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Hiole Nolasco PRESCRIÇÃO 1. Repouso + Isolamento a. Absoluto ou relativo b. Não elevar o tórax > 45° 2. Dieta a. Zero: até 24h | definir outra via (SNG/SNE/NPT) b. Volume por vez: capacidade gástrica de 20-40 ml/Kg (iniciar com o mínimo) c. Não alimentar por via oral se alteração de sensório (irritabilidade/sonolência/torpor/coma) | FR > 60 irpm (<5 anos) e > 40 (> 5 anos) 3. Oxigenoterapia a. Baseada em dados clínicos (sensório/FR/tiragem/palidez/cianose) b. Oximetria de pulso < 93% c. Gasometria MÉTODOS: ✓ Cateter nasal – FiO2 de até 35% - 3 a 5 litros → Quadros moderados ✓ Cânula nasal – FiO2: 24 a 40% - 3 a 5 litros → Quadros moderados ✓ Máscara de Venturi – FiO2: 24 a 50% - 3 a 15 litros → Quadros graves ✓ Máscara não reinalante – FiO2: 95 a 100% - 10 a 15 litros → Quadros muito graves (SatO2 < 90%/cianose) ✓ AMBU – pressão positiva – FiO2 até 100% - 10 a 15 litros → PCR, apneia, “gasping” 4. Venóclise a. N° 24, 22 e 20 b. Reposição e expansão → SF e RL i. Choque (20ml/Kg a cada 10 a 20 minutos) ii. Desidratação grave (25ml/Kg/hora – 2 horas) iii. Reposição de perdas (analisar cada caso) c. Manutenção → SG a 5 ou 10%, ampolas de glicose a 25 e 50%, eletrólitos 5. Antibioticoterapia a. Dose, via, apresentação, intervalo e tempo de infusão b. D0 = 1° dia de ATB TEMPO DE INFUSÃO: ✓ 5 minutos → Bólus| diluído em 5ml de SF (crianças < 10kg, reduzir a diluição) ✓ 30 minutos → Penicilina cristalina, Oxacilina, Aminoglicosídeos, Imipenen, Ampicilina | diluído em 20-30ml de SF ✓ 1 hora → Clindamicina, Sulfa, Macrolídeos, Vancomicina | diluído em 30-50ml de SF ✓ 1 a 2 horas → Fluconazol ✓ 3 horas → Meropenen ✓ 4 a 6 horas → Anfotericina 6. Corticoterapia a. Até 14 dias → Suspender b. Se > 14 dias → Diminuir 25% da dose inicial a cada 5 a 7 dias 7. Medicações terapêuticas outras 8. Medicações – controle de sintomas a. Febre ≥ 38°C → dipirona/paracetamol de 4 a 6 horas b. Dipirona → + AINES → + paracetamol + codeína OU tramadol (> 12 anos) → + morfina 9. Controles FC (bpm) FR (irpm) PA GLICEMIA CAPILAR DIURESE (ml/kh/h) RN: 120 -160 Lactente: 100-140 Pré-escolar: 90-130 Escolar: 80-120 Adolescente: 60-100 RN: 60 Lactente: 40 Pré-escolar: 30 Escolar: 20 Adolescente: 16-20 RN: 60 x 40 mmHg 1-11 meses: 80 x 50 mmHg > 1 ano: 90 mmHg + 2 x Idade (anos - PAD = 2/3 da sistólica < 60: hipoglicemia < 55: desnutrido grave < 45: recém-nascido 1 a 2: normal 0,5 a 1: oligúria < 0,5: anúria HIDRATAÇÃO PARENTERAL BASAL TAXA HÍDRICA (TH) INFUSÃO DIÁRIA DE GLICOSE Taxa de Infusão de Glicose TIG Necessidade basal Até 10kh: 100ml x kg 11 a 20kg: 1000ml + 50ml/kg > 10 > 20kg: 1500ml + 20ml/kg > 20 *Peso calórico (PC) = TH/100 3: alimentação parcial 4 a 6: dieta zero > 6 (até 12): pós-hipoglicemia TIG x PC x 1,44 (grama de glicose/dia) 4 a 6 mg/kg/min ELETRÓLITOS SÓDIO POTÁSSIO CÁLCIO MAGNÉSIO 1ª prescrição NaCl a 20% 2 a 4 mEq/100ml/dia 1ml = 3,4 mEq 1ª prescrição KCl a 19,1% 2 a 4 mEq/100ml/dia 1ml = 2,5 mEq Após nível sérico Gluconato de Ca a 10% 100 a 200mg/100ml/dia 1 a 2ml/100ml Após nível sérico MgSO4 a 50% 0,5 a 1 mEq/100ml/dia 1ml = 4 mEq SOLUÇÃO HIPOTÔNICA PADRÃO Para cada 500ml de SG a 5% - Na: 30 mEq/L 500ml de SG a 5% + 4,6ml de NaCl a 20% + 5ml de KCl a 19,1% Hiole Nolasco VALORES DE REFERÊNCIA LEUCOGRAMA < 4.000: leucopenia Infecções virais e gram-,, doenças medulares, colagenoses e medicações >10.000: leucocitose Infecção, inflamação, neoplasias, choque, medicações, trauma e estresse cirúrgico Linfocitose: viral Neutrofilia: infecções, inflamações, estresse, corticoides Neutropenia: infecções, medicamentos e imunodepressão (se febre e < 500 – ATB empírica) Eosinofilia: alergias e parasitoses INFECÇÃO BACTERIANA: Leucocitose com neutrofilia e desvio para esquerda INFECÇÃO VIRAL: Leucocitose OU leucopenia com linfocitose INFECÇÃO BAC. OU VIRAL: Leucopenia com neutropenia Desvio para esquerda 𝐶𝑒𝑙. 