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Tricomoníase: Causas, Sintomas e Diagnóstico

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Tricomoníase
1)INTRODUÇÃO 
-Protozoário que causa IST não-viral mais comum no 
mundo, são encontradas quatro espécies do parasita 
no homem (Trichomonas vaginalis, Trichomonas 
tenax, Trichomonas hominis e Trichomonas fecalis), 
mas apenas o T. vaginalis é patogênico. 
-Na mulher apresenta período assintomático, mas em 
até 6 meses pode apresentar sintomas. O homem 
geralmente permanece assintomático e pode evoluir 
para cura sem tratamento (autolimitante), é 
considerado o vetor – parasita permanece no 
prepúcio por até 7 dias. 
-Habita o trato geniturinário (e não sobreviver fora 
dele), e por isso seu mecanismo de transmissão é via 
relação sexual, principalmente. Há a transmissão 
vertical em recém-nascidos que se contaminam no 
parto; e mias raramente por roupa íntima, lençol de 
cama ou instalações sanitárias de forma rápida. 
-É uma célula elipsóide/oval, flagelada (causa prurido 
intenso) e pode formar pseudópodes, possui como 
forma infectante a trofozoítica. 
 
-Raramente se manifesta antes da menarca ou após 
menopausa. 
-25 a 50% das mulheres são assintomáticas na fase 
inicial, depende de condições favoráveis para o 
desenvolvimento: 
• pH vaginal alterado entre 5-7.5 (normal 3.8-4.2); 
• Temperatura entre 20 e 40°C; 
• É anaeróbico facultativo 
• Gosta de meio rico em glicose, maltose (açúcares) 
 mais um motivo p prevalecer em gestantes, 
devido mudanças hormonais q mudam pH 
(doença preocupante nesse público). 
2)PATOLOGIA 
• Problemas na gravidez: T. vaginalis conduz 
direta/ indiretamente alterações na memb. 
fetal, relacionado à ruptura prematura de 
membrana, parto prematuro, baixo peso do 
RN, morte neonatal e até bebês natimortos. 
• Problemas com a fertilidade: mulheres com 
histórico de tricomoníase possui um risco 2x 
maior de infertilidade; pois causa aderência e 
oclusão das tubas e relaciona-se com a 
doença inflamatória pélvica, causa uma 
resposta inflamatória que destrói a estrutura 
tubária e céls ciliadas, impedindo a passagem 
de espermatozoides ou óvulos pela tuba. 
Obs.: associado com câncer cervical, pois o processo 
inflamatório severo pode causar metaplasia, podendo 
gerar displasia. 
• Facilita transmissão do HIV: a infecção por 
Trichomonas provoca uma resposta imune 
celular local muito agressiva, acompanhada 
por inflamação do epitélio vaginal e da uretra 
masculina, essa resposta induz a infiltração de 
leucócitos, incluindo os linfócitos TCD4 e 
macrófagos (células alvo do HIV). Além da 
resposta inflamatória, produz pontos 
hemorrágicos, devido prurido intenso, o que 
aumenta a porta de entrada para o HIV em 
acesso direto para corrente sanguínea. 
3)PATOGENIA 
NAS MULHERES 
➔Apresenta período de incubação de 3 a 20 dias após 
contato com homem infectado. Varia da forma 
assintomática ao estado agudo; 
➔Pode causar vaginite caracterizada por corrimento 
vaginal fluido (inicialmente escasso, mas vai 
aumentando), de cor amarelo-esverdeada e odor 
muito fétido. Mais frequente no período pós-
menstrual devido alterações hormonais que 
favorecem desenv. do protozoário. 
➔Prurido ou irritação vulvovaginal de intensidade 
alta e dores no baixo ventre; 
Obs.: difere da candidíase pois nela o prurido não é 
tão intenso e a secreção é esbranquiçada e sem odor. 
➔Dores pélvicas; dificuldade para as relações sexuais 
(dispareunia de intróito); dor ao urinar (disúria) e 
frequência miccional (poliúria); 
➔A vagina e o cérvice pode ser edematosas e 
eritematosas, com erosão de pontos hemorrágicos na 
parede cervical- “cérvice com aspecto de morango”; 
 
➔É mais sintomática durante a gravidez ou entre 
mulheres que fazem uso de anticoncepcional oral. 
NOS HOMENS 
➔Geralmente assintomáticos, e o parasito se 
estabelece na uretra e na próstata. Podendo se 
localizar na vesícula seminal e bexiga; 
➔Pode se apresentar como uma uretrite com fluxo 
leitoso/purulento, e sensação de prurido na uretra; 
➔Pela manhã, antes da passagem da urina, pode ser 
observado um corrimento claro e viscoso, com 
desconforto ao urinar (ardência miccional), e algumas 
vezes pode ocorrer hiperemia do meato uretral; - 
sintomática leve. Complicações: prostatite, 
epididimite, balanopostite e cistite. 
➔Há remoção mecânica dos parasitas pela urina. 
Obs.: o zinco é altamente tóxico para o parasita, e 
segundo estudos, muitos homens possuem 
quantidades consideráveis no seu fluido prostático. 
4)DIAGNÓSTICO 
-Clínico: sintomas semelhantes a outras ISTs, apenas 
com uma associação entre anamnese e exames 
laboratoriais é possível fechar o diagnóstico; 
-Laboratorial: diante da suspeita clínica, solicita 
cultura e pesquisa direta juntos. Orienta-se que não 
tome medicação tricomonicida no mínimo 15 dias 
antes do exame, sem urinar antes de ir ao laboratório 
e sem fazer a higiene intima por 18-24h, pois corre 
risco de negativar. 
-HOMENS: feita com alça de platina fina introduzida 
no canal uretral. Pode encontrar tricomonas no 
esperma também. Em homens assintomáticos e com 
resistência, pode ser feito a sorologia por ELISA e 
métodos de imunoflorescência direta e indireta. 
-MULHERES: coleta-se o fluxo vaginal por SWAB e 
urina. 
5)TRATAMENTO 
-Metronidazol; Tinidazol; Ornidazol; Nimorazol; 
Carnidazol; Secnidazol. 
Em gestantes, esses medicamentos não devem ser 
utilizados via oral, somente pela aplicação local de 
cremes, gels, geléias ou óvulos (via vaginal) – orientar 
forma farmacêutica, pois são teratogênicos e podem 
levar ao aborto. 
-Lembrar que sempre deve tratar o parceiro também, 
ou não terá eficácia devido chances de reinfecção

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