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P1 PARASITOLOGIA

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P1 PARASITOLOGIA
TRYPANOSOMA CRUZI:
A tripanossomíase americana, ou doença de chagas, tem como agente causal o Trypanosoma cruzi (flagelado).
Destacam-se a cardiopatia chagásica (cardiomegalia) e as dilatações de órgãos cavitários que afetam principalmente o aparelho digestivo (megacólon, megaesôfago). As lesões cardíacas elevam a mortalidade, principalmente na fase crônica da doença.
A transmissão do inseto no homem resulta, em geral, de processo contaminado de conjuntiva, das mucosas ou lesões cutâneas (tb local de picada do inseto) com as fezes do inseto. Nos hospedeiros vertebrados (homem), o parasito se multiplica sob a forma amastigota intracelular. 
Nos hospedeiros vertebrados ocorrem os tripomastigotas de tipo sanguícola e os amastigotas intracelulares, enquanto que nos invertebrados e em meios de cultura predominam as formas epimastigotas, que passam depois a tripomastigotas metacíclicos.
Os tripomastigotas não se multiplicam no sangue.
Do sangue, os flagelados podem ser fagocitados ou invadir os mais variados tipos de células dos hospedeiros, especialmente as do sistema fagocítico mononuclear, as fibras musculares estriadas, tanto as cardíacas como as esqueléticas, as fibras musculares lisas e as células nervosas.
Há multiplicação de formas epimastigotas no intestino posterior do inseto; na ampola retal os parasitos se transformam em tripomastigotas metacíclicos que são eliminados com as fezes; ao penetrar no hospedeiro vertebrado, os flagelados invadem células onde, sob a forma amastigota, voltam a multiplicar-se; daí passam para o sangue, como tripomastigotas, atacando músculos e outros tecidos. O ciclo fecha-se quando o pct é sugado por outro triatomídeo e as formas sanguícolas chegam ao intestino do inseto.
Ciclo: tripomastigota sanguícola – amastigota – tripomastigota
Quando o inseto, ao sugar sangue de um vertebrado, ingere tripanossomos sanguícolas, tem início o ciclo de desenvolvimento do T. cruzi na luz intestinal dos triatomídeos.
FORMA INFECTANTE: Tripomastigota metacíclico nas fezes.
Fácies chagásica: Sinal de Romanã (chagoma de inoculação-edema bipalpebral por sensibilidade a saliva dos triatomíneos).
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL:
No período agudo, em vista da parasitemia ser alta, recomenda-se o exame parasitoscópico de sangue, mas também a punção biópsia de linfonodo, a imunofluorescência indireta (IFI) e a hemaglutinação (HA).
Na fase crônica, os métodos não revelam mais que a metade dos casos positivos. São mais indicados, além da IFI e da HÁ, a reação imunoenzimática (ELIZA) e o radioimunoensaio.
NO SANGUE:
Os tripanossomos são abundantes nas primeiras 6 a 8 semanas de infecção e podem ser encontrados em exame de uma gota de sangue fresco. 
Utiliza-se também, esfregaços corados pelo Giemsa ou Leishman. Repetir os exames negativos.
Quando diminui parasitemia, convém mais a pesquisa em gota espessa.
SCHISTOSOMA MANSONI (ESQUISTOSSOMOSE):
Parasitos se localizam no intestino grosso, sigmóide e reto, com sintomas predominantemente intestinais.
HI: moluscos de água doce dp gênero Biophalaria.
Doença conhecida como: xistossomose, xistosa, doença dos caramujos ou barriga d’água devido a fibrose hepática causada.
Os vermes adultos vivem no interior dos vasos sanguíneos (veias) dos mamíferos.
Ovos liberados das fezes eclodem na água, liberando miracídio que nada até encontrar um molusco hospedeiro, no interior, o miracídio se transforma em esporocistos ao quais formam cercarias. Após abandonar o hospedeiro, as cercarias nadam até encontrar um outro hospedeiro para virarem vermes adultos.
A forma feminina vive agarrada ao macho.
As fêmeas põem seus ovos nas veias mesentéricas do fígado, causando fibrose hepática.
As cercarias que não são destruídas na pele ganham a circulação geral e vão até o coração e depois aos pulmões, e em seguida para o fígado. No sistema porta hepático, os esquistossomas chegam a fase adulta e acasalam-se e vão para as veias mesentéricas. 
Ocorre hepatoesplenomegalia.
FASCIOLA HEPÁTICA:
As fascíolas são hermafroditas.
