Buscar

Natielen Morais TCC 2020 2 - Artigo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ (UVA)
CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO (CENFLE)
CURSO DE PEDAGOGIA
NATIELEN LOPES DE MORAIS
ORIENTADOR: PROF. DR. ISRAEL ROCHA BRANDÃO
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E SUA CORRELAÇÃO COM O FRACASSO ESCOLAR DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
SOBRAL (CE)
2021
NATIELEN LOPES DE MORAIS
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E SUA CORRELAÇÃO COM O FRACASSO ESCOLAR DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) como requisito parcial para obtenção do título de licenciada em Pedagogia.
Orientador: Prof. Dr. Israel Rocha Brandão
SOBRAL (CE)
2021
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E SUA CORRELAÇÃO COM O FRACASSO ESCOLAR DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) como requisito parcial para obtenção do título de licenciada em Pedagogia.
Aprovado em: 06/08/2021.
BANCA EXAMINADORA:
_____________________________________________________________
Prof. Dr. Israel Rocha Brandão (Orientador)
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
______________________________________________________________
Prof. Dr. José Reginaldo Feijão Parente (Examinador)
 Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
____________________________________________________________
Profa. Esp.Maria Gorete de Sousa (Examinadora) 
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
____________________________________________________________
Profa. Maria Gorete de Sousa (Coordenadora do Curso de Pedagogia)
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)
Todo mundo é um gênio. Mas, se você julgar um peixe por sua capacidade de subir em uma árvore, ela vai gastar toda a sua vida acreditando que ele é estúpido. (Albert Einstein)
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E SUA CORRELAÇÃO COM O FRACASSO ESCOLAR DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL I
Natielen Lopes de Morais[footnoteRef:0] [0: Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA-CE).
] 
Israel Rocha Brandão[footnoteRef:1] [1: Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA-CE).] 
 
RESUMO
É bastante evidente que as dificuldades na aprendizagem vem se tornando foco de muitos estudos, nos últimos anos houve um aumento considerável no número de alunos sendo encaminhados para o atendimento especializados nas escolas, o que ocasionou uma crescente discussão sobre as suas causas, fatores e raízes históricas. Este artigo tem como objetivo compreender no contexto do processo de ensino-aprendizagem quais possíveis distúrbios podem interferir nesse processo, indagando a sua relação com o fracasso escolar dos alunos de uma escola pública no distrito de Taperuaba. O presente estudo foi fundamentado com base em alguns atores: Patto, (1999), Vigotski (1991), Paulo Freire (1996), Smith e Stiker (2001), Fonseca (1995) entre outros autores citados. Esse estudo baseou-se em uma estratégia metodológica qualitativa com cunho descritivo e exploratório, durante a coleta de dados foi aplicado um questionário de perguntas abertas aos participantes. Conclui-se que uma das peças chaves que constroem um espaço educativo de inclusão, são a união entre família, escola e professor, a criação de projetos de reforço, atendimento especializado com a participação do psicólogo educacional e o atendimento psicopedagógico e que as raízes do fracasso escolar estão mais ligadas a uma falha do sistema educacional inserido na sociedade do que com a estrutura familiar da criança, ou sua classe social, concluímos que existe ainda um longo caminho a ser percorrido para uma escola realmente inclusiva.
PALAVRAS-CHAVE: Dificuldades de aprendizagem. Pedagogo. Escola. Fracasso Escolar. Ensino Fundamental.
1 INTRODUÇÃO
Não tem como negar que a importância da educação, um bom professor ajuda o aluno a florescer, ele não só ensina, mas também aprende ao educar. Durante toda minha vida escolar fui cercada por inúmeros obstáculos, tendo que superar vários desafios, nas séries iniciais do ensino fundamental era desatenta, inquieta, e quase nunca conseguia acompanhar a turma, lidar comigo era um grande problema para os professores.
As dificuldades do aprendizado ainda não eram muito conhecidas no início dos anos 2000, principalmente nas áreas rurais, logo uma criança que não parava quieta, não interagia com as outras e que não conseguia aprender era considerada um problema para escola, lembro com pesar o quanto eu me sentia frustrada por não conseguir aprender ou seguir determinada instrução, o quanto me entristecia quando se referiam a mim como "caso sem jeito" tantas vezes sendo repreendida por não se igualar aos meus colegas.
A educação deixa marcas para toda a vida, cabe ao educador que determine se elas serão positivas ou negativas, duas memórias marcaram minha vida escolar e se tornaram um impulso para superar os obstáculos, a primeira foi proferida por uma gestora, a seguinte frase permaneceu por muito tempo atormentando minha mente "Você nunca vai ser nada na vida" eu não sabia ainda o que aquilo significava e lembro de só ficar encarando ela, só anos depois eu vim entender o peso daquela frase para uma criança como eu. A segunda foi a minha primeira professora, não lembro exatamente como ela era naquela época mais lembro do cuidado e da empatia que ela transmitia, anos depois ao encontrá-la já crescida ela me disse "Você pode ser tudo que quiser" aquela frase me encheu de emoção, eu estava acostumada a só ouvir reclamações, mas finalmente eu me sentia acolhida e apoiada, aquela professora me marcou de uma forma que eu nunca esqueci.
Apenas quando adentrei a universidade descobri que o que me levava a ter dificuldades na aprendizagem nunca foi a preguiça, e nem muito menos desinteresse, aqueles sintomas tinham um nome transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Disgrafia e discalculia, o alívio que eu senti ao descobrir foi uma das sensações que eu não tenho como descrever. Tanto foi sua importância que a inclusão vem sendo pauta de várias discussões na atualidade, mas ao vivenciar essa “inclusão” no dia a dia das escolas podemos observar um quadro completamente oposto do que imaginamos infelizmente a realidade de muitas escolas divergem dos padrões que tanto pregam, e que nós pedagogos esperávamos de uma escola inclusiva, segundo os dados do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V, 2015) os distúrbios de aprendizagem acomete entre 5% a 15% da população mundial, as dificuldades vem afetar a capacidade da criança sentir, perceber, analisar e armazenar diversas informações, comprometendo habilidades de escrita, leitura, soletração e na solução de problemas matemáticos.
A partir desta concepção foi necessário fazer o seguinte questionamento: Como as dificuldades de aprendizagem podem contribuir para o fracasso escolar dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental? O objetivo geral deste trabalho é analisar a compreensão do processo de ensino-aprendizagem observando quais possíveis dificuldades podem interferir nesse processo articulando sua relação com o fracasso escolar dos alunos de uma escola pública no distrito de Taperuaba. Foram utilizados os seguintes objetivos específicos: Identificar quais dificuldades encontradas pelos alunos dos anos iniciais durante o processo de ensino-aprendizagem; Discutir o processo sócio histórico do fracasso escolar e como diversos fatores podem afetar no processo de aprendizagem do aluno e levar ao fracasso escolar; Refletir sobre a postura do educador com relação aos alunos com dificuldades de aprendizagem; e propor como a escola pode auxiliar as crianças com dificuldades de aprendizado.
A verdade é que a maioria das escolas não está preocupada em incluir de fato, e acabam reduzindo a criança a sucessos e insucessos, é nítido que muitasescolas ainda praticam o ato de exclusão mais agora de uma maneira mais encoberta, não é só matricular é necessário ter um ambiente com as condições necessárias para aquele aluno possa evoluir e se reconhecer como pessoa, ter sua própria identidade. Muita coisa ainda precisa ser mudada, é necessário percorrer um longo caminho.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
2.1 QUANDO APRENDER SE TRANSFORMA EM UMA DIFICULDADE
Quando falamos de aprendizagem estamos falando do processo construção de conhecimentos, habilidades, conceitos, personalidade, pensamentos que o indivíduo absorve ao longo da vida, esse processo se constitui de maneira multiforme e pode ter diversos sentidos, dando se ao fato que ninguém aprende da mesma maneira. A escola não é o único local de aprendizagem, infelizmente muitas pessoas ainda estão presas a concepção de aprendizagem como aquela onde o professor repassa conteúdos e os aluno sem questionar tem que absorver tudo aquilo. Há vários estudos que buscam compreender processo de ensino-aprendizagem e vários autores já dissertam sobre o tema, segundo Antunes (2008) o processo de aprendizagem se dá início com base na realidade que cada indivíduo convive e a forma como ele enfrenta essa realidade, levando em consideração as regras impostas e as experiências que já se tem.
Sendo assim o indivíduo não aprende sozinho, esse processo pode ocorrer em diversas situações levando em conta fatores culturais, psicológicos, emocionais, o ambiente em que ele convive, as suas interações sociais, a realidade e o meio podem contribuir muito para o aprendizado de cada pessoa. Podemos citar outro autor que também vai abordar esse assunto. Segundo Vygotsky (1991) o convívio do indivíduo com a sociedade vai produzir o conhecimento que ele carrega, e esse aprendizado não vai acontecer somente na escola na verdade ele afirma que nós aprendemos muito antes de chegar na fase escolar, os conhecimentos que carregamos ao longo da vida tem sua origem nas diversas experiências que passamos. 
