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ESCOLA TÉCNICA DESTAKE CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM NUTRIÇÃO APLICADA A ENFERMAGEM DOCENTE: TATIANA BARROS Enfermeira SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO: LEGISLAÇÃO ..................................................... 2 1.1 – Guia Alimentar Para a População Brasileira (2014) ........................................... 2 1.2 – Política Nacional de Promoção da Saúde (2010) ............................................... 7 1.3 – Política Nacional de Alimentação e Nutrição (2012) .......................................... 9 1.4 – Lei nº 11.346/06: Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional ............. 10 1.5 – Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (2009) ....................... 11 1.6 – Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (2016-2019) ................. 12 1.7 – Exercícios ......................................................................................................... 14 1.8 – Referências ...................................................................................................... 15 2 – INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO ............................................................................................................ 16 2.1 – Processos digestórios ...................................................................................... 17 2.2 – Exercícios ......................................................................................................... 17 2.3 – Referências ...................................................................................................... 17 3 – INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES ........................... 18 3.1 – As leis da alimentação...................................................................................... 19 3.2 – Pirâmide alimentar ........................................................................................... 20 3.3 – Exercícios ......................................................................................................... 22 3.4 – Referências ...................................................................................................... 22 4 – OS NUTRIENTES E SUAS DIVISÕES ............................................................... 23 4.1 – Macronutrientes ................................................................................................ 23 4.1.1 – Carboidratos (glicídios) .................................................................................. 23 4.1.2 – Proteínas ....................................................................................................... 24 4.1.3 – Lipídios (gorduras)......................................................................................... 25 4.2 – Micronutrientes ................................................................................................. 25 4.2.1 – Vitaminas ....................................................................................................... 26 4.2.2 – Sais Minerais ................................................................................................. 28 4.3 – Fibras ............................................................................................................... 32 4.4 – Água ................................................................................................................. 32 4.5 – Exercícios ......................................................................................................... 34 4.6 – Referências ...................................................................................................... 35 2 1 – INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO: LEGISLAÇÃO Nas últimas décadas, o Brasil passou por diversas mudanças e observou-se rápida transição nutricional, apresentando como consequência maior expectativa de vida, além de mudanças importantes no padrão de saúde e consumo alimentar da população brasileira. Apesar da intensa redução da desnutrição em crianças, as deficiências de micronutrientes e a desnutrição crônica ainda são prevalentes em grupos vulneráveis da população. Simultaneamente, o Brasil vem enfrentando aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias, o excesso de peso acomete um em cada dois adultos e uma em cada três crianças brasileiras. Nesse contexto, o setor saúde tem importante papel na promoção da alimentação adequada e saudável, o Guia Alimentar para a População Brasileira, apresentou as primeiras diretrizes alimentares oficiais para a nossa população e posteriormente esse compromisso foi expresso através da Política Nacional de Promoção da Saúde e da Política Nacional de Alimentação e Nutrição. A ingestão de nutrientes, propiciada pela alimentação, é essencial para a boa saúde. Igualmente importantes para a saúde são os alimentos específicos que fornecem os nutrientes, desta forma a ciência da nutrição surge com a identificação e o isolamento de nutrientes presentes nos alimentos e com os estudos do efeito de nutrientes individuais sobre a incidência de determinadas doenças. Esses estudos foram fundamentais para a formulação de políticas e ações destinadas a prevenir carências nutricionais específicas (como a de proteínas, vitaminas e minerais) e doenças cardiovasculares associadas ao consumo excessivo de sódio ou de gorduras de origem animal. 1.1 – Guia Alimentar Para a População Brasileira (2014) Entre as ações do governo brasileiro para a promoção da saúde e da segurança alimentar e nutricional, o Ministério da Saúde publicou, em 2006, o Guia Alimentar para a População Brasileira – Promovendo a Alimentação Saudável, com as primeiras diretrizes alimentares oficiais para a nossa população, este guia se 3 constituiu em um marco de referência para indivíduos e famílias, governos e profissionais de saúde sobre a promoção da alimentação adequada e saudável. A alimentação adequada e saudável é um direito humano básico que envolve a garantia ao acesso permanente e regular, de forma socialmente justa, a uma prática alimentar adequada aos aspectos biológicos e sociais do indivíduo e que deve estar em acordo com as necessidades alimentares especiais; ser referenciada pela cultura alimentar e pelas dimensões de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e financeiro; harmônica em quantidade e qualidade, atendendo aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer; e baseada em práticas produtivas adequadas e sustentáveis. A diretriz de promoção da alimentação adequada e saudável compreende um conjunto de estratégias que objetivam proporcionar aos indivíduos e coletividades a realização de práticas alimentares apropriadas, e constitui também uma prioridade na Política Nacional de Promoção da Saúde. O capítulo 1 descreve os princípios que nortearam sua elaboração, a saber: Alimentação é mais que ingestão de nutrientes: Alimentação diz respeito à ingestão de nutrientes, como também aos alimentos que contem e fornecem os nutrientes, como alimentos são combinados entre si e