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Evolução do Sistema de Saúde no Brasil: Antes e Depois do SUS

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PREVENTIVA – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
 
Antes do SUS ... 
1923 = CAPs (Caixas de Aposentadorias e Pensões) – 
cada grupo tinha uma espécie de ‘caixa’ para assistência 
aos funcionários 
Década de 30 = IAPs (Instituto de Aposentadorias e 
Pensões) a União passou a participar dessas ‘caixas’ (Era 
Vargas) 
Década de 60 = INPS (Instituto Nacional da 
Previdência Social) - militares (centralizadores)  
unificação dos Institutos. Como o controle passava a ser 
Nacional, os hospitais que foram construídos na década 
de 30 começaram a ficar sucateados. Nessa época 
também foi gasta grande quantia de dinheiro com obras 
faraônicas. O dinheiro público financiou a expansão do 
sistema privado no Brasil. 
1973 – Falência da previdência no Brasil. Em uma 
tentativa de melhor controle dos gastos, e de contornar a 
situação, é criado o INAMPS (instituto Nacional da 
Assistência Médica e Previdência Social) – foi criado 
um limite e um teto para cada procedimento (problema: 
códigos foram desviados para procedimentos que 
pagavam mais) 
 
Antigamente... 
 O acesso era restrito (tinha direito à saúde apenas 
aqueles que pagavam por ela) 
 Ênfase na cura 
 Ministérios (existia uma divisão ministerial muito 
forte no Brasil. O Ministério da Saúde era 
responsável pelas ações preventivas – saneamento 
básico e vacinação. Quem exercia as ações curativas 
era a Previdência) 
 Medicina Ditatorial 
 
As revoltas / discussões: 
REFORMA SANITÁRIA 
Plano CONASP/ AIS (Ações Integradas de Saúde) 
VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) – lema da 
reforma sanitária “Saúde, direito de todos, dever do 
Estado” 
SUDS (Sistema Único e Descentralizado de Saúde) – 
1987 
SUS (Sistema Único de Saúde) – 1988 (Constituição) 
 
 Para o acesso restrito >> UNIVERSALIZAÇÃO 
 Para a ênfase na cura >> INTEGRALIDADE 
 EQUIDADE 
 Ministérios >> DESCENTRALIZAÇÃO 
 REGIONALIZAÇÃO / HIERARQUIZAÇÃO 
 Medicina ditatorial >> PARTICIPAÇÃO SOCIAL 
 
PRINCÍPIOS DO SUS: 
 
ÉTICOS/ DOUTRINÁRIOS: 
UNIVERSALIZAÇÃO Acesso a todos cidadãos 
INTEGRALIDADE Prevenção, cura e reabilitação 
EQUIDADE Tratamento desigual 
(priorizando aquele que precisa 
mais) 
 
 
 
ORGANIZACIONAIS/ OPERATIVOS 
DESCENTRALIZAÇÃO Divisão de poderes 
REGIONALIZAÇÃO Municipalização 
HIERARQUIZAÇÃO Posto/ hospital/ diálise >> 
organizar os níveis de 
complexidade de assistência 
(a porta de entrada deve ser 
através da atenção básica) 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL Conselhos e Conferências 
RESOLUBILIDADE Resolver os problemas (em 
cada nível de assistência e de 
forma integral) 
COMPLEMENTARIEDADE Contratar o privado ... 
 
A EVOLUÇÃO ... 
LEI 8.080 Funcionamento do SUS 
Cabe à direção: nacional/ estadual/ municipal 
Nacional: define e formula políticas/ normas 
Estado: controla o que foi definido 
Município: executa (coloca em prática) 
 
A direção Nacional pode executar? 
Sim! Vigilância de portos, aeroportos e fronteiras ... 
ou em situações inusitadas. 
 
E o setor privado? 
Pode atuar de forma livre e complementar 
(preferência: instituições filantrópicas e privadas não 
lucrativas) 
 
Lei 8.142 = complementa lei 8.080 – sobre gastos e 
participação popular 
1. Transferência regular e automática 
2. Conselhos e Conferências 
o 50% = usuários 
o 50% = profissionais de saúde (25%)/ profissionais 
de serviço (12,5%)/ representantes do Governo 
(12,5%) 
 
CONSELHOS: 
 Controlam os gastos e a execução da saúde 
 É Permanente, Deliberativo, Reunião mensal 
 
CONFERÊNCIAS: 
 Acontecem de 4 em 4 anos. 
 Convocadas pelo Executivo ou pelos Conselhos. 
 Avaliam e criam diretrizes da Política de Saúde. 
 
NOB 91 (Norma Operacional Básica) 
Centralizam a estão no nível Federal 
Municípios se comportam como prestadores 
Prestadores públicos e privados recebem dinheiro do MS 
de acordo com a produção 
 
NOB 92 (sem importância conceitual/ prática) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOB 93 
Gestão: incipientes/ parcial/ semi-plena 
Transferência regular e automática pelo número de 
cabeças que vivem na cidade 
Comissão Intergestores: 
 Bipartite (Estadual): Estado, Município (COSEMS) 
 Tripartite (Nacional): MS, Estados (CONASS), 
Municípios (CONASEMS) 
 
NOB 96 
 Poder pleno pelo município 
 Gestão plena da atenção básica >> atenção básica 
 Gestão plena do sistema municipal >> atenção 
básica, média e alta complexidade 
 Piso da atenção básica (PAB) 
 Fixo 
 Variável: saúde na escola, do adolescente, bucal, 
família, NASF, PMAQ, academias de saúde, 
consultórios de rua, atenção domiciliar, equipe 
multidisciplinar de apoio 
 
NOAS 2001/ 2002 
(Norma Operacional da Assistência a Saúde) 
EQUIDADE NOS RECURSOS E NO ACESSO À SAÚDE 
Regionalização Organizada 
Acesso à saúde o mais próximo da residência... 
Município referência =$ para média complexidade 
Ampliação da Atenção Ambulatorial 
PAB ampliado 
o Observação na urgência 
o Atendimento domiciliar (médico/ enfermeira) 
o Cirurgias ambulatoriais 
o ECG, teste imun. De gravidez 
 