É imprescindível compreender as necessidades do ensino-aprendizado na atualidade já que elas vão exigir outras condições alheias ao ambiente escolar e também uma análise das condições socioculturais do aluno. Já tendo esse ponto em vista podemos identificar que o período o qual a criança passa na escola não envolve apenas sucesso e aprovações. Em virtude do contexto atual que vivemos nos dias de hoje está cada vez mais frequente o professor encontrar crianças que apresentam baixo rendimento, ou que entraram nos anos iniciais sem ter as habilidades devidas, alunos que manifestam um ritmo muito lento ou muito acelerado, indisciplinados entre outras características e é seu dever identificar os sinais de dificuldades apresentados pelo aluno durante o processo escolar e buscar soluções para lidar com esses déficits.
Explorando mais a fundo a questão anterior, segundo Flach; Griebeler e Viêra (2014) a aprovação automática, (progressão acompanhada) se consiste em uma progressão no caso dos ciclos, que repercute de forma negativas, isso pode ocorrer devido a dificuldades encontradas no processo de ensino-aprendizagem e podem ser divididas em diversos aspectos, dificuldades de origem estrutural que acontecem quando a metodologia usada não é suficiente para proporcionar a aprendizagem, e os fatores de ordem neurobiológica que acontecem por um problema no sistema nervoso central. 
Esses podem afetar a fala da criança, a linguagem escrita, a compreensão, e o raciocínio quando o aluno apresenta dificuldade em desenvolver as habilidades matemáticas equivalentes a sua idade.
Segundo Ballone (2004) as dificuldades de aprendizado não devem ser abordadas como se fossem um problema insolúvel e sim como desafios que integram o processo de aprendizado do aluno, e é necessário identificá-las e preveni-las o mais cedo possível de preferência ainda na pré-escola. É necessário está atento que certas dificuldades na aprendizagem vivenciadas pelo aluno podem estar relacionados a outros fatores que não são de ordem neurológica, como problemas na família, no meio social, fatores psicológicos, relação aluno e professor ou ligados a metodologia utilizada. Os transtornos de aprendizado de ordem neurológica mais comum são, dislexia, discalculia, disgrafia, disortografia, TDAH. 
A palavra “Dislexia” deriva do Grego, o prefixo “dys”, que significa dificuldade e “lexis” palavra escrita. (apud Clark, D. B. 1998). Dislexia é considerada um distúrbio neurobiológico e acompanha características como; dificuldade do reconhecimento preciso das letras, na habilidade de decodificação e na soletração assim como inverte sílabas, lentidão na leitura, pular palavras ou frases na leitura de textos. O aluno com dislexia têm dificuldade na leitura de textos, é comum confundir letras com sons ou grafias parecidas assim como (p,q,b,d) e dificuldade de entender sons como o do (s,z).
A disgrafia é um distúrbio que causa problemas na linguagem escrita, caracterizado principalmente por uma escrita muito pobre e na maioria das vezes também ilegível. Segundo a autora Simaia Sampaio (2004) a disgrafia, também chamada de letra feia, ocorre devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Crianças com disgrafia quando tentam recordar a grafia de uma palavra acabam escrevendo muito lentamente e assim unindo inadequadamente as letras, as tornando ilegíveis. Segundo ela, esse distúrbio não deve ser relacionado a nenhum tipo de comprometimento intelectual, ou seja, crianças com disgrafia não são menos inteligentes do que as outras. 
Discalculia é o distúrbio causado por má formação neurológica que se denomina através de uma dificuldade no aprendizado dos números, e está centrado em volta de problemas para resolver e associar os conceitos de símbolos numéricos, operações aritméticas como adição, subtração, multiplicação e divisão. Na concepção de Vieira (2004, p. 111), discalculia significa, etimologicamente, “alteração da capacidade de cálculo e, em um sentido mais amplo, as alterações observáveis no manejo dos números: cálculo mental, leitura dos números e escrita dos números”.
Nos últimos anos o TDAH vem ganhando uma grande notoriedade, porém poucos educadores têm consciência do que são as dificuldades relacionadas à atenção, hiperatividade e impulsividade, sofridas por alguns alunos durante a fase escolar. O aluno com transtorno de de déficit de atenção e hiperatividade é muitas vezes aquela criança que o professor pode notar uma certa desatenção, ele pode apresentar dificuldades de seguir ordens, ou absorver informações a curto prazo, apresenta incapacidade de seguir instruções, esquece as coisas com facilidade, é inquieto, e não tem senso de lateralidade como saber onde fica a direita e à esquerda, os alunos que apresentam esses sintomas também pode apresentar uma grande criatividade. 
A disortografia é a dificuldade na linguagem escrita e se caracteriza como um problema na precisão ortográfica, gramatical, no uso da pontuação e organização da expressão escrita. A criança com disgrafia pode apresentar omissão de letras ou sílabas na hora de transcrever a linguagem escrita ou inverte-las, ela pode vim a ter dificuldades na hora de usar pontuação correta, no uso da acentuação, muitas vezes mesmo que ela escreva uma palavra com a grafia errada ela não notara o erro a menos que alguém aponte o erro.
Essa insuficiência na aprendizagem escolar pode estar ligada a diversos fatores, emocionais, psicológicos, culturais, familiares e neurológicos e genéticos e também na ausência de estrutura cognitiva que permite a organização dos estímulos e favorece a aquisição dos conhecimentos (Weiss. 1997, p. 16) É importante lembrar que alunos com dificuldades de aprendizado não são menos inteligentes do que os outros, além disso as suas causas não devem ser associadas a preguiça, falta de vontade, ou falta de interesse, às dificuldades de aprendizado são um problema sério que precisam receber a devida atenção. 
2. 2 FRACASSO ESCOLAR: UM SINAL DE ALERTA 
O fracasso escolar pode ser compreendido como resultadoda não aprendizagem do aluno, se evidencia a partir das séries iniciais do ensino fundamental I, não que não possa acontecer antes disso, porém é mais evidente nesse período de escolaridade e ocorre quando o aluno não domina ou compreender certos conceito, habilidades, valores, ou conhecimentos que foram repassados a ele, contribuindo na maioria das vezes para um insucesso escolar, notas baixas, reprovação, falta de foco, e em alguns casos chegando até ao abandono escolar. Para entendermos melhor essa questão é importante compreendermos como se deu o reconhecimento histórico da educação escolar no Brasil.
A educação como um direito da população começou a ganhar destaque no Brasil no século XX e ganhou notoriedade através de diversos estudos e no contexto de pesquisas educacionais. Durante esse período o Brasil estava passando por várias mudanças na economia, o país que até meados do século XX era dependente da economia agrícola passou a transicionar para uma economia industrial fazendo com que o Brasil passasse por uma grande crise financeira e política, Ireland (2007, p. 56).
Muitos movimentos sociais tiveram suas origens especialmente nessa fase da história, mudanças na educação também tiveram que acontecer, assim como a chegada da escolarização obrigatória que já havia se instalado a algum tempo mas, só passou a ser discutida no começo do século e para que o país conseguisse acompanhar a contemporaneidade era necessário abandona por assim dizer velhos conceitos, passando a adotar um sistema de educação que abrangesse a população em geral.
Uma ideia que gostaria de particularmente destacar nesse contexto é a afirmação do autor Dermeval Saviani (1984) um dos grandes teóricos da educação que vai conceituar a teoria crítica e teoria não crítica, contextualizando esses termos a teoria não crítica tem como exemplo a pedagogia tradicional que é aquela que visa o professor como um mero transmissor de conteúdos e aluno como um mero receptor, ou seja o professor ensina e o aluno aprende sem ter o direito de fazer questionamentos, já a pedagogia não crítica seria o inverso dessa afirmação tendo como foco a escola como uma ponte para construção do ser social ela enfatiza o aprender a aprender. 
A partir dos estudos feito pelo autor, se deu vários movimentos como a escola novista um movimento que tinha como ideal criticar a escola tradicional, e lutar por uma educação mais justa que abrangesse também a minoria e não só as famílias abastadas, desse movimentos surgiram outros como o manifesto dos pioneiros da educação que busca uma educação de livre acesso e como melhor estrutura, esse documento foi liderado e assinado por Fernando de Azevedo com apoio de Aluízio de Azevedo, Anísio Teixeira, Cecília Meireles e várias outras personalidades. 
 A escola teve que se adaptar à nova realidade e com a entrada de alunos com uma estrutura familiar, econômica e social precária, a escola que antes era um modelo elitista que só chegava às classes mais abastadas passou a ter que acolher a toda a população, isso gerou um grande caos na educação, as escolas não tinha infraestrutura para lidar com a nova realidade, e aqui chegamos ao ponto alvo, o fracasso escolar no Brasil teve como consequência a falta de preparação e a carência educacional das escolas da época, com base em vários movimentos e estudo dessas teorias podemos dizer que a teoria não crítica não deu muito certo já que ela se afastar demais da realidade do aluno. O fracasso escolar começou a ganhar um grande espaço durante essa época e segundo Bossa (2002, p. 19):
No Brasil, a escola torna-se cada vez mais o palco de fracassos e de formação precária, impedindo os jovens de se apoderarem da herança cultural, dos conhecimentos acumulados pela humanidade e, consequentemente, de compreenderem melhor o mundo que os rodeia.
O fracasso escolar e o baixo rendimento pode ser um sinal de alerta para outras condições, quando nosso corpo está doente ele começa a dar sinais, sintomas que algo não vai indo bem para que identifiquemos o problema e de acordo com a gravidade possamos procurar ajuda. Assim a criança quando começa a ir mal nos estudos sem razão aparente precisa ser observada, notas baixas, mudanças no comportamento, comprometimento da atenção, dificuldade em obedecer ordens, indisciplina entre outros são apenas sintomas, é necessário que a escola, que o educador tejam atentos a esses sintomas e busquem a fundo origem o que ocasionou tal problema.