preparados, a características do modo de comer e às dimensões culturais e sociais das práticas alimentares. Todos esses aspectos influenciam a saúde e o bem-estar. Recomendações sobre alimentação devem estar em sintonia com seu tempo: Recomendações feitas por guias alimentares devem levar em conta o cenário da evolução da alimentação e das condições de saúde da população. Alimentação adequada e saudável deriva de sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável: Recomendações sobre alimentação devem levar em conta o impacto das formas de produção e distribuição dos alimentos sobre a justiça social e a integridade no ambiente. Diferentes saberes geram o conhecimento para a formulação de guias alimentares: Em face das várias dimensões da alimentaçãoe da complexa relação 4 entre essas dimensões e a saúde e o bem-estar das pessoas, o conhecimento necessário para elaborar recomendações sobre alimentação é gerado por diferentes saberes. Guias alimentares ampliam a autonomia nas escolhas alimentares: O acesso a informações confiáveis sobre características e determinantes da alimentação adequada e saudável contribui para que pessoas, famílias e comunidades ampliem a autonomia para fazer escolhas alimentares e para que exijam o cumprimento do direito humano à alimentação adequada e saudável. O capítulo 2 enuncia recomendações gerais sobre a escolha de alimentos, onde quatro categorias de alimentos são abrangidas pelas recomendações deste capítulo, são elas: Alimentos in natura: São aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais (como folhas e frutos ou ovos e leite) e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. Exemplos: grãos secos, farinhas, raízes e tubérculos, cortes de carne e leite. Óleos, gorduras, açúcar e sal: Corresponde a produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza e usados pelas pessoas para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. Alimentos minimamente processados: Produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura. Exemplos: legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães. Alimentos ultraprocessados: Produtos fabricados através de diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial. Exemplos: refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e macarrão instantâneo. 5 O capítulo 3 traz orientações sobre como combinar alimentos na forma de refeições. Através de pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre maio de 2008 e maio de 2009, com foco nas três principais refeições do dia: café da manhã, almoço e jantar foi observado que arroz e feijão correspondem a quase um quarto da alimentação. A seguir, aparecem carnes de gado ou de porco (carnes vermelhas), carne de frango, leite, raízes e tubérculos (em especial, mandioca e batata), frutas, peixes, legumes e verduras e ovos. Além das refeições principais, algumas pessoas podem sentir necessidade – ou mesmo terem o hábito – de fazer outras refeições ao longo do dia, devendo optar por frutas frescas ou secas, bem como leite, iogurte natural, castanhas ou nozes, visto que são alimentos com alto teor de nutrientes e grande poder de saciedade. O capítulo 4 traz orientações sobre o ato de comer e a comensalidade, abordando as circunstâncias que influenciam o aproveitamento dos alimentos e o prazer proporcionado pela alimentação, focando em três orientações básicas, são elas: Comer com regularidade e com atenção: Refeições feitas em horários semelhantes todos os dias e consumidas com atenção e sem pressa favorecem a digestão dos alimentos e também evitam que se coma mais do que o necessário. Comer em ambientes apropriados: As características do ambiente onde comemos influenciam a quantidade de alimentos que ingerimos e o prazer que podemos desfrutar da alimentação. Cheiros, sons, iluminação, conforto, condições de limpeza e outras características do lugar são importantes. Comer em companhia: Seres humanos são seres sociais e o hábito de comer em companhia está impregnado em nossa história, compartilhar o comer e as atividades envolvidas neste ato é um modo simples e profundo de criar e desenvolver relações entre pessoas. Dessa forma, comer é parte natural da vida social. O capítulo 5 examina fatores que podem ser obstáculos para a adesão das pessoas às recomendações deste guia, tais como: 6 Informação: Há muitas informações sobre alimentação e saúde, mas poucas são de fontes confiáveis. Oferta: Alimentos ultraprocessados são encontrados em toda parte, sempre acompanhados de muita propaganda, descontos e promoções, enquanto alimentos in natura ou minimamente processados nem sempre são comercializados em locais próximos às casas das pessoas. Custo: Embora legumes, verduras e frutas possam ter preço superior ao de alguns alimentos ultraprocessados, o custo total de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados ainda é menor no Brasil do que o custo de uma alimentação baseada em alimentos ultraprocessados. Habilidades culinárias: O enfraquecimento da transmissão de habilidades culinárias entre gerações favorece o consumo de alimentos ultraprocessados. Tempo: Para algumas pessoas, as recomendações deste guia podem implicar a dedicação de mais tempo à alimentação. Publicidade: A publicidade de alimentos ultraprocessados domina os anúncios comerciais de alimentos, frequentemente veicula informações incorretas ou incompletas sobre alimentação e atinge, sobretudo, crianças e jovens. O capítulo bônus orienta quanto aos dez passos para uma alimentação adequada e saudável: 1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. 2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. 3. Limitar o consumo de alimentos processados. 4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados. 7 5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia. 6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. 7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias. 8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece. 9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora. 10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais. 1.2 – Política Nacional de Promoção da Saúde (2010) Objetivo geral: Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. Quanto à alimentação saudável esta política traça as seguintes estratégias: I. Promover ações relativas à alimentação saudável visando à promoção da saúde e à segurança alimentar e nutricional, contribuindo com as ações e metas de redução da pobreza, a inclusão social e o cumprimento do direito humano à alimentação adequada. II. Promover articulação intra e intersetorial visando à implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde por meio do reforço à implementação das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição e da Estratégia Global: a) Com a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas que garantam o acesso à alimentação saudável. 