PACTO DE SAÚDE 2006 
Pacto em DEFESA, GESTÃO e VIDA 
Pacto pela VIDA ... saúde 
 Saúde do idoso. 
 Mortalidade infantil e materna 
 Doenças emergentes e endemias 
 (Dengue, hanseníase, BK, malária e Influenza) 
 Promoção à saúde (qualidade de vida). 
 Atenção Básica à saúde (PSF) 
 Câncer de mama e de colo 
................................................................................................. 
 Saúde do homem 
 Saúde do trabalhador 
 Saúde Mental 
 Hepatite e AIDS 
 Pessoas em risco de violência 
 Oral (bucal) 
 Pessoas com deficiência 
 
UBS, CAPS, UPA = portas de entrada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA: 
PRIMEIRO CONTATO 
LONGITUDINALIDADE 
INTEGRALIDADE 
COORDENAÇÃO 
ENFOQUE FAMILIAR 
ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA 
COMPETÊNCIA CULTURAL 
 
Visão reorientada – centrada na pessoa e não no sintoma (visão 
biopsicossocial) 
 
Portarias: 
648 – 2006 
2488 – 2011 
 
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
2006 – foram estabelecidas algumas áreas estratégicas: 
ÁREAS ESTRATÉGICAS =BK, hanseníase, HAS, DM, saúde 
bucal, criança, mulher, idoso, desnutrição ... 
 
NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) 
NASF 1: 3 a 9 EFS, com mínimo de 5 profissionais e 200h/sem 
 
NASF 2: 3 a 4 ESF, com mínimo de 3 profissionais e 120h/sem 
 
NASF 3: 1 a 2 EFS, com mínimo de 2 profissionais e 80h/sem 
 
Obs.: quando houve o predomínio do modelo Bismarckiano 
no Brasil? 
Antes do SUS 
Depois do SUS  Beveridgiano 
 
FINANCIAMENTO DO SUS 
Seguridade Social  financia Saúde e Previdência 
COFINS, CSLL ..., CPMF 
A principal fonte da Seguridade Social = desconto compulsório 
sobre a folha de salário do trabalhadores 
** Desconto da folha de salários não entra na Saúde 
“O financiamento do SUS é uma responsabilidade comum da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” 
EC no. 29 (2000)  LEI 141 (2012)  EC 86 (2015) 
UNIÃO: $ do Ano Anterior + Correção do IPCA./ 
ESTADOS: 12%/ MUNICÍPIOS: 15% 
 
Curiosidade do financiamento: 2 blocos de R$: Custeio das 
Ações e Serviços Públicos e Investimento na Rede de Serviços 
Públicos. Antes eram 6: 
I. Atenção básica: PAB fixo e variável 
II. Atenção média/ alta: SAMU, UPA, Tx, diálise 
III. Vigilância da saúde: epidemiologia ambiental/ sanitária 
IV. Ações farmacêuticas 
V. Gestão do SUS 
VI. Investimentos em saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁREA RESERVADA 
PARA ANOTAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA 
OS INDICADORES DE SAÚDE 
 
AVALIAR O RISCO: COEFICIENTE (TAXA)! 
 
 
Número de óbitos em ≥50 anos 
População ≥ 50 anos 
 
AVALIAR A PROPORÇÃO: ÍNDICE! 
 
 
Número de óbitos em ≥ 50 anos 
Número total de óbitos 
 
COEFICIENTES ... 
1) MORBIDADE: risco da população adoecer 
2) MORTALIDADE: risco da população morrer 
3) LETALIDADE: risco do doente morrerCOEFICIENTE DE MORBIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 (Coeficiente de ataque) 
Em um tempo e lugar ... 
 
PREVALÊNCIA ... 
O que pode aumentar O que pode diminuir 
Incidência 
Imigração (de casos) 
Drogas que  sobrevida 
sem curar 
Morte 
Cura 
Emigração 
 
Quem é maior – a prevalência ou a incidência? 
Depende ... 
Na relação entre esses indicadores existe uma variável 
importante = DURAÇÃO 
 
 
 
Qual o melhor parâmetro para avaliar ... 
Doença AGUDA (ex.: dengue) = INCIDÊNCIA 
Doença CRÔNICA (ex.: hanseníase) = PREVALÊNCIA 
A introdução de um novo medicamento para o tratamento de 
diabetes, que melhore o nível glicêmico, diminuindo 
complicações, produz qual efeito? 
a) Aumento da incidência 
b) Aumento da prevalência 
c) Diminui incidência 
d) Diminui a prevalência 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE 
O RISCO DE MORRER ... 
 
COEFICIENTE DE 
MORTALIDADE GERAL 
Número de óbitos 
População 
Em um tempo e lugar.. 
COEFICIENTE DE 
MORTALIDADE MATERNA 
No. óbitos por causas maternas 
No. de nascidos vivos 
COEFICIENTE DE 
MORTALIDADE INFANTIL 
No. de óbitos <1ano 
No. de nascidos vivos 
 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL 
 
 
 
 
 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL = não compara regiões 
– pois diferentes localidades têm diferentes composições 
etárias 
 
MORTALIDADE MATERNA 
 
 
 
 
 
 Gravidez/ parto/ puerpério (6 semanas pós-parto) 
 
MORTE MATERNA DIRETA = não existia doença prévia 
relacionada a essa causa de morte – foi a própria gravidez, 
parto ou puerpério que acabaram levando ao óbito 
MORTE MATERNA INDIRETA = mulher tinha doença prévia, a 
qual foi piorada pela gravidez, parto ou puerpério levando a 
morte (ex.: estenose mitral) 
 
CAUSAS: HIPERTENSÃO, HEMORRAGIA, INFECÇÃO 
Obs.: mortes “violentas” = serão consideradas como causas 
externas – exceto uma: aborto provocado (quem emite nesse 
caso o atestado de óbito: IML, porém a contabilização será 
como morte de causa materna) 
 
MORTALIDADE INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
**EXCELENTE INDICADOR DA QUALIDADE DE VIDA 
 
PERINATAL 
?/ Parto e RN/ 
mais alta no Brasil 
Natimortos (>22sem)+<7 dias 
No. de nascidos (vivos + mortos) 
NATIMORTOS 
Avalia o obstetra 
Natimortos (>22sem) 
No. de nascidos (vivos+mortos) 
NEONATAL 
(precoce e 
tardia) 
Avalia o pediatra 
 
