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Neurologia Acidente Vascular Encefálico - AVE Sinais súbitos e rapidamente evolutivos de déficit neurológico focal ou global com duração maior que 24 horas ou levando à morte, sem outra causa aparente que não a de origem vascular. (OMS) Ou déficit neurológico focal com reversão em menos de 24 horas com sinais de lesão cerebral em estudo de neuroimagem. A incidência maior se dá em homens; 85% dos AVE são isquêmicos (ARTÉRIA ENCEFÁLICA), 10% hemorragia intracerebral e 5% hemorragia subaracnóidea. HAS – Hemorragia subaracnóide Cardiopatia Fibrilação atrial Diabetes Melito Tabagismo Hipercolestorolemia Consumo elevado de álcool Anticonceptivos orais Doenças sistemais associadas hipercoaguabilidade Sedentarismo Estresse Etiologias principais: Doença arteriosclerótica de grandes vasos; Doença de pequenos vasos; Cardioembolia. Decorrente da mistura da ruptura de aneurismas saculares congênitos. Hemorragia intraparenquimatosa – HIP (degeneração hialina de artérias intraparenquimatosas cerebrais, tendo como principal doença associada a hipertensão arterial sistêmica). Classificação: Hemorragia intracerebral: são encontrados nos núcleos da base, substância branca subcortical, ponte e cerebelo em ordem decrescente. Possui forma sacular, sendo às vezes parcial ou totalmente trombosados. Cefaleia mais grave e depressão da consciência. Aneurisma de Charcot-Bouchard – hipertensos. Aneurisma – dilatação anormal de um vaso sanguíneo causado pelo enfraquecimento das paredes do vaso, por trauma ou por doença vascular. Definição Fatores de risco AVE Hemorrágico (AVEh) Hemorragia subaracnóidea: Ocorre com mais frequência nas cisternas basais. Hemorragia subdural ou epidural: Acúmulo sanguíneo entre a dura-máter e calvária. Ruptura de um vaso sanguíneo – hemorragia. O sangramento ocorre dentro ou ao redor do cérebro. Insuficiência de suprimento sanguíneo cerebral. Pode ser temporário (episódio isquêmico transitório EIT) ou permanente. Bloqueio do fluxo sanguíneo por um coágulo ou trombo – artérias cerebraus ou em seus ramos. Os trombos resultam da aderência e agregação plaquetária, coagulação de fibrina e queda da fibrinólise. Um coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo para uma área do cérebro. Infartos Lacunares: 20% dos casos; Infartos muito pequenos, geralmente com menos de um cm³; Local da lesão: na região dos gânglios da base, cápsula interna e tronco cerebral. O tecido após ser removido deixa uma pequena cavidade ou lacuna. Processo bioquímico que evolui com o tempo. Tipos: Leve – vulnerabilidade seletiva. Grave – necrose neuronal seletiva. Completa – pan-necrose. Trombótico: Refere-se à formação ou desenvolvimento de um coágulo de sangue ou trombo no interior das artérias cerebrais, ou dos seus ramos. Os trombos resultam da aderência e agregação plaquetária, coagulação de fibrina e queda da fibrinólise. Embólico: É todo processo em que se verifica a oclusão cerebral arterial por um corpo estranho (êmbolo) em circulação, que são liberados na corrente sanguínea e que se deslocam até as artérias cerebrais. Condições associadas com isquemia cerebral focal: Distúbios vasculares Aterosclerose (entrada de LDL) Distúrbios cardíacos Distúrbios hematológicos Displasia fibromuscular Distúrbios inflamatórios Dissecção da artéria carótida ou vertebral. AVE Isquêmico (AVEi) Infarto de pequenos vasos Classificação: Quanto a duração do déficit: Obs: ataque isquêmico transitório: risco p/ AVE. Artéria carótida anterior: Hemiparesia contralateral – mais acentuada no membro inferior. Perda sensorial contralateral. Alterações do funcionamento esfincleriano anal e vesical. Manifestações mentais – que são mais nítidas e estáveis se o AVE for bilateral. Alterações do comportamento, se o AVE frontal for intenso. Artéria carótida média: Afasia – quando o hemisfério dominante é lesado. Hemiplegia e/ou hemiparesia contralateral – mais acentuada na face e membro superior. Hemianópsia homônima. Hemihipostesia. Artéria carótida posterior: Síndromes sensoriais talâmicos. Alterações de memória – lesão bilateral. Heminópsia homônima. Síndrome de memória – lesão bilateral. Hemianópsia homônima. Síndrome de Anton – cegueira cortical. Cegueira cortical – provocada por lesão bilateral dos lobos occipitais associada à agnosia. Dislexia sem agrafia. Hemiplegia fugaz. Ataxia. Artéria basilar: Hemiplegia contralateral ou tetraplegia. Paralisia facial. Disartria e disfagia. Síndromes de Homes homolateral. Perda de consciência e presença de vertigem. Artéria vértebrobasilar: Sinais de lesão de nervos crânianos e de conecções cerebelares homolaterias com sinais sensitivos e motores nos membros contralaterais. Síndrome de Weber – lesão localizada nos pedúnculos cerebrais. Paralisia homolateral do nervo óculo-motor comum. Hemiplegia contralateral. Artéria carótida interna: Hemiplegia contralateral com hipoestesia e afasia – quando o hemisfério cerebral dominante é lesado. Isquemia retiniana com obnubilação ou perda da visão no olho homolateral. Incosciência no momento da oclusão.