8 b) Implementação de ações de combate à fome e de aumento do acesso ao alimento saudável pelas comunidades e pelos grupos populacionais mais pobres. c) Articulação para que o crédito e o financiamento da agricultura familiar incorpore ações de fomento à produção de frutas, legumes e verduras de forma segura e sustentável, associado às ações de geração de renda. d) Firmar compromisso social com diferentes setores definindo os compromissos e as responsabilidades sociais de cada setor, com o objetivo de favorecer hábitos alimentares mais saudáveis na população. e) Articulação e mobilização para a adoção de ambientes que favoreçam a alimentação saudável, o que inclui: espaços propícios à amamentação pelas nutrizes trabalhadoras, oferta de refeições saudáveis nos locais de trabalho, nas escolas e para as populações institucionalizadas. f) Articulação e mobilização paraa elaboração de medidas regulatórias que visem promover a alimentação saudável, com especial ênfase para a regulamentação da propaganda e publicidade de alimentos. III. Disseminar a cultura da alimentação saudável em consonância com os atributos e princípios do Guia Alimentar da População Brasileira. IV. Desenvolver ações para a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar. V. Implementar as ações de vigilância alimentar e nutricional para a prevenção e controle dos agravos e doenças decorrentes da má alimentação. VI. Reorientação dos serviços de saúde com ênfase na atenção básica: 9 a) Mobilização e capacitação dos profissionais de saúde da atenção básica para a promoção da alimentação saudável. b) Incorporação do componente alimentar no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) de forma a permitir o diagnóstico e o desenvolvimento de ações para a promoção da alimentação saudável. c) Reforço da implantação do Sisvan como instrumento de avaliação e de subsídio para o planejamento de ações que promovam a segurança alimentar e nutricional em nível local. 1.3 – Política Nacional de Alimentação e Nutrição (2012) A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) integra os esforços do Estado Brasileiro que por meio de um conjunto de políticas públicas propõe respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação, objetivando a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. Princípios da PNAN: A Alimentação como elemento de humanização das práticas de saúde. O respeito à diversidade e à cultura alimentar. O fortalecimento da autonomia dos indivíduos. A determinação social e a natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição. A segurança alimentar e nutricional com soberania. Diretrizes da PNAN: Organização da Atenção Nutricional. 10 Promoção da Alimentação Adequada e Saudável. Vigilância Alimentar e Nutricional. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição. Participação e Controle Social. Qualificação da Força de Trabalho. Controle e Regulação dos Alimentos. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição. Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional. Responsabilidades institucionais da PNAN: Em observância aos princípios do SUS, os gestores de saúde nas três esferas, de forma articulada e dando cumprimento às suas atribuições comuns e específicas, atuarão no sentido de viabilizar o alcance do propósito desta Política Nacional de Alimentação e Nutrição. 1.4 – Lei nº 11.346/06: Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional A Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional institui o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada, por meio do qual o poder público, com a participação da sociedade civil organizada, formula e implementa políticas, planos, programas e ações com vistas a assegurar o direito humano à alimentação adequada e saudável, ou seja, o direito de cada pessoa ter acesso físico e econômico, ininterruptamente, à alimentação adequada e saudável ou aos meios para obter essa alimentação, sem comprometer os recursos para assegurar outros direitos fundamentais, como saúde e educação. Art. 1º Esta Lei estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), por meio do qual o poder público, com a participação da sociedade civil organizada, formulará e implementará políticas, planos, programas e ações com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada. 11 Art. 2º A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. Art. 3º A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. 1.5 – Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (2009) O objetivo geral da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) é assegurar o direito humano à alimentação adequada a todas e todos os habitantes do território brasileiro, promovendo a soberania e a segurança alimentar e nutricional de modo que tenham acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Princípios da PNSAN: Universalidade e equidade no acesso à alimentação adequada e saudável. Preservação da autonomia e respeito à dignidade humana. Intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e não governamentais. Descentralização das ações e articulação, em regime de colaboração, entre as esferas de governo. 12 Participação social na formulação, execução, acompanhamento, monitoramento e controle da política. Transparência e responsabilização na implementação da política. Diretrizes da PNSAN: Promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável. Estruturação de sistemas justos, de base agroecológica e sustentáveis de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos. Instituição de processos permanentes de educação, capacitação e desenvolvimento de pesquisas voltadas ao direito humano à alimentação adequada e saudável e em segurança alimentar e nutricional. Ampliação e coordenação das ações de segurança alimentar e nutricional voltadas para povos indígenas e demais povos e comunidades tradicionais. Fortalecer as ações de alimentação e nutrição em todos os níveis de atenção à saúde. Desenvolvimento de estratégias de cooperação com outros países de modo a contribuir para a promoção do direito humano à alimentação adequada e saudável. Monitoramento da segurança alimentar e nutricional e do direito à alimentação adequada. 1.6 – Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (2016-2019) O II Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 2016-2019 é constituído pelo conjunto de ações do governo federal que buscam garantir a segurança alimentar e nutricional e o direito humano à alimentação adequada à população brasileira. O Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN) é o principal instrumento da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. 13 Metas do PLANSAN: Promover o acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. Combater a insegurança alimentar e nutricional e promover a inclusão produtiva rural em grupos populacionais específicos, com ênfase em Povos e Comunidades Tradicionais e outros grupos sociais vulneráveis no meio rural. Promover a produção de alimentos saudáveis e sustentáveis, a estruturação da agricultura familiar e o fortalecimento de sistemas de produção de base agroecológica. Promover o abastecimento e o acesso regular e permanente da população brasileira à alimentação adequada e saudável. Promover e proteger a alimentação adequada e saudável da população brasileira, com estratégias de educação alimentar e nutricional e medidas regulatórias. Controlar e prevenir os agravos decorrentes da má alimentação. Ampliar a disponibilidade hídrica e o acesso à agua para a população, em especial a população pobre no meio rural. Consolidar a implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), aperfeiçoando a gestão federativa, a intersetorialidade e a participação social. Apoio às iniciativas de promoção da soberania, segurança alimentar e nutricional, do direito humano à alimentação adequada e de sistemas alimentares 14 democráticos, saudáveis e sustentáveis em âmbito internacional, por meio do diálogo e da cooperação internacional. 