Número de óbitos<28 dias 
Número de nascidos vivos 
PÓS-NEONATAL 
(Infantil tardia) 
Avalia MEIO 
AMBIENTE 
 
No. de óbitos 28dias até 1 ano 
Número de nascidos vivos 
 
 
 
 
NUMERADOR ≠ DENOMINADOR 
NUMERADOR = DENOMINADOR 
Número de casos 
População 
Número de casos novos 
População 
PREVALÊNCIA INCIDÊNCIA 
PREVALÊNCIA = INCIDÊNCIA x DURAÇÃO 
EXPOSTA 
No. óbitos por causas maternas 
No. de nascidos vivos 
 
Notificação compulsória 
No. óbitos em <1 ano 
No. de nascidos vivos 
 
Notificação compulsória 
No. óbitos em tempo Y e região X 
População em tempo Y e região X 
 
Segundo CID10, as 4 principais causas de óbito em <1 ano no 
Brasil em 2011 foram: 
1) Algumas afecções congênitas = neonatal 
2) Malformações congênitas = neonatal 
3) Doenças do aparelho respiratório = pós-neonatal 
4) Doenças infecciosas e parasitárias = pós-neonatal 
 
Mais fácil de ser reduzido: PÓS-NEONATAL 
Mais difícil de ser reduzido: NEONATAL 
 
LETALIDADE 
AVALIA A GRAVIDADE 
 
Em um tempo e lugar 
Sobre o HIV: como a letalidade é avaliada em um tempo (ano..), 
nem todos os doentes neste período morreram. 
 
MORTALIDADE PROPORCIONAL 
 
 
 
 
 
ÍNDICE DE SWAROOP-UEMURA 
“Razão de mortalidade proporcional” 
 
 
 
 
 
EXCELENTE INDICADOR DO NÍVEL DE VIDA 
 
1º. NÍVEL ≥75 DESENVOLVIDOS 
2º. NÍVEL 50-74 
3º. NÍVEL 26-49 
4º. NÍVEL <25 SUBDESENVOLVIDOS 
 
Brasil  76% 
 
 
CURVAS DE NELSON MORAES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipo I – MUITO BAIXO N 
 
 
 
 
 
TIPO II - BAIXO L 
 TIPO III – REGULAR 
 
 
 
 
U 
 
 
TIPO IV – ELEVADO 
 
 
 
J 
MORTALIDADE POR CAUSAS 
No BRASIL: 
1) Doenças do aparelho circulatório 
2) Neoplasias 
3) Causas externas 
4) Doenças do aparelho respiratório 
 
Pensando somente nos homens: (2) causas externas (3) 
neoplasias. Pensando somente nas mulheres, as causas 
externas ocupam o 4º. Ou 5º. Lugar. 
 
Causas externas: (1) Agressão / homicídio 
Obs.: pensando somente nas mulheres: acidentes de transporte 
Do 1-40 anos: (1) causas externas – de 1-15 anos: acidentes de 
transporte/ de 15-40 anos: agressão e homicício. 
......................................................................................................... 
Obs.: Padronização: 
 Coeficiente de mortalidade geral: por 1000 
 Coeficiente de mortalidade infantil: por 1000 
 Coeficiente de mortalidade materna: por 100.000 
...................................................................................................................................... 
 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
Principais determinantes: 
1) Queda da fecundidade -- PRINCIPAL -- 
 
 
 
 
2) Queda de mortalidade geral 
3) Aumento da esperança de vida 
4) Aumento do índice de envelhecimento 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO: 
Estreitamento da base e alargamento do ápice 
 
 
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 
 Diminuição das doenças transmissíveis 
 Aumento das doenças crônico-degenerativas 
 Aumento das causas externas 
 
TRIPLA CARGA DE DOENÇAS 
 
CURIOSIDADES 
As doenças de notificação compulsória com maior 
incidência são: 
(1) dengue/ (2) malária/ (3) tuberculose 
As principais neoplasias malignas (não pele) são): 
Homem: 1= próstata/ 2 = pulmão 
Mulher: 1= mama/ 2 = colo de útero 
As principais causas de internação pelo SUS são? 
1- Gravidez, parto e puerpério 
2- Doenças respiratórias 
3- Doenças circulatórias 
As principais causas de internação por causas externas no 
SUS são? 
1- Quedas 
2- Acidente de transporte 
 
Sistemas de informação 
SIM SI de Mortalidade 
SINAN SI Nacional dos Agravos de Notificação 
SIAB SI da Atenção Básica 
SIH SI Hospitalar 
 
 
No. óbitos 
No. de doentes 
 
No. óbitos por IDADE/ CAUSAS 
No. total de óbitos 
 
No. óbitos ≥50 anos 
No. total de óbitos 
 
ISU: quanto mais alto, melhor 
No. óbitos por idade 
No. total de óbitos 
 
Infantis: <1ª 
Pré-escolares: 1-4 a 
Escolares/ Adolescentes: 5 – 19ª 
Adultos jovens: 20-49ª 
Adultos meia idade – idosos: ≥50ª 
No. de nascidos vivos 
No. de mulheres em idade fértil 
 
Idosos (≥60 a) 
Jovens (≤15 anos) 
 
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 
Descritivos: apenas relata – ex.: relato de caso, série de 
casos 
Analíticos: provam uma relação de causa e efeito (ex.: 
transversal, coorte, ..) 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
1) INVESTIGADOS: 
a. População: todos os indivíduos foram vistos como 
um único “bloco” = estudo agregado ou 
populacional 
b. Indivíduos: avalia de forma individualizada cada 
participante do estudo = individuado 
2) INVESTIGADOR 
a. Observação 
b. Intervenção = ensaio 
3) TEMPO 
a. Transversal = seccional/ prevalência 
b. Longitudinal 
 
INVESTIGADOS INVESTIGADOR TEMPO NOME DO ESTUDO 
Agregado Observação 
 
 
 
Intervenção 
Transversal 
 
Longitudinal 
 
Longitudinal 
Ecológico 
 
Série temporal 
 
Ensaio 
comunitário 
Indivíduo Observação 
 
 
 
 
Intervenção 
Transversal 
 
Longitudinal 
 
 
Longitudinal 
Inquérito 
 
Coorte 
Caso controle 
 
Ensaio clínico 
 
ECOLÓGICO 
AGREGADO OBSERVAÇÃO TRANSVERSAL 
 É um estudo fácil, barato e rápido. 
 Geralmente utiliza dados secundários (dados que já 
existem) 
 Erro ecológico (falácia ecológica): pode induzir erro 
 
COORTE 
INDIVIDUADO OBSERVAÇÃO LONGITUDINAL 
O ideal é que sejam trabalhados com dois grupos – com 
fator de risco x sem fator de risco  avaliar quais ficam 
doentes ao longo do tempo 
 
Fator de risco Doentes 
 Não doentes 
 
Sem fator de risco Doentes 
 Não doentes 
 Confirma suspeitas 
 Caro, longo e vulnerável a perdas 
 Não é um estudo bom para avaliar doenças longas ou 
raras. 
 
