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PREVENTIVA – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE Antes do SUS ... 1923 = CAPs (Caixas de Aposentadorias e Pensões) – cada grupo tinha uma espécie de ‘caixa’ para assistência aos funcionários Década de 30 = IAPs (Instituto de Aposentadorias e Pensões) a União passou a participar dessas ‘caixas’ (Era Vargas) Década de 60 = INPS (Instituto Nacional da Previdência Social) - militares (centralizadores) unificação dos Institutos. Como o controle passava a ser Nacional, os hospitais que foram construídos na década de 30 começaram a ficar sucateados. Nessa época também foi gasta grande quantia de dinheiro com obras faraônicas. O dinheiro público financiou a expansão do sistema privado no Brasil. 1973 – Falência da previdência no Brasil. Em uma tentativa de melhor controle dos gastos, e de contornar a situação, é criado o INAMPS (instituto Nacional da Assistência Médica e Previdência Social) – foi criado um limite e um teto para cada procedimento (problema: códigos foram desviados para procedimentos que pagavam mais) Antigamente... O acesso era restrito (tinha direito à saúde apenas aqueles que pagavam por ela) Ênfase na cura Ministérios (existia uma divisão ministerial muito forte no Brasil. O Ministério da Saúde era responsável pelas ações preventivas – saneamento básico e vacinação. Quem exercia as ações curativas era a Previdência) Medicina Ditatorial As revoltas / discussões: REFORMA SANITÁRIA Plano CONASP/ AIS (Ações Integradas de Saúde) VIII Conferência Nacional de Saúde (1986) – lema da reforma sanitária “Saúde, direito de todos, dever do Estado” SUDS (Sistema Único e Descentralizado de Saúde) – 1987 SUS (Sistema Único de Saúde) – 1988 (Constituição) Para o acesso restrito >> UNIVERSALIZAÇÃO Para a ênfase na cura >> INTEGRALIDADE EQUIDADE Ministérios >> DESCENTRALIZAÇÃO REGIONALIZAÇÃO / HIERARQUIZAÇÃO Medicina ditatorial >> PARTICIPAÇÃO SOCIAL PRINCÍPIOS DO SUS: ÉTICOS/ DOUTRINÁRIOS: UNIVERSALIZAÇÃO Acesso a todos cidadãos INTEGRALIDADE Prevenção, cura e reabilitação EQUIDADE Tratamento desigual (priorizando aquele que precisa mais) ORGANIZACIONAIS/ OPERATIVOS DESCENTRALIZAÇÃO Divisão de poderes REGIONALIZAÇÃO Municipalização HIERARQUIZAÇÃO Posto/ hospital/ diálise >> organizar os níveis de complexidade de assistência (a porta de entrada deve ser através da atenção básica) PARTICIPAÇÃO SOCIAL Conselhos e Conferências RESOLUBILIDADE Resolver os problemas (em cada nível de assistência e de forma integral) COMPLEMENTARIEDADE Contratar o privado ... A EVOLUÇÃO ... LEI 8.080 Funcionamento do SUS Cabe à direção: nacional/ estadual/ municipal Nacional: define e formula políticas/ normas Estado: controla o que foi definido Município: executa (coloca em prática) A direção Nacional pode executar? Sim! Vigilância de portos, aeroportos e fronteiras ... ou em situações inusitadas. E o setor privado? Pode atuar de forma livre e complementar (preferência: instituições filantrópicas e privadas não lucrativas) Lei 8.142 = complementa lei 8.080 – sobre gastos e participação popular 1. Transferência regular e automática 2. Conselhos e Conferências o 50% = usuários o 50% = profissionais de saúde (25%)/ profissionais de serviço (12,5%)/ representantes do Governo (12,5%) CONSELHOS: Controlam os gastos e a execução da saúde É Permanente, Deliberativo, Reunião mensal CONFERÊNCIAS: Acontecem de 4 em 4 anos. Convocadas pelo Executivo ou pelos Conselhos. Avaliam e criam diretrizes da Política de Saúde. NOB 91 (Norma Operacional Básica) Centralizam a estão no nível Federal Municípios se comportam como prestadores Prestadores públicos e privados recebem dinheiro do MS de acordo com a produção NOB 92 (sem importância conceitual/ prática) NOB 93 Gestão: incipientes/ parcial/ semi-plena Transferência regular e automática pelo número de cabeças que vivem na cidade Comissão Intergestores: Bipartite (Estadual): Estado, Município (COSEMS) Tripartite (Nacional): MS, Estados (CONASS), Municípios (CONASEMS) NOB 96 Poder pleno pelo município Gestão plena da atenção básica >> atenção básica Gestão plena do sistema municipal >> atenção básica, média e alta complexidade Piso da atenção básica (PAB) Fixo Variável: saúde na escola, do adolescente, bucal, família, NASF, PMAQ, academias de saúde, consultórios de rua, atenção domiciliar, equipe multidisciplinar de apoio NOAS 2001/ 2002 (Norma Operacional da Assistência a Saúde) EQUIDADE NOS RECURSOS E NO ACESSO À SAÚDE Regionalização Organizada Acesso à saúde o mais próximo da residência... Município referência =$ para média