1.7 – Exercícios 1 – Qual documento oficial apresentou as primeiras diretrizes alimentares? 2 – Quais estudos foram fundamentais para a formulação de políticas e ações destinadas a prevenir carências nutricionais? 3 – Qual foi o marco de referência sobre a promoção da alimentação adequada e saudável? 4 – O que compreende a diretriz de promoção da alimentação adequada e saudável? 5 – Quais princípios nortearam a elaboração do Guia Alimentar para a População Brasileira? 6 – O Guia Alimentar para a População Brasileira faz recomendações gerais sobre a escolha de alimentos. Quais são elas? 7 – Cite as circunstâncias que influenciam o aproveitamento dos alimentos e o prazer proporcionado pela alimentação. 8 – Quais fatores podem surgir como obstáculos para seguir as recomendações feitas no Guia Alimentar para a População Brasileira? 9 – Cite os dez passos para uma alimentação adequada e saudável. 10 – Qual o objetivo da Política Nacional de Promoção da Saúde? 11 – Cite as estratégias adotadas pela Política Nacional de Promoção da Saúde. 12 – O que propõe a Política Nacional de Alimentação e Nutrição e qual seu objetivo? 13 – Cite os princípios da PNAN. 14 – Cite as diretrizes da PNAN. 15 – A quem cabe as responsabilidades institucionais do PNAN? 16 – O que estabelece a Lei Nº 11.346/06 e qual seu objetivo? 17 – Qual o objetivo da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional? 18 – Cite os princípios da PNSAN. 19 – Cite as diretrizes da PNSAN. 20 – Cite três metas do PLANSAN. 15 1.8 – Referências BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. BRASIL, Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Lei nº 11.346/06 - Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Brasília: Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2006. BRASIL, Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – PLANSAN 2016-2019. Brasília, DF: MDSA, CAISAN, 2017. BRASIL, Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Proposições do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional para sua elaboração. Brasília: Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2009. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2012. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – 3. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. http://www4.planalto.gov.br/consea http://www4.planalto.gov.br/consea 16 2 – INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO: ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO Os vários órgãos do sistema digestório (Figura 23.1) podem ser divididos em dois grupos principais: o tubo digestório e os órgãos digestórios anexos. O tubo digestório (canal alimentar), também chamado trato gastrintestinal, é um tubo muscular sinuoso que se estende da boca até o ânus. Os órgãos do tubo digestório são boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso, com esse último levando a abertura terminal, o ânus. Os órgãos digestórios anexos são os dentes e a língua, além da vesícula biliar e das grandes glândulas (as glândulas salivares, o fígado e o pâncreas) que se situam fora do tubo digestório e a ele se conectam através de ductos; elas secretam saliva, bile e enzimas digestórias, todas contribuindo para a quebra dos alimentos. 17 2.1 – Processos digestórios Os órgãos do sistema digestório realizam seis atividades essenciais de processamento dos alimentos: ingestão, propulsão, decomposição mecânica, digestão, absorção e defecação. 1. Ingestão: é a captação do alimento pela boca. 2. Propulsão: é o movimento do alimento pelo tubo digestório. 3. Decomposição mecânica: prepara o alimento fisicamente para a digestão pelas enzimas decompondo-o em pedaços menores. 4. Digestão: é uma série de etapas em que as moléculas complexas do alimento (carboidratos, proteínas e lipídios) são decompostas em seus elementos químicos básicos (açúcares simples, aminoácidos, ácidos graxos e glicerol). 5. Absorção: é o transporte dos produtos finais digeridos para o sistema sanguíneo e linfático. 6. Defecação: é a eliminação, na forma de fezes, das substâncias indigeríveis. 2.2 – Exercícios 1 – Como são divididos os órgãos do sistema digestório? 2 – Em que consiste o tubo digestório? Cite os órgãos que fazem parte dele. 3 – Quais são os órgãos digestórios anexos e como eles contribuem para a quebra dos alimentos? 2.3 – Referências MARIEB, Elaine; Wilhelm, Patricia; Mallatt, Jon. Anatomia humana. Tradução: Lívia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz Cláudio Queiroz. Revisão técnica: João Lachat, José Thomazini e Edson Liberti. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. 18 3 – INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem o problema de saúde de maior magnitude e correspondem a cerca de 70% das causas de mortes, considerando o contexto atual de crescimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e de seus fatores de risco, como a inatividade física e a alimentação inadequada. No âmbito da alimentação, destacam-se como principais hábitos não promotores da saúde o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras, sal e aditivos químicos, associado ao baixo consumo de alimentos in natura, como frutas, verduras e legumes, por se relacionarem ao aumento da prevalência mundial de obesidade e demais DCNT. Nutrição é a ciência que estuda os alimentos e suas relações com o organismo, ou seja, estuda as diversas etapas que um alimento sofre, desde a sua introdução no organismo através da mastigação até sua eliminação. Os alimentos podem ser entendidos como uma substância ingerida pela boca que mantem a vida e o crescimento, fornecendo energia, construindo e substituindo tecidos e podem ser divididos em três grupos distintos: Alimentos construtores: Responsáveis pela manutenção e crescimento do organismo, assim como renovação de tecidos de células, tais como proteínas, fornecidas pelas carnes, ovos, leite e feijão. Alimentos energéticos: Responsáveispela energia do organismo. São os carboidratos fornecidos pelo açúcar, massas, pães, farinhas, raízes e tubérculos, e os lipídeos fornecidos pelas gorduras, manteiga, margarina e óleo vegetal. Alimentos reguladores: Responsáveis pela regulação das atividades do organismo, garantindo o bom funcionamento por meio da água e das fibras, sais minerais e vitaminas, fornecidos pelas verduras e frutas. 