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PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – PRINCÍPIO DA BAGATELA – OAB – CONCURSO Yohanan Ferreira Breves (Acadêmico de Direito) Princípio da Insignificância É um princípio implícito, pois não pode ser encontrado no texto da lei, porém é amplamente aceito pela doutrina e pela jurisprudência. Observações: - Klaus Tiedemann chama de princípio de bagatela; - Trata-se de uma conduta tipificada como crime, formalmente, mas não possui relevância concreta; - Pelo fato de o bem jurídico tutelado não ter sido efetivamente lesado, afastar-se- á a tipicidade da conduta; A tipicidade penal é composta pela tipicidade formal e tipicidade material - Tipicidade formal: é quando um fato concreto se encaixa perfeitamente em um dispositivo legal, mas é preciso que o bem jurídico tutelado tenha sofrido realmente o dano. - Tipicidade material: é quando há perigo de lesão ou uma lesão de fato, ao bem jurídico tutelado pelo diploma legal. Um exemplo é o crime de furto. Requisitos básicos para que se reconheça a insignificância - Ausência de periculosidade o A falta de violência ou grave ameaça no furto, por exemplo. - Uma reduzida reprovabilidade o Uma conduta que a sociedade não tolera, mas encara como “comum” ou “normal” ou até “previsível” - Mínimo grau ofensivo - A quase ausência de lesão São conceitos abertos que permitem ampla interpretação, por causa disso é que a doutrina e a jurisprudência, sobretudo, serão responsáveis por pacificar tal entendimento. Não se Aplica a Insignificância: - Crimes hediondos e equiparados; - Crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; - Uso de entorpecentes (posse de drogas para consumo pessoal); - Crimes contra a fé pública (moeda falsa); - Crimes contra a Administração Pública (Súmula n. 599 – STJ); - Contrabando (natureza ilícita da mercadoria importada ou exportada); - Violência doméstica ou familiar contra a mulher (Lei Maria da Penha); - Furto famélico, pois caracteriza-se o estado de necessidade (art. 24 CP). 28 de Out de 2021 FICOU COM DÚVIDA? MANDA SUA PERGUNTA AÍ!
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