complexidade Ampliação da Atenção Ambulatorial PAB ampliado o Observação na urgência o Atendimento domiciliar (médico/ enfermeira) o Cirurgias ambulatoriais o ECG, teste imun. De gravidez PACTO DE SAÚDE 2006 Pacto em DEFESA, GESTÃO e VIDA Pacto pela VIDA ... saúde Saúde do idoso. Mortalidade infantil e materna Doenças emergentes e endemias (Dengue, hanseníase, BK, malária e Influenza) Promoção à saúde (qualidade de vida). Atenção Básica à saúde (PSF) Câncer de mama e de colo ................................................................................................. Saúde do homem Saúde do trabalhador Saúde Mental Hepatite e AIDS Pessoas em risco de violência Oral (bucal) Pessoas com deficiência UBS, CAPS, UPA = portas de entrada PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA: PRIMEIRO CONTATO LONGITUDINALIDADE INTEGRALIDADE COORDENAÇÃO ENFOQUE FAMILIAR ORIENTAÇÃO COMUNITÁRIA COMPETÊNCIA CULTURAL Visão reorientada – centrada na pessoa e não no sintoma (visão biopsicossocial) Portarias: 648 – 2006 2488 – 2011 ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 2006 – foram estabelecidas algumas áreas estratégicas: ÁREAS ESTRATÉGICAS =BK, hanseníase, HAS, DM, saúde bucal, criança, mulher, idoso, desnutrição ... NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) NASF 1: 3 a 9 EFS, com mínimo de 5 profissionais e 200h/sem NASF 2: 3 a 4 ESF, com mínimo de 3 profissionais e 120h/sem NASF 3: 1 a 2 EFS, com mínimo de 2 profissionais e 80h/sem Obs.: quando houve o predomínio do modelo Bismarckiano no Brasil? Antes do SUS Depois do SUS Beveridgiano FINANCIAMENTO DO SUS Seguridade Social financia Saúde e Previdência COFINS, CSLL ..., CPMF A principal fonte da Seguridade Social = desconto compulsório sobre a folha de salário do trabalhadores ** Desconto da folha de salários não entra na Saúde “O financiamento do SUS é uma responsabilidade comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios” EC no. 29 (2000) LEI 141 (2012) EC 86 (2015) UNIÃO: $ do Ano Anterior + Correção do IPCA./ ESTADOS: 12%/ MUNICÍPIOS: 15% Curiosidade do financiamento: 2 blocos de R$: Custeio das Ações e Serviços Públicos e Investimento na Rede de Serviços Públicos. Antes eram 6: I. Atenção básica: PAB fixo e variável II. Atenção média/ alta: SAMU, UPA, Tx, diálise III. Vigilância da saúde: epidemiologia ambiental/ sanitária IV. Ações farmacêuticas V. Gestão do SUS VI. Investimentos em saúde ÁREA RESERVADA PARA ANOTAÇÕES: MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA OS INDICADORES DE SAÚDE AVALIAR O RISCO: COEFICIENTE (TAXA)! Número de óbitos em ≥50 anos População ≥ 50 anos AVALIAR A PROPORÇÃO: ÍNDICE! Número de óbitos em ≥ 50 anos Número total de óbitos COEFICIENTES ... 1) MORBIDADE: risco da população adoecer 2) MORTALIDADE: risco da população morrer 3) LETALIDADE: risco do doente morrerCOEFICIENTE DE MORBIDADE (Coeficiente de ataque) Em um tempo e lugar ... PREVALÊNCIA ... O que pode aumentar O que pode diminuir Incidência Imigração (de casos) Drogas que sobrevida sem curar Morte Cura Emigração Quem é maior – a prevalência ou a incidência? Depende ... Na relação entre esses indicadores existe uma variável importante = DURAÇÃO Qual o melhor parâmetro para avaliar ... Doença AGUDA (ex.: dengue) = INCIDÊNCIA Doença CRÔNICA (ex.: hanseníase) = PREVALÊNCIA A introdução de um novo medicamento para o tratamento de diabetes, que melhore o nível glicêmico, diminuindo complicações, produz qual efeito? a) Aumento da incidência b) Aumento da prevalência c) Diminui incidência d) Diminui a prevalência COEFICIENTE DE MORTALIDADE O RISCO DE MORRER ... COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL Número de óbitos População Em um tempo e lugar.. COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA No. óbitos por causas maternas No. de nascidos vivos COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL No. de óbitos <1ano No. de nascidos vivos COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL = não compara regiões – pois diferentes localidades têm diferentes composições etárias MORTALIDADE MATERNA Gravidez/ parto/ puerpério (6 semanas pós-parto) MORTE MATERNA DIRETA = não existia doença prévia relacionada a essa causa de morte – foi a própria gravidez, parto ou puerpério que acabaram levando ao óbito MORTE MATERNA INDIRETA = mulher tinha doença prévia, a qual foi piorada pela gravidez, parto ou puerpério levando a morte (ex.: estenose mitral) CAUSAS: HIPERTENSÃO, HEMORRAGIA, INFECÇÃO Obs.: mortes “violentas” = serão consideradas como causas externas – exceto uma: aborto provocado (quem emite nesse caso o atestado de óbito: IML, porém a contabilização será como morte de causa materna) MORTALIDADE INFANTIL **EXCELENTE INDICADOR DA QUALIDADE DE VIDA PERINATAL ?