Todavia seguindo esse mesmo discurso (PATTO, 1999) aponta que a origem do fracasso escolar possui um contexto cheio de ambiguidades, o discurso do ato vai fundamentar a Teoria da Carência Cultural e o insucesso escolar nos países capitalistas ao longo do século XX. A educação passou por inúmeras transformações, porém a velha história continuou se repetindo. Apesar das relações ambientais, familiares, socioculturais, entre outras serem um dos fatores que podem contribuir para o fracasso escolar, podemos partir da hipótese de que existe entre nós uma cultura do fracasso que se alimenta dele e o reproduz, (ARROYO, 1992).
 Muitos desses alunos não se sentem amparados ou não acreditam que o ambiente educacional possa ajudá-los de alguma forma, ou que os gestores e professores se importam com seus problemas e acabam se fechando, muitas vezes reagindo de maneira mais agressiva, esse sentimento de não pertencimento faz com que elas se sintam desestimuladas e desacreditadas perdendo o interesse na escola. Assim, podemos dizer que: "Na verdade, a escola produz muito mais fracassos do que sucesso, trata uns melhor do que outros e convence os que fracassam de que fracassam por que são inferiores. Ela só educa e instrui uma minoria. A grande maioria é excluída e marginalizada”. (CECCON, OLIVEIRA e OLIVEIRA, 1985, p.23).
Todavia volto a salientar que culpabilizar a criança é um erro mais comum do que se imagina, há ainda quem se refere às dificuldades de aprendizagem como falta de vontade do aluno, falta de interesse, ou preguiça e até mesmo rótula que o aluno não tem capacidade intelectual, porém essa é uma visão completamente errada dos fatos e não deve ser levada em consideração além destes fatores, temos também a questão estrutural.
Estamos cercados, submergidos em uma cultura que vanglória, e bate palmas para os sucessos, mas que exclui, rejeita e rotula os fracassados. E apesar das crescentes mudanças na educação, ainda vivemos sob uma influência muito forte de indústria da reprovação, que separa os "maus" dos "bons", eliminando assim aqueles que não contribuem com esse status de nobreza, ou alto índice de rendimento, tratando assim pessoas como meros números, uma simples estatística.
2.3 EDUCAR PARA QUE? O PROFESSOR FRENTE ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Nenhum ser humano pode escapar da educação, seja onde ele estiver, independente da sociedade em que ele conviva, todos os dias ele está exposto a diversos tipos de aprendizado, a afirmação feita por Brandão já foi usada para orientar várias pesquisas. Segundo o autor o modelo tradicional de educação repassado aos alunos pela escola e pelo professor não é o único existente já que a educação pode ser encontrada em diversas sociedades, tribais, caçadores, pastores nômades, países desenvolvidos entre outros, o fato é que vivemos em um eterno aprendizado, o educador, aprende quando ensina e ensina enquanto aprende. "Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: educação? Educações [...]" (BRANDÃO, 2017, p. 3)
Na visão geral ou e na perspectiva de muitos o professor é um mero transmissor de conhecimento e o aluno é um indivíduo descaracterizado, que chega na escola com se fosse uma folha em branco, o papel do professor nesse sentido é apenas preencher essa folha em branco, usando criterios e padroes de aprendizagem genéricos, na qual apenas busca a obtenção de resultados e sucessos. O professor na maioria das vezes tem um roteiro pronto a seguir do qual não pode se desviar, dele é cobrado que a criançaaprenda determinada matéria e que tenha um bom rendimento e quando isso não acontece a responsabilidade cai sobre o educador e até mesmo sobre a criança que é culpabilizada pelo seu fracasso. 
Convém que esse processo acaba frustrando ambos, tanto o profissional que fica de "mãos atadas" já que não pode usar suas próprias metodologias, e afeta também a criança que se frustra pode não conseguir seguir os critérios e padrões impostos podendo ocasionar um déficit na aprendizagem.
 Embora muitas crianças com dificuldades de aprendizagem se sentem felizes e bem ajustadas, algumas (até metade delas, de acordo com estudos atuais) desenvolvem problemas emocionais relacionados. Estes estudantes ficam tão frustrados tentando fazer coisas que não conseguem que desistem de aprender e começam a desenvolver estratégias para evitar isso. Eles questionam sua própria inteligência e começam a achar que não podem ser ajudados. Muitos se sentem furiosos e põem pra fora, fisicamente, tal sensação; outros se sentem ansiosos e deprimidos (Smith e Strick 2012 p.17)
 Buscando uma visão mais a adequada do que é o papel do professor ou pelos menos do que deveria ser, a concepção vigotskiana aponta que os processos de aprendizagem são mediado pelo outro, e estabelecidos em contextos históricos, políticos e culturais os professores em geral além de agregados e em desenvolvimento nesse contexto funcionam como condutores e como vínculos entre a criança e mundo ao seu redor procurando valorizar seus saberes já adquiridos anteriormente:
[...] se um professor desejar ser um pedagogo cientificamente formado, vai ter de aprender muito. Antes se desejava apenas que conhecesse sua matéria e o programa e que soubesse dar alguns gritos em sala de aula ante um caso difícil. Hoje a pedagogia se transformou em uma arte verdadeira e complexa, com uma base científica. Portanto, exige-se do professor um elevado conhecimento da matéria e da técnica de seu trabalho. (VIGOTSKI, L. S. 1924/2003, p. 300)
	Convém que nem sempre o professor está preparado para lidar com aquilo que é diferente, a formação docente do pedagogo forma ele uma extensa área do conhecimento, atuando em diferentes espaços escolares e não escolares. Em contrapartida, muitos educadores afirmam não se sentirem confiantes ao lidarem com a inclusão de alunos com distúrbios de aprendizagem ou outras condições, afirmando não possuem conhecimento suficiente ou que não sabem que estratégias tomarem, na concepção de alguns professores é necessário ser um especialista para saber lidar com alguns casos, porém essa é uma concepção errada. 
Advém que algumas universidades apresentam insuficiência de conteúdos práticos e teóricos relacionado às dificuldades de aprendizagem e como lidar com elas, a falta de experiências com as diferentes realidades e diversidades encontradas em sala de aula pode afetar mais na frente a carreira desse profissional. Com efeito:
A inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorar convenientemente as possibilidades de cada (MANTOAN, 2003, p. 67)
	Dessa forma a metodologia a ser utilizada pelo professor frente às dificuldades de aprendizagem é, ou deveria ser, observar a criança buscando averiguar qualquer falha no seu desenvolvimento, compreender sua realidade, conhecendo seu potencial e os seus limites, notar quando a mesma apresenta comportamentos diferente do habitual, falta de atenção, dificuldades no processo de escrita, na leitura ou na linguagem oral assim como dificuldades matemáticas. E a partir dessa observação estabelecer mudanças no processo de aprendizagem do aluno, certamente não existe uma forma certa e precisa de ensinar um aluno com dificuldades de aprendizado, porém o professor diante dessa incógnita deve buscar uma metodologia que ajude a criança a contornar os seus problemas, de maneira que ela se sinta compreendida e apoiada. Neste sentido, "A relação professor aluno se constitui numa possibilidade para que a criança se recoloque e, a partir do outro, ressignificam suas posições e dificuldades". (SISTO, BORUCHOVITCH e FINI, 2012, p. 163)
Entre os desafios encontrados pelo educador ao lidar com essas situações diversas, seria a falta de estrutura escolar, a escassez de material específico, do apoio por parte da junta pedagógica e como já foi mencionado a falta de experiência ou conhecimento, falta de recursos pedagógicos e didáticos entre outros. De certa forma o professor quando é colocado frente a problemáticas como dificuldade de aprendizado, fracasso escolar e baixo rendimento se vê como se ele estivesse sozinho em uma ilha deserta onde tem que virar com uma escassez de recursos. 
A utilização de práticas lúdicas torna as aulas mais atrativas para os alunos com dificuldades, além de promover a interação entre ele e os colegas, é importante conversar sobre as diferenças e que ninguém aprende da mesma forma, é relevante também apontar os acertos em vez de apenas indicar erros.
É importante manter a comunidade educativa permanentemente informada a respeito dos transtornos de aprendizagem. Informações sobre eventos que tratam do assunto e seus resultados, desempenho dos alunos portadores de transtornos de aprendizagem, características dos muitos transtornos de aprendizagem, maneiras de ajudar estes alunos na escola, etc. Não é necessário que alunos portadores de transtornos de aprendizagem fiquem em classe especial. Alunos com transtornos de aprendizagem têm muito a oferecer para os colegas e muito a receber deles. Essa troca de humores e de saberes, além de afetos, competências e habilidades, só faz crescer a amizade, a cooperação e a solidariedade (ABD, 2008, p. 02)
De acordo com a associação brasileira de dislexia ─ ABD no artigo "como interagir em sala de aula com alunos portadores de transtornos de aprendizagem", para o professor reconhecer as dificuldades do aluno é necessário que antes de tudo ele esteja informado sobre as dificuldades de aprendizado e como elas se apresentam, também não é necessário e muito menos correto separar o aluno dos demais em uma sala específica já que a interação social é muito importante para o desenvolvimento da criança, interagindo com outras crianças, ela vai absorver conceitos de amizade, empatia cooperação e solidariedade.