19 3.1 – As leis da alimentação Em 1937, Pedro Escudero, médico argentino, criou as Leis da Alimentação e mesmo depois de tantos anos esses quatro enunciados ainda são consideradas a base de uma alimentação saudável. As Leis de Escudero expressam, de forma simples, as orientações para uma dieta que garante crescimento, manutenção e desenvolvimento saudáveis. Lei da quantidade – Corresponde ao total de calorias e de nutrientes consumido. A quantidade de alimentos deve suprir as necessidades do indivíduo. Dessa forma deve-se atentar para excessos e restrições, pois ambas as situações são prejudiciais ao organismo. Lei da qualidade – Refere-se aos nutrientes necessários ao indivíduo. Uma alimentação completa inclui todos os nutrientes para formação e manutenção do organismo. As refeições devem ser variadas, contemplando todos os grupos de nutrientes para o bom funcionamento do corpo. Lei da harmonia – É a distribuição e proporcionalidade entre os nutrientes, resultando no equilíbrio. Para que o nosso organismo consiga aproveitar os nutrientes, estes devem se encontrar em proporções adequadas nas refeições, uma vez que as substâncias não agem sozinhas, e sim em conjunto. Lei da adequação – A alimentação deve se adequar às necessidades do organismo de cada indivíduo, às especificidades de quem está consumindo. Os ciclos da vida (infância, adolescência, adulto e idoso), o estado fisiológico (gestação, lactação), o estado de saúde (doenças), os hábitos alimentares (deficiência de nutrientes), e as condições sócio-econômicas e culturais (acesso aos alimentos) são fatores que devem ser considerados, pois resultam em diferentes necessidades nutricionais. A alimentação deve ser quantitativamente suficiente, qualitativamente completa, harmoniosa e adequada a quem está consumindo. Cada pessoa tem 20 necessidades específicas e precisam de quantidades e proporção de nutrientes diferentes para manter suas funções vitais e desenvolver suas atividades diárias. 3.2 – Pirâmide alimentar A alimentação adequada é essencial para crescimento e desenvolvimento dos seres humanos, uma vez que proporciona ao organismo energia e nutrientes necessários para o bom desempenho de suas funções e para a manutenção de um bom estado de saúde, e deve ser planejada com alimentos de todos os grupos alimentares, necessitando fornecer água, carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, fibras e minerais, os quais são insubstituíveis e indispensáveis ao bom funcionamento do organismo. 21 A Pirâmide Alimentar defende os princípios básicos de uma alimentação saudável: variedade, equilíbrio e moderação. Variedade: Fornecer uma ampla seleção de alimentos diariamente. Não há um alimento completo, que forneça todos os nutrientes necessários a uma boa nutrição e consequente manutenção da saúde. Uma alimentação variada deve incluir alimentos de todos os grupos da pirâmide que juntos atenderão as recomendações nutricionais. Equilíbrio: Uma alimentação equilibrada incorpora diariamente a quantidade adequada e indicação do número de porções recomendadas, dos diferentes grupos alimentares, provendo calorias e nutrientes necessários. Moderação: Controle no consumo dos alimentos do grupo das gorduras e açúcares, sal e quantidade de calorias. Os alimentos estão distribuídos na pirâmide alimentar em oito grupos e em quatro níveis. Cada grupo possui a quantidade de porções de alimentos a serem consumidas diariamente, que varia de acordo com a necessidade individual. Topo da pirâmide - nível 1: No topo da pirâmide estão representados os alimentos que devem ser consumidos com moderação, pois além de calóricos, podem aumentar os riscos de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes e outras enfermidades. Neste grupo estão os doces, açúcares, óleos e gorduras. Parte intermediária alta - nível 2: No segundo nível da pirâmide estão os alimentos de fontes de proteínas animais, carnes, ovos, leite e derivados; proteínas vegetais como as leguminosas Parte intermediária baixa - nível 3: Em seguida, encontramos o grupo das frutas, verduras e legumes que fornecem vitaminas, minerais e fibras para o nosso corpo. 22 Base da pirâmide - nível 4: Na base da pirâmide, encontramos os alimentos ricos em carboidratos como massas, pães, cereais, arroz, mandioca, cará, inhame, batata doce. Por estarem no maior grupo, devem ser consumidos em maiores quantidades durante o dia. 3.3 – Exercícios 1 – Quais são os principais hábitos não promotores da saúde? 2 – Defina nutrição. 3 – Defina o que são alimentos. 4 – Explique os três grupos nos quais os alimentos podem ser divididos. 5 – Explique as quatro leis da alimentação. 6 – Explique os princípios básicos de uma alimentação saudável seguindo a pirâmide alimentar. 7 – Cite os oito grupos de alimentos representados na pirâmide alimentar. 8 – Cite os alimentos que representam cada um dos níveis da pirâmide alimentar. 3.4 – Referências GUIMARÃES, Deocleciano Torrieri. Dicionário de termos médicos e de enfermagem. 1ª ed. São Paulo: Rideel, 2002. MOTA, Tatiana Medeiros. As Leis da Alimentação. Disponível em: <www.colegioanchieta-ba.com.br/nutricao/dicas/17- Leis%20da%20Alimentação.pdf>. Acesso em 17 de agosto de 2018. GOMES, Helen Mara dos Santos; TEIXEIRA, Estelamar Maria Borges. Pirâmide alimentar: guia para alimentação saudável. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro. Disponível em: <editora.iftm.edu.br/index.php/boletimiftm/article/download/193/93>. Acesso em 17 de agosto de 2018. 23 4 – OS NUTRIENTES E SUAS DIVISÕES Os nutrientes podem ser definidos como substâncias essenciais presentes nos alimentos, fundamentais para o bom funcionamento do organismo, são exemplos de nutrientes os carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas e sais minerais. Tais nutrientes podem ser divididos em dois grupos distintos, os macronutrientes e os micronutrientes. A inadequação de nutrientes interfere no processo de desenvolvimento e crescimento da criança e é fator determinante no aparecimento de carências nutricionais ou surgimento de várias manifestações patológicas que repercutirão na vida adulta, como doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. Quando o consumo de energia e de nutrientes está abaixo das necessidades, estabelecem-se as condições para o aparecimento das doenças carenciais que ainda acometem 40% da população humana. Ao contrário, se a oferta excede as exigências biológicas acima dos níveis toleráveis, a tendência é a instalação da chamada patologia dos excessos nutricionais. 4.1 – Macronutrientes Os macronutrientes são nutrientes necessários ao organismo em maiores quantidades, tais como carboidratos, proteínas e lipídios. Define-se caloria como a representação métrica de energia produzida por determinados nutrientes quando metabolizados pelo organismo, os principais grupos fornecedores de calorias são os macronutrientes. Estes nutrientes estão distribuídos nos alimentos e devem ser ingeridos diariamente para assegurar uma alimentação saudável e como geradores de energia, são nossa fonte exógena de produção de glicose. Dessa forma, influenciam diretamente a elevação da glicemia. 