/ Parto e RN/ mais alta no Brasil Natimortos (>22sem)+<7 dias No. de nascidos (vivos + mortos) NATIMORTOS Avalia o obstetra Natimortos (>22sem) No. de nascidos (vivos+mortos) NEONATAL (precoce e tardia) Avalia o pediatra Número de óbitos<28 dias Número de nascidos vivos PÓS-NEONATAL (Infantil tardia) Avalia MEIO AMBIENTE No. de óbitos 28dias até 1 ano Número de nascidos vivos NUMERADOR ≠ DENOMINADOR NUMERADOR = DENOMINADOR Número de casos População Número de casos novos População PREVALÊNCIA INCIDÊNCIA PREVALÊNCIA = INCIDÊNCIA x DURAÇÃO EXPOSTA No. óbitos por causas maternas No. de nascidos vivos Notificação compulsória No. óbitos em <1 ano No. de nascidos vivos Notificação compulsória No. óbitos em tempo Y e região X População em tempo Y e região X Segundo CID10, as 4 principais causas de óbito em <1 ano no Brasil em 2011 foram: 1) Algumas afecções congênitas = neonatal 2) Malformações congênitas = neonatal 3) Doenças do aparelho respiratório = pós-neonatal 4) Doenças infecciosas e parasitárias = pós-neonatal Mais fácil de ser reduzido: PÓS-NEONATAL Mais difícil de ser reduzido: NEONATAL LETALIDADE AVALIA A GRAVIDADE Em um tempo e lugar Sobre o HIV: como a letalidade é avaliada em um tempo (ano..), nem todos os doentes neste período morreram. MORTALIDADE PROPORCIONAL ÍNDICE DE SWAROOP-UEMURA “Razão de mortalidade proporcional” EXCELENTE INDICADOR DO NÍVEL DE VIDA 1º. NÍVEL ≥75 DESENVOLVIDOS 2º. NÍVEL 50-74 3º. NÍVEL 26-49 4º. NÍVEL <25 SUBDESENVOLVIDOS Brasil 76% CURVAS DE NELSON MORAES Tipo I – MUITO BAIXO N TIPO II - BAIXO L TIPO III – REGULAR U TIPO IV – ELEVADO J MORTALIDADE POR CAUSAS No BRASIL: 1) Doenças do aparelho circulatório 2) Neoplasias 3) Causas externas 4) Doenças do aparelho respiratório Pensando somente nos homens: (2) causas externas (3) neoplasias. Pensando somente nas mulheres, as causas externas ocupam o 4º. Ou 5º. Lugar. Causas externas: (1) Agressão / homicídio Obs.: pensando somente nas mulheres: acidentes de transporte Do 1-40 anos: (1) causas externas – de 1-15 anos: acidentes de transporte/ de 15-40 anos: agressão e homicício. ......................................................................................................... Obs.: Padronização: Coeficiente de mortalidade geral: por 1000 Coeficiente de mortalidade infantil: por 1000 Coeficiente de mortalidade materna: por 100.000 ...................................................................................................................................... TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA Principais determinantes: 1) Queda da fecundidade -- PRINCIPAL -- 2) Queda de mortalidade geral 3) Aumento da esperança de vida 4) Aumento do índice de envelhecimento EVOLUÇÃO: Estreitamento da base e alargamento do ápice TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Diminuição das doenças transmissíveis Aumento das doenças crônico-degenerativas Aumento das causas externas TRIPLA CARGA DE DOENÇAS CURIOSIDADES As doenças de notificação compulsória com maior incidência são: (1) dengue/ (2) malária/ (3) tuberculose As principais neoplasias malignas (não pele) são): Homem: 1= próstata/ 2 = pulmão Mulher: 1= mama/ 2 = colo de útero As principais causas de internação pelo SUS são? 1- Gravidez, parto e puerpério 2- Doenças respiratórias 3- Doenças circulatórias As principais causas de internação por causas externas no SUS são? 1- Quedas 2- Acidente de transporte Sistemas de informação SIM SI de Mortalidade SINAN SI Nacional dos Agravos de Notificação SIAB SI da Atenção Básica SIH SI Hospitalar No. óbitos No. de doentes No. óbitos por IDADE/ CAUSAS No. total de óbitos No. óbitos ≥50 anos No. total de óbitos ISU: quanto mais alto, melhor No. óbitos por idade No. total de óbitos Infantis: <1ª Pré-escolares: 1-4 a Escolares/ Adolescentes: 5 – 19ª Adultos jovens: 20-49ª Adultos meia idade – idosos: ≥50ª No. de nascidos vivos No. de mulheres em idade fértil Idosos (≥60 a) Jovens (≤15 anos) ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Descritivos: apenas relata – ex.: relato de caso, série de casos Analíticos: provam uma relação de causa e efeito (ex.: transversal, coorte, ..) CLASSIFICAÇÃO: 1) INVESTIGADOS: a. População: todos os indivíduos foram vistos como um único “bloco” = estudo agregado ou populacional b. Indivíduos: avalia de forma individualizada cada participante do estudo = individuado 2) INVESTIGADOR a. Observação b. Intervenção = ensaio 3) TEMPO a. Transversal = seccional/ prevalência b. Longitudinal INVESTIGADOS INVESTIGADOR TEMPO NOME DO ESTUDO Agregado Observação Intervenção Transversal Longitudinal Longitudinal Ecológico Série temporal Ensaio comunitário Indivíduo Observação Intervenção Transversal Longitudinal Longitudinal Inquérito Coorte Caso controle Ensaio clínico ECOLÓGICO AGREGADO OBSERVAÇÃO TRANSVERSAL É um estudo fácil, barato e rápido. Geralmente utiliza dados secundários (dados que já existem) Erro ecológico (falácia ecológica): pode induzir erro COORTE INDIVIDUADO OBSERVAÇÃO LONGITUDINAL O ideal é que sejam trabalhados com dois grupos – com fator de risco x sem fator de risco avaliar quais ficam doentes ao longo do tempo Fator de risco Doentes Não doentes Sem fator de risco Doentes Não doentes Confirma suspeitas Caro, longo e vulnerável a perdas Não é um estudo bom para avaliar doenças longas ou raras. Sempre parte do fator de risco e caminha em direção à doença. FATOR DE RISCO >> DOENÇA Pode analisar várias doenças ... O fator de risco pode ser raro Obs.: Coorte histórica: a seleçãodos grupos e os resultados aconteceram no passado. CASO CONTROLE INDIVIDUADO OBSERVAÇÃO LONGITUDINAL RETROSPECTIVO Fator de risco Doentes (casos) Sem fator de risco Fator de risco Não doentes (controles) Sem fator de risco Estudo rápido e barato. É um estudo bom para doenças raras e longas. Mais vulnerável a erros do que coorte (ex.: viés de memória – o doente pode se lembrar mais dos fatores de risco) Pode estudar vários fatores de risco, pois a doença é analisada no presente, buscando fatores de risco no passado. A doença pode ser rara, o fator de risco não! Ensaio clínico > Coorte > Ensaio clínico > Ecológico ENSAIO CLÍNICO INDIVIDUADO INTERVENÇÃO LONGITUDINAL Testes em animais 1) Segurança da droga em humanos 2) Farmacocinética (qual a dose correta para o efeito desejado) 3) Estudos comparativos (com a placebo e com o tratamento convencional) 4) Vigilância pós-comercialização (efeitos colaterais mais raros ou a longo prazo) Substância Efeito presente Efeito ausente Placebo/ Convencional Efeito presente Efeito ausente Consegue controlar os fatores É Melhor para testar os medicamentos É um estudo complexo, caro e longo. Vulnerável a perdas durante o estudo. EFEITO HAWTHORNE / PLACEBO = efeito comportamental CONTROLADO (grupo controle) = evita erro de intervenção RANDOMIZADO (sorteio) = evita o erro de seleção/ confusão MASCARADO (cegamento) = evita o erro de aferição. *aberto, simples-cego, duplo-cego,.. - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Obs.: Eficácia da droga = situação ideal validade interna. Efetividade da droga = situação real validade interna e externa. ANÁLISE/ INTERPRETAÇÃO DOS ESTUDOS 1) Frequência – medir a doença ... PREVALÊNCIA – transversal INCIDÊNCIA – coorte/ ensaio 2) Associação – fator x doença 3) Estatística – posso confiar na associação encontrada? ASSOCIAÇÃO Cada estudo tem sua maneira de tentar associar o fator à doença. Todos os estudos podem ser resumidos em uma tabela com doentes, não doentes, expostos e não expostos. COORTE Exemplo: CIGARRO Câncer de pulmão Sem câncer de pulmão Total Fumante 80 20 100 Não 15 85 100 Total 95 105 200 RISCO RELATIVO (RR) = IE = 80% >> RR = 5,33 INE 15% RISCO ATRIBUÍVEL AO FATOR (RAf) = IE – INE RAf = 80% - 15% >> Raf = 65% RISCO ATRIBUÍVEL À POPULAÇÃO (RAP%) = IPop – INE (ou FRAÇÃO ATRIBUÍVEL Á POPULAÇÃO) IPop RAP% = 42,5%(85/200) - 15% >> RAP% = 65% 42,5%(85/200) Interpretação: o cigarro causou 65% dos casos de câncer nessa população => tirando o cigarro, reduzimos em 65% o risco de câncer nessa população .. RISCO RELATIVO (RR) IE INE RISCO ATRIBUÍVEL AO FATOR (RAf) IE - INE RISCO ATRIBUÍVEL À POPULAÇÃO (RAP%) IPop – INE IPop CASO CONTROLE Exemplo: Jateamento de areia Pneumoconiose Sem pneumoconiose Total Expostos 100 (a) 300 (b) 400 Não expostos 20 (c) 480 (d) 500 Total 120 780 900 ODDS RATIO (OR): ad = 100 x 480 >> OR = 8 bc 300 x 20 *É uma chance de acontecimento ENSAIO CLÍNICO Exemplo: Grupo Doença SIM Doença NÃO Total Nova droga 15 85 100 Controle 20 80 100 RISCO RELATIVO (RR) = IE = 15% >> RR = 0,75 IC 20% REDUÇÃO DO RR (RRR) = 1 – RR >> 1 – 0,75 – 25% REDUÇÃO ABSOLUTA DO RISCO (RAr) = IC – IE >> 20%-15% >> RAR = 5% *Maior (-) Menor NÚMERO NECESSÁRIO AO TRATAMENTO (NNT) = 1 RAR NNT = 1/5% >> NNT = 20 Eficiência da droga = relação custo x benefício ESTUDO x ANÁLISE Estudo Frequência Associação Transversal Prevalência Razão de prevalências Caso-controle -- Odds ratio Coorte Incidência Risco relativo Raf/ RAP% Ensaio Incidência RR/ RRR RAR/ NNT INTERPRETAÇÃO RR, OR ou RP = 1 SEM ASSOCIAÇÃO RR, OR ou RP > 1 FATOR DE RISCO RR, OR ou RP < 1 FATOR DE PROTEÇÃO ESTATÍSTICA Posso confiar na associação encontrada? (Prova de veracidade) Ao fazer um estudo podemos errar de duas maneiras: sistemática (viés) ou aleatória (ao acaso) ERRO SISTEMÁTICO (VIÉS) ERRO ALEATÓRIO (ACASO) Seleção Aferição (informação) Confundimento p< 0,05 (5%) IC95% Erro aleatório: das 100 vezes em que o estudo for repetido, é necessária encontrar a mesma associação em 95% (o erro não pode ser maior do que 5 chances em 100). Se o acaso contribuir com mais de 5% = o estudo não foi estatisticamente significativo – não confiar. IC – intervalo de confiança = é utilizado muito mais do que o p. Obs.: não é necessário que em mais de 95% das vezes precisamos encontrar o mesmo valor – o que precisamos encontrar é a mesma associação (fator de risco < 1; fator protetor <1). VÁLIDO/ ACURADO PRECISO/ CONFIÀVEL RR versus INTERVALO DE CONFIANÇA Exemplo: RR = 5/ IC 95% (2,3 – 7,9) IC95% = 2,3 a 7,9 significa que, embora o RR tenha sido de 5 (MEU ESTUDO!!), ao repetir 100x, em 95 das vezes, o RR esteve entre 2,3 e 7,9 – RR verdadeiro !! 3 estudos de coorte: Estudo 1 : RR=3 (IC95% = 2,3-4,2) Estudo 2: RR= 5 (IC95% = 0,8-8,6) Estudo 3: RR= 6 (IC95%= 3,4-9,9) Estudo A: RR=6 (IC95% = 4,3-9,9) A) Em qual estudo eu não confio? Estudo 2 (0,8 demonstrou ser fator protetor. 8,6 demonstrou ser fator de risco) B) Qual estudo foi mais preciso? Estudo 1 (IC mais estreito) C) Qual estudo trabalhou com mais gente? Estudo 1 (Muita gente por mais que uma pessoa responda diferente, isso não terá muita diferença em relação à média IC estreito) D) Houve diferença estatística entre o 1 e o 3? Para dizer que teve diferença = sempre melhor algumas pessoas da droga 1 tiveram uma maior sobrevida do que as pessoas da droga 3 sobreposição dos intervalos de confiança não teve diferença E) Houve diferença estatística entre o 1 e o A? Sim (os intervalos de confiança não se sobrepõe – a droga X sempre foi melhor) REVISÃO SISTEMÁTICA Unidade de análise = ensaio, coorte METANÁLISE = método estatístico para integrar o resultado dos estudos ... Problemas: Viés de publicação: tendência para publicar, estudos com resultados positivos. Divergência entre os vários estudos. Vantagens: Capacidade de síntese de informação. Baratos/Rápidos e “fáceis” de executar. TESTES DIAGNÓSTICOS Teste Com doença Sem doença Total Positivo A B A + B Negativo C D C + D Total A + C B + D A+B+C+D A Verdadeiro positivo B Falso positivo C Falso negativo D Verdadeiro negativo Em quais situações: Teste acertou? A e D Teste errou? B e C ACURÁCIA = proporção de acertos do teste A + D A+ B + C + D SENSIBILIDADE x ESPECIFICIDADE SENSIBILIDADE Detectar VERDADEIRO POSITIVO nos pacientes doentes. A VP A + C VP + FN ESPECIFICIDADE Detectar VERDADEIRO NEGATIVO nos pacientes não doentes. D VN B + D FP + VN ALTA SENSIBILIDADE – QUANDO? Evitar FALSO NEGATIVO ... Ex.: doadores de sangue/ doença letal ALTA ESPECIFICIDADE – QUANDO? Evitar FALSO POSITIVO ... Ex.: situações em que o positivo gera traumatismos: psicológico/ iatrogênico TESTES DIAGNÓSTICOS Sensibilidade – capacidade de detectar os DOENTES Especificidade – capacidade de detectar os NÃO DOENTES Nos testes com ALTA SENSIBILIDADE, tem-se menos falso- negativo. E se der resultado negativo? Posso excluir a doença. Testes com ALTA SENSIBILIDADE são usados para realizar exames de TRIAGEM. Nos testes com ALTA ESPECIFICIDADE, tem-se menos falso- positivo. E se der resultadopositivo? Posso fechar o meu diagnóstico. Testes com ALTA ESPECIFICIDADE servem para CONFIRMARMOS o diagnóstico. VALOR PREDITIVO POSITIVO (VPP) Acertos nos resultados positivos A A+B VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VPN) Acertos nos resultados negativos D C+D Exemplo: Teste: Sensibilidade = 90% Especificidade = 90% Cidade A Cidade B 10 mil habitantes Prevalência = 80% 10 mil habitantes Prevalência = 8% CIDADE A TESTE COM DOENÇA SEM DOENÇA TOTAL POSITIVO 7.200 200 7.400 NEGATIVO 800 1.800 2.600 TOTAL 8.000 2.000 10.000 VALOR PREDITIVO POSITIVO (VPP): 7.200/ 7.400 = 0,97 = 97% VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VPN): 1.800/2.600 = 0,69 = 69% CIDADE B TESTE COM DOENÇA SEM DOENÇA TOTAL POSITIVO 720 920 1.640 NEGATIVO 80 8.280 8.360 TOTAL 800 9.200 10.000 VALOR PREDITIVO POSITIVO (VPP): 720/1.640 = 0,43 = 43% VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VPN): 8.280/8.360 = 0,99 = 99% A SENSIBILIDADE e a ESPECIFICIDADE são características do teste – ELAS NÃO VARIAM !! O VALOR PREDITIVO varia com a