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Sabrina Reis 1 Sobre Acompanhamento clínico das doenças; Medida indicativa de morbidade e mortalidade na infância; Acessíveis e de baixo custo; Ajudam a mensurar as respostas a diferentes terapêuticas Avaliação da capacidade de exercício e da capacidade funcional em pediatria Fisioterapia Cardiorespiratória Testes clínicos de campo Sabrina Reis 2 Incremental shuttle walk test (ISWT) Teste de caminhada com carga incremental ou progressiva ISWT foi desenvolvido e validado por Singh e colaboradores em 1992; Investiga a capacidade de exercício de indivíduos com obstrução crônica das VAs e outras condições de saúde; O teste propõe que o indivíduo caminhe, indo e vindo, em uma pista plana de 10m de comprimento; • Velocidade de caminhada é cadenciada externamente, de forma progressiva, por meio de sinais sonoros; O teste inicia-se com o indivíduo na velocidade de 0,5m/s e, a cada minuto, a velocidade aumenta 0,17m/s; O aumento da velocidade é sempre indicado por um sinal sonoro do tipo BIPE TRIPLO e, no protocolo original, utiliza-se um máximo de 12 níveis de velocidade. Para realização do teste utiliza-se uma pista de 10 metros, demarcada por dois cones, com distância de nove metros entre eles e meio metro além de cada cone para o retorno. Protocolo modificado Bradley e colaboradores em 1999 modificaram o protocolo original e o denominaram como MSWT; Elevaram o limite de 12 níveis de velocidade para 15 níveis, para que indivíduos saudáveis e com doenças leves possam alcançar a exaustão; Permite que o indivíduos corram durante a execução do teste, a fim de otimizar o alcance do esforço máximo. Equipamentos necessários Cronômetro; Cones para demarcação da pista; Aparelho de som e CD contendo a gravação do teste; Esfigmomanômetro e estetoscópio; Cardiofrequencímetro; Oxímetro de pulso; Escala de percepção subjetiva de esforço (Escala de BORG modificado). Condução e execução do teste ISWT e MSWT Importante:antes de iniciar o teste, instruir o paciente quanto a sua realização. O objetivo deste teste é caminhar (ou correr) o maior tempo possível em torno do percurso de 10m,mantendo a velocidade indicado pelos bipes na gravação de áudio; Você ouvirá esses bipes em intervalosregulares; Você deve andar em ritmo constante, com objetivo de virar o cone em uma das extremidades do curso quando ouvir o primeiro bipe e na outra extremidade quando ouvir o próximo bipe; No início,sua velocidade de caminhada será muito lenta,mas você precisará acelerar ao final de cada minuto; Seu objetivo é seguir o ritmo definido pelo maior tempo possível; Cada bipe único sinaliza o final de um shuttle, e cada bipe triplo indica o aumento na velocidade da caminhada; Você deve parar de andar somente quando ficar sem fôlego para manter a velocidade requerida ou caso não consiga mais acompanhar o ritmo definido; Sabrina Reis 3 O teste é mais fácil no início e difícil no final; A velocidade de caminhada durante o primeiro minuto é muito lenta, você tem 20 segundos para completar o percurso de 10m,então não vá rápido demais; O teste começa em 15 segundos,então prepare- se; O nível 1 começa com um triplo bipe após a contagem regressiva de 4 segundos; MSWT: orienta-se que,quando ele sentir necessidade,pode-se corre O fisioterapeuta que conduz a avaliação deve estar atento para perceber se a criança compreendeu a tarefa que deve ser executada. Orientações padronizadas especificamente para crianças e adolescentes ainda não foram discutidas. Mensuração e monitoração do paciente durante os testes Interrupção dos testes Os testes são finalizados quando o paciente indica que não pode continuar ou quando não consegue manter a velocidade requerida (não consegue atingir o cone ao sinal sonoro duas vezes consecutivas) por causa de dispneia ou perda de ritmo; O avaliador também pode determinar o término da avaliação caso julgue que o paciente não está apto a terminar. Medidas de desempenho Além da DP, o número de shuttles (vai-e-vem) realizados e o último nível de velocidade, outros desfechos podem ser utilizados como medidas na interpretação do MSWT: Variação de SpO2 ; Variação de FC; Dispneia e fadiga; Motivo do término do teste. Sabrina Reis 4 Teste de caminhada de 6 minutos (TC6) Amplamente usado na prática clínica e científica, tanto na avaliação da capacidade funcional de crianças e de adolescentes como na investigação de respostas a tratamentos ou à programas de reabilitação; Reflete as atividades de vida diária do indivíduo, e consequentemente, avalia a sua capacidade funcional. Tanto a medida da DP no TC6 (DPTC6) como a dessaturação de O2 durante a sua execução são consideradas medidas de importante valor prognóstico para crianças e adolescentes com