4.1.1 – Carboidratos (glicídios) Os carboidratos fornecem a maior parte da energia necessária para manutenção das atividades das pessoas esão classificados em simples e complexos. O carboidrato é o nutriente que mais afeta a glicemia, pois quase 100% 24 são convertidos em glicose em um tempo que pode variar de quinze minutos a duas horas. Carboidratos simples Os carboidratos simples são formados por açúcares simples ou por um par deles; sua estrutura química faz com que possam ser facilmente digeridos e mais rapidamente absorvidos. Como exemplo temos glicose (cana de açúcar, melado, garapa, rapadura), frutose (açúcar das frutas, mel), sacarose (glicose+frutose = açúcar da cana, da beterrada e do mel), lactose (açúcar do leite), doces em geral, entre outros. Carboidratos complexos Já os carboidratos complexos são formados por cadeias mais complexas de açúcares, podendo sua digestão e absorção ser mais prolongada. Como exemplo temos cereais e derivados (arroz, trigo, centeio, cevada, milho, aveia, farinhas (de trigo, de mandioca, de milho), massas, pães, biscoitos, tapioca, cuscuz, macarrão, polenta, pipoca); tubérculos (batata-doce, batata, inhame, cará, mandioca, mandioquinha); leguminosas (feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja). 4.1.2 – Proteínas As proteínas são indispensáveis ao corpo humano, pois, além de contribuírem como fonte calórica, são fornecedoras dos aminoácidos, que servem de material construtor e renovador, isto é, são responsáveis pelo crescimento e pela manutenção do organismo. Suas fontes mais ricas são as carnes em geral, os ovos, o leite e derivados (exceto manteiga), leguminosas (feijões, lentilhas, grão de bico, soja, ervilha), cereais (arroz, trigo, milho), castanhas e nozes. Em alguns pacientes portadores de diabetes as proteínas podem ser convertidas em glicose muito facilmente, gerando efeitos negativos sobre o índice glicêmico. A deficiência de proteínas causa em adultos: emagrecimento, anemia, edema, letargia, etc. E em crianças: diarreia, distúrbios mentais, parada do crescimento, 25 entre outras. Por outro lado o excesso de proteínas causa: a diminuição da longevidade, alterações renais e cardiovasculares, entre outras. 4.1.3 – Lipídios (gorduras) As gorduras ou lipídios são componentes alimentares orgânicos que fornecem taxas maiores de energia. São também importantes condutoras de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e fornecem ácido graxos essenciais assim denominados pois o nosso organismo não os produz, devendo ser obtidos a partir de fontes alimentares. O consumo de gorduras saturadas, encontradas principalmente em alimentos de origem animal (carnes gordas, laticínios, manteiga), deve ser realizado com moderação, pois pode causar elevação dos níveis de glicemia, colesterol e triglicérides. Uma dieta com menor teor de gordura pode auxiliar na melhora dos lipídios sanguíneos, como o colesterol total e a lipoproteína LDL colesterol (colesterol ruim). Resultados ainda melhores podem ser conquistados se a gordura adicionada for monoinsaturada (azeite de oliva, canola, girassol e amendoim). As gorduras poliinsaturadas encontradas em peixes, semente de linhaça e óleo de soja são importantes componentes alimentares que também auxiliam na manutenção de um adequado perfil lipídico sanguíneo. 4.2 – Micronutrientes Os micronutrientes são nutrientes necessários ao organismo em pequena quantidade, bem como as vitaminas e os sais minerais. Esses nutrientes não geram energia, ocorrem em quantidades diminutas nos alimentos, mas são de extrema importância para o organismo pois tem funções específicas e vitais nas células e nos tecidos do corpo humano, no entanto, para atingir as recomendações de consumo desses nutrientes, o seu fornecimento através dos alimentos deve ser diário e a partir de diferentes fontes. Esses nutrientes podem ser encontrados em frutas, hortaliças, legumes, leite e derivados, carnes, castanhas, nozes e cereais integrais. As vitaminas e os minerais mantem relações de equilíbrio no desenvolvimento das suas funções. Como exemplos de relações benéficas, desde que em proporções adequadas, podemos citar sódio e potássio (para equilibrar a quantidade de água no 26 organismo, enquanto o sódio retém os líquidos, o potássio provoca a excreção, de modo que as células fiquem com a quantidade certa de água); cálcio e fósforo (forma a estrutura resistente dos ossos e dos dentes); ferro e vitamina C (a vitamina C é um potente ativador da absorção do ferro); cálcio e vitamina D (a vitamina D promove a absorção do cálcio pelo organismo). 4.2.1 – Vitaminas Não contém energia, mas são necessárias para as reações energéticas, regulam as funções celulares, envolvidas nas funções imunológicas. Atualmente, pelo menos treze vitaminas são consideradas nutrientes essenciais. Elas são classificadas em dois grupos conforme suas características químicas. Encontradas em frutas, legumes, verduras, carnes, leite e derivados. Vitaminas hidrossolúveis Solúveis em água, não são armazenadas em quantidades significativas no organismo, o que leva à necessidade de suprimento diário dessas vitaminas. Pertencem a esse grupo as vitaminas do complexo B e vitamina C. Vitamina B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12 Funções: metabolismo de carboidratos e transmissão de impulsos nervosos, metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, fornece energia pras células, síntese de aminoácidos e ácidos graxos, ativação de enzimas, forma hemácias e leucócitos, síntese de DNA. Deficiências: distúrbios neurológicos e cardiovasculares, neuropatia (qualquer doença do encefalo), anorexia (distúrbio alimentar), emagrecimento e cefaleia (dor de cabeça), mudanças de personalidade, anemia, perda de memória. Fontes: carne, fígado, salmão, atum, ovos, banana, batata, peixes, castanhas, abacate, couve, espinafre. https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/18344-sodio 27 Vitamina C Funções: síntese de colágeno, melhora a imunidade, metabolismo de aminoácidos, aumenta absorção e utilização do ferro. Deficiência: escorbuto (manifestações hemorrágicas), astenia (diminuição da força física), alopecia (perda de cabelos e pelos). Fontes: acerola, goiaba, kiwi, morango, laranja, pimentão, brócolis, caju. Vitaminas lipossolúveis Insolúveis em água, mas solúveis em lipídeos, fazem parte desse grupo as vitaminas A, D, E e K. Vitamina A Funções: manutenção da visão, do crescimento epitelial, crescimento e desenvolvimento ósseo, antioxidante, integridade do sistema imunológico, pode contribuir em propriedades anti-inflamatórias. Deficiência: xeroftalmia (ressecamento ocular), cegueira noturna, ulceração de córnea, alterações cutâneas, perda de apetite, diminuição de crescimento, deformidade óssea, diminuição do paladar, secura de pele e mucosas, unhas frágeis, fraqueza, alopecia (perda de cabelos e pelos), dores ósseas, entre outras. Fontes: fígado, gema de ovo, óleos de peixe, cenoura, espinafre, manga, mamão. Vitamina D Funções: auxilia na absorção intestinal de cálcio e fósforo, crescimento e diferenciação celular, secreta insulina (produz insulina). Deficiência: diminui absorção de cálcio intestinal, diminui a quantidade de cálcio e fósforo no organismo, fraqueza muscular, deformidades ósseas. Fontes: carnes, frutos do mar, salmão, sardinha, ovo, leite, cogumelo. 