2.4 ESCOLA: INCLUIR PARA TRANSFORMAR
A escola está presente em boa parte da vida do indivíduo e esta é responsável por uma grande parte de sua formação, diante dessa afirmação o papel do ambiente escolar no desenvolvimento da criança com ou sem dificuldade de aprendizagem é fornecer formação moral e social além de transmitir conhecimentos que favoreçam o seu aprendizado para que ela futuramente possa realizar seus projetos de vida:
A escola, de fato, institui a cidadania. É ela o lugar onde as crianças deixam de pertencer exclusivamente à família para integrarem-se numa comunidade mais ampla em que os indivíduos estão reunidos não por vínculos de parentesco ou de afinidade, mas pela obrigação de viver em comum. A escola institui, em outras palavras, a coabitação de seres diferentes sob a autoridade de uma mesma regra (Canivez, 1991, p. 33)
Porém, para Fonseca (1995), a realidade encontrada nas escolas públicas de ensino do país nem sempre são favoráveis ao aprendizado do aluno, uma das muitas reclamações feitas por professores da rede pública são as salas de aula lotadas, escassez de materiais adequados, estruturas precárias, mal remuneração, além da falta de motivação por parte dos professores que são sobrecarregados com atividades além da sua carga horária que podem acabar contribuindo para as dificuldade aprendizado. 
Portanto para que o processo de desenvolvimento e aprendizagem aconteça de maneira saudável e não acabe frustrando a criança diante de suas dificuldade a escola deve oferecer professores bem preparados, materiais e recursos apropriados, alémde uma junta pedagógica consciente de seus deveres, além de considerar a realidade, o estado emocional e a rotina de cada criança, atentando-se a possíveis "sintomas" que possam revelar déficits no aprendizado aluno, buscando encontrar a possível raiz do problema, e dependendo da complexidade e gravidade do caso orientar os responsáveis pelo aluno em questão que busquem ajuda de profissionais especializados.
Em contrapartida existe toda uma junta pedagógica por trás das ações da escola, além dos diretores e coordenadores temos professores, profissionais especialistas como psicólogos e psicopedagogos, além de outros funcionários que formam uma rede de profissionais, como auxiliares, secretárias, agentes de limpeza, e muitos outros, cada um deles exercendo uma função específica, ou seja para que haja o ambiente escolar existe toda uma junta pedagógica e profissional em prol do aluno.
Neste sentido, é preciso considerar que:
A equipe multidisciplinar é formada por um grupo de indivíduos com contributos distintos, com uma metodologia compartilhada frente a um objetivo comum, cada membro da equipe assume claramente as suas próprias funções, assim como os interesses comuns do coletivo, e todos os membros compartilham as suas responsabilidades e resultados. (ZURRO; FERREROX; BAS, 1991, p. 29)..
O trabalho do pedagogo aliado ao atendimento psicopedagógico, psicológico e a assistência social irá auxiliar no desenvolvimento de forma saudável do aluno, proporcionando o autoconhecimento da criança sobre si mesma, sobre seus limites e seu potencial. Apesar da sua relevância, foi apenas em 2019 que o acompanhamento de psicólogos e serviço social se tornou obrigatório nas escolas. Depois de muita luta projeto de lei nº 13.935, de 11 de dezembro de 2019, promulgado e aprovado, o mesmo garante atendimento por profissionais de psicologia e serviço social aos alunos das escolas públicas de educação básica.
Além de disponibilizar todo conjunto profissionais capacitados, como psicopedagogos, psicólogos, assistente social, pedagogos e outros uma das formas da gestão pedagógica da escola auxiliar na inclusão das crianças com dificuldades na aprendizagem e reduzir o índice de fracasso escolar é formando um vínculo com o núcleo familiar do aluno, através de reuniões de pais e responsáveis, e projetos de pais na escola, assim como propiciar atividades integrativas, projetos de recreação e interação entre esses alunos e seus colegas, a gestão pedagógica pode em contrapartida adaptar as metodologias ensino para melhor suprir as necessidades do aluno. 
No aspecto da sala de aula pode se também empregar a presença de monitores e professores auxiliares principalmente em turmas muito lotadas na qual o professor não dar conta de auxiliar todos os alunos individualmente então nesses casos os monitores e professores auxiliares são de grande ajuda no caso de crianças que precisam de um acompanhamento individual, a sala de recursos pedagógicos também é uma solução onde a criança vai ser ter acompanhamento educacional especializado de acordo com suas necessidades. Reforçando as ideias apresentadas pode-se analisar que segundo a ideias da autora Okano et al (2004 p.121):
O manejo das dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar não se constitui em tarefa fácil, e muitas vezes, a alternativa dada envolve a colocação das crianças e programas especiais de ensino como o proposto para as salas de reforço ou de recuperação paralela, destinadas a alunos com dificuldades não superadas no cotidiano escolar.
	Reafirmando a escola possui um papel importantíssimo perante a sociedade, permitir a socialização e a democratização do ensino tendo em vista a construção do conhecimentos morais e sociais do aluno, esse papel é associado a formação de um indivíduo crítico, consciente de seu papel diante da sociedade, de seus valores e de seu potencial:
É o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos, fundamentada numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e paradigmas da sociedade. (ABREU & MASETTO , 1990, p. 115).
Devido as várias facetas do processo ensino-aprendizagem a relação estabelecida entre o aluno e o educador é de suma importância, o educador precisa conhecer seu aluno, sua personalidade a maneira como ele melhor aprende, sua realidade e o meio a qual vive, para que assim possa auxiliar em sua dificuldades de maneira eficaz, a afetividade em sala de aula é uma ótima ferramenta para o aluno se sentir acolhido em sala. As dificuldades de aprendizado estão ganhando cada vez mais espaço na sociedade e as mudanças estão acontecendo aos poucos. Um ótimo exemplo de tudo que já foi citado até agora está na obra Pedagogia da contextualização “o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando, que ao ser educado, também educa”. (FREIRE, 2003, p. 68). [...] O conhecimento é muito abrangente e se forma entre os educadores e educandos a partir do contexto em que ele vem sendo inserido.
3. ESTRUTURA METODOLÓGICA: VELHOS E NOVOS DESAFIOS
Esse estudo baseou-se em uma estratégia qualitativa de pesquisa. Salientado que esse tipo de estudo não pode ser traduzido em números e não possui foco no uso de métodos e técnicas estatísticas, mas, sim no seu processo e significado, tendo como instrumento-chave o pesquisador e o ambiente natural como fonte direta para a coleta de dados (SILVA; MENEZES,2005) 
A seguinte pesquisa foi embasada no estudo descritivo uma vez que seu objetivo principal é estudar as características de um determinado grupo, tendo em vista a idade, o sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental, pesquisas que buscam analisar relação entre algumas variáveis como nível de rendimento ou de escolaridade também podem ser inseridas nesse grupo (GIL, 2010)
Entender também como uma pesquisa de cunho exploratória por se tratar de um estudo com pouco conhecimento, tendo em vista que a pesquisa exploratória aborda a possibilidade de desenvolver um bom estudo sobre determinado assunto, na maioria das vezes constitui-se de um trabalho preliminar para outros tipos de pesquisa (ANDRADE, 2017). 
No decorrer da construção do meu referencial teórico foram utilizados artigos dos últimos dez anos por meio da plataforma google acadêmico, dos diversos artigos encontrados selecionei os que se apresentaram mais relevantes para minha pesquisa, os descritores utilizados foram, dificuldade de aprendizagem, professor, escola, fracasso escolar, ensino fundamental I.
A coleta de dados ocorreu na localidade de Taperuaba localizada no município de sobral, o cenário foi a escola Frederico Auto Correia no centro do bairro de Vassouras, que atende alunos da região, a escola conta com uma estrutura simple, um espaço pequeno e atende cerca de 440 alunos divididos nos turnos matutino e vespertino, tendo uma boa parte de seus estudantes vindos de famílias de baixa renda, antes da pandemia também havia uma turma de EJA, atualmente as aulas presenciais estão suspensas e permanecem acontecendo de forma virtual respeitando o distanciamento social.
A escola conta com uma estrutura que possui 7 salas de aula, um secretaria, uma sala de professores que também funciona como biblioteca, a sala é pequena cabe no máximo umas 5 a 6 pessoas dentro com uma estante de livros e outros recursos, uma mesa com cadeira, um computador de parede e um gelágua, uma secretaria com um deposito, e um banheiro unixex, uma sala de atedimento educacional especializado (AEE) com dois computadores de mesa na qual apenas um funciona, contando com um depósito e um banheiro adaptado, a sala que era para ser o laboratório de informática está desativada e os computadores não funcionam a sala, são dois banheiro para os alunos em geral, uma cozinha e um pátio, porém as refeições são feitas em sala e por último uma quadra poliesportiva.
Esse estudo teve um total de 6 participantes,4 professores que não estavam execendo o magistorio até o presente momento, 1 professor temporiario e 1 concursado, todos do sexo feminino, com idade entre 25 e 59 anos. Foi necessário ir em busca de profissionais além daqueles que estavam atuando em sala de aula, pois não haviam profissionais o suficientes a serem entrevistados, devido a fase pandêmica a qual estamos passando não houve contratação de professores temporários causando uma baixa desses profissionais. 