prevalência: o Quanto maior a prevalência: ↑VP positivo ↓Menor o VP negativo o Quanto menor a prevalência: ↓VP positivo ↑VP negativo TESTE COM DOENÇA SEM DOENÇA TOTAL POSITIVO NEGATIVO TOTAL TESTE COM DOENÇA SEM DOENÇA TOTAL POSITIVO NEGATIVO TOTAL Quando aumentamos a sensibilidade de um teste O valor preditivo negativo aumentará Teremos mais falso-positivos Quando aumentamos a especificidade de um teste O valor preditivo positivo aumentará Teremos mais falso-negativos Obs.: 1 – ESPECIFICIDADE = taxa de falso-positivos SENSIBILIDADE 100% ESPECIFICIDADE 0% 1 – ESPECIFICIDADE Sobre a utilização de TESTES DIAGNÓSTICOS MÚLTIPLOS: TESTES EM SÉRIE Aumentam a especificidade da estratégia TESTES EM PARALELO Aumentam a sensibilidade da estratégia SENSIBILIDADE Coluna 1 ESPECIFICIDADE Coluna 2 VALOR PREDITIVO POSITIVO Linha 1 VALOR PREDITIVO NEGATIVO Linha 2 ENSAIO RR Relação dos riscos RRR faz de cabeça ... RAr Maior – Menor NNT Número contrário ao tratamento CASO CONTROLE OR (Peixe) Antes da doença/ Busca condições COORTE RAP% Ipop-INE/IPop Raf = IE - INE DECLARAÇÃO DE ÓBITO Paciente, 70ª, foi internado para correção cirúrgica de fratura de bacia após queda há 9 dias. Oito dias após desenvolveu dor e edema em panturrilha esquerda, seguida de dispneia súbita com instabilidade hemodinâmica vindo a falecer de insuficiência respiratória um dia após o quadro. PARTE I a. Tromboembolismo pulmonar 1 dia b. Cirurgia ortopedia 9 dias c. Fratura de bacia 9 dias d. Queda CAUSA BÁSICA 9 dias Obs.: Devemos evitar termos vagos (ex.: falência de múltiplos órgãos). A partir da causa básica, iremos saber quem preenche a declaração – o primeiro raciocínio é saber se a morte foi natural ou violenta todas as mortes por causas externas (morte violenta) que deve preencher o atestado de óbito é o médico legista do IML. ------------------------------------------------------------------------- Dr. Marcos é o único médico em um raio de 200km. É chamado para atender um paciente em PCR, após as medidas de reanimação, sem sucesso, ele constata o óbito. Verificar se a causa é natural ou violenta: o Morte violenta IML o Morte natural ele preenche Se houver evidencias de morte suspeita, qual deve ser a conduta visto que na localidade não há IML: Comunicar à autoridade competente. Ele será declarado perito. Obs.: são 3 vias de declaração de óbito (branca, amarela e rosa; a banca vai para a Secretaria de Saúde – para que seja registrada no SIM, a amarela fica com o familiar e a rosa fica na instituição na qual o paciente faleceu). ------------------------------------------------------------------------ S E VALOR PREDITIVO POSITIVO VALOR PREDITIVO NEGATIVO Paciente, 90 anos, acompanhado pelo Dr. Marcos, em uso de 8 medicamentos diários, apresenta mal súbito em casa e é levado as pressas por uma ambulância sem médico até a UBS que Dr. Marcos atende. Não resiste e vem a falecer durante o trajeto. Não havia sinais de violência. Morte natural ou violenta? Alguém prestou assistência no momento do óbito? Alguém prestava assistência? Nesse caso, que preencheria o atestado, seria o Dr. Marcos que o acompanhava na UBS ------------------------------------------------------------------------- Paciente, 50 anos, trabalhador rural, recebeu diagnóstico de Cãncer de Esôfago há 5 meses e desde então vem apresentando disfagia progressiva e perda de peso Impossibilitado de comparecer à UBS, vinha recebendo atendimento domiciliar pelo Dr. Marcos 3 semanas após a ultima visita, a família comunica que o paciente apresentou insuficiência respiratória e veio a falecer. Quem preenche o atestado: Médico da UBS ------------------------------------------------------------------------ Caso o médico da UBS, nesse caso, por exemplo, não esteja presente, quem deve preencher o atestado: Responsável + duas testemunhas registram em cartório. Quando não emitir a declaração de óbito: Óbito fetal com gestação de 18 semanas (<20sem - aborto) Peças anatômicas amputadas – pode-se emitir um relatório (em papel timbrado do hospital) do que ocorreu, caso o paciente queira, p. ex. fazer o sepultamento do membro Óbito fetal com estatura de 20 cm (<25 sem – não preenche) Óbito fetal com peso de 450g (<500g – aborto) Declaração x Certidão A declaração preenchida pelo médico não é o documento definitivo. A via amarela que fica com familiar, é levada até o cartório para que seja registrado o óbito. O cartório emite a certidão de óbito – que é o documento definitivo, com isso é possível sepultar/ cremar o corpo. Se a família definir o desejo de cremar, é necessário que 2 médicos assinem (em caso