𝑗𝑜𝑣𝑒𝑛𝑠 𝑥 𝐿𝑒𝑢𝑐ó𝑐𝑖𝑡𝑜𝑠 100 > 500 𝐵𝑎𝑠𝑡õ𝑒𝑠 𝑏𝑎𝑠𝑡õ𝑒𝑠 + 𝑠𝑒𝑔𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 > 0,2 SÉRIE VERMELHA Anemia Hb: 9-11 g/L – LEVE Hb: 7-9 g/L – MOD. Hb: <7 g/L – GRAVE Se anemia grave + repercussão clínica = transfusão TRANSUFSÃO: 10 a 15ml/kg, 2 a 4h Procedimento eletivo − Hb: >9g/dL − TP: >70% ou >50% se doença hepática − Plaquetas: >100.000 Plaquetas 150.000-400.000/mm³ <150.000 – TROMOBOCITOPENIA <20.000 – GRAVE (sangramento de SNC) >400.000: TROMBOCITOSE Plaquetopenia: Infecções, púrpura Plaquetose: Infecções, inflamação e colagenoses SUMÁRIO DE URINA GERAL − Densidade: 1015-1025 − Aspecto: límpido − Reação: ácida (pH de 5-6) QUÍMICA − Proteína: <0,12 − Açúcar: ausente − Cetomúria: ausente − Pigmentos biliares: ausente − Nitrito: negativo SEDIMENTOSCOPIA − Hemácias: até 100.000/ml − Leucócitos: até 100.000/ml − Cilindros: ausentes BACTERIOSCÓPICO (GRAM): Ausência de flora bacteriana UROCULTURA: ausência bacteriana INFECÇÃO URINÁRIA SE: Jato médio: >100.000 ufc/ml OU > 50.000 + piúria Cateterismo: 10.000 ufc/ml VHS: até 20mm ↑: infecções agudas e crônicas, inflamações, hemorragias, traumas, queimaduras, colagenoses e medicações. PCR: até 10mg/dL, 80-100: bacteriana, >200: alerta ↑: infecções, inflamações e colagenoses. AVALIAÇÃO HEPÁTICA LESÃO DE HEPATÓCITO − ALT: 16-46 (+ específico) − AST: 10-40 FUNÇÃO − TP: 70-100% (+ precoce) − Albumina: 3,2 a 5,0 COLESTASE − GGT: 0-23 (+ específica) − FA: 15-30 − Solicitar outras bilirrubinas ELETRÓLITOS Na: 136-150 (Correção em 24h se <120) K: 3,5-5 (Correção se 2,5 a 3,5 | em 6h se <2,5) Ca: 8,5-11 (Correção se <8,5 a 11 | em 2h se convulsão, tetania ou apneia) Mg: 1,5-2,3 (Correção se <1,5) CULTURAS − Hemocultura: no mínimo 2 sítios com intervalo de coleta de 30 a 60 minutos; − Urocultura; − Coprocultura; − Cultura de outros sítios. PACIENTE TRANSFERIDO DE OUTRA UNIDADE COM > 24H DE INTERNAMENTO: ISOLAMENTO + Orofaringe; swab (axilar, nasal e retal); aspirado traqueal se traqueostomia e cultura de lesão de pele, se lesão de pele. CULTURAS DE CONTROLE Situações especiais – Infecção nosocomial: 1.Infecções fúngicas noscomiais – cultura a cada 3 dias. Manter tratamento por mais 14 dias após última cultura negativa. 2.Infecção por S. aureus 3.Infecção por agentes multirresistentes. GLICEMIA 80 a 100mg/dl < 60: hipoglicemia < 55: desnutrido grave < 45: RN CONDUTA: SG a 10% (5 a 10ml/kg) ou glicose a 25% (2 a 4 ml/kg) em 10 minutos EXAMES DE CONTROLE Se ATB > 7 dias, SOLICITAR EXAMES DE CONTROLE: Hemograma, eletrólitos (Na, K), avaliação renal (U, C) e hepática (AST, ALT). − Lesão renal: creatinina > 0,5 à anterior − Lesão hepática: ALT e AST > 3x à anterior INFECÇÕES, ETIOLOGIA E TRATAMENTO OSTEOMIELITE AGUDA Staphylococcus aureus Streptococcus; pyogenes; Haemophilus; influenzae tipo B *; *Salmonella spp (Doença falciforme) TRATAMENTO: 3 a 4 semanas − Oxacilina − Cefalotina − Oxacilina + Cefalosporina 3ª ARTRITE PIOGÊNICA Staphylococcus aureus Streptococcus; Pyogenes Haemophilus Influenzae tipo B * TRATAMENTO: 2 a 4 semanas − Oxacilina − Cefalotina − Oxacilina + Cefalosporina 3ª ENDORCADITE INFEC. Streptococcus viridans Staphylococcus aureus Fungos; Enterococos TRATAMENTO: 3 a 6 semanas Penicilina G Cristalina + Oxacilina + Aminoglicosídeo ou Vancomicina + Cefalosporina de 3ª ABSCESSO HEPÁTICO Staphylococcus aureus Gram- negativos entéricos; Anaeróbios (incluindo Bacteroides fragilis) TRATAMENTO: 3 a 4 semanas Oxacilina + Cefalosporina de 3ª + Metronidazol Oxacilina + Metronidazol + Aminoglicosídeo LINFADENITE BACTE. Staphylococcus aureus Streptococcus Pyogenes TRATAMENTO: 7 a 10d − Oxacilina − Cefalosporina de 1ª ou 2ª − Amoxicilina + Ác. Clavulânico − *Cef. 1ª geração (amb) SEPSE FOCO: urinário,TGI ou SNC − Cefalosporina de 3ª ou 4ª FOCO: pulmonar ou partes moles − Oxacilina + Cefalosporina de 3ª geração Hiole Nolasco AMIGDALITE AGUDA Vírus (85% < 3 anos); Estreptococos dos grupos A e C (S. pyogenes – 15 a 30% ); Haemophilus influenzae; Staphylococcus aureus; Moraxella catarrhalis TRATAMENTO: 5 a 10 dias − Penicilina G benzatina (dose única) − Amoxicilina − *Macrolídeos (tempo depende da droga) ABSCESSO PERIAMIGDAIANO Estreptococos do grupo A; Staphylococcus aureus.; Anaeróbios; Bacteroides spp.; Fusobacterium spp TRATAMENTO: 10 a 14 dias − Clindamicina + Cef. 3ª geração − Amoxicilina/Ácido Clavulânico − Ampicilina + Sulbactam − Cefuroxima OTITE MÉDIA S. pneumoniae; H. influenzae; M. catarrhalis; S. pyogenes; S. Aureus; P. Aeruginosa (Crônica) TRATAMENTO: 10 dias − Amoxicilina − Amoxicilina + Ác. Clavulânico − Axetil Cefuroxima − Macrolídeos MASTOIDITE AGUDA S. pneumoniae; H. influenzae; S. Aureus; S. pyogenes TRATAMENTO: 10 a 14 dias − Amoxicilina + Ác. Clavulânico − Ampicilina + Sulbactam − Cefuroxima − Oxacilina + Cefalosporina 3ª SINUSITE S. pneumoniae; H. influenzae; M. Catarrhalis; S. Pyogenes; S. Aureus; M. pneumoniae