28 Vitamina E Funções: antioxidante, manutenção do tecido epitelial, proteção das hemácias, melhora câimbras musculares, reduz sintomas de tensão pré-menstrual. Deficiência: dores musculares, anemia, esteatose (acumulo de gordura), encefalopatia (qualquer doença do encefalo). Fontes: frutas secas, óleos vegetais, cereais integrais, amendoim, milho. Vitamina K Funções: fator de coagulação, formação de proteínas específicas dos ossos, anticarcinogênico (inibe a produção ácida das bactérias salivares). Deficiência: doença hemorrágicado recém nascido, tendência ao aumento de hemorragias, hematúria (presença de sangue na urina), hepistaxe (sangramento nasal), osteoporose. Fontes: abacate, aveia, repolho, salsa, agrião, couve-flor, leite, brócolis, carne. 4.2.2 – Sais Minerais Necessários para crescimento, reprodução e manutenção do equilíbrio entre as células; fazem parte de tecidos; envolvidos na contração muscular e na transmissão dos impulsos nervosos. Macrominerais Cálcio (Ca): essencial para a saúde dos ossos, cerca de 98% encontram-se nos ossos, 1% nos dentes e 1% na corrente sanguínea. A necessidade orgânica de cálcio ocorre especialmente na infância e durante a fase de crescimento. Acredita-se que o aumento do consumo de cálcio possa ser usado para prevenir ou controlar o aparecimento de osteoporose e raquitismo, além de evitar perda de massa óssea. Sua deficiência pode causar dores e fraturas ósseas, diarreia, convulsões, alterações na estrutura dentária, entre outras. Dentre as funções do cálcio destaca- se a contração muscular, coagulação sanguínea e a transmissão de impulsos nervosos. Fontes: leite e derivados, ovos, sardinha, salmão, couve e brócolis. 29 Fósforo (P): constitui cerca de 1% do peso corpóreo do ser humano, estando presente principalmente sob a forma de fosfato. Cerca de 90% encontram-se nos ossos. Atua no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, entre outras funções e sua deficiência pode causar delírio, disfagia (dificuldade de deglutir), taquicardia (frequência cardíaca aumentada), hipoglicemia (pouco açúcar no sangue), entre outros. Fontes: carnes vermelha e branca, ovos, leguminosas, nozes, amêndoas, leite e derivados, cereais e grãos. Magnésio (Mg): seu conteúdo no organismo é de aproximadamente 25g, sendo 60% a 65% nos ossos e 27%nos músculos. Atua como mediador de contrações musculares e transmissão de impulsos nervosos. Sua deficiência causa confusão mental, ataxia (falta de coordenação de movimentos musculares), mudanças na personalidade, dores abdominais, arritmia (frequência cardíaca irregular), convulsão, etc. Fontes: vegetais folhosos verde escuro, legumes, feijão, maçã, cereais integrais, nozes, amendoim, castanha do pará e cacau. Sódio (Na): abundante no meio extracelular e essencial na distribuição de água e volume sanguíneo. Sua deficiência causa letargia (estado de profunda inconsciência), fraqueza, anorexia (distúrbio alimentar), diarreia, oligúria (volume urinário diminuído), hipotensão (pressão arterial diminuída) e fadiga (cansaço). Fontes: sal de cozinha, enlatados, conservas, salgadinhos, embutidos, bacalhau, charque e caldos concentrados. Potássio (K): responsável pela contratilidade do músculo cardíaco, transmissão nervosa, síntese proteica, metabolismo dos carboidratos e função renal. Sua deficiência causa a diminuição de reflexos, parestesia (dormência), vômito, poliúria (aumento da quantidade de urina), dispneia (falta de ar), dores musculares, paralisia, arritmias cardíacas (frequência cardíaca irregular), hipotensão (pressão artéria diminuída), etc. Fontes: banana, laranja, abacate, mamão, melão, maçã, batata inglesa, batata doce, feijão, espinafre, tomate, pimentão, leite, bacalhau, nozes, entre outras fontes. 30 Outros macrominerais presentes no organismo humano e importantes para sua manutenção são o enxofre (S) e o cloro (Cl). Microminerais Ferro (Fe): a maior parte do ferro corporal está ligada à hemoglobina no sangue. Suas funções são o transporte de O2 e CO2 no sangue, atua na contração muscular, armazena O2 para consumo rápido e imediato durante exercício físico, entre outras. Sua deficiência causa anemia, palidez, fadiga (cansaço), taquicardia (aumento da frequência cardíaca), febre baixa, irregularidades menstruais, etc. Fontes: carnes vermelhas, vísceras e miúdos, gema de ovo, leguminosas, vegetais folhosos verde escuro e frutas secas. Zinco (Zn): o organismo humano adulto tem cerca de 2 a 3g de zinco distribuídos pelo músculo esquelético, ossos, intestino, fígado, baço, rins, pele, cabelo, saliva, fluidos e secreções do organismo. Suas funções são síntese e liberação de hormônios, antioxidante, cicatrização, fertilidade, imunidade, aumenta o paladar e o apetite. Sua deficiência causa diminuição do paladar, retardo da maturação sexual, apatia (falta de energia), alopecia (queda de cabelos e pelos), redução de HDL (colesterol bom), glossite (inflamação da língua) e fotofobia (sensibilidade ocular à luz). Fontes: carnes vermelhas e brancas, fígado, frutos do mar, ovos, lentilha e cereais integrais. Cobre (Cu): o corpo humano adulto contem 50 a 120mg de cobre, principalmente no fígado, cérebro, coração e rins. O músculo tem baixa concentração, mas devido a sua grande massa contem cerca de 40% de todo o cobre do organismo. Suas funções compreendem o metabolismo da glicose e do colesterol, contratilidade miocárdica, é essencial no sistema imune, entre outras funções. Sua deficiência causa anemia, neutropenia (diminuição de neutrófilos no sangue), hipotermina (temperatura corporal baixa), hipercolesterolemia (excesso de colesterol no sangue), lesões de pele, hepatoesplenomegalia (aumento do fígado e do baço). Fontes: fígado, miúdos, leguminosas, frutos do mar, cacau, amêndoa, nozes e cereais integrais. 31 Selênio (Se): o organismo humano contem 13 a 30,3mg de selênio, presente nos músculos, fígado, rim e esqueleto. Tem funções antioxidante, promove o crescimento corporal e atua nos sistemas imunológico e inflamatório. Sua deficiência causa cardiomiopatia (musculo cardíaco inflamado e aumentado), infertilidade masculina, aumento de susceptibilidade ao câncer, osteoartrite (distúrbio articular por desgaste), entre outras. Fontes: fígado, rins, atum, frutos do mar, castanha do pará, aipo, alho, brócolis, cebola, cereais integrais, cogumelo, gema de ovo, leite, nozes, lentilha, soja, etc. Cromo (Cr): potencializa a ação da insulina, mantendo os níveis glicêmicos dentro dos limites da normalidade e participa do metabolismo de lipídios e proteínas. Sua deficiência causa alteração do crescimento, glicosúria (presença de açúcar na urina), lesões corneais (lesões na córnea), hipercolesterolemia (excesso de colesterol no sangue), entre outras. Fontes: fígado, rins, carnes vermelhas, grãos integrais, queijos, gema de ovo, cogumelo, brócolis, café, nozes, ostras e vinhos. Iodo (I): no corpo humano adulto há cerca de 15 a 30mg de iodo, presente nas glândulas tireoide, salivares, mamárias, gástricas e rins. É um importante componente dos hormônios tireoideanos T3 e T4 que regulam o metabolismo energético, crescimento