¨ ¨40% dos doentes com oclusão da artéria tem, antes do AVE definitivo, ataques isquêmicos transitórios. Síndromes Clínicas Alterações da função motora e tônus: Inicialmente após o AVE, o pct apresenta flacidez e plegia – diminuição do tônus muscular. O estado de flacidez pode perdurar por horas ou dias. Ainda que a hipotonia possa persistir, é frequente ser seguida pelo aparecimento de quadro de hipertonia elástica. Aumento da resistência a movimentação passiva – típico dos padrões espáticos. A espasticidade produz posturas anormais e movimentos estereotipados. A distribuição anormal do tônus é variável, sendo normalmente mais intenso nos músculos flexores do MMSS e extensores do MMII. Padrões anormais de movimento ou sinérgicos, déficits sensoriais e perda das reações de equilíbrio. Tipos de sinergias: padrão de flexão e padrão de extensão. Hemiplegia ou hemiparesia: Sinergia extensora na extremidade superior: Flexão de punho e dedos; extensão do cotovelo; pronação de antebraçõ; rotação interna do ombro; protração da escápula. Sinergia flexora na extremidade superior: Flexão de punho e dedos; flexão de cotovelo; pronação de antebraço; rotação interna do ombro; abdução do ombro; retração/elevação da escápula. Sinergia flexora na extremidade inferior: Extensão do hálux; dorsi-flexão e eversão do tornozelo; flexão do joelho; flexão do quadril; abdução e rotação externa do quadril. Quadro Clínico Alterações patológicas da função mot mo Sinergia extensora na estremidade inferior: Flexão dos artelhos; plantiflexão e inversão do tornozelo; extensão do joelho; extensão do quadril; adução e rotação interna do quadril. Perda do mecanismo de controle postural: É a base para a realização dos movimentos voluntários normais especializados. É constituído por 3 grupos de reações: reações de retificação, de equilíbrio e de extensão protetora. Alterações da função sensorial: Diminuição e/ou abolição da sensibilidade superficial – táctil, térmica e dolorosa. Disfunções perceptivas – alterações da imagem corporal, negligência unilateral – riscos de auto lesões. Diminuição da acuidade visual, hemianopsia e diplogia. Distúrbio visual mais comum: hemianopsia homónima – cegueira da metade nasal de um dos olhos e da metade temporal do outro olho. É um déficit visual que contribui para a diminuição do nível de consciência e/ou diminuição da noção do hemicorpo afetado. Alterações cognitivas:As lesões do hemisfério não dominante – para a maioria o direito – produzem distúrbios da percepção. Apraxia – incapacidade para programar uma sequência de movimentos. Sem fraqueza muscular, incoordenação, tônus anormal, distúrbio do movimento ou linguagem. Apraxia ideomotora – gestos. Apraxia ideativa – tarefa. Apraxia do vestir – incapacidade para efetuar tarefas funcionais do ato de vestir. Apraxia construtiva – incapacidade de construir modelos a duas ou três dimensões. Agnosia – incapacidade de reconhecer objetos familiares de uso pessoal, e de lher dar uma função. Poderão surgir alterações em nível de imagem e esquema corporal – negligência unilateral e falhas na discriminação esquerdo-direita. Alterações da comunicação: Por obstrução da artéria cerebral média no hemisfério esquerdo. Afasia – perturbação da linguagem que resulta de uma lesão cerebral. Afasia de broca: o pct sabe o que dizer, mas não é capaz de dizê-lo ou de dizê-lo corretamente. Diminuição da quantidade da fala – diminuição das palavras, frases curtas e fala telegráfica. Afasia de Wernicke: grave défcit de compreensão oral – surdez para palavras. Fala relativamente fluente, mas desprovida de conteúdo significativo. Fala desordenada e contínua. Complicações secundárias: Disfunções do ombro – síndrome ombro-mão, ombro doloroso e subluxação do ombro. Distúbrios visuais. Distúrbios esfincterianos. Distúrbios emocionais. Evolução variável – depende da idade, local da lesão, extensão, etiologia e dentre outros. Período crítico logo após a ocorrência do AVE – maior incidência de óbitos. Melhor prognóstico – quando as mudanças clínicas são frequentes e rápidas; recuperação neurológica nos primeiros meses até 2 anos. Quando associados a complicações pulmonares – provável óbito. AVEh é mias grave na fase aguda que o AVEi. Sobreviventes têm risco de 3 a 5 vezes mais de ter um novo episódio. Fatores que influenciam na sobrevivência – idade, HAS, diabetes e cardiopatia. Hemograma; velociadade de segmentação globular; teste sorológicos; glicose sérica, colesterol e lipídeos séricos. TC e RM. Punção lombar. Ultra-sonografia com Doopler. Angiografia cerebral. Eletroencefalograma (EEG). Ecocardiograma. Índice de Barthel; índice de Rivermead; Escala de Fulg-Meyer; Índice de Katz; Escala de Wolf; Escala de Asworth modificada; SF-36. O que fazer em suspeita de AVC: Teste SAMU: Sorriso: peça pra dar um sorriso – a boca tá torta? Abraço: pode levantar os dois braços? Música: peça para cantar ou falar uma frase – a fala é arrastada? Ele entende o que você diz? Urgente: ao identificar qualquer um desses sinais, ligue para o SAMU 192, ou vá para o hospital. Prognóstico Diagnóstico Escalas de Avaliação
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