TRATAMENTO: 10 a 14 dias − Amoxicilina − Amoxicilina + Ác. Clavulânico − Cefuroxima axetil − Claritromicina PNEUMONIAS ITU Escherichia coli; Proteus spp; Klebsiella spp; Enterobacter spp; Pseudomonas spp TRATAMENTO: 10 dias <3 meses: Ampicilina + Aminoglicosídeo ou Cef. 3ª geração 3 m - 2 anos: Cefalosporina de 1ª, 2ª ou 3ª geração | Amoxicilina + Clavulanato. >2 anos: Cefalosporina de 1ª ou 2ª geração |Amoxicilina + Clavulanato. − ITU afebril: Sulfametoxazol-trimetoprim, Nitrofurantoína | Ácido nalidíxico. < 2 MESES Bacilos entéricos gram-negativos; Estreptococos do grupo B*; Staphylococcus aureus; Chlamydia trachomatis**; Listeria monocytogenes; Virus; S. Pneumoniae, H. influenzae TRATAMENTO: 10 a 14 dias − Ampicilina ou − Penicilina G Cristalina − + Aminoglicosídeo − * Oxacilina > 2 MESES S. pneumoniae; H. influenzae; S. Aureus; Virus TRATAMENTO: 10 dias − Penicilina G Cristalina ou Ampicilina − Se grave ou complicada − Oxacilina + Cefalosporina 3ª − *Amoxicilina + Ác. Clavulânico − *Cefuroxima axetil − *Macrolídeos ou Amoxicilina (amb) LOBAR OU PSEUDOTUMORAL S. pneumoniae; H. influenzae TRATAMENTO: 10 dias − Penicilina G Cristalina ou *Amoxicilina POR GERMES ATÍPICOS M. Pneumoniae; C. Pneumoniae; C. Trachomatis; Ureaplasma; Legionella TRATAMENTO: 10 a 14 dias − Claritromicina − Eritromicina − *Azitromicina (5 dias) Por S. aureus TRATAMENTO: 2 a 4 semanas − Oxacilina − *Vancomicina CELULITE - ABSCESSO Staphylococcus aureus; Streptococcus pyognes TRATAMENTO: 7 a 10 dias − Oxacilina − Cefalosporina de 1ªgeração − *Ambulatorial: cefalosporina 1ª CELULITE Staphylococcus aureus; Streptococcus pyognes TRATAMENTO: 10 dias − Oxacilina Cefalosporina de 1ªgeração CELULITE EM FACE E ORBITA S. pneumoniae; H. influenzae; S. Pyogenes; S. aureus TRATAMENTO: 10 a 14 dias − Oxacilina (Se lesão de pele) − Amoxicilina + Ác. Clavulânico − Cefuroxima axetil Oxacilina + Cefalosporina de 3ª IMPETIGO Staphylococcus aureus; Streptococcus pyognes TRATAMENTO: 7 a 10 dias − Cefalosporina de 1ª − Macrolídeos (5 dias) Penicilina benzatina (DU) ERISIPELA Staphylococcus aureus; Streptococcus pyognes TRATAMENTO: 7 a 10 dias − Penicilina Cristalina − Oxacilina Penicilina benzatina (DU) SÍNDROME DA PELE ESCALDADA Staphylococcus aureus TRATAMENTO: 10 a 14 dias − Oxacilina Cefalosporina de 1ª geração FASCIÍTE NECROTIZANTE Gram (+): S. pyogenes, S. aureus, C. perfringens, S. pneumoniae; Gram (-): P. aeruginosa, H. influenzae TRATAMENTO: Oxacilina ou Vancomicina + Cef. 3ª ou 4ªgeração + Metronidazol MENINGITE BACTERIANA (<2 meses): Estreptococos do grupo B; Listeria monocytogenes; Enterococos; Estafilococos TRATAMENTO: 10 a 14 dias − Ampicilina + Cefotaxima ou Ampicilina + Aminoglicosídeo (>3meses): N. Meningitidis; S. Pneumoniae; H.Influenzae (< 5anos) TRATAMENTO: 10 a 14 dias − Ceftriaxone − Penicilina ou Ampicilina (> 5anos) Meningococcemia ABSCESSO CEREBRAL Streptococcus viridans; Staphylococcus aureus; Enterobacteriaceae; Anaeróbios - Bacteróides spp; Estreptococos TRATAMENTO: 4 a 6 sem. Oxacilina + Cefalosporina de 3ª geração + Metronidazol ou Clindamicina + Cef. 3ª Hiole Nolasco MANEJO DA ASMA AGUDA NA EMERGÊNCIA P R IM EI R A H O R A Avaliação da gravidade ✓ β2 Agonista inalatório a cada 20 minutos ✓ Oxigênio se SatO2 < 95% ✓ Glicocorticóide se: o Ausência de resposta inicial ao β2 Agonista; o Uso nesta crise; o Episódio grave. Reavaliação: exame físico, PFE, SatO2 e outros testes Resposta incompleta: sinais moderados, PFE: 40 - 70% do previsto e SatO2 entre 91 e 95% Boa resposta: melhora clínica, PFE > 70% do predito e SatO2 > 95% Aumentar intervalo do β2 Agonista Observar no mínimo 1 a 3 horas ALTA ✓ Continuar β2 agonista inalatório ✓ Considerar uso de corticoide oral ✓ Plano de ação com toda orientação SE G U N D A H O R A ✓ Oxigênio para manter SatO2 > 95% ✓ β2 agonista a cada 20 minutos por mais 1 hora ✓ Corticosteróides – oral (manter ou adicionar) ✓ Brometo de Ipratrópio inalatório Considerar nebulização contínua (0,3 a 0,5mg/kg/hora) – Máximo: 40 a 60 gotas/h Reavaliação da gravidade após observação de 2 a 4 horas Melhora parcial: sinais clínicos, PFE e SatO2 com melhora Boa resposta: melhora clínica, PFE > 70% do predito e SatO2 > 95% CONTINUAR TRATAMENTO E CONSIDERAR INTERNAMENTO ALTA ✓ Continuar β2 agonista inalatório ✓ Considerar uso de corticoide oral ✓ Plano de ação com toda orientação