Após ser informada sobre um corte de professores, foi necessário modificar os critérios utilizado para a escolha dos entrevistados, dentre eles, o tempo de magistério, as turmas que haviam lecionado anteriormente, o compromisso com a profissão, e se já tiveram experiência em sala de aula com alunos com dificuldades do aprendizado, então foram selecionados participantes dentre os que se habilitaram a participar do estudo.
Gaia é formada em pedagogia tem 56 anos, casada, mãe de dois filhos, e avó de dois netos, com mais de 20 anos magistério, ensinando do 1° ao 2° ano do ensino fundamental I, ela foi convidada para participar dessa pesquisa devido meu conhecimento sobre suas habilidades e ao seu compromisso com a sua profissão tendo em vista o apreço e o carinho que tem por seus alunos. 
Atena tem uma participação mais que especial nessa pesquisa, ela tem 59 anos e mais de 30 anos de magistério, nunca teve filhos e nem constituiu família pois dedicou a vida toda a lecionar, desde a educação infantil ao ensino fundamental I, ela começou a ensinar como noviça em um convento, também ensinou em escola públicas e particulares, e por último na escola a qual essa pesquisa foi destinada, sua participação nessa pesquisa é quase uma dedicatória, já que tive o prazer de ser sua aluna no começo da minha vida escolar, e 13 anos depois tive a oportunidade de trabalhar ao seu lado como assistente voluntária. 
 Íris tem 27 anos ela é formada em pedagogia, e era professora temporária no ensino fundamental I, começou a dar aulas há três anos, apesar do pouco tempo de magistério demonstra um grande compromisso com sua profissão, podemos notar isso em todas as suas falas, Iris fora indicada por pessoas próximas a mim como alguém que realmente se dedica ao seu trabalho. 
Perséfone também formada em pedagogia tem 44 anos, era professora temporária na escola que essa pesquisa foi direcionada, tem mais de 18 anos de magistério, tendo começado atuar nesse campo muito cedo, a mesma foi convidada a participar desta pesquisa através da indicação do próprio diretor da escola, e durante a aplicação do questionário demonstrou uma grande dedicação para com seus alunos. 
Pandora tem um pouco mais de 16 anos de magistério, formada em pedagogia, 42 anos, ela tem uma personalidade calma e prestativa, também demonstra seriedade e muito compromisso com seus alunos, sua primeira experiência em sala de aula foi quando ainda estava no ensino médio, desde então nunca mais abandonou o magistério, atualmente ela dá aula para o ensino fundamental I, indicada a participar da pesquisa por um colega de trabalho seu.
Rhea tem 26 anos se formou em pedagogia pela UVA ano de 2017, mas, buscando dar continuidade aos seus estudos e buscando aperfeiçoamento profissional no ano de 2020 se pós graduou em gestão educacional, atualmente com 5 anos de magistério ela dá aulas no ensino fundamental I como professora efetiva, Rhea se considera alguém com grande criatividade, e empática com seus alunos, se dedicando mais e mais para atender às suas necessidades, tentando contribuir na formação desses alunos a fim de que se tornem indivíduos críticos e reflexivos em meio a nossa sociedade.
	A investigação aconteceu entre o final do mês de março e o mês maio, sendo março dedicado a coleta de dados e maio para análise dos dados, o tempo disponibilizado para coleta de dados foi bastante curto e os participantes tiveram duas semanas para responder o questionário, devido ao atual situação pandêmica a qual estamos vivendo toda a investigação foi conduzida por meio eletrônico, usando como ferramenta o whatsapp respeitando o distanciamento social.
Durante a coleta de dados foi aplicado um questionário de perguntas abertas aos participantes, respeitando as medidas de isolamento social todo o processo foi realizado de maneira virtual utilizando como ferramenta o whatsapp. O questionário de perguntas abertas permite que o entrevistado possa utilizar de suas próprias palavras sem ter que se limitar a uma série de alternativas já pré estabelecidas pelo pesquisador. Segundo Gil (1999, p.132), as perguntas abertas podem melhor evidenciar os fatos, as atitudes, as ações, os sentimentos, os padrões do passado e do presente de cada indivíduo. 
	Após o período da coleta de dados citado anteriormente foi feita a utilização do método da análise categorial de Bardin. Segundo Bardin (2011, p.15), a análise do conteúdo é um conjunto de instrumentos de cunho metodológico em constante aperfeiçoamento, que se aplicam a discursos (conteúdos e continentes) extremamente diversificados.
É significativo enfatizar que esta pesquisa buscou cumprir a Resolução nº 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde que estipula a preservação da identidade dos participantes bem como respeito, o sigilo, e a bioética com a finalidade de preservar os participantes de qualquer danos éticos que possam vim a lhe acometer. Cada participante recebeu um termo de consentimento aos quais foram lidos e aprovados.
Para garantir a originalidade desta pesquisa, o seguinte trabalho passou pelo Windscribe detector de plágios, no qual não foi detectado plágio.
4 RESULTADO E DISCUSSÃO: AS DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA DE PROFESSORES DA REDE PÚBLICA NO DISTRITO DE TAPERUABA 
Nos dias de hoje a escola representa um papel muito mais complexo para a sociedade do que apenas ser uma ferramenta para repassar conhecimento e reconhecendo a importância de um ambiente escolar inclusivo onde o aluno se sinta acolhido e motivado, no qual ele possa se desenvolver moralmente, intelectualmente e psicologicamente, independente das suas limitações foi estabelecido a necessidade de realizar essa investigação. Nesse tópico serão apresentados os depoimentos dos sujeitos participantes, sendo estes professores que lecionam ou já lecionaram em turmas do ensino fundamental I, no intuito concretizar a realização do objetivo deste estudo. A discussão dos resultados foi organizada na forma de tópicos temáticos, num total de 06, a fim de facilitar a reflexão sobre os mesmos. 
4.1 "NÃO ENTENDI NADA" AS DIVERSAS FACES DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Conversando com as professoras via ferramenta eletrônica, foi direcionado a elas um questionário com perguntas abertas, inicialmente foi pedido que falassem um pouco sobre as principais dificuldades de aprendizagem que haviam se deparado nas turmas que lecionam ou lecionaram, e diante das respostas foi possível notar experiências bem diversificadas e também preocupantes o que nos faz refletir o quanto é importante a compreensão das dificuldades de aprendizado e da prática pedagógica inclusiva, para o desenvolvimento desses estudantes e o quanto ainda precisamos batalhar por uma escola mais inclusiva, as dificuldades de aprendizagem ainda não tem a visibilidade que deveriam ter:
Compreender as dificuldades de aprendizagem é um processo no qual a todo momento nos questionamos de forma multifacetada sobre quais aspectos influenciam alguns alunos apresentarem tanta dificuldade em relação a outros. É compreendido que aprendemos em tempos diferentes e por meio de estímulos diversos, contudo é importante ressaltar que na maioria dos casos um apoio familiar é de suma importância para o sucesso do aluno, o que infelizmente não identificamos hodiernamente. Nesse cenário, as dificuldades mais comuns e que fazem com que todo o processo de aprendizagem sofra em decorrência disso, certamente é um déficit no processo de leitura (alfabetização) e na compreensão de informações explícitas e implícitas de um texto, sem esses pré requisitos básicosdificilmente conseguimos desenvolver outras habilidades nos alunos. Além disso, a dificuldade em raciocinar de forma lógica ou criativa, mesmo havendo estímulos para isso, é prejudicial. (RHEA)
Destaco que na literatura não existe um consenso geral entre autores que defina com exatidão as dificuldades no aprendizado, em um conceito básico os distúrbios de aprendizagem em geral podem ser descritos como uma desordem neurológica que podem interferir na compreensão do indivíduo e podem se manifestar tanto na aquisição e uso da audição, na fala, leitura, escrita, raciocínio, habilidades matemáticas ou habilidades sociais (Correia e Martins, 2005; Almeida e Alves, 2002; Fonseca, 1995; García, 1998). E complementando a fala dos autores podemos observar as respostas da professoras Atena e Gaia que entram em consenso sobre as diversas faces das dificuldades de aprendizado classificando-as e as agrupando:
Um aluno pode apresentar uma ou mais de uma: Disfasia: distúrbio de fala e linguagem dificuldade em produzir sons da fala (distúrbio de articulação) dificuldade em colocar as ideias em forma oral (desordem expressiva), dificuldade em perceber o entender o que as outras pessoas estão a dizer (transtorno receptivo) Dislexia: dificuldade em mapeamento fonético, dificuldade de orientação espacial, dificuldade com ordenação sequencial, Disgrafia: dificuldade na área escrita, Discalculia: dificuldades na área matemática (ATENA)
A dificuldade mais conhecida e que vem tendo um grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém é necessário estarmos atentos a outras sérias dificuldades: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia, TDAH; déficit de atenção e hiperatividade. (GAIA)
Já para outros sujeitos da pesquisa, a principal dificuldade que encontraram enquanto professores foi o fato de que alguns alunos muitas vezes passam de ano por aprovação automática, mesmo sem ter aprendido o básico. Assim como foi apontado por Flach; Griebeler e Viêra (2014, p. 11) a questão da aprovação automática pode induzir o estudante ao descaso, colaborando com a falta de interesse nos estudos, e levando ao comodismo já que este aluno fica isento de suas responsabilidades. Importante também ver qual seria a solução simplesmente reprovar, reter o aluno? LDB traz a proposta de progressão continuada ou assistida como estratégia e não simplesmente a progressão automática
Uma das dificuldades mais frequentes, são aqueles alunos que mesmo sem dominar o conteúdo, tendem passar para a sala seguinte, e se perdem por não conseguirem acompanhar de forma satisfatória. (IRIS)
Uma das dificuldades mais frequentes, são as crianças que ingressam em determinada série, sem dominar as habilidades da série anterior. Isso será um dos empecilhos para que ela possa abstrair as habilidades da série que irá cursar (PANDORA)
A maior dificuldade é quando a criança chega na série, no meu caso no 1º ano, e não domina os descritores básicos. Para melhorarmos isso contamos com a ajuda dos pais. (PERSÉFONE)
Com base na perspectiva de Vygotsky o conceito de aprendizagem basicamente seria a capacidade humana de apreender a realidade material e simbólica de forma contínua durante toda a nossa vida, ou seja, estamos em um eterno processo de aprendizagem, nunca paramos de aprender.
