Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
• DISPENSA SEM JUSTA CAUSA. Uma das questões mais burocráticas no departamento de recursos humanos de uma empresa, diz respeito às demissões sem justa causa. Das doze formas de desligamento possíveis, esta é a que mais envolve documentos e procedimentos da empresa. É importante conhecer os direitos dos trabalhadores demitidos e saber calcular corretamente as verbas rescisórias, para que a empresa não cometa erros que gerem ações trabalhistas. “Art. 477 – É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa”. O artigo 7º, inciso I, da Carta Magna também dispõe sobre a rescisão do contrato de trabalho, estipulando que o trabalhador estará protegido contra demissão sem justa causa ou arbitrária. A empresa não precisa explicar o motivo da decisão de demitir um funcionário, mas deve notificar o funcionário com antecedência – 30 dias previamente – ou pagar pelo aviso prévio. Direitos • Saldo de salário dos dias trabalhados; • Aviso prévio indenizado; • Aviso prévio indenizado proporcional; • Férias proporcionais, acrescidas de 1/3 constitucional; • Décimo terceiro proporcional; • Multa de 40% referente ao FGTS; • Seguro-desemprego; • Saldo do FGTS. • DISPENSA POR JUSTA CAUSA A demissão por justa causa é a possibilidade que a empresa tem de dispensar um colaborador, caso ele tenha cometido alguma falha, considerada grave, de acordo com a norma trabalhista que compõe a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A possibilidade de demissão por justa causa, existe a fim de assegurar que o empregador não seja prejudicado por problemas causados por funcionários, mas é importante enfatizar que a definição ou não de uma falta grave não cabe ao empregador. A lei ligada a esse tipo de demissão indica exatamente em quais ocasiões um funcionário pode ser demitido por motivo que caracterize justa causa, portanto, é muito importante, tanto para o empregado, quanto para o empregador, conhecer bem como funciona a demissão por justa causa. https://www.pontotel.com.br/recursos-humanos/ https://www.pontotel.com.br/direitos-trabalhistas/ https://www.pontotel.com.br/como-demitir-funcionario-2019/ https://www.pontotel.com.br/aviso-previo-indenizado/ https://www.pontotel.com.br/aviso-previo-indenizado/ https://www.pontotel.com.br/seguro-desemprego/ https://www.pontotel.com.br/calculo-fgts-como-fazer/ https://www.pontotel.com.br/justa-causa-clt-2019/ https://www.pontotel.com.br/demissao/ O art. 482 da CLT, determina que caracterizam justa causa para rescisão do contrato de trabalho os seguintes motivos: • Ato de improbidade; • Incontinência de conduta ou mau procedimento; • Negociação habitual no ambiente de trabalho; • Condenação criminal do empregado; • Desídia no desempenho das respectivas funções; • Embriaguez habitual ou em serviço; • Violação de segredo da empresa; • Ato de indisciplina ou insubordinação; • Abandono de emprego; • Ato lesivo da honra ou da boa fama, ou ofensas físicas praticadas no serviço; contra qualquer pessoa; • Ato lesivo da honra ou da boa fama, ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos; • Prática constante de jogos de azar; • Atos atentatórios à segurança nacional; • Perda da habilitação profissional. Para que a demissão por justa causa aconteça de maneira assertiva, o RH pode seguir alguns passos: • Passo 1: é importante que antes do funcionário ser encaminhado para o RH, para que todos os trâmites burocráticos do processo de desligamento sejam informados, que ele já tenha sido comunicado previamente por seu gestor ou líder sobre a dispensa; • Passo 2: na hora de comunicar a demissão ao funcionário, é importante que o ambiente escolhido possibilita uma conversa particular, para que não exista nenhum tipo de constrangimento ao colaborador; • Passo 3: quando a comunicação da demissão por justa causa acontecer, é preciso que todas as dúvidas sejam esclarecidas na conversa, deixando em evidência o principal motivo do desligamento; • Passo 4: todos os questionamentos a respeito do motivo da demissão devem ser esclarecidos, e apesar de se tratar de uma situação onde, de alguma forma, a empresa teve prejuízos, todas as etapas da demissão por justa causa devem acontecer de forma respeitosa e profissional. • RESCISÃO INDIRETA Em uma rescisão indireta os direitos trabalhistas são semelhantes à demissão sem justa causa, tendo o empregador de pagar as verbas rescisórias, tais como o aviso prévio indenizado, as repercussões nas férias, o décimo terceiro salário, a indenização de 40% (quarenta por cento) sobre o FGTS e ainda liberação das guias relativas ao seguro-desemprego. “Evidenciados os eventos que determinam a rescisão indireta, o empregado terá direito ao recebimento do saldo existente no FGTS, ao eventual seguro desemprego e as demais verbas correlatas a demissão sem justa