M Á R ES P O ST A O U M U IT O G R A V E À A D M IS SÃ O Sinais graves: PFE < 40% do predito, SatO2 sem melhora ou com piora (< 90%) ✓ Manter via aérea pérvia - Oxigenoterapia ✓ Monitorização contínua ✓ Hidratação parenteral ✓ β2 agonista EV ✓ Corticosteroides sistêmico EV ✓ Considerar Sulfato de Magnésio ✓ Opção em situações especiais: o Terbutalina ou epinefrina SC (0,01ml/Kg) ✓ β2 agonista (Ataque: 15 a 20µg/Kg – Manutenção: 1µg/Kg/min (até 8-15 µg/Kg/min) ✓ Sulfato de magnésio (25-75mg/Kg – 20 a 30min. Máx: 2g) ✓ Internamento em Unidade de Terapia Intensiva EX A M ES C O M P LE M EN T A R ES ✓ Eletrólitos: • Uso frequente de β2 Agonista (hipocalemia e hipomagnesemia). ✓ Gasometria arterial: • casos graves (hipoventilação), PFE: 30-50%, não resposta à terapêutica e com piora (atenção à PaO2 < 60mmHg e PaCO2 > 45mmHg - falência respiratória). ✓ Leucograma: • pode ocorrer leucocitose com 4 horas após uso de corticoide. • Cuidado com uso indevido de antibióticos! P LA N O D E A LT A ✓ Alta se melhora clínica e estável por 3 a 4 horas ✓ Prescrição de broncodilatador inalatório e corticosteroide (se indicado – 3 a 5 dias) ✓ SpO2 > 94% e PEF e/ou VEF1 > 75% do melhor ou previsto ✓ Orientar um plano de ação para asma ✓ Reavaliação o mais rápido com médico assistente e acompanhamento especializado. Hiole Nolasco MANEJO DAS CRISES CONVULSIVAS 0-5 minutos 1. ABCDE 2. Monitorização multiparamétrica 3. Oxigênio suplementar (dispositivo conforme saturação do paciente) 4. Obter acesso venoso 5. Realizar glicemia capilar, se hipoglicemia: a. Glicose a 25%, 2 a 4 ml/kg. 5-20 minutos Drogas de 1ª linha − Diazepam, 0,2 a 0,4 mg/kg/dose, IV (máximo de 10 mg/dose) o Pode ser repetida a cada 3 a 5 minutos, caso o quadro não esteja se resolvendo, por até 4x Na ausência de acesso venoso: − Midazolan, 0,1 a 0,2 mg/kg/dose (máximo de 5 mg/dose), IM − Diazepam, 0,5 a 1 mg/kg/dose, IV (máximo de 20 mg/dose) 20-40 minutosDrogas de 2ª linha Após a 2ª dose de Diazepam sem melhora, as drogas de 2ª linha já podem ser associadas − Fenobarbital, 25 mg/kg, IV, em 10 minutos (é a mais utilizada) − Fenitoína, 10 a 20 mg/kg (é a mais usada em EMC nos casos de trauma ou focais, pois a meia-vida é menor e seda menos) 40-60 minutos Drogas de 3ª linha Se após associação das drogas de 2ª linha, não houve melhora, passa para essa fase, que deve ser associada com IOT e internamento em UTI − Midazolam em dose anestésica; − Tiopental, 5 mg/kg, IV em bólus (máximo de 500 mg/dose) MANEJO DA ANAFILAXIA Manter sinais vitais Checar A (vias aéreas), B (respiração), C (circulação) e M (mente-sensório) + Acesso venoso calibroso Manter decúbito dorsal com elevação de MMII; Evitar levantar ou sentar-se subitamente (síndrome do ventrículo vazio); Se angioedema muito grave impedindo a IOT, cricotireoidotomia está indicada. Adrenalina 1:1000 (1mg/ml) 0,01mg/kg, IM no vasto lateral da coxa Máximo de 0,5mg Repete de 5 a 15 minutos, a depender da gravidade. Se estiver estável, o intervalo pode ser de até 30 minutos; Monitorar FC; Nas hipotensões graves refratárias ao uso IM e PCR, é preferível a administração IV; Se não houver melhora, inicia infusão de fluido de ressuscitação. Expansão de volume SF 0,9% 10 a 20ml/kg, IV, em bolus Em alguns minutos e repetidas vezes, se necessário, sempre que houver resposta insatisfatória à adrenalina, hipotensão arterial à admissão e hipotensão ortostática. Oxigênio De acordo com a necessidade do paciente Se SatO2 < 95% há necessidade de mais uma dose de adrenalina. Beta-2-agonistas Sulfato de Salbutamol Via inalatória: Aerosol dosimetrado com espaçador (100mcg/jato) 50mcg/kg/dose = 1 jato/2kg Dose máxima: 10 jatos Nebulizador: Solução gotas: 5mg/ml | Flaconetes: 1,25mg/ml 0,07 a 0,15mg/kg a cada 20 minutos, até 3 doses Dose máxima: 5mg Medicação de 2ª linha; Usada quando há broncoespasmo associado. Antihistamínicos Prometazina Difenidramina Ranitidina Dose de ataque: 1 a 2mg/kg, EV, máximo de 50mg, lentamente | Manutenção: 5mg/kg/dia, a cada 6h, máximo de 300mg/dia Medicação de 3ª linha; Somente após adrenalina IM + suporte cardiorrespiratório; Difenidramina é a droga de escolha Glicocorticosteroides Metilprednisona Prednisona 1 a 4mg/kg/dia, 6/6h, por 4 dias Previne ou melhora a reação bifásica; Metilprednisona é a droga de escolha. Hiole Nolasco CORPO ESTRANHO EM TRATO DIGESTIVO Sinais e sintomas