A fala das professoras Iris, Pandora e Perséfone nos faz refletir: será que a escola e seu núcleo gestor tem consciência do seu papel na vida dos seus estudantes? Essas escolas estão realmente preparadas para suprir as necessidades dos alunos, ou estão apenas os resumindo a números e seguindo o caminho mais fácil, a resposta é muito simples levando em consideração que culpabilizar o aluno taxado ele de preguiçoso, irresponsável, ou acreditar que ele é incapaz de aprender é mais fácil do que adimitir que talvez a metodologia ou estratégia utilizada não seja tão eficaz para tal aluno quanto foi para outro.
Ninguém aprende da mesma forma, nem sempre a maneira como um aluno aprende vai ser a mesma forma que o outro aprende, cada pessoa tem suas próprias limitações, e seguindo os depoimento outros professores existem variados tipos de transtorno de aprendizagem, custa a escola, professores e gestores estarem atentos a como lidar com as limitações dos seus alunos de uma maneira que ele se desenvolva da maneira mais saudável possível. 
4.2 EU, PROFESSOR: A POSTURA DO PROFESSOR DIANTE DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Quando o professor encara uma sala de aula pela primeira vez não existe nenhum manual que lhe mostre como lidar com a realidade de seus alunos, afinal a teoria é muito diferente da prática, volto a afirmar a importância de construir uma prática pedagógica inclusiva visando o aluno como um ser humano pensante em pleno desenvolvimento e não apenas como um número, uma estática que vai elevar o ideb da escola. 
Portanto é fundamental saber qual a percepção que o professor tem em relação às dificuldades de aprendizagem uma vez que ter conhecimento sobre as causas, origens, consequências e características do problema pode levá-lo a avaliar e intervir de maneira adequada procurando compreender e direcionar o aluno, evitando assim possíveis traumas que a omissão e a falta de apoio poderia causar no psicológico e na auto-estima da criança. Conforme as palavras de Sisto (2000) ensinar não é apenas saber diversos conteúdos e estudar métodos de ensino, ou até mesmo a escolha entre de um ou outro, antes de tudo educador tem que ter empatia, conhecer seus aluno, suas características, sua personalidade, do que ele gosta, como ele pensa, como ele melhor aprende, as etapas de 5 desenvolvimento na qual ele se encontra, do ponto de vista motor, emocional, cognitivo ou social. Observemos que as seguintes professoras descrevem que a primeira iniciativa a ser tomada é observar e intervir quando necessário.
É feito uma verificação, assim que as crianças ingressam em um novo ano, como forma de diagnosticar as possíveis dificuldades que possam vir a ter, a partir daí, trabalhamos nesse resultado, para ajudá-los a suprir essa carência. (IRIS)
É feito um diagnóstico de aprendizagem para identificar as reais dificuldades, e a partir delas planejar ações para serem superadas. (PANDORA)
( Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire, pg. 99). Todo educador deve ter por certo o peso da responsabilidade que carrega sobre os ombros. Por meio da educação, os tão desvalorizados professores têm o poder de mudar o mundo sem usar uma arma, sem ferir a nenhuma vida. Adiante fora observado a postura dos professores diante das dificuldades de aprendizado, como esses professores se comportam perante aos sinais de alerta que seus alunos podem estar apresentando e quais são as medidas utilizadas por esses profissionais para atender as dificuldades desses alunos, as professoras Rhea e Atena descrevem que, a utilização de recursos pedagógicos que despertem a curiosidade e o interesse do aluno é umas das principais ferramentas, além de projetos, e uma didática lúdica e interativa.
Utilizando de muito recurso pedagógico que seja lúdico e interessante para os alunos e diante de experiências que eles possam tocar e descobrir. Além disso, a rotina, a organização de materiais didáticos de qualidade e uso da repetição de termos, conceitos e processos sobre o conteúdo é muito importante para que a criança se aproprie de forma orgânica e construtiva dos assuntos abordados em aula. (RHEA)
Trabalhar com projetos, os projetos por tema despertam a curiosidade dos alunos, é uma ótima forma de motivar os alunos a pesquisar. O material didático pode deixar mais acessível os textos mais atraentes e fáceis de ler. Além de ilustrações que reforçam o conteúdo escrito. Usando material concreto, usando blocos lógicos, material dourado e outros facilitando a aprendizagem da matemática e deixando-a menos abstrata. Diversificando conteúdo, apresentando o conteúdo trabalhado em sala de aula de diversas formas, utilizar jogos de todas as áreas do conhecimento podem ser trabalhados com jogos. (ATENA)
	Com tudo não é atoa que a afetividade estápresente em todos os contextos de nossa vida, pois ela tem um papel importante no desenvolvimento cognitivo do ser humano, a afetividade leva o indivíduo a demonstrar seus sentimentos a outros seres e objetos. Bazi e Sisto (2006) afirmam que crianças com dificuldade de aprendizagem são menos alegres e se auto percebem mais tristes. Santos, Rueda e Bartholomeu (2006) acrescentaram que elas também denotam sentimentos de insegurança, retraimento e timidez, ao lado de sentimentos de inadequação. A vista disso a necessidade do diálogo entre o professor e aluno, o educador deve escutar a criança, procurar entender suas limitações e buscar a melhor maneira para intervir de maneira eficaz, é importante salientar que o apoio da família é um aspecto crucial para o desenvolvimento do aluno. 
Além do aluno com dificuldade de aprendizagem ter uma orientação mais individualizada, o trabalho em grupo é essencial para que se sinta inserido e motivado a aprender. Conversar com aluno e com a família sobre as melhores estratégias favorece o seu desenvolvimento e é muito importante valorizar as suas habilidades e ajudá-lo a se sentir capaz de superar essas dificuldades de aprendizagem (GAIA)
Quando identificamos, tentamos adaptar formas dentro do roteiro da sala de aula e darmos mais atenção a esse aluno. Uma forma que também usamos é o reforço no contra turno. (PERSÉFONE)
	Diante das respostas dos sujeitos podemos considerar que a um consenso sobre como lidar com os alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, tanto na abordagem, quanto ao uso do material didático, chegando a conclusão que o apoio emocional, a utilização de material específico, a realização de atividades lúdicas e interativas além de uma assistência individual pode ser um fator crucial para o desenvolvimento do aluno. (José e Coelho, 2008, p.187) “Dentro ... extrema importância e devem ser cercados, tanto por pais como professores, ... onde buscamos esclarecer o papel de cada uma dentro da sociedade, sendo necessário união.
Porém foi possível notar uma certa carência ou em outras palavras inexperiência no assunto por parte das professoras Pandora e Iris demonstrando uma certa superficialidade em suas respostas que foram um tanto rasas e mecânicas. Tendo isso em vista é necessário que façamos uma reflexão: será que esses educadores estão preparados de fato para lidarem com a realidade de seus alunos? Ou apenas estão a se basear em um raso conhecimento sem buscar um aprofundamento no assunto e sem realmente conhecer seus alunos.
4.3 FRACASSO ESCOLAR: UM ESPELHO DE DUPLA FACE
Segundo Bossa (2002), as primeiras discussões sobre o fracasso escolar começaram a surgir a partir da instalação da escolaridade obrigatória durante o século XIX, no qual o país passou por uma reestruturação, isso em consequência das mudanças econômicas e estruturais da sociedade. De acordo com Felippe (2004), é possível apontar as dificuldades que ocorrem no processo de aprendizagem do aluno, como interligadas às dificuldades de aprendizagem condicionadas pela escola, pela família, pela própria criança e também pela educação.
Em fundamentação a essa ideia foi questionado aos professores sobre as dificuldades de aprendizado e sua correlação com o fracasso ou baixo rendimento escolar, o questionamento buscou revelar qual a concepção que esses sujeitos têm sobre o baixo rendimento escolar, e se eles conseguem correlacionar as dificuldade do aprendizado com a queda de rendimento do aluno. Foi possível notar, a partir dos relatos a seguir, que uma certa dificuldade por parte das professoras em fazer essa conjuntura demonstrando respostas um tanto evasivas, o que denota um conhecimento superficial sobre o assunto.