O hábitat do verme adulto é o interior da vesícula e dos canais biliares mais calibrosos do hospedeiro vertebrado que, em conseqüência do parasitismo, dilatam-se e sofrem hipertrofia de suas paredes. Aí, nutre-se tanto do conteúdo biliar, como dos produtos in flamatórios e do material necrótico formado. A longevidade dos helmintos pode alcançar 8 a 10 anos.
Forma semelhante a uma folha. 
O miracídio nada até encontrar molusco do gênero Lymnaea ou Planorbídeos. Neles, se formam os esporocistos e posteriormente as cercarias. 
Quando as metacercárias forem ingeridas por um hospedeiro vertebrado suscetível, no momento de beber água (contendo cistos), ou de comer o capim e as plantas aquáticas onde eles estão aderidos, a evolução do parasito é retomada. O desencistamento dá-se no intestino.
Liberadas dos cistos, as larvas perfuram a parede intestinal e invadem a cavidade peritoneal. A migração para o fígado continua, havendo perfuração da cápsula de Glisson que reveste o órgão. Ocorre lesões crônicas nas vias biliares.
Fasciola hepática desencadeia intensa reação eosinofilica.
Os efeitos traumáticos, na superficie do figado, podem produzir pequenas hemorragias, hematomas e inflamação.
A vesícula biliar encontra-se normal ou dilatada, ou com alterações patológicas. Pode haver cole cistite ou coletitíase. Fenômenos obstrutivos, fibrose e calcificação das vias biliares.
A tríade sintomática mais característica compreende aumento doloroso do fígado, febre e acentuada eosinofilia. E febre alta.
Dores abdominais e diarréia podem acompanhar a febre e a hepatomegalia.
Algumas provas de função hepática estão alteradas e frequentemente há hipergamaglobulinemia.
Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, geralmente localizada no epigástrio ou no hipocôndrio direito, com caráter de dor de cólica ou de outro tipo, com poucas evacuações diárias ou, em alguns casos, constipação intestinal; anorexia e dispepsia.
DIAGNÓSTICO:
Suspeita de consumo de agrião contaminado.
Os métodos de diagnóstico imunológico, particularmente a técnica de ELISA, a imunofluorescência indireta, hemaglutinação passiva.
Tanto os herbívoros (hospedeiros normais) como os homens (hospedeiros ocasionais) contraem a infecção quando ingerem vegetais aquáticos onde as metacercárias estejam encistadas; ou bebem água contendo metacercárias (cistos).
O agrião é o único vegetal aquático utilizado. Para impedir a contaminação, deve evitar a contaminação da água com as fezes de gado.
ASCARIS LUMBRICOIDES:	
Conhecidos como lombrigas ou bixas.
A fêmea possui extremo posterior retilíneo e o macho possui cauda enrolada ventralmente.
Os áscaris mantêm-se em atividade contínua, movendo-se contra a corrente peristáltica. Algumas vezes fixam-se momentaneamente à mucosa, por meio de seus lábios. Eventualmente, dirigem-se intestino abaixo para localizarem-se em outro nível.
Migrações mais extensas dos vermes adultos podem ocorrer, de preferência nas crianças fortemente parasitadas, não sendo muito rara a eliminação de vermes pela boca ou pelas narinas. 
A fêmea pode ser fecundada repetidas vezes pelo macho.
As manifestações mais freqüentes, nos casos sintomáticos, são: desconforto abdominal, que se manifesta geralmente sob forma de cólicas intermitentes, dor epigástrica e má digestão; náuseas, perda de apetite e emagrecimento; sensação de coceira no nariz, irritabilidade, sono intranquilo e ranger dos dentes à noite.
As populações mais expostas ao risco de infecção são em geral constituídas por famílias de baixa renda e crianças subnutridas, o parasitismo por Ascaris acarreta muitas vezes um agravamento da situação nutricional dos pacientes. Nesse contexto, os grupos de alto risco compreendem as gestantes e as crianças pequenas, de zonas rurais e de favelas.
Os quadros clínicos não permitem distinguir a ascaríase de outras verminoses intestinais, e suas complicações obstrutivas assemelham-se às produzidas por outras causas. Muitas vezes, é a eliminação espontânea pela boca ou ânus que esclarece o caso.
Examede fezes: técnica de sedimentação espontânea na água, em cálice cônico.
Métodos Imunológicos. Em geral não são satisfatórios e não podem dispensar a coproscopia. Eles encontram indicações nas fases de migração larvária, nas infecções só por machos, ou quando, por outras razões, o exame de fezes não der informações.
ENTEROBIUS VERMICULARIS:
A infecção costuma ser benigna, se bem que incômoda, por produzir muitas vezes intenso prurido anal e complicações locais ou gerais, sobretudo em crianças.