Sempre parte do fator de risco e caminha em direção à 
doença. 
FATOR DE RISCO >> DOENÇA 
Pode analisar várias doenças ... 
O fator de risco pode ser raro 
Obs.: Coorte histórica: a seleçãodos grupos e os 
resultados aconteceram no passado. 
 
CASO CONTROLE 
INDIVIDUADO OBSERVAÇÃO LONGITUDINAL 
RETROSPECTIVO 
 
Fator de risco Doentes (casos) 
Sem fator de risco 
 
Fator de risco Não doentes (controles) 
Sem fator de risco 
 
 Estudo rápido e barato. 
 É um estudo bom para doenças raras e longas. 
 Mais vulnerável a erros do que coorte (ex.: viés de 
memória – o doente pode se lembrar mais dos 
fatores de risco) 
 
Pode estudar vários fatores de risco, pois a doença é 
analisada no presente, buscando fatores de risco no 
passado. A doença pode ser rara, o fator de risco não! 
 
Ensaio clínico > Coorte > Ensaio clínico > Ecológico 
 
ENSAIO CLÍNICO 
INDIVIDUADO INTERVENÇÃO LONGITUDINAL 
Testes em animais 
  
1) Segurança da droga em humanos 
2) Farmacocinética (qual a dose correta para o efeito 
desejado) 
3) Estudos comparativos (com a placebo e com o 
tratamento convencional) 
4) Vigilância pós-comercialização (efeitos colaterais 
mais raros ou a longo prazo) 
 
Substância Efeito presente 
 Efeito ausente 
 
Placebo/ Convencional Efeito presente 
 Efeito ausente 
 
 Consegue controlar os fatores 
 É Melhor para testar os medicamentos 
 É um estudo complexo, caro e longo. Vulnerável a 
perdas durante o estudo. 
 
EFEITO HAWTHORNE / PLACEBO = efeito 
comportamental 
 
 CONTROLADO (grupo controle) = evita erro de 
intervenção 
 RANDOMIZADO (sorteio) = evita o erro de seleção/ 
confusão 
 MASCARADO (cegamento) = evita o erro de 
aferição. 
*aberto, simples-cego, duplo-cego,.. 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
Obs.: 
 Eficácia da droga = situação ideal  validade 
interna. 
 Efetividade da droga = situação real  validade 
interna e externa. 
 
 
 
ANÁLISE/ INTERPRETAÇÃO DOS ESTUDOS 
1) Frequência – medir a doença ... 
 PREVALÊNCIA – transversal 
 INCIDÊNCIA – coorte/ ensaio 
2) Associação – fator x doença 
3) Estatística – posso confiar na associação encontrada? 
 
ASSOCIAÇÃO 
Cada estudo tem sua maneira de tentar associar o fator à 
doença. Todos os estudos podem ser resumidos em uma 
tabela com doentes, não doentes, expostos e não 
expostos. 
 
COORTE 
Exemplo: 
CIGARRO Câncer de 
pulmão 
Sem câncer 
de pulmão 
Total 
Fumante 80 20 100 
Não 15 85 100 
Total 95 105 200 
 
RISCO RELATIVO (RR) = IE = 80% >> RR = 5,33 
 INE 15% 
 
RISCO ATRIBUÍVEL AO FATOR (RAf) = IE – INE 
RAf = 80% - 15% >> Raf = 65% 
 
RISCO ATRIBUÍVEL À POPULAÇÃO (RAP%) = IPop – INE 
(ou FRAÇÃO ATRIBUÍVEL Á POPULAÇÃO) IPop 
 
RAP% = 42,5%(85/200) - 15% >> RAP% = 65% 
 42,5%(85/200) 
Interpretação: o cigarro causou 65% dos casos de câncer 
nessa população => tirando o cigarro, reduzimos em 65% o 
risco de câncer nessa população .. 
 
RISCO RELATIVO (RR) IE 
INE 
RISCO ATRIBUÍVEL AO FATOR (RAf) IE - INE 
RISCO ATRIBUÍVEL À POPULAÇÃO (RAP%) IPop – INE 
IPop 
 
CASO CONTROLE 
Exemplo: 
Jateamento 
de areia 
Pneumoconiose Sem 
pneumoconiose 
Total 
Expostos 100 (a) 300 (b) 400 
Não 
expostos 
20 (c) 480 (d) 500 
Total 120 780 900 
 
ODDS RATIO (OR): ad = 100 x 480 >> OR = 8 
 bc 300 x 20 
*É uma chance de acontecimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENSAIO CLÍNICO 
Exemplo: 
Grupo Doença SIM Doença NÃO Total 
Nova droga 15 85 100 
Controle 20 80 100 
 
RISCO RELATIVO (RR) = IE = 15% >> RR = 0,75 
 IC 20% 
REDUÇÃO DO RR (RRR) = 1 – RR >> 1 – 0,75 – 25% 
REDUÇÃO ABSOLUTA DO RISCO (RAr) = IC – IE 
>> 20%-15% >> RAR = 5% 
*Maior (-) Menor 
 
NÚMERO NECESSÁRIO AO TRATAMENTO (NNT) = 1 
 RAR 
NNT = 1/5% >> NNT = 20 
 
Eficiência da droga = relação custo x benefício 
 
ESTUDO x ANÁLISE 
Estudo Frequência Associação 
Transversal Prevalência Razão de 
prevalências 
Caso-controle -- Odds ratio 
Coorte Incidência Risco relativo 
Raf/ RAP% 
Ensaio Incidência RR/ RRR 
RAR/ NNT 
 