Acredito que sim, pois alguns alunos acabam se perdendo no sistema ao passarem de forma automática, mesmo não conseguindo atingir as habilidades que são cobradas. Todavia, esse índice durante os anos, declinou com as políticas públicas, que trabalham a atenderem aqueles que apresentam dificuldade na aprendizagem. (IRIS)
Acredito que tenha uma relação. Mas atualmente, existe todo um planejamento e acompanhamento com relação a estas dificuldades, com o intuito de evitar o chamado fracasso escolar. (PANDORA)
Para identificar as dificuldades de aprendizagem encontradas nos alunos dos anos iniciais, é necessário que o professor esteja atento ao seu desenvolvimento cognitivo e a uma série de comportamentos que possam ser apresentados pelo aluno. Tais fatores como a dificuldade de se expressar, na linguagem escrita e oral, raciocínio lógico ou problemas na coordenação motora pode levar esse aluno a apresentar comportamentos como: retração, desinteresse, baixa auto estima, dificuldade de interação social, a desmotivação e por conseguinte a uma queda no rendimento escolar. Observemos a seguir o complemento dessas ideias nos relatos das professoras Rhea e Gaia que chegam a um acordo quando afirmam essa relação entre as dificuldades na aprendizagem e o Sucesso-fracasso escolar.
Certamente, na maioria dos casos as dificuldades de aprendizagem de um aluno são muito difíceis de serem acompanhadas apenas por um professor, quatro horas por dia, diante de uma sala com mais de vinte alunos para serem também acompanhados. Por mais que nos empenhamos em dar assistência às dificuldades individuais, os alunos acabam sendo prejudicados e o déficit continua se arrastando para outras turmas. Concomitantemente o fracasso escolar está relacionado a essa lacuna grave no sistema de aprendizagem que vivenciamos. (RHEIA)
As dificuldades de aprendizagem acabam por provocar o fracasso escolar e a psicopedagogia como abordagem que estuda o processo de aprendizagem age para superar essa dificuldade sobre um caráter institucional ou clínico. (GAIA)
Como exemplo podemos citar os autores Santos e Pereira (2016) que apresentaram em seu trabalho um breve relato a partir da visão de alguns professores acerca do fracasso e sucesso escolar, os autores apontaram que os entrevistados demonstraram estar ainda ancorados a uma lógica tradicional que perpassa os anos, voltada ao biologismo e que tendem a voltar-se a culpabilidade da família e do aluno. Podemos consolidar esse pensamento ao analisarmos os depoimentos fornecidos pelas professoras durante a aplicação dessa pesquisa, na qual as professoras responderam de maneira evasiva demonstrando falta de domínio sobre o assunto.
Eu acho que não, porque nem todas as crianças têm a mesma agilidade para pegar conteúdo, ou para desenvolver, isso não quer dizer que ela não seja esforçada ou mesmo que não vá conseguir, tudo requer um tempo e métodos que ajudem naquela dificuldade. (PERSÉFONE)
O professor deve levar o aluno a pensar em buscar informações para seu desenvolvimento educacional cultural e pessoal pois esta é uma das tarefas primordiais e mágicas da educação é necessário que leva em consideração a quantidade de aprendizagem desafios a serem enfrentados (ATENA)
Crianças com dificuldades de aprendizagem tendem até mais predisposição ao baixo rendimento escolar, isso porque como foi mencionado anteriormente, a dificuldade aprendizagem pode se apresentar de diversas formas, como falta de atenção, desânimo, dificuldades motoras, na linguagem e na escrita e várias outras áreas, esses fatores contribuem para uma queda nas notas, e logo mais tarde poderá influencia no baixo desempenho do aluno. Com tudo volto novamente ao questionamento será que os professores dos anos iniciais estão preparados para lidar com as adversidades, as universidades, os cursos de formação formação de educadores oferecem uma formação que impulsionam aos educandos a saberem lidar com as mais diversas situações, como podemos ver a partir dos relatos apresentados nesta pesquisa muito professores ainda desconhecem as dificuldades de aprendizado e desconhecem os fatores ligados ao fracasso escolar.
4.4 FRACASSO-SUCESSO ESCOLAR: UMA VIA DE MÃO ÚNICA
	Dando continuidade ao tema durante a realização desta pesquisa, e analisando a construção histórica do fracasso escolar podemos apontapara um fenômeno produzido, a concepção do aprender e do não aprender vem ao longo do tempo sendo carregados de preconceitos e estereótipos baseados em um ideal irrealista do que seria considerado sucesso e insucesso dentro dos padrões de uma sociedade capitalista, (Patto, 1999). Entre a década de 80 as definições do fracasso escolar tendem a culpabilizar o aluno e a família pelo fracasso, como se eles fossem inanimados e que não pertencessem a lugar algum, inertes, soltos no tempo e espaço.
Em virtude dos dados analisados, podemos notar que os respectivos relatos não se diferem muito da ideia trazida pelo autor, no qual as professoras reproduzem a culpabilização das classes desfavorecidas, do ambiente, do aluno e da família.
As crianças que apresentam algum transtorno ou até mesmo uma dificuldade cognitiva, podem ter um declínio na aprendizagem ou não conseguir acompanhar os colegas no mesmo ritmo, mas não diria que é um fracasso escolar. Até porque atualmente existem acompanhamentos para tais dificuldades. (PANDORA)
O ambiente familiar destruindo, condições precárias de vida, e sucesso social cultural, problemas emocionais e condições de saúde, falta de atenção e a memória, nas quais comprometem o desempenho escolar da criança. (ATENA)
Creio que diante dos depoimentos das professoras é possível que esse aluno que está enfrentando o baixo rendimento escolar esteja vindo a refletir simplesmente o fracasso do sistema educacional pois o mesmo está inserido em uma sociedade capitalista, sociedade essa que visa a produção e lucro, uma sociedade classista e contraditória, além disso ela atua como sendo um aparelho ideológico do estado, o que a impossibilita de desmascarar a realidade dita e crua, se transformando em uma ferramenta de disfarce e justificação das diferenças e dos conflitos das classes. Fundamento essa ideia com os depois das professoras Gaia e Rhea.
A falta de apoio familiar, precarização dos recursos estruturais e de profissionais nas escolas para auxiliar, a desvalorização profissional que motiva a um desinteresse no ensino mais qualificado, a pobreza extrema na qual muitos alunos chegam na escola sem comer, problemas familiares, sucateamento dos recursos pedagógicos da escola, são alguns fatores a serem mencionados no cenário que vivencio. (RHEIA)
O professor, a relação entre os alunos, os métodos de ensino, o ambiente escolar, o sistema social do qual escola faz parte a desigualdade social promovida pelo sistema que convivemos. Autoritarismo, nos fatores familiares nossa sociedade é caracterizada por situações de injustiça e desigualdade (GAIA)
Segundo Ananias (1995, pg 73) "A escola teoricamente é para todos, e, na prática, extremamente seletiva, falhando, assim, não só no seu processo de conscientização mas na sua tarefa básica de alfabetização das crianças das camadas populares". Essa questão do fracasso escolar assim como não acontece com um único indivíduo só, também não acontece apenas em um tipo de escola, ou seja não é um padrão exclusivo de tal instituição, não é de hoje que o fracasso escolar tem virado objeto de estudo, a toda uma construção histórica por trás do fracasso escolar. Um dos passos importante para que o baixo rendimento escolar não se torne um monstro de 7 cabeças, seria uma mudança na estrutura nacional e política do país que não prioriza a educação, no contexto particular do aluno o apoio dos familiares também é um passo importante.
Um dos fatores que influenciam nesse caso, a falta de apoio familiar, pois se a criança não recebe incentivo e muito mesmo, estímulos, se vê sozinha no processo de ensino-aprendizagem, acabam perdendo interesse e consequentemente, uma evasão escolar. (IRIS)
A meu ver, não que isso seja uma obrigação, mas quando os pais percebem que os filhos estão com alguma dificuldade e não os ajudam, isso pode ser um fator relevante. (PERSÉFONE)
Em evidência aos dados analisados sobre o fracasso escolar na instituição em questão podemos compreender que as razões que antecedem ao fracasso escolar são inúmeras, e tem suas raízes bem lá atrás, quando o direito à escolarização foi assegurado à população, educação essa que era direcionada apenas a uma pequena parte da população, excluindo o proletariado, devido às mudanças ocorridas durante o período industrial as escolas tiveram que passar por uma reestruturação, então a questão do fracasso escolar tem origens bem mais distantes do imaginamos, podendo ter um caráter ou não pedagógico, apontado ou não para o indivíduo, como nos conflitos de classes e na estruturação política. 
4.5 "ENSINAR PARA QUEM NÃO CONSEGUE APRENDER"
Quando a criança apresenta dificuldade de aprendizagem é necessário uma série de mudanças em sua rotina para que ela possa acompanhar a turma e sinta-se motivada, o professor deverá avaliar quais atividades e quais mudanças serão necessárias, que tipo de acompanhamento o aluno necessita, o material terá que ser adaptado, quais métodos serão mais eficazes, quais adaptações vão ser necessárias para incluir a criança nas atividades diárias? Essas entre outras são algumas das questões que o professor irá necessitar considerar. A partir da ideia dos autores Smith e Stiker (2001, pg.134) "Os estudantes com dificuldades de aprendizagem geralmente precisam tanto de instrução individualizada quanto de muita prática adicional, a fim de dominarem habilidades básicas (leitura, escrita e/ou execução de cálculos aritméticos); textos e materiais didáticos especializados também podem ser necessários". Alguns exemplos relatados:
O uso do material lúdico, concreto e digital são alguns dos principais exemplos, pois despertam mais interesse dos educandos. Metodologias ativas, voltadas para a participação dos alunos e protagonismo dos mesmos nas atividades. (RHEA)
Desenvolver pequenos projetos, despertar a curiosidade dos alunos por algum tema ou assunto. Tornar um material mais acessível, utilizar material concreto, diversificar, jogos e atividades lúdicas. (GAIA)
“É necessário que o professor oriente a criança sem que esta sinta muito a sua presença, de modo que possa estar sempre pronto para prestar a assistência necessária, mas nunca sendo um obstáculo entre a criança e a sua experiência.” (Maria Montessori). Diante das pesquisas as professoras afirmaram que uma abordagem afetiva é um dos primeiros passos para uma intervenção bem sucedida, além de fazer com que a criança desenvolva o sentimento de autovalorização.
