT Since its entry into the prison system, the Social Service has been regulated in the promotion of measures that seek to guarantee reintegration and social re-socialization, being one of the first professions to enter the penitentiary system, thus effecting its professional work in this territory, understanding that the social worker acts as a mediator of conflicts, working to realize the rights of minorities. This article aims to report on the importance of the social worker in the penitentiary system. It was an exploratory and descriptive research, using the bibliographical technique. The Social Warden in the prison system ensures the rights to the prisoner, having as a point of view equity and social justice, building human practices to the treatment of prisoners, making feasible the defense of human rights, and the presence of this professional in prison, contributes towards re-socialize the prisoner in their social life, but also seeks to guarantee and ensure the rights that are now violated or hidden, making it difficult to re- socialize individuals in society ¹Acadêmica do VI Bloco do Curso de Serviço Social da FAESF ²Docente da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESF-Mestranda em Ensino(UNIVATES) Keywords: Social Worker. INTRODUÇÃO. A Lei de nº 7.210 de 11 de julho de 1984, dispõem em seu art.1º a respeito da finalidade da prisão, relatando que o mesmo efetiva uma decisão, para que os presos possam ser assegurados em sua inserção no meio social. (BRASIL,1994). Dessa forma, faz-se necessário o acompanhamento do início até o final da pena do acusado, prestando assistência e atenção para que o mesmo possa ser restabelecido no meio social. Nesse cenário, o assistente social atua prestando assistência a estas pessoas juntamente com o profissional de psicologia e direito. A mesma lei em seu artigo 10º aborda que é dever do estado prestar assistência de forma material, jurídica, educacional, social, religiosa e saúde ao preso, tendo como intuito a prevenção e orientação no que concerne a reintegração do mesmo à sociedade. Percebendo a importância do profissional de assistente social no sistema prisional, e como forma de esclarecer a população acerca das múltiplas vertentes do trabalho do profissional de serviço social na sociedade, este artigo tem como objetivo relatar sobre o papel do assistente social no sistema penitenciário. Conforme ABESS (1996) O profissional de serviço social atua no enfrentamento das expressões das questões sociais, sendo que esta é considerado um desvio de reprodução e produção das relações sociais, articuladas a momentos históricos, produção das condições de vida, cultura e riqueza. Com o crescimento dos problemas sociais a um aumento da demanda carcerária, que começam a avolumar-se, gerando batalhões de excluídos, onde o Estado busca de formas alternativas a inclusão dos mesmos. Segundo Iamamoto (1988) a questão social representada pela desigualdade é sinônimo de resistência, pelo fato desses sujeitos conhecerem essa realidade estes não aceitam, gerando assim confrontos. Dessa forma, atuando de maneira humanizada o assistente social na sua prática profissional nas instituições penitenciárias, busca maneiras para que aja a ressocialização e integração dos mesmos no convívio social, minimizando os conflitos e reações diversas. Nesse contexto, a finalidade social da punição dos presos seria de regenerar, reabilitar os mesmos, no sentido de promover a inserção dos indivíduos, porém a maneira como conduzem e controlam o poder público geram contrastes com a realidade dos presídios, pois estes são marcados por superlotações, ficando o apenado a mercê de seus direitos sem nenhuma alternativa de reintegração na sociedade, sociedade esta que os exclui completamente ,fazendo com que os seus direitos não sejam aplicados na prática. (ALVES et al,2017). ¹Acadêmica do VI Bloco do Curso de Serviço Social da FAESF ²Docente da Faculdade de Ensino Superior de Floriano-FAESF-Mestranda em Ensino(UNIVATES) O SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO A década de 80 trouxe com ela mudanças importantes na luta pela democratização do Estado, havendo a participação da população nas resoluções e prioridades das políticas públicas, a constituição de 1988 causou transformações e redefiniu-se no perfil histórico da proteção social, passando a agrupar critérios e valores inovadores para a população brasileira. Incorporando novos parâmetros como direitos sociais, universalização, seguridade social, descentralização política administrativa, controles democráticos, equidade, e mínimos sociais que norteiam na constituição federal novos padrões políticos sociais. (COUTO,1999). De acordo com Iamamoto(2008) o assistente social iniciou sua atuação no Brasil na década de 80,em resposta aos trabalhos prestados pelas mulheres religiosas que realizavam atividades assistencialistas a pessoas menos favorecidas, esta época corresponde um marco no trabalho do profissional de serviço social, pois assim elevou este profissional em nível intelectual ,profissional, acadêmico e político. O cenário político da década de 80 causou um avanço democrático como importante espaço de participação junta a tomada de decisões onde o cenário que permanecia presente era de agravamento sociopolítico e cultural. Nesse sentido, o Estado sai do modelo populista, onde prevalecia as políticas compensatórias, organizando-se de forma controladora punitiva sobre os marginalizados, ao invés de um estado de direito. Foucault (1989) comenta que a maneira que é utilizada a atividade prisional desde o início da pena não é de uma competência utilitária, mas a concretização de um poder, a submissão de uma autoridade e adequação a um sistema de produção. O estado passa a responder a esse modelo como controle social, prevalecendo o interesse econômico e satisfazendo sua necessidade de domínio e disciplina na população. Neste sentido, o estado passa a exercer