doenças pulmonares crônicas,como fibrose cística; Essas medidas podem ser utilizadas como fatores preditores de mortalidade e de morbidade e indicativas para transplante de pulmão; Recentemente, pesquisadores brasileiros identificaram que o desempenho no TC6 pode predizer o risco de hospitalizações em crianças e adolescentes com fibrose cística Quanto menor é a DPTC6, maior é o número de dias de hospitalização necessárias, avaliado durante um período de 5 anos, e maior é o risco da primeira hospitalização Pontos positivos Pontos negativos Equipamentos Equipamento de reanimação e cilindro de oxigênio portátil próximo ao local de execução; Cronômetro, fita métrica e cones de sinalização; Estetoscópio e esfigmomanômetro; Escala de percepção de sintomas impressa em cartolina plastificada, de tamanho adequado e que permita fácil leitura (letras tamanho 20); Cadeira ao longo do corredor, caso o paciente necessite descansar Condução e execução Teste de caminhada com carga constante e velocidade auto cadenciada ; Corredor sem desvios ou obstáculos, de 30m, com marcações de 1 em 1m ; Corredor plano e de superfície dura . Local interior ou exterior, se em bom tempo ; Indivíduo é incitado a caminhar o mais rápido possível, sem correr, por um corredor de 30m, perfazendo a distância entre dois cones,durante 6 minutos . Sabrina Reis 5 Intruçoes para o paciente e mensurações Paciente deve permanecer em repouso, sentado em uma cadeira, próximo da posição em que iniciará o teste, por pelo menos, 10 minutos; Durante o repouso, ele recebe as orientações: Deve caminhar o mais rápido possível, percorrendo a distância entre os dois cones sem correr; Tem a possibilidade de parar a caminhada por falta de ar ou de cansaço e de retomar o teste depois; Caso opte por fazer uma pausa, o tempo continuará sendo marcado. Em cada minuto, deve-se informar ao avaliado quantos minutos faltam; Como o encorajamento aumenta a distância percorrida, a voz deve ser sempre a mesma e não devem ser ditas outras palavras ou frases de incentivo, que não sejam as frases já padronizadas; Se for necessário oxigênio suplementar, este deve estar regulado em saturação basal (o avaliado transporta o oxigênio); O avaliador não acompanha o paciente durante o teste, ficando no ponto inicial Sabrina Reis 6 Medidas de desempenho DP em metros – considerando o local exato que o paciente parou no 6º min; SpO2 para identificar possíveis dessaturações durante a caminhada; Respostas da FC; Sintomas de dispneia e fadiga; Velocidade média de caminhada; Relação da DPTC6 com o peso corporal. Valores de referencia e equações de predição Os valores de referência para o TC6 em crianças e adolescentes variam substancialmente nos estudos publicados em diferentes países. Testes de degrauRápido e Simples Requer pouco espaço para execução Existem diferentes protocolos na literatura para realização do teste do degrau. Variam no tempo de execução, as dimensões do degrau e no ritmo do teste. Teste do degrau de 3 min (TD3) Execução Crianças sobem e descem de uma plataforma com um único degrau de 15cm de altura; Cadenciado externamente – não é influenciado por motivação; Ritmo estipulado por metrônomo, com uma frequência de 30 passos/min durante 3 minutos; Orienta-se o paciente a mudar a parte dianteira (perna que sobe o degrau) durante o teste – reduz a fadiga muscular localizada; Registra-se o número de passos, mesmo em caso de interrupção precoce do teste por fadiga muscular ou falta de ar Sabrina Reis 7 Teste do degrau de 6 min (TD6) Teste do degrau de chester Monitoração do paciente durante os testes do degrau Refêrencias An official European Respiratory Society/American Thoracic Society technical standard: field walking tests in chronic respiratory disease Disponível em https://erj.ersjournals.com/content/44/6/1428.long ATS Statement Guidelines for the Six-Minute WalkTest Disponível em https://doi.org/10.1164/ajrccm.166.1.at1102 LANZA, et al. Reference Equation for the Incremental Shuttle Walk Test in Children and Adolescents, 2015 Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26323195/ MARTINS, Renata; SCALCO, Janaina. Testes de Campo para avaliar a capacidade de exercício e a capacidade funcional em pediatria. ProFisio, Fisioterapia pediátrica e neonatal: Cardiorrespiratória eTerapia Intensiva. PortoAlegre: Artmed/Panamericana, 2019.p.9-30 PRIESNITZ, et al. Reference values for the 6-min walk test in healthy children aged 6-12 years, 2009. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19911357/ https://doi.org/10.1164/ajrccm.166.1.at1102 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26323195/ https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19911357/
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