Para favorecer a aprendizagem de alunos com dificuldade, é importante avaliar, textualizar e diversificar ponto cada aluno tem sua forma de aprender ainda que possa ser beneficiado pelo trabalho em grupo é importante, também valorizar vírgula, para que desenvolva o sentimento de autovalorização e senti-se encorajado a enfrentar os desafios pontos (ÍRIS)
Uma estratégia que poderia ser adotada nesse caso, um acompanhamento mais minucioso, de forma individual, focando na real dificuldade que a criança apresenta. (ATENA)
Em uma sala de aula lotada, é possível que o professor não consiga dar a atenção necessária para o aluno com dificuldades, então faz necessária a participação de um auxiliar para dar assistência individual a criança, e para que as necessidades do aluno sejam supridas. "A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos, sendo estes professores, aluno, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na educação escolar de modo geral.” Mantoan (2016, pg 242). As metodologias e posicionamento do auxiliar ou professor podem variar de acordo com as necessidades que cada estudante poderá apresentar.
"A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apóia a todos, sendo estes professores, aluno, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na educação escolar de modo geral.” (PANDORA)
Depende muito de cada aluno, para isso é feita uma avaliação para podermosadaptar a melhor forma de desenvolver o mesmo, e consequentemente com os resultados vamos observando se aquela forma de ensino está adequada ao que ele realmente precisa. (PERSÉFONE)
	O educador que ensina com prazer e dedicação é capaz de fazer com que seu aluno também aprenda com prazer, os depoimentos das professoras Pandora e Perséfone destacam bem a ideia de o papel da inclusão não é somente do professor mais também de toda adjunta pedagógica, e que a intervenção dentro de sala de aula para atender as especificidades dos alunos com dificuldades de aprendizado pode variar de acordo com as características de cada aluno, por isso é importante que o educador conheça seu aluno, entenda as suas necessidades e respeite seus limites.
 
4.6 ESCOLA E INCLUSÃO NA VISÃO DO PROFESSOR
Garantir uma boa qualidade de ensino, e promover a inclusão de todos os alunos é um grande desafio da escolas nos dias atuais, como já vimos anteriormente cada criança apresenta característica distintas, as dificuldade de aprendizagem apresentam-se de diversas formas e em várias fases da vida escolar, sendo mais frequentemente observado durante o ensino fundamental I, o papel da escola e da gestão pedagógica é justamente promover a inclusão de todos os alunos, e assegurar que todos os estudantes tenho seus direitos garantidos, auxiliando para o desenvolvimento sócio emocional de seus estudantes. 
Na última pergunta do questionário foi direcionado às professoras que dessem sugestões para melhorar a escola que trabalhavam ou que já trabalharam, o que a escola poderia fazer para incluir as crianças com dificuldades de aprendizado.
Os problemas de aprendizagem que enfrentamos atualmente poderiam ser amenizados com mais investimento na infraestrutura de algumas escolas, orientação educacional aos familiares, uma aproximação entre escola e família em prol do sucesso dos alunos e mais recurso profissional para auxiliar e acompanhar as dificuldades dos alunos que é algo individual e processual. (RHEIA)
Acompanhamento e avaliação diagnóstica, reuniões com os alunos, grupos produtivos, professor-auxiliar, conversar com os familiares, grupos de apoio e reforço. (GAIA)
Algumas ações podem ser peças chaves para uma inclusão bem sucedida, programas como reforço escolar e a assistência psicopedagógica, e a participação de psicólogos no espaço escolar. Porém a participação desses profissionais só passou a se tornar obrigatória apenas a partir do dia 24 de abril de 2013 assim como regulamenta a Lei nº 15.719. Muitas vezes o aluno com dificuldades de aprendizado pode apresentar quadros que precisam de um acompanhamento especializado que vão além da sala de aula, por tanto a participação do psicólogo educacional juntamente ao atendimento psicopedagógico realizado por vezes em salas de atendimento educacional especializado (AEE) podem auxiliar no desenvolvimento saudável da criança, contribuindo para inclusão do aluno.
A professora titular trabalha juntamente com a profissional do AEE, assim seria mais eficaz as abordagens dentro e fora da sala no quesito dificuldade na aprendizagem. (IRIS)
Uma avaliação e reforço são fundamentais para o desenvolvimento de um aluno com dificuldades, atribuir métodos que facilitem o desenvolvimento e ver de acordo com os resultados se estão sendo eficazes. (PERSÉFONE)
	
Dentro outras sugestões apresentadas pela professoras em resposta a questão foi o cuidado com o aluno, a elaboração de atividades específicas, e trabalhos em grupos, mas nem todas as respostas foram objetivas considerando que as algumas professoras saíram de contexto ou deram respostas vagas, demonstrando pouca habilidade em lidar com as dificuldades dos alunos.
Atividades em sala de aula, ressaltar a auto avaliação, melhor melhor aproveitamento do tempo, resumo oral, trabalhar em pares. (ATENA)
Uma das sugestões é o diagnóstico inicial o qual irá pontuar quais são essas dificuldades. A partir daí é planejado as ações para solucionar ou reverter a situação. (PANDORA)
“Somos diferentes e queremos ser assim e não uma cópia malfeita dos considerados ideais. Somos iguais no direito de sermos, inclusive, diferente” carvalho 2008, p. 23). Recapitulando os relatos feito pelas professoras notamos um certo padrão entre as respostas, algumas professoras demonstraram mais desenvoltura na hora de lidar com as dificuldades de seus alunos que outras, apresentando soluções práticas para auxiliar no desenvolvimento dos estudantes, outras apresentaram conhecimento raso e padronizado sobre a diversas características do fracasso escolar e dificuldade de aprendizado, o que nos deixa com a questão de que ainda temos muito para avançar até possamos ter uma educação realmente inclusiva em nossas escolas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Como resultado das leituras e das reflexões e com base na análise de dados aqui refletidos, é possível fazermos alguns apontamentos sobre as dificuldade aprendizagem e sua correlação com fracasso escolar, os relatos não são auto suficientes para uma conclusão efetiva, porém ajudam a preencher algumas lacunas que nortearam a escolha da temática, portanto de suma importância para o fechamento deste trabalho.
Uma das práticas mais eficiente para inclusão do aluno com dificuldades na aprendizagem é a postura que o professor desenvolve frente aquela criança, é imprescindível que o professor compreenda as necessidades de aprendizagem de cada aluno e adote metodologias que melhor se adapte com a sua condição, procurando observar qualquer falha que possa estar comprometendo seu aprendizado. A partir da compreensão deste ponto específico é possível afirmar que uma boa relação aluno-professor se torna eficiente na construção autoconfiança da criança, fazendo com que ela se sinta compreendida e segura para superar os obstáculos.
Constata-se que o Fracasso escolar possa ter a ver mais com uma falha do sistema educacional inserido na sociedade atual, do que com a estrutura familiar da criança, ou sua classe social, ao contrário do que é disseminado o baixo rendimento escolar não estar apenas relacionados à pobreza, falta de recursos, ou até mesmo falta de interesse do aluno, culpabilizar o sujeito ou o meio é uma forma de mascarar os estereótipos de uma sociedade capitalista que se baseia em um ideal irrealista do que seria considerado sucesso e insucesso.
No entanto as dificuldade de aprendizagem podem sim acabar contribuindo para o baixo rendimento do aluno já que quando o aluno começa apresentar qualquer tipo de distúrbio de aprendizado ele pode acarretar outros indicadores, como falta de atenção, dificuldade de acompanhar a turma, desmotivação, o que leva a uma queda no seu rendimento escolar, isso fará com que ele precise de acompanhamento especial, e consecutivamente uma mudança em sua rotina, atividades extras, materiais específicos, novas estratégias de aprendizado, atividades pedagógicas que auxilie a interação com seus colegas, a necessidade de uma supervisão extra sala impõe ai interferência de uma junta pedagógica especializada daí entre o papel da parceria entre o psicólogo escolar e o psicopedagogo juntamente com a gestão pedagógica da escola.
Uma das perguntas que esse artigo ajudou a solucionar foi o papel da escola frente às dificuldades do aluno, tendo em vista que a escola se faz presente em boa parte de nossas vidas, e as experiências escolares sejam elas positivas ou negativas marcam nossa trajetória. Então como a escola poderia auxiliar esses alunos, o que deveria ser feito para uma inclusão mais eficaz, no referido artigo articulamos que uma das peças chaves que constroem um espaço educativo de inclusão, são a união entre família, escola e professor, a criação de projetos de reforço, atendimento especializado com a participação do psicólogo educacional e o atendimento psicopedagógico.
Todavia declaro que as dificuldades de aprendizado em correlação ao fracasso escolar ainda tem muito a serem exploradas, partindo de pressuposto de que as escolas e seus professores ainda possuem uma visão estereotipadas das dificuldades

Outros materiais