Tosse, engasgo, sialorreia, vômitos, dificuldade respiratória, sangramento digestivo, dor torácica e recusa alimentar. História compatível + hemodinamicamente instável → avaliação da equipe cirúrgica Edema, eritema e crepitação na região cervical → perfuração esofágica Estridor e sibilância → impactação digestiva (comprimindo de forma extrínseca o AR) Distensão abdominal, dor intensa ou sinais de abdome agudo perfurativo ou obstrutivo → Raio-X + avaliação da equipe cirúrgica Raio-X Raio-X de tórax em AP e perfil → avaliação inicial e investigação Raio-X de região cervical superior e de abdome → se dúvida diagnóstica Pilha botão x Moeda → duplo anel na imagem em AP e sinal “step off” na imagem em perfil. Obs.: a ingestão de pilha leva ao risco de necrose, perfuração e erosão dentro de vasos a partir de 2 horas da ingesta pois deixa o meio muito alcalino ao entrar em contato com a mucosa. Devem ser removidas do esôfago dentro de 2 horas e se for ingerida juntamente com um ímã, é uma emergência, independentemente do local que esteja. Sinais de obstrução e perfuração → pneumoperitôneo, pneumomediastino, distribuição inadequada dos gases ou distensão de alças com nível líquido. Seguimento periódico → a cada 3 a 5 dias, para constatar a progressão do objeto através do trato digestivo. − Se permanecer no mesmo local anatômico por > 3 dias → considerar a remoção. Exame contrastado → investigação posterior de perfuração do trato digestivo. Obs.: Usa-se o iodo pois o bário além de contraindicado, prejudica a visualização endoscópica posterior. TC − Na suspeita de complicações após a remoção do corpo estranho; − Objeto não visto ao Raio-X inicial e paciente ainda sintomático; − Objeto com características preocupantes (longo, largo ou perfurante); − Características do objeto desconhecidas. RM − Pesquisa de complicações secundárias à ingestão; − Contraindicada na investigação de objetos metálicos. Endoscopia digestiva − Diagnóstico e terapêutico; − Em situações de emergência (até 2 horas), ser criterioso com a indicação → risco de broncoaspiração pelo jejum inadequado. Indicações de emergência (até 2 horas da ingestão): − Bateria localizada no esôfago; − Ingestão de múltiplos ímãs ou associados a peças metálicas; − Objeto impactado no esôfago (risco maior em crianças < 5 anos e objetos > 2cm); − Risco de aspiração (incapaz de deglutir saliva); − Objetos perfurantes ou cortantes; − Pacientes muito sintomáticos (principalmente sintomas respiratórios). Indicações de urgência (até 24 horas da ingestão): − Objetos localizados no estômago > 2,5cm de diâmetro ou > 6cm de comprimento; − Não progressão do objeto localizado no estômago > 24 horas; − Persistência dos sintomas esofágicos, mesmo se localizado no estômago. Obs.: realizar nova radiografia imediatamente antes do procedimento para observar a migração do objeto. Cirurgia − Pacientes muito sintomáticos e instáveis hemodinamicamente; − Perfuração esofágica detectada na endoscopia → internamento + passagem de SNE + dieta zero e ATB profilático + avaliação cirúrgica precoce; − Casos de complicações: estenoses, perfurações, obstruções e fístulas. Observações gerais − Não há indicação de medicamentos laxantes ou que aumentem o trânsito intestinal; − Aumentar a ingestão de líquidos e alimentos ricos em fibras; − Observar a eliminação do objeto via fecal; − Atenção para os sintomas: sialorreia, dor abdominal, sangramento digestivo, náuseas e vômitos persistentes → reavaliação + exame de imagem e endoscopia. Hiole Nolasco DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTÉICA CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL − Z escore: < 5 anos – P/A | > 5 anos – IMC/I | CB/I − Circunferência braquial (CB): ajuda quando existem fatores confundidores – edema, desidratação e visceromegalias. Se < 11,5cm = risco nutricional → realizar peso e medida e repesar após hidratação. − Pacientes com síndromes como Síndrome de Down tem suas curvas específicas. CRITÉRIOS DE INTERNAMENTO − P/A < - 3 | CB < 11,5cm | edema bilateral OBSERVAR E TRATAR Desidratação, hipoglicemia, hipotermia, quadros infecciosos, anemia e distúrbios hidroeletrolíticos. EXAMES A SEREM SOLICITADOS Hemograma, Na, K, Cl, Mg, P, TGO, TGO, FA, GGT, ureia, creatinina, proteínas totais e frações, colesterol total, LDL, HDL, triglicérides, glicemia em jejum, sumário de urina, culturas antes do ATB (hemocultura, urocultura e