INTERPRETAÇÃO 
RR, OR ou RP = 1 SEM ASSOCIAÇÃO 
RR, OR ou RP > 1 FATOR DE RISCO 
RR, OR ou RP < 1 FATOR DE PROTEÇÃO 
 
ESTATÍSTICA 
Posso confiar na associação encontrada? 
(Prova de veracidade) 
Ao fazer um estudo podemos errar de duas maneiras: 
sistemática (viés) ou aleatória (ao acaso) 
ERRO SISTEMÁTICO (VIÉS) ERRO ALEATÓRIO (ACASO) 
Seleção 
Aferição (informação) 
Confundimento 
 
 
 
p< 0,05 (5%) 
IC95% 
Erro aleatório: das 100 vezes em que o estudo for 
repetido, é necessária encontrar a mesma associação em 
95% (o erro não pode ser maior do que 5 chances em 
100). Se o acaso contribuir com mais de 5% = o estudo 
não foi estatisticamente significativo – não confiar. 
IC – intervalo de confiança = é utilizado muito mais do 
que o p. 
Obs.: não é necessário que em mais de 95% das vezes 
precisamos encontrar o mesmo valor – o que precisamos 
encontrar é a mesma associação (fator de risco < 1; fator 
protetor <1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÁLIDO/ ACURADO 
PRECISO/ 
CONFIÀVEL 
RR versus INTERVALO DE CONFIANÇA 
Exemplo: 
RR = 5/ IC 95% (2,3 – 7,9) 
IC95% = 2,3 a 7,9 significa que, embora o RR tenha sido 
de 5 (MEU ESTUDO!!), ao repetir 100x, em 95 das vezes, 
o RR esteve entre 2,3 e 7,9 – RR verdadeiro !! 
 
3 estudos de coorte: 
Estudo 1 : RR=3 (IC95% = 2,3-4,2) 
Estudo 2: RR= 5 (IC95% = 0,8-8,6) 
Estudo 3: RR= 6 (IC95%= 3,4-9,9) 
Estudo A: RR=6 (IC95% = 4,3-9,9) 
 
A) Em qual estudo eu não confio? Estudo 2 (0,8  
demonstrou ser fator protetor. 8,6  demonstrou 
ser fator de risco) 
B) Qual estudo foi mais preciso? Estudo 1 (IC mais 
estreito) 
C) Qual estudo trabalhou com mais gente? Estudo 1 
(Muita gente  por mais que uma pessoa responda 
diferente, isso não terá muita diferença em relação à 
média  IC estreito) 
D) Houve diferença estatística entre o 1 e o 3? Para 
dizer que teve diferença = sempre melhor  
algumas pessoas da droga 1 tiveram uma maior 
sobrevida do que as pessoas da droga 3  
sobreposição dos intervalos de confiança  não teve 
diferença 
E) Houve diferença estatística entre o 1 e o A? Sim 
(os intervalos de confiança não se sobrepõe – a 
droga X sempre foi melhor) 
 
REVISÃO SISTEMÁTICA 
Unidade de análise = ensaio, coorte 
METANÁLISE = método estatístico para integrar o 
resultado dos estudos ... 
 
Problemas: 
 Viés de publicação: tendência para publicar, estudos 
com resultados positivos. 
 Divergência entre os vários estudos. 
 
Vantagens: 
 Capacidade de síntese de informação. 
 Baratos/Rápidos e “fáceis” de executar. 
 
TESTES DIAGNÓSTICOS 
 
Teste Com doença Sem doença Total 
Positivo A B A + B 
Negativo C D C + D 
Total A + C B + D A+B+C+D 
A Verdadeiro positivo 
B Falso positivo 
C Falso negativo 
D Verdadeiro negativo 
 
Em quais situações: 
 Teste acertou? A e D 
 Teste errou? B e C 
 
 
 
 
ACURÁCIA = proporção de acertos do teste 
A + D 
A+ B + C + D 
 
SENSIBILIDADE x ESPECIFICIDADE 
SENSIBILIDADE Detectar VERDADEIRO POSITIVO 
nos pacientes doentes. 
A VP 
 A + C VP + FN 
ESPECIFICIDADE Detectar VERDADEIRO NEGATIVO 
nos pacientes não doentes. 
D VN 
 B + D FP + VN 
 
ALTA 
SENSIBILIDADE – 
QUANDO? 
Evitar FALSO NEGATIVO ... 
Ex.: doadores de sangue/ doença 
letal 
ALTA 
ESPECIFICIDADE – 
QUANDO? 
Evitar FALSO POSITIVO ... 
Ex.: situações em que o positivo gera 
traumatismos: psicológico/ 
iatrogênico 
 
TESTES DIAGNÓSTICOS 
Sensibilidade – capacidade de detectar os DOENTES 
Especificidade – capacidade de detectar os NÃO DOENTES 
Nos testes com ALTA SENSIBILIDADE, tem-se menos falso-
negativo. E se der resultado negativo? Posso excluir a doença. 
Testes com ALTA SENSIBILIDADE são usados para realizar 
exames de TRIAGEM. 
Nos testes com ALTA ESPECIFICIDADE, tem-se menos falso-
positivo. E se der resultadopositivo? Posso fechar o meu 
diagnóstico. Testes com ALTA ESPECIFICIDADE servem para 
CONFIRMARMOS o diagnóstico. 
 