de sepultamento, apenas 1). Morte natural Com assistência médica (PSF, particular, ambulância, plantonista) – médico preenche Sem assistência médica – se ninguém prestava -> SVO (caso não tenha SVO -> o médico do serviço público mais próximo ou qualquer médico da localidade realizará o preenchimento -> caso não haja médico: 2 testemunhas + responsável em cartório). Com assistência médica MÉDICO PREENCHE --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Sem assistência médica Se ninguém prestava SVO Sem SVO: médico público ou qualquer médico Sem médico: 2 testemunhas + responsável (cartório) Não se pode cobrar para o atestado de óbito. Pode-se cobrar pela consulta para averiguar se realmente o paciente faleceu? Sim – não há valor limite. Morte suspeita/ violenta IML Sem IML: médico “perito” eventual. ACIDENTES DE TRABALHO Lesão, doença ou morte ... redução temporária ou permanente Trabalho formal ou informal Típicos / Trajeto ADEQUAR O TRABALHO AO TRABALHADOR LEMBRAR DE NOTIFICAR: NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (formal e informal) + CAT – COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO (somente para formais – benefício previdenciário) 1º. Dia útil após o acidente ACIDENTE FATAL: notificação e investigação IMEDIATA Doenças degenerativas, endêmicas* e que não incapacitem NÃO serão consideradas acidentes (*) caso a pessoa só tenha sido exposta a uma condição de maior risco para a doença devido ao trabalho – nesse caso, houve uma relação com o trabalho e poderá ser considerado como acidente de trabalho. Se o trabalhador é informal , ele entra nas estatísticas do MS? Sim! Ele também será considerado como acidente de trabalho. Devemos adequar o trabalho ao trabalhador ou o contrário? Devemos adequar o trabalho à capacidade que aquela pessoa tem de exercer! Qualquer médico pode preencher os dados médicos da CAT e ela é exclusivade trabalhadores formais CLASSIFICAÇÃO DE SCHILLING I O trabalho é a causa necessária. Ex.: pneumoconioses, benzenismo,.. II O trabalho é um fator de risco. Ex.: HAS, câncer, doenças locomotoras,.. III O trabalho é um agravante. Ex.: asma, transtornos mentais ESGOTAMENTO PROFISSIONAL (BURN-OUT) Mulher, idade de cerca de 45 anos Maior em profissões que lidam com pessoas Schilling II Tríade: Exaustão Emocional/ Despersonalização/ Diminuição do Envolvimento. Causa Fadiga crônica e Alterações de sono. Consumo de DROGAS. INTOXICAÇÃO POR METAIS PESADOS E GASES TÓXICOS CHUMBO (saturnismo): tintas/ baterias de carro Clínica: dor abdominal intensa, gota (chumbo: aumenta reabsorção de Na+, água – e, juntamente com o Na+, é reabsorvido também o urato), HAS, linha gengival (linhas de Burton), anemia. BENZENO (benzenismo): petróleo/ siderurgia Via de lesão: inalatória (gás toxico) É mielotóxico Investigação: história ocupacional + HMG (já em fase inicial mostra alteração plaquetária) CROMO: galvanoplastia/ curtumes (couro) Lesão irritativa (perfuração de septo nasal)/ câncer de pulmão CÁDMIO: enfraquece os ossos = osteoporose (fraturas) É encontrado em alguns solos contaminados MERCÚRIO (hidrargirismo): Cl-soda /lâmpadas fuorescente Clínica: rim (síndrome nefrótica) e alterações neurológicas ARSÊNICO: queimadura (às vezes com necrose de extremidades). PREVENÇÃO DE DOENÇAS História natural das doenças Interação entre: agente/ suscetível e meio ambiente 2 períodos PRÉ-PATOGÊNICO Não houve ainda a interação São fatores (ambientais, sociais, genéticos) que podem propiciar essa interação PATOGÊNICO Interação estímulo-suscetível – ex.: elevação colesterol Alterações bioquímicas, fisiológias, histológicas -> período de incubação Manifestação de sinais e sintomas Defeitos permanentes/ cronicidade PREVENÇÃO Pré-patogênico: prevenção primária Período patogênico: prevenção secundária Desenlace: prevenção terciária PRÉ-PATOGÊNICO – PRIMÁRIA Promoção à saúde (primordial), moradia, alimentação, higiene / proteção específica (ex.: uso de capacetes – prevenção de acidentes)/ vacina, controle de vetores PATOGÊNICO – SECUNDÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce exames periódicos, inquéritos, isolamento de casos Limitação da invalidez evitar sequelas DESENLACE – TERCIÁRIA Reabilitação, fisioterapia EVITAR A IATROGENIA - QUATERNÁRIA VIGILÂNCIA DA SAÚDE CONTROLAR DOENÇAS .... Coletar dados para ações de prevenção e controle NOTIFICAÇÃO NOTIFICAÇÃO: comunicar um agravo à autoridade de saúde Quem? Qualquer cidadão !! NA SUSPEITA .. Como? Normal (semanal)/ Imediata (em até 24 horas) O que? Agravos Nacionais (e Internacionais)/ Agravos Estaduais e Municipais/ Agravos