coprocultura), Raio-X de tórax em PA e perfil, parasitológico de fezes com lâmina direta para giárgia e ameba, sorologia para HIV. CUIDADOS REALIMENTAÇÃO FASE DE ESTABILIZAÇÃO 1. Rastrear infecções ocultas; 2. Iniciar ATB; 3. Prevenir e tratar hipotermia e hipoglicemia; 4. Iniciar suplementação de minerais, vitaminas e eletrólitos. FASE 1 TX calórica de 75-80 Kcal/Kg/dia TX proteica de 1,5 g/Kg/dia 48 horas FASE 2 TX calórica de 100 Kcal/Kg/dia TX proteica de 2,5 g/Kg/dia 72 horas FASE DE REABILITAÇÃO 5. Iniciar suplementação de ferro; 6. Estímulo emocional e físico; 7. Orientar responsável em relação aos cuidados com a criança; 8. Ênfase aos aspectos socioeconômicos e familiares; 9. Preparar para alta hospitalar. CRITÉRIOS PARA ALTA: crianças < 3 meses após atingir eutrofia; > 3 meses após ganho de peso de 10g/kg/dia, por 3-5 dias consecutivos, estável clinicamente. Esquema de ATB completo, suplementação de minerais e vitaminas por≥ 2 semanas, boa aceitação alimentar, garantir que seja alimentada em casa. FASE 3 TX calórica de 150 Kcal/Kg/dia TX proteica de 3,5 g/Kg/dia A progressão da TX calórica depende da manutenção ou perda ponderal FASE 4 TX calórica > 150 Kcal/Kg/dia (até 250) TX proteica entre 4,5 e 5,5 g/Kg/dia Aumento gradual depende da evolução ponderal até alcançar critérios para alta TRATAMENTO INFECÇÃO DESIDRATAÇÃO/DIARREIA − ATB precoce, mesmo sem foco infeccioso; − FOCO DESCONHECIDO: Amoxicilina, VO ou Ceftriaxone, EV. − FOCO CONHECIDO: ATB direcionado. − Metronidazol sempre que tiver diarreia associada. − Preferência da via oral, sempre que possível; − Usa-se o ReSoMal; − Não suspender dieta durante fase de expansão; − Hidratar no mínimo em 12 horas; − EXPANSÃO VOLÊMICA: 10ml/kg de SF 0,9% + SG 5% (1:1), em 2 horas. o Pode repetir até 3 vezes, se não houver melhora do quadro, avaliar necessidade de droga vasoativa. REPOSIÇÃO DE VITAMINAS E MINERAIS DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS Vitamina A: − Se sinais de hipovitaminose (sintomas oculares), fazer hiperdoce nos dias 1, 2 e 15; − Sem sinais de hipovitaminose, ver cartão vacinal: se tem dose aplicada – faz hiperdoce no dia 1; se faz uso de polivitamínico – não precisa repor. Ácido fólico: − 5mg no 1° dia e 1mg nos próximos 14 dias. Zinco, selênio, cobre e manganês: − Repor duas vezes o recomendado para idade. − Correção lenta; − Hipernatremia e hipopotassemia são normais; − Hipofosfatemia é fator de mau prognóstico e deve ser tratada imediatamente. HIPOGLICEMIA ANEMIA − Se glicemia < 54mg/dL; − Modificar a dieta (↑ o VET ou o volume), não resolveu − Realizar push de glicose 5ml/kg de glicose a 10%, IV, em bólus. − Se Hb < 7 + repercussões clínicas → TRANSFUSÃO SANGUÍNEA; − Suplementação com Sulfato ferroso, 5mg/kg/dia, após 5 dias de ATB. − Hb < 6 – anemia grave; − Hb < 4 – anemia muito grave. Hiole Nolasco DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO PROTÉICA FISIOPATOLOGIA E ADAPTAÇÃO METABÓLICA Órgãos e sistemas Alterações Músculoesquelético Atrofia Imune Imunodeficiência secundária (SIDAN), atrofia do timo e infecções frequentes e graves TGI Atrofia da mucosa intestinal, ↓ da produção e atividade da lactase e sacarase, ↑ da permeabilidade intestinal, ↓ da produção de ácido gástrico, atrofia pancreática Neurológico Atraso do desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional Endócrino ↓ secreção de insulina, somatomedina, T3, T4, gonadotropinas e leptina, ↑ glucagon, epinefrina, GH, corticosteróides e T3r Fígado Infiltração por gordura e fibrose secundária, ↓ função hepática Coração Achatamento de onda R e ↓ intervalo QTc, ↓ da massa cardíaca FORMAS CLÍNICAS Achados clínicos e laboratoriais Marasmo Kwashiokor Alteração de crescimento +++ + Atrofia muscular +++ +++ Gordura subcutânea Ausente Presente Edema Ausente Presente Dermatoses Raras Comuns Alterações nos cabelos + +++ Hepatomegalia Rara Frequente Atraso no DNPM ++ ++ Atividade física Diminuída Muito diminuída Diarreia +++ +++ Água corpórea Aumentada Muito aumentada Potássio Baixo Muito baixo Anemia Comum Muito comum Hiole Nolasco SÍNDROME NEFRÓTICA SÍNDROME NEFRÍTICA EXAMES NA EMERGÊNCIA Sumário de urina (proteinúria +++/4), Ur e C (geralmente normais), proteína total, albumina (<2,5), ↑CT, ↑TG Relação proteína/creatinina ≥ 2 Sumário de urina (proteinúria, linfocitúria, hemácias), Ur e C (pouco alteradas) FRAÇÃO COMPLEMENTO ↓C1q, ↓IgG