VALOR 
PREDITIVO 
POSITIVO (VPP) 
Acertos nos resultados positivos 
A 
A+B 
VALOR 
PREDITIVO 
NEGATIVO (VPN) 
Acertos nos resultados negativos 
D 
C+D 
 
Exemplo: Teste: 
Sensibilidade = 90% 
Especificidade = 90% 
Cidade A Cidade B 
10 mil habitantes 
Prevalência = 80% 
10 mil habitantes 
Prevalência = 8% 
 
CIDADE A 
TESTE COM DOENÇA SEM DOENÇA TOTAL 
POSITIVO 7.200 200 7.400 
NEGATIVO 800 1.800 2.600 
TOTAL 8.000 2.000 10.000 
VALOR PREDITIVO POSITIVO (VPP): 
7.200/ 7.400 = 0,97 = 97% 
VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VPN): 
1.800/2.600 = 0,69 = 69% 
 
CIDADE B 
TESTE COM DOENÇA SEM DOENÇA TOTAL 
POSITIVO 720 920 1.640 
NEGATIVO 80 8.280 8.360 
TOTAL 800 9.200 10.000 
VALOR PREDITIVO POSITIVO (VPP): 
720/1.640 = 0,43 = 43% 
 
VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VPN): 
8.280/8.360 = 0,99 = 99% 
 
 A SENSIBILIDADE e a ESPECIFICIDADE são 
características do teste – ELAS NÃO VARIAM !! 
 O VALOR PREDITIVO varia com a prevalência: 
o Quanto maior a prevalência: 
 ↑VP positivo 
 ↓Menor o VP negativo 
o Quanto menor a prevalência: 
 ↓VP positivo 
 ↑VP negativo 
 
TESTE COM 
DOENÇA 
SEM 
DOENÇA 
TOTAL 
POSITIVO 
NEGATIVO 
TOTAL 
 
TESTE COM 
DOENÇA 
SEM 
DOENÇA 
TOTAL 
POSITIVO 
NEGATIVO 
TOTAL 
 
Quando aumentamos 
a sensibilidade de um 
teste 
 O valor preditivo negativo 
aumentará 
 Teremos mais falso-positivos 
Quando aumentamos 
a especificidade de um 
teste 
 O valor preditivo positivo 
aumentará 
 Teremos mais falso-negativos 
 
Obs.: 
1 – ESPECIFICIDADE = taxa de falso-positivos 
 
SENSIBILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 100% ESPECIFICIDADE 0% 
 
 
1 – ESPECIFICIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre a utilização de TESTES DIAGNÓSTICOS MÚLTIPLOS: 
TESTES EM SÉRIE Aumentam a especificidade 
da estratégia 
TESTES EM PARALELO Aumentam a sensibilidade 
da estratégia 
 
SENSIBILIDADE Coluna 1 
ESPECIFICIDADE Coluna 2 
VALOR PREDITIVO 
POSITIVO 
Linha 1 
VALOR PREDITIVO 
NEGATIVO 
Linha 2 
ENSAIO RR Relação dos riscos 
RRR faz de cabeça ... 
RAr Maior – Menor 
NNT Número contrário ao tratamento 
CASO CONTROLE OR (Peixe) 
Antes da doença/ Busca condições 
COORTE RAP% Ipop-INE/IPop 
Raf = IE - INE 
 
DECLARAÇÃO DE ÓBITO 
Paciente, 70ª, foi internado para correção cirúrgica de 
fratura de bacia após queda há 9 dias. Oito dias após 
desenvolveu dor e edema em panturrilha esquerda, 
seguida de dispneia súbita com instabilidade 
hemodinâmica vindo a falecer de insuficiência 
respiratória um dia após o quadro. 
 
PARTE I 
a. Tromboembolismo pulmonar 1 dia 
b. Cirurgia ortopedia 9 dias 
c. Fratura de bacia 9 dias 
d. Queda  CAUSA BÁSICA 9 dias 
Obs.: Devemos evitar termos vagos (ex.: falência de 
múltiplos órgãos). 
 
A partir da causa básica, iremos saber quem preenche a 
declaração – o primeiro raciocínio é saber se a morte foi 
natural ou violenta  todas as mortes por causas 
externas (morte violenta) que deve preencher o 
atestado de óbito é o médico legista do IML. 
------------------------------------------------------------------------- 
Dr. Marcos é o único médico em um raio de 200km. É 
chamado para atender um paciente em PCR, após as 
medidas de reanimação, sem sucesso, ele constata o 
óbito. 
 Verificar se a causa é natural ou violenta: 
o Morte violenta  IML 
o Morte natural  ele preenche 
 Se houver evidencias de morte suspeita, qual deve 
ser a conduta visto que na localidade não há IML: 
Comunicar à autoridade competente. 
Ele será declarado perito. 
 
Obs.: são 3 vias de declaração de óbito (branca, amarela 
e rosa; a banca vai para a Secretaria de Saúde – para que 
seja registrada no SIM, a amarela fica com o familiar e a 
rosa fica na instituição na qual o paciente faleceu). 
------------------------------------------------------------------------ 
 
 
 
 
 
 
 
S E 
VALOR PREDITIVO POSITIVO 
VALOR PREDITIVO NEGATIVO 
Paciente, 90 anos, acompanhado pelo Dr. Marcos, em 
uso de 8 medicamentos diários, apresenta mal súbito em 
casa e é levado as pressas por uma ambulância sem 
médico até a UBS que Dr. Marcos atende. Não resiste e 
vem a falecer durante o trajeto. Não havia sinais de 
violência. 
 Morte natural ou violenta? 
 Alguém prestou assistência no momento do óbito? 
 Alguém prestava assistência? 
Nesse caso, que preencheria o atestado, seria o Dr. 
Marcos que o acompanhava na UBS 
------------------------------------------------------------------------- 
Paciente, 50 anos, trabalhador rural, recebeu diagnóstico 
de Cãncer de Esôfago há 5 meses e desde então vem 
apresentando disfagia progressiva e perda de peso 
Impossibilitado de comparecer à UBS, vinha recebendo 
atendimento domiciliar pelo Dr. Marcos 3 semanas após 
a ultima visita, a família comunica que o paciente 
apresentou insuficiência respiratória e veio a falecer. 
Quem preenche o atestado: 
Médico da UBS 
------------------------------------------------------------------------ 
Caso o médico da UBS, nesse caso, por exemplo, não 
esteja presente, quem deve preencher o atestado: 
Responsável + duas testemunhas registram em cartório. 
 
Quando não emitir a declaração de óbito: 
 Óbito fetal com gestação de 18 semanas (<20sem - 
aborto) 
 Peças anatômicas amputadas – pode-se emitir um 
relatório (em papel timbrado do hospital) do que 
ocorreu, caso o paciente queira, p. ex. fazer o 
sepultamento do membro 
 Óbito fetal com estatura de 20 cm (<25 sem – não 
preenche) 
 Óbito fetal com peso de 450g (<500g – aborto) 
 
Declaração x Certidão 
A declaração preenchida pelo médico não é o documento 
definitivo. A via amarela que fica com familiar, é levada 
até o cartório para que seja registrado o óbito. O cartório 
emite a certidão de óbito – que é o documento definitivo, 
com isso é possível sepultar/ cremar o corpo. Se a família 
definir o desejo de cremar, é necessário que 2 médicos 
assinem (em caso de sepultamento, apenas 1). 
 