causa” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art482 • RESCISÃO DIRETA A rescisão direta funciona como um tipo mais popular de demissão. Ela pode ocorrer somente em dois casos: com justa causa ou sem justa causa. Na ocorrência de uma demissão com justa causa, diversos motivos podem justificar esse ato de demissão. A demissão com justa causa é devido a motivos graves ou gravíssimos. Isso implica na perda dos direitos e representa um déficit nas verbas rescisórias. Já em relação a rescisão sem justa causa, o fim do vínculo empregatício ocorre com a demissão do trabalhador sem motivos graves ou gravíssimos. Porém, nesse caso, ele continua tendo o direito de receber suas verbas rescisórias com todos os seus direitos preservados. • RESCISÃO POR CULPA RECÍPROCA. A culpa recíproca ocorre quando ambos, empregado e empregador cometem falta grave simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo ocorrem faltas que constituem justa causa para a rescisão do contrato. E, dessa forma, como a culpa é aplicada parcialmente a duas partes, o ônus da rescisão também se divide entre os contratantes. O artigo 484 da CLT e a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, artigo 18, § 2º estabelecem que havendo a culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade, sendo, neste caso, ao invés da multa de 40% (quarenta por cento) do FGTS, o empregado terá direito apenas a 20% (vinte por cento). “CLT, Art. 484 - Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade”. “Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, artigo 18, § 2º. Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento”. • RESCISÃO POR FALECIMENTO A rescisão por falecimento do empregado ocorre em função da morte de um colaborador, seja ela ocasionada por um acidente de trabalho ou outra causa. A “demissão por falecimento” deve acontecer de forma imediata, onde há a quebra do contrato de trabalho a partir da data de falecimento. Essa rapidez, exigida nessa situação, tem por objetivo amparar não só a empresa, legalmente falando, mas também os dependentes e familiares do empregado. O primeiro passo, em caso da morte do empregador, é a empresa comunicar imediatamente a Previdência Social para efetuar a rescisão e dar prosseguimento ao pagamento das verbas. Caso isso não ocorra ela está sujeita ao pagamentode multas. http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10708418/artigo-484-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104148/lei-do-fgts-lei-8036-90 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11326597/artigo-18-da-lei-n-8036-de-11-de-maio-de-1990 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11326542/par%C3%A1grafo-2-artigo-18-da-lei-n-8036-de-11-de-maio-de-1990 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11326542/par%C3%A1grafo-2-artigo-18-da-lei-n-8036-de-11-de-maio-de-1990 https://www.pontotel.com.br/acidente-de-trabalho/ https://www.pontotel.com.br/esocial-2/ Além do mais, é imprescindível que a empresa trate essa situação de maneira humanizada, dando todo o apoio que os familiares precisam. O ideal é que a própria empresa já tenha uma política interna para tal situação para que não seja pega de surpresa se isso ocorrer. O modelo de rescisão por falecimento do empregado segue praticamente as regras do pedido de demissão, principalmente no sentido de pagamento de verbas rescisórias. Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) • RESCISÃO POR ACORDO A demissão por acordo trabalhista ou demissão consensual surgiu a partir da reforma trabalhista de 2017. Ela ocorre quando a empresa e o colaborador definem, por comum acordo, o fim do contrato de trabalho. Antes da reforma era bastante comum que ocorresse o acordo trabalhista, mesmo não estando previsto na lei , agora com essa mudança na legislação esse processo passou a ter um respaldo legal. E se tornou um modelo que ocupa um espaço, antes vago, entre o pedido de demissão e a demissão sem justa causa. A ideia da demissão por acordo trabalhista é que haja uma flexibilização no rompimento do contrato de trabalho para que nenhuma das partes saia perdendo, principalmente no quesito de verbas trabalhistas. Para a empresa, os valores desse tipo de demissão são menores. Esse tipo de rescisão está previsto no artigo 484-A da CLT. Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) https://www.pontotel.com.br/pedido-de-demissao/ https://www.pontotel.com.br/contrato-de-trabalho/ https://www.pontotel.com.br/leis-trabalhistas/ https://www.pontotel.com.br/pedido-de-demissao/ https://www.pontotel.com.br/calculo-de-rescisao/ https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10708418/artigo-484-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943#:~:text=484%20%2D%20Havendo%20culpa%20rec%C3%ADproca%20no,exclusiva%20do%20empregador%2C%20por%20metade.
Compartilhar