e ↓fatores de coagulação C3 – reduz na glomerulonefrite pós estreptocócica. C4 – afastar LUPUS. INVESTIGAÇÃO DE CAUSAS SECUNDÁRIAS Toxoplasmose, CMV, Hep B e C HIV, HTLV, VDRL, PPD - RAIO-X Se suspeita de efusão pleural Cardiomegalia secundária à HAS INDICAÇÕES DE BIÓPSIA RENAL < 1 ano e > 10 anos (↓ chance de resposta terapêutica), HF de doença renal Se IR associada, proteinúria nefrótica prolongada ↓C3 após 6 a 8 semanas, HAS mantida, hematúria macroscópica > 4 semanas, ↑creatinina progressivo ACHADOS HISTOLÓGICOS DA BIÓPSIA Lesão histológica mínima (80%), glomeruloesclerose segmentar e focal (15%), glomerulonefrite membranoproliferativa Proliferação intensa e generalizada de células endoteliais do glomérulo MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Edema acentuado, proteinúria maciça, hipoalbuminemia, hiperlipidemia intensa, oligúria, lipidúria, pode ser precedido por IVAS e cursar com efusão pleural Edema discreto, hematúria macroscópica, HAS, oligúria, pode estar associado a impetigo ou amigdalite (principalmente pelo estreptococo beta hemolítico do grupo A) TRATAMENTO 1° episódio sempre interna Nas recidivas só se caso grave Casos leves não é necessária a internação SUS sempre interna Repouso relativo – lembrar do risco de trombose, é importante a deambulação) Repouso relativo/leito (depende da PA) – esforço físico ↑PA, ↑risco de AVC Dieta hipossódica até começar a redução de corticóide – pode haver evolução do quadro com HA devido ao uso do corticoide e retenção de Na e H2O Balanço hídrico diário ou peso diário, PA de 6/6h, dieta hipossódica de 7-10 dias, restrição hídrica se sinais de hipervolemia, restrição de K se oligúria intensa ou ↑K Se há suspeita de infecção → ATB Penicilina benzatina ou eritromicina se alergia, por 10 dias, para erradicar a flora bacteriana Se edema muito importante → diurético Furosemida (não deve ser usado isolado, força a diurese em um paciente com pressão oncótica baixa, pode causar IR) Furosemida, 2-5mg/kg/dia, em 2 a 3 tomadas, para forçar a diurese Se hipoalbuminemia, IR, ascite ou edema de bolsa escrotal → albumina ou plasma + furosemida, 2h depois (exceto na IR) Anti-hipertensivo → IECA – promove vasodilatação da arteríola eferente, ↓ pressão de ultrafiltração e perda proteica Anti-hipertensivo se PA 20 a 30% > do que o normal apesar da restrição de Na e furosemida → anlodipino ou propanolol Se trombose → Clexane Se emergência hipertensiva → Hidralazina Se encefalopatia hipertensiva → nitroprussiato de sódio Plaqueta > 1.000.000 → AAS CORTICOSTEROIDES 1° episódio Prednisolona 2mg/kg/dia, por 6 semanas, REMISSÃO → ↓1,5mg/kg/dia em dias alternados por 4 semanas → EVOLUÇÃO SEM PROTEINÚRIA → ↓ em até 4 meses Grave Pulsoterapia: metilpednisolona, 30mg/kg/dia, por 3 dias Sem resposta terapêutica → diálise peritoneal ou hemodiafiltração CORTICOSENSÍVEL COM RECIDIVA INFREQUENTE: Prednisolona 2mg/kg/dia, até ausência de proteinúria por 3 dias → ↓1,5mg/kg/dia em dias alternados por 4 semanas FREQUENTE: A redução da dose é em 3 meses Se quadro viral associado (IVAS), usa corticoide em dose cheia por 5 a 7 dias CORTICORESISTENTE (8 semanas): IECA + ciclosporina + ↓ dose de corticoide (1mg/kg/dia) → se remissão em 6 meses → manter ciclosporina por 12 meses | Não tem remissão → substitui ciclosporina por micofenolato ou pulsoterapia ou estudos clínicos novos Hiole Nolasco DOENÇAS EXANTEMÁTICAS DOENÇA ETIOLOGIA QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO SARAMPO NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Morbilivirus Febre↑, > 38,5°C, iniciando com período prodômico, quando surge a febre, acompanhada de tosse produtiva, rinorreia, conjuntivite e fotofobia 2° ao 4° dia – exantema + exacerbação dos sinais e sintomas Prostração, exantema cutâneo maculopapular avermelhado, iniciando na região retro auricular Na remissão o exantema pode se tornar escurecido com posterior descamação fina lembrando farinha (furfurácea) Elisa para anticorpos específicos até 28 dias após o início do exantema RUBÉOLA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Rubivirus Exantema maculopapular e puntiforme difuso, com início na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para tronco e membros Febre ↓ e linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior podem ocorrer 5 a 10 dias antes do exantema Leucopeniaé comum Elisa para anticorpos específicos até 28 dias após o início do exantema ESCARLATINA Streptococcus pyogenes Faringoamigdalite em curso ou recente Febre alta e mal-estar, exantema eritematoso puntiforme, palidez peribucal, linhas marcadas nas dobras de flexão e língua em framboesa. Descamação intensa em mãos e pés após 1 semana 1-5 semanas – glomerulonefrite aguda e FR aguda Tardiamente: coreia de Sydenham e cardiopatia reumática Teste rápido de aglutinação com de Látex em secreção de orofaringe MONONUCLEOSE INFECCIOSA Epstein-Barr Vírus 50% subclínica e assintomática Febre, linfoadenipatia, amigdalite membranosa e esplenomegalia Exantema variável e inconstante associado ao uso de ATB (penicilinas e cefalosporinas e seus derivados) Sorologia anti-VCA (IgM - fase aguda) anti-EBNA (IgG - fase crônica) FEBRE MACULOSA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Rickettsia Início abrupto, febre elevada, cefaleia, mialgia intensa e/ou prostração 2°-5° dia – exantema maculopapular, de evolução centrípeta e predomínio em MMII, pode acometer região palmar e plantar, podendo evoluir para petéquias, equimose e hemorragias RIFI em amostra a partir do 7° dia dos sintomas EXANETEMA SÚBITO Herpes-vírus tipo 6 e 7 Início súbito, febre alta (39°/40°C) e extrema irritabilidade Exantema maculopapular, com lesões discretas de 2 a 3cm de diâmetro, não coalescente. Acomete inicialmente tronco, seguido de face, região cervical, raiz dos membros, durando 24 a 72 horas e sem descamação Anticorpos IgM e IgG para HHV-6 ERITEMA INFECCIOSO- PARVOVÍRUS B19 Parvovírus humano B19 Febre baixa, mialgia e cefaleia Exantema inicia na face como eritema difuso, em vespertilho e edema de bochechas, poupando outras regiões de face. Exantema maculopapular, com palidez central, conferindo rendilhado à lesão. Acomete tronco e face extensora dos membros, pode regredir até 3 semanas. Sol, estresse e variação de temperatura podem causar recorrência da doença IgM ENTEROVIROSES (NÃO PÓLIO) Vírus ECHO ou Coxsackie A e B Doença febril não específica Manifestações respiratórias (resfriado, estomatite, herpangina, pneumonia), neurológicas (meningite asséptica) e exantema discreto (5-50%), podendo ser rubeoliforme, escarlatiniforme ou morbiliforme. - MICOPLASMOSE Mycoplasma pneumoniae Pródromo com febre, mal-estar e fadiga Tosse seca inicia em poucos dias, seguida de sintomas respiratórios e pneumonia atípica (intersticial), continuando com tosse prolongada e paroxística Exantema maculopapular (10%) confluente em tronco e dorso IgG e isolamento do agente em culturas DENGUE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DENV1, DENV2, DENV3, DENV4 Febre alta (>38°C) de início abrupto que dura de 2 a 7 dias + cefaleia, mialgia, artralgia, prostração, astenia, dor retro orbital, exantema e prurido cutâneo Anorexia, náuseas e vômitos | Prova do laço positiva 3°-7° dia - ↑permeabilidade capilar e hematócrito | leucopenia/plaquetopenia NS1, PCR, IgG ou IgM FEBRE DE CHIKUNGUNYA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Alphavirus Febre alta (>38°C), artralgia intensa, cefaleia e mialgia 2-5 dias após a febre – exantema maculopapular Dor articular pode durar meses a anos Antígenos virais até o 5° dia | IgM ou IgG após o 6° dia FEBRE DO ZIKA VÍRUS NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Flavivirus Doença febril aguda, de 3-7 dias, com surgimento de exantema maculopapular pruriginoso, febre, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. 80% dos infectados não desenvolvem manifestações clínicas IgM, IgG ou PCR REAÇÕES MEDICAMENTOSAS Medicamentos Pode ocorrer febre, mialgia e prurido Exantema macular, máculo-papular, urticariforme ou eritodérmico Adenopatia, hepaesplenomegalia e toxicidade intensa podem ocorrer Clínico INFECÇÃO POR ADENOVÍRUS Adenovírus Sintomas respiratórios, otite média e conjuntivite + febre Exantema maculopapular se confunde com alergia à ATB Infecções assintomáticas são frequentes – pode ocorrer reinfecção Isolamento viral até o 5° dia após exantema VARICELA Varicela- Zoster (VVZ) Febre, cefaleia, astenia, irritabilidade e rash crânio caudal, pruriginoso, com manchas avermelhadas, que evoluem para vesículas, pústulas e crostas Pode haver acometimento de gânglios, evoluir com pneumonia, afecção do SNC e bacterianas cutâneas VVZ por PCR no líquido das vesículas ou IgG e IgM
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