Morte natural 
 Com assistência médica (PSF, particular, 
ambulância, plantonista) – médico preenche 
 Sem assistência médica – se ninguém prestava -> 
SVO (caso não tenha SVO -> o médico do serviço 
público mais próximo ou qualquer médico da 
localidade realizará o preenchimento -> caso não 
haja médico: 2 testemunhas + responsável em 
cartório). 
 
Com assistência médica 
MÉDICO PREENCHE 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Sem assistência médica 
Se ninguém prestava 
SVO 
Sem SVO: médico público ou qualquer médico 
Sem médico: 2 testemunhas + responsável (cartório) 
 
Não se pode cobrar para o atestado de óbito. Pode-se 
cobrar pela consulta para averiguar se realmente o 
paciente faleceu? Sim – não há valor limite. 
 
Morte suspeita/ violenta 
 IML 
 Sem IML: médico “perito” eventual. 
 
ACIDENTES DE TRABALHO 
Lesão, doença ou morte ... redução temporária ou 
permanente 
 Trabalho formal ou informal 
 Típicos / Trajeto 
 ADEQUAR O TRABALHO AO TRABALHADOR 
 LEMBRAR DE NOTIFICAR: 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (formal e informal) 
+ 
CAT – COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO 
(somente para formais – benefício previdenciário) 
1º. Dia útil após o acidente 
ACIDENTE FATAL: notificação e investigação IMEDIATA 
 
Doenças degenerativas, endêmicas* e que não 
incapacitem NÃO serão consideradas acidentes 
 
(*) caso a pessoa só tenha sido exposta a uma condição 
de maior risco para a doença devido ao trabalho – nesse 
caso, houve uma relação com o trabalho e poderá ser 
considerado como acidente de trabalho. 
 
Se o trabalhador é informal , ele entra nas estatísticas do 
MS? Sim! Ele também será considerado como acidente de 
trabalho. 
 
Devemos adequar o trabalho ao trabalhador ou o 
contrário? Devemos adequar o trabalho à capacidade 
que aquela pessoa tem de exercer! 
 
Qualquer médico pode preencher os dados médicos da 
CAT e ela é exclusivade trabalhadores formais 
 
CLASSIFICAÇÃO DE SCHILLING 
I O trabalho é a causa necessária. 
Ex.: pneumoconioses, benzenismo,.. 
II O trabalho é um fator de risco. 
Ex.: HAS, câncer, doenças locomotoras,.. 
III O trabalho é um agravante. 
Ex.: asma, transtornos mentais 
 
ESGOTAMENTO PROFISSIONAL (BURN-OUT) 
 Mulher, idade de cerca de 45 anos 
 Maior em profissões que lidam com pessoas 
 Schilling II 
 Tríade: Exaustão Emocional/ Despersonalização/ 
Diminuição do Envolvimento. 
 Causa Fadiga crônica e Alterações de sono. 
 Consumo de DROGAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS E 
GASES TÓXICOS 
 
CHUMBO (saturnismo): tintas/ baterias de carro 
Clínica: dor abdominal intensa, gota (chumbo: aumenta 
reabsorção de Na+, água – e, juntamente com o Na+, é 
reabsorvido também o urato), HAS, linha gengival (linhas 
de Burton), anemia. 
 
BENZENO (benzenismo): petróleo/ siderurgia 
Via de lesão: inalatória (gás toxico) 
É mielotóxico 
Investigação: história ocupacional + HMG (já em fase 
inicial mostra alteração plaquetária) 
 
CROMO: galvanoplastia/ curtumes (couro) 
Lesão irritativa (perfuração de septo nasal)/ câncer de 
pulmão 
 
CÁDMIO: enfraquece os ossos = osteoporose (fraturas) 
É encontrado em alguns solos contaminados 
 
MERCÚRIO (hidrargirismo): Cl-soda /lâmpadas 
fuorescente 
Clínica: rim (síndrome nefrótica) e alterações 
neurológicas 
 
ARSÊNICO: queimadura (às vezes com necrose de 
extremidades). 
 
PREVENÇÃO DE DOENÇAS 
História natural das doenças 
Interação entre: agente/ suscetível e meio ambiente 
2 períodos 
PRÉ-PATOGÊNICO Não houve ainda a interação 
São fatores (ambientais, sociais, 
genéticos) que podem propiciar essa 
interação 
PATOGÊNICO Interação estímulo-suscetível – ex.: 
elevação colesterol 
Alterações bioquímicas, fisiológias, 
histológicas -> período de 
incubação 
Manifestação de sinais e sintomas 
Defeitos permanentes/ 
cronicidade 
 
 
 
 
PREVENÇÃO 
 Pré-patogênico: prevenção primária 
 Período patogênico: prevenção secundária 
 Desenlace: prevenção terciária 
PRÉ-PATOGÊNICO – PRIMÁRIA 
Promoção à saúde (primordial), moradia, alimentação, 
higiene / proteção específica (ex.: uso de capacetes – 
prevenção de acidentes)/ vacina, controle de vetores 
PATOGÊNICO – SECUNDÁRIA 
Diagnóstico e tratamento precoce  exames periódicos, 
inquéritos, isolamento de casos 
Limitação da invalidez  evitar sequelas 
DESENLACE – TERCIÁRIA 
Reabilitação, fisioterapia 
EVITAR A IATROGENIA - QUATERNÁRIA 
 
VIGILÂNCIA DA SAÚDE 
CONTROLAR DOENÇAS .... 
Coletar dados para ações de prevenção e controle 
 NOTIFICAÇÃO 
 
NOTIFICAÇÃO: comunicar um agravo à autoridade de 
saúde 
Quem? Qualquer cidadão !! NA SUSPEITA .. 
Como? Normal (semanal)/ Imediata (em até 24 horas) 
O que? Agravos Nacionais (e Internacionais)/ Agravos 
Estaduais e Municipais/ Agravos desconhecidos. 
 
CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO: 
 Magnitude – frequência/ importância 
 Disseminação – fonte de infecção 
 Transcendência – consequência/ gravidade 
 Vulnerabilidade – é controlável? 
 Influenza (H5N1), Varíola, Poliomielite e SARS 
(coronavírus). 
 Eventos inusitados – epidemia/ condição nova .. 
 
A notificação compulsória de doenças enviada as 
autoridades sanitárias é valida nas seguintes condições: 
 A partir da simples suspeita diagnóstica, por 
qualquer cidadão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENLACE 
 
´NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: 
Vacinas (Ministério da Saúde) 
 Tuberculose 
 Hepatites virais 
 Difteria 
 Tétano 
 Coqueluche 
 Hemófilo “invasivo” 
 Rotavírus* (diarreia aguda/SHU) 
 Doença pneumocócica “invasiva”* 
 Síndrome gripal* 
(*) apenas em unidades de saúde sentinelas 
 Doença meningocócica 
 Febre amarela 
 Sarampo 
 Rubéola 
 Varicela (se grave ou óbito) 
 Evento adverso grave pós-vacinal 
Síndromes febris 
 Dengue 
 Chikungunya 
 Zika vírus 
 Malária 
 Leptospirose 
 Hantavirose 
 Febre tifoide 
 Febre maculosa/ Riquetisioses 
 Febre do Nilo Ocidental/ Arboviroses 
 Febre hemorrágica E-Reemergentes 
(Febre purpúrica brasileira, Arenavírus, Lassa, 
Ebola, Marburg) 
Doenças Endêmicas 
 Doença de Chagas (apenas casos agudos) 
 Hanseníase 
 Esquistossomose 
 Leishmaniose 
 Acidente de trabalho (biológico/ grave/ doenças*) 
 Óbito materno e infantil 
(*) Doenças do trabalho: somente em unidades de saúde 
sentinelas 
ABTV 
 Antraz 
 Botulismo 
 Tularemia 
 Violência 
Meio Externo 
 Agrotóxicos / Metais pesados / Gases tóxicos 
Outras doenças 
 Varíola 
 Influenza 
 Poliomielite/ paralisia flácida aguda 
 SARS (coronavírus) 
 Doença de Creutzfeldt-Jacob 
 Peste 
 Peçonhentos (cobra, aranha,..) 
 Raiva/acidente com animal 
 Toxoplasmose (congênita/ gestante) 
 Sífilis 
 SIDA/HIV 
 Síndrome do corrimento uretral masculino* 
 Síndrome neurológica pós ”febre”* 
 Cólera 
(*) Apenas em unidades de saúde sentinelas 
Risco à saúde pública 
 
Questões: 
1. Há 4 doenças provocadas pro protozoários, mas só a 
forma aguda de uma dessas é de notificação: Chagas 
 
2. Das doenças abaixo, aquela que não é de notificação 
compulsória: 
a) Intoxicação por agrotóxicos 
b) Criptosporiodise 
c) HIV 
d) Febre tifoide 
 
3. São de notificação: 
a) AIDS, febre reumática, hantavirose, hepatite A e B 
b) Doença de chagas, caxumba, hepatites A e B, malária 
c) Cólera, febre amarela, dengue, hantavirose 
d) Febre maculosa, hepatites A,B e C, poliomielite, 
gonorreia 
e) Varíola, escarlatina, difteria, pediculose, meningite 
 
4. Não faz parte: 
a) Febre tifoide e brucelose 
b) Hepatites virais e hidatidose 
c) Peste e mucormicose 
d) Leishmaniose tegumentar americana e criptococose 
e) Difteria e leptospirose 
 
 
 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA: 
 Varíola, Influenza, Polio/paralisia flácida aguda, 
SARS). 
 Raiva/Acidente por animal transmissor da raiva 
 Eventos de risco à saúde pública 
 Doença de Chagas aguda 
 Cólera, Peste e Febre Amarela 
 Acidente de trabalho grave ou por animais 
peçonhentos 
 Antraz, botulismo, tularemia e violência (sexual e 
suicídio) 
 Vacinas com exceção de BK e hepatites virais 
 Síndrome febris – todas (obs.: dengue, chikungunya e 
zika: óbito ou zika em gestante/ malária: se na região 
extra-amazônica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAXUMBA 
O PROCESSO EPIDÊMICO 
 
EPIDEMIA x ENDEMIA 
 A diferença não depende do número de casos 
 Depende do padrão esperado (olhar para a doença 
nos últimos 10 anos) 
 Gráfico que expressa a incidência média de uma 
doença = diagrama de controle 
 
 
 
 
 
 
 
CURVA ENDÊMICA 
 
VARIAÇÃO DA INCIDÊNCIA: 
 DENTRO: ENDEMIA 
 ACIMA: EPIDEMIA 
 ABAIXO: DECRÉSCIMO ENDÊMICO 
 
A duração de uma epidemia é chamada de: EGRESSÃO 
 Fase de progressão epidêmica 
 Fase de regressão epidêmica 
 
Os conceitos: 
ENDEMIA Dentro do padrão esperado 
Frequência constante, com variações 
cíclicas ou sazonais 
EPIDEMIA Acima do padrão esperado 
Frequência crescente, ultrapassa o limiar 
epidêmico 
Do ponto de vista GEOGRÁFICO: as epidemias podem 
ser classificadas em: 
SURTO Restrita (mais localizada – casos com 
relação entre si ou área geográfica 
pequena) 
PANDEMIA Ampla (atinge vários países/ mais de um 
continente) 
 
De acordo com a VELOCIDADE (progressão- tempo 
até atingir a incidência máxima): 
EXPLOSIVA/ 
MACIÇA 
Tem como mecanismo de transmissão 
uma fonte comum (ar – legionela, 
água – cólera, alimento – maionese) 
PROGRESSIVA/ 
PROLONGADA 
Apresentam como mecanismo de 
transmissão um vetor ou pessoa-
pessoa (ex.: respiratória, sexual: 
gripe, meningite, BK, DST; mosquito: 
dengue, febre amarela) 
 
 
EXPLOSIVA/ MACIÇA: 
 Fonte pontual Fonte persistente Casos secundários 
 (exposição múltipla) 
 
Limite superior endêmico (limiar epidêmico)

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