e reprodução, entre outros. Sua deficiência causa o bócio (aumento da tireóide), aborto espontâneo e malformações congênitas. Fontes: peixes de água salgada, frutos do mar, sal iodado e algas marinhas. Molibdênio (Mb): no corpo humano é encontrado no fígado, rins e glândulas suprarrenais (glândula adrenal, situada acima dos rins). Sua deficiência causa diminuição do apetite, letargia (estado de profunda inconsciência), desorientação, cefaleia (dor de cabeça), taquicardia (aumento da frequência cardíaca), etc. Fontes: fígado, rins, legumes, vegetais verdes, cereais integrais, leite e derivados. Manganês (Mn): essencial ao organismo atua no metabolismo do colesterol, no crescimento corpóreo. Sua deficiência causa perda de peso, dermatite, náuseas, 32 vômito, crescimento lento do cabelo, entre outras deficiências. Fontes: cereais e grãos integrais, gema de ovo, frutas, vegetais folhosos, ervilha e nozes. Flúor (F): tem particular importância na constituição dos ossos e dos dentes. Compõe os ossos e o esmalte dos dentes, diminui a suceptibilidade a cáries dentárias e osteoporose, essencial para o crescimento, reprodução e prevenção da anemia.Sua deficiência causa alteração óssea e do endurecimento do esmalte dos dentes. Fontes: água, chás (especialmente o preto), carne de porco, frutos do mar, salmão, sardinha e batata. Outros microminerais presentes no organismo humano e importantes para sua manutenção são o cobalto (Co), o níquel (Ni), o vanádio (Vn) e o silício (Si). 4.3 – Fibras Pertencem ao grupo dos oligossacarídeos, sendo eliminadas nas fezes pelo organismo. Justamente por essa razão são importantes para a manutenção das funções gastrointestinais e a consequente prevenção de doenças relacionadas. Cada vez mais há associação entre o baixo consumo de fibras e constipação intestinal, hemorroida, doença diverticular, neoplasia de cólon, obesidade, dislipidemia (aumento dos níveis de lipídeos no sangue), doenças cardiovasculares, entre outras. Devem constar do planejamento das refeições, sendo facilmente encontradas em alimentos de origem vegetal, como hortaliças, frutas e cereais integrais. As fibras são classificadas em: solúveis – importante função no controle glicêmico e insolúveis – importante função na fisiologia intestinal. 4.4 – Água A água é a substância mais abundante no organismo humano, indispensável à vida, constituindo um nutriente essencial. Cerca de 60% a 70% do peso corporal do adulto é água. Uma perda de 10% de água corpórea causa distúrbios graves, e uma de 20% ou mais pode levar à morte. A quantidade de água contida no corpo de uma pessoa varia em função da proporção de músculo de tecido adiposo, bem como 33 sexo e idade. A quantidade de água ingerida diariamente é aproximadamente a mesma da quantidade perdida, essa regulação se dá pelo trato gastrintestinal, rins e cérebro. A ausência de água influencia de maneira mais intensa a capacidade do organismo em exercer uma tarefa qualquer, se comparada à falta de alimento sólido. A ingestão de água é controlada pela sensação de sede, a água ingerida é rapidamente absorvida e a sensação de sede cessa pelo contato da água com a mucosa oral, mas, caso as necessidades hídricas do organismo não sejam satisfeitas, a sensação de saciedade perdura por cinco minutos. A absorção da água ocorre no estômago, passando rapidamente para o intestino, o local principal de absorção. A perda de água se dá pela urina, fezes e transpiração, em casos de vômitos e diarreia essa perda é muito mais intensa. A urina é o parâmetro para sabermos se a ingestão está adequada, se a quantidade for insuficiente a urina é mais concentrada, com coloração amarela mais acentuada e odor forte. Se o baixo consumo de água persistir aumenta o risco de formação de cálculos renais. Funções da água: Manutenção da homeostasia (manutenção do equilíbrio) Transporte de gases e alimentos Lubrificação de tecidos como as articulações Essencial nos processos de digestão, absorção e excreção Fundamental para homeotermia (manutenção da temperatura) Quando ingerir mais água: Nos períodos mais quentes do ano Durante a prática de exercícios físicos Em períodos de febre e/ou resfriado Durante a gestação e lactação Quando comer alimentos mais salgados Em casos de constipação intestinal e diarréia 34 4.5 – Exercícios 1 – Defina o que são nutrientes e dê exemplos. 2 – Uma alimentação deficiente de nutrientes pode interferir de que forma na saúde da criança e do adulto? 3 – Explique o que pode ocorrer quando os níveis de nutrientes consumidos estão abaixo das necessidades. 4 – Explique o que pode ocorrer quando os níveis de nutrientes consumidos estão acima das necessidades. 5 – Como os nutrientes são divididos? Explique cada uma das divisões. 6 – Explique o que são calorias. 7 – O que são carboidratos e como são classificados? 8 – Explique os dois grupos de carboidratos e dê exemplos de onde podem ser encontrados. 9 – Explique a contribuição e responsabilidade das proteínas no organismo humano. 10 – Cite em quais alimentos pode-se encontrar as proteínas. 11 – Cite os efeitos do consumo excessivo e do consumo deficiente de proteínas. 12 – Explique como os lipídeos atuam no organismo humano. 13 – O que causa o alto consumo de gorduras saturadas? 14 – Quais os benefícios de uma dieta com baixo teor de gorduras? 15 – Quais são os micronutrientes e onde podem ser encontrados? 16 – Explique as relações entre: sódio e potássio; cálcio e fósforo; ferro e vitamina C; cálcio e vitamina D. 17 – Como são classificadas as vitaminas? Explique. 18 – Quais são as vitaminas hidrossolúveis? Explique suas funções e os efeitos de sua deficiência. 19 – Quais são as vitaminas lipossolúveis? Explique suas funções e os efeitos de sua deficiência. 20 – Cite quais são os macrominerais, um efeito de sua deficiência e dois alimentos em que podemos encontra-lo. 21 – Cite quais são os microminerais, um efeito de sua deficiência e dois alimentos em que podemos encontra-lo. 22 – Qual a importância das fibras na alimentação e onde podemos encontra-la? 23 – Explique como ocorre a absorção da água no organismo. 35 24 – Cite as funções da água no organismo. 25 – Em quais períodos é necessária uma maior ingestão de água. 26 – Explique, com suas palavras, a importância da ingestão de água para a manutenção do organismo. 4.6 – Referências GUIMARÃES, Deocleciano Torrieri. Dicionário de termos médicos e de enfermagem. 1ª ed. São Paulo: Rideel, 2002. FIDELIS, Cristianne Martins Ferreira Fidelis; OSÓRIO, Mônica Maria. Consumo alimentar de macro e micronutrientes de crianças menores de cinco anos no Estado de Pernambuco, Brasil. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, 7 (1): 63- 74, jan. / mar., 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v7n1/a08v07n1.pdf> Acesso em 22 de agosto de 2018. SEYFFARTH, Anelena Socca; et al. Manual de Nutrição Profissional da Saúde. Departamento de Nutrição e Metabologia da SBD, 2009. PACHECO, Manuela. Tabela de equivalentes, medidas caseiras e composição química dos alimentos – Rio de Janeiro: Livraria e Editora Rubio, 2006.
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