desconhecidos. CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO: Magnitude – frequência/ importância Disseminação – fonte de infecção Transcendência – consequência/ gravidade Vulnerabilidade – é controlável? Influenza (H5N1), Varíola, Poliomielite e SARS (coronavírus). Eventos inusitados – epidemia/ condição nova .. A notificação compulsória de doenças enviada as autoridades sanitárias é valida nas seguintes condições: A partir da simples suspeita diagnóstica, por qualquer cidadão. DESENLACE ´NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: Vacinas (Ministério da Saúde) Tuberculose Hepatites virais Difteria Tétano Coqueluche Hemófilo “invasivo” Rotavírus* (diarreia aguda/SHU) Doença pneumocócica “invasiva”* Síndrome gripal* (*) apenas em unidades de saúde sentinelas Doença meningocócica Febre amarela Sarampo Rubéola Varicela (se grave ou óbito) Evento adverso grave pós-vacinal Síndromes febris Dengue Chikungunya Zika vírus Malária Leptospirose Hantavirose Febre tifoide Febre maculosa/ Riquetisioses Febre do Nilo Ocidental/ Arboviroses Febre hemorrágica E-Reemergentes (Febre purpúrica brasileira, Arenavírus, Lassa, Ebola, Marburg) Doenças Endêmicas Doença de Chagas (apenas casos agudos) Hanseníase Esquistossomose Leishmaniose Acidente de trabalho (biológico/ grave/ doenças*) Óbito materno e infantil (*) Doenças do trabalho: somente em unidades de saúde sentinelas ABTV Antraz Botulismo Tularemia Violência Meio Externo Agrotóxicos / Metais pesados / Gases tóxicos Outras doenças Varíola Influenza Poliomielite/ paralisia flácida aguda SARS (coronavírus) Doença de Creutzfeldt-Jacob Peste Peçonhentos (cobra, aranha,..) Raiva/acidente com animal Toxoplasmose (congênita/ gestante) Sífilis SIDA/HIV Síndrome do corrimento uretral masculino* Síndrome neurológica pós ”febre”* Cólera (*) Apenas em unidades de saúde sentinelas Risco à saúde pública Questões: 1. Há 4 doenças provocadas pro protozoários, mas só a forma aguda de uma dessas é de notificação: Chagas 2. Das doenças abaixo, aquela que não é de notificação compulsória: a) Intoxicação por agrotóxicos b) Criptosporiodise c) HIV d) Febre tifoide 3. São de notificação: a) AIDS, febre reumática, hantavirose, hepatite A e B b) Doença de chagas, caxumba, hepatites A e B, malária c) Cólera, febre amarela, dengue, hantavirose d) Febre maculosa, hepatites A,B e C, poliomielite, gonorreia e) Varíola, escarlatina, difteria, pediculose, meningite 4. Não faz parte: a) Febre tifoide e brucelose b) Hepatites virais e hidatidose c) Peste e mucormicose d) Leishmaniose tegumentar americana e criptococose e) Difteria e leptospirose NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA IMEDIATA: Varíola, Influenza, Polio/paralisia flácida aguda, SARS). Raiva/Acidente por animal transmissor da raiva Eventos de risco à saúde pública Doença de Chagas aguda Cólera, Peste e Febre Amarela Acidente de trabalho grave ou por animais peçonhentos Antraz, botulismo, tularemia e violência (sexual e suicídio) Vacinas com exceção de BK e hepatites virais Síndrome febris – todas (obs.: dengue, chikungunya e zika: óbito ou zika em gestante/ malária: se na região extra-amazônica) CAXUMBA O PROCESSO EPIDÊMICO EPIDEMIA x ENDEMIA A diferença não depende do número de casos Depende do padrão esperado (olhar para a doença nos últimos 10 anos) Gráfico que expressa a incidência média de uma doença = diagrama de controle CURVA ENDÊMICA VARIAÇÃO DA INCIDÊNCIA: DENTRO: ENDEMIA ACIMA: EPIDEMIA ABAIXO: DECRÉSCIMO ENDÊMICO A duração de uma epidemia é chamada de: EGRESSÃO Fase de progressão epidêmica Fase de regressão epidêmica Os conceitos: ENDEMIA Dentro do padrão esperado Frequência constante, com variações cíclicas ou sazonais EPIDEMIA Acima do padrão esperado Frequência crescente, ultrapassa o limiar epidêmico Do ponto de vista GEOGRÁFICO: as epidemias podem ser classificadas em: SURTO Restrita (mais localizada – casos com relação entre si ou área geográfica pequena) PANDEMIA Ampla (atinge vários países/ mais de um continente) De acordo com a VELOCIDADE (progressão- tempo até atingir a incidência máxima): EXPLOSIVA/ MACIÇA Tem como mecanismo de transmissão uma fonte comum (ar – legionela, água – cólera, alimento – maionese) PROGRESSIVA/ PROLONGADA Apresentam como mecanismo de transmissão um vetor ou pessoa- pessoa (ex.: respiratória, sexual: gripe, meningite, BK, DST; mosquito: dengue, febre amarela) EXPLOSIVA/ MACIÇA: Fonte pontual Fonte persistente Casos secundários (exposição múltipla) Limite superior endêmico (limiar epidêmico)
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