O hábitat dos vermes adultos é a região cecal das pessoas parasitadas e suas imediações, sendo eles muitas vezes encon trados na luz do apêndice cecal. Machos e fêmeas vivem aderi dos à mucosa ou livres na cavidade, alimentando-se saprozoica mente do conteúdo intestinal.
Quando grávidas, as fêmeas abandonam o ceco e migram para o reto. Essa migração está relacionada com o abaixamento diário da temperatura retal do paciente, durante a noite. Elas atra vessam ativamente o ânus do hospedeiro e descarregam seus ovos, pelo orifício vulvar, na pele da região perineal.
O parasitismo leve é geralmente assintomático.
O sintoma que aparece com maior frequência é o prurido anal, causado pela presença do parasito na pele da região. A margem do ânus apresenta-se, então, avermelhada, congestionada e por vezes recoberta de muco que chega a ser sanguinolento. Pontos por hemorrágicos podem ser encontrados também na mucosa do reto.
O prurido é intenso, levando o paciente a coçar-se e a produzir escoriações na pele, que abrem caminho a infecções bacterianas. A coceira manifesta-se com periodicidade regular, à noite, logo após deitar-se. Nas meninas, acompanha-se algumas vezes o prurido vulvar. Fenômenos de hipersensibilidade devem estar envolvidos no processo, pois outro sintoma frequente é o prurido nasal. Crises de urticária não são raras.
Com isso, há perturbações do sono que acabam por trazer nervosismo, irritabilidade e insônia.
Nos casos de infecção intensa, instala-se uma colite crônica, com produção de fezes moles ou diarréicas, perturbações do apetite e emagrecimento.
O prurido anal é característica noturna.
A melhor forma de encontrá-los consiste em aplicar sobre a pele da região uma fita adesiva transparente. Os ovos, quando presentes, aderem à superfície gomada da fita. Depois de ser descolada da pele, essa fita será colada sobre uma lâmina e por microscopia e examinada ao microscópio.
Fazer o exame pela manhã, assim que o paciente levantar-se e antes de banhar-se; ou, pelo menos, no período matinal, pois a positividade diminui no decurso do dia, à medida que os ovos se desprendem da pele.
Transmissão:
1. A transmissão do parasitismo de um indivíduo a outro (heteroinfecção) dá-se geralmente pela inalação e ingestão de ovos disseminados por via aérea. Ocorre facilmente entre pessoas que dormem no mesmo quarto e, mais ainda, na mesma cama; também entre pessoas que freqüentam as mesmas instalações sanitárias. No ato de despir-se e vestir-se, descobrir-se e cobrir-se com os lençóis, a agitação da roupa contaminada lança no ar grande quantidade de ovos. Assim se explica a alta incidência de enterobíase em orfanatos, colégios e instituições que reúnem grande número de crianças, alojadas em dormitórios coletivos.
2. A transmissão indireta (heteroinfecção), da região anal para a boca, através de mãos contaminadas, ocorre com frequência entre as crianças pequenas e os adultos que cuidam delas.
3. A auto-infecção, ou seja, a reinfecção com ovos procedentes do mesmo indivíduo, pode realizar-se com maior facilidade que a heteroinfecção, tanto na cama como no momento de tro car os trajes da noite, puxando-os por sobre a cabeça.
4. A transmissão direta, do ânus para a boca, assegura a possibilidade de auto-infecções maciças quando o paciente, depois de coçar-se, impelido pelo prurido irresistível, levar a mão à boca (mormente crianças que chupam o dedo e pessoas que roem unha) ou quando tocam alimentos, copos, talheres, cigarros etc. que em seguida vão à boca. O número de ovos que se acumula sob as unhas pode ser considerável.
WUCHERERIA BANCROFTI (FILARIOSE LINFÁTICA):
Os vermes adultos têm por habitat vasos e gânglios linfáticos, onde machos e fêmeas encontram-se em novelos que provocam reação inflamatória e perturbam a circulação da linfa.
As larvas denominam-se microfilárias.
Se o vaso é de pequeno calibre, a presença de um novelo de filárias pode ser suficiente para causar obstrução parcial ou total, intermitente ou permanente, da circulação linfática.
Haverá, por conseguinte, estase ou congestão da linfa no território drenado pelo vaso afetado. Pelo fato de localizarem-se as filárias de preferência nas regiões abdominal e pélvica, os fenômenos obstrutivos tornam-se mais evidentes nos órgãos genitais e nos membros inferiores.
O principal método é a busca de microfilárias no sangue, de preferência entre 10 horas da noite e 4 horas da madrugada.
Pesquisa ao microscópio, em gota espessa de sangue, colhido da polpa digital, como para o diagnóstico da malária. Recomenda-se tomar 0,02 ml de sangue